Débora Diogo 17/09/2020
Uma mistura de várias emoções...Como andar em uma montanha russa!
"Quando se trata do passado, todo mundo escreve ficção”
Depois de muito tempo lendo diversas sinopses das muitas obra de Stephen King, finalmente escolhi Joyland para enfim conhecer o autor, e foi uma excelente decisão.
Nesse livro conhecemos a história de Devin Jones, um jovem de 21 anos que após ter seu coração partido pela namorada, inicia um trabalho como ajudante geral em Joyland, um típico parque antigo e cheio de novas experiências, tudo que ele precisa para superar seu pé na bunda. E durante sua estadia no parque, junto com vários concertos em brinquedos, apresentações com sua "fantasia" e alguns momentos de distração com os novos amigos do trabalho, Devin se vê preso aos mistérios de Linda Gray, uma jovem que foi assassinada no trem fantasma de Joyland, e é assim que somos levados a esse curto e incrível passeio pelo parque Joyland.
O livro nos traz uma bela e rápida história de mistério e amadurecimento, é muito bom acompanhar o crescimento de Devin em meio ao vasto de experiências que Joyland traz para sua vida, e a narrativa detalhada sem ser maçante de King contribuiu muito para manter um bom ritmo na história, conseguindo me prender e me fazendo devorar várias páginas sem nem perceber.
Um dos meus pontos favoritos é o cenário do livro. Era quase como se eu estivesse mais próxima do parque a cada nova descrição, visualizando o ambiente criado em minha mente. Gostei muito dos colóquios criados pelos funcionários para descrever as coisas que acontecem no parque e também dos nomes divertidos dados aos brinquedos e atrações, tudo isso me despertou uma curiosidade enorme sobre o universo dos parques de diversões.
Todos os personagens me agradaram bastante, até os que não foram muito explorados, cada um me conquistou de um jeito. Fiquei bem surpresa com o desfecho de alguns deles que me pegou totalmente desprevenida, no geral fiquei satisfeita com o que foi entregue no fim da obra, senti um misto de alegria e tristeza, mas tudo serviu perfeitamente para compor as lembranças de Devin sobre Joyland, não imaginei que fosse terminar de um jeito diferente do que aconteceu e também não foi muito previsível.
Só senti falta de um pouco mais de aprofundamento nas partes sobre o fantasma de Linda Gray no parque, acho que o livro focou mais no mistério sobre o assassinato e não nesta parte mais “sobrenatural”, mas não foi um ponto tão negativo, o livro não chega a ser um terror, apenas utiliza alguns elementos do gênero para deixar a investigação mais instigante, então nada chega a assustar pra valer.
Para aqueles que como eu estão conhecendo as obras de Stephen King é uma excelente porta de entrada, sem contra indicações, podem embarcar sem medo! Quem sabe não descobrem que tem “Alma de Parque”!