spoiler visualizarlendocombeatrizz 28/12/2022
?Se eu ficasse cadavérica, ninguém iria se importar.?
Esse é o relato de Eva, mulher, dona de uma empresa, casada com Franklin, mãe de duas crianças, Célia e Kevin, um assassino. Você pode ficar assustado com a história, mas pode se sentir como me senti, triste.
É difícil para os outros encarar a maternidade sem que defina a mulher em um só papel: mãe. Para Eva foi assim, não queria ter filho, mas seu marido insistia, logo acabou cedendo a vontade dele, mas mal sabia que seria o seu fim. Ao ter o seu primeiro bebê, Kevin, teve indícios de uma depressão pós-parto, mas ninguém a acolheu, nem mesmo o seu marido.
O fato de Franklin não ter observado a sua parceira culminou gatilhos em seu próprio filho, que se revelou aos poucos ser um psicopata com traços vertiginosos de manipulação. Aos olhos do pai continuara sendo o anjo de seus sonhos e para Eva seria o criador do seu inferno.
Mas ainda que ela tenha visitado o inferno, ela conhecia o perdão, porque antes de matador, ele era o seu filho. Esse final me chamou atenção, porque depois de tudo que viveu, a perda de uma filha, de um amor, ela ainda estava lá. A mesma sensação que senti nas últimas páginas foi a mesma quando li o relato da mãe de Dylan Klebold, em ?Columbine?, que inclusive foram citados no livro.
Não é uma leitura para qualquer pessoa, te faz sentir raiva, medo, dor, incômodo. De jeito nenhum recomendarei aos sensíveis, nem mesmo o filme. A escrita é pesada e detalhista, o que me chocou mais ainda. Lionel fez história nas 464 páginas.