Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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raivadomundo 08/09/2022

odeio amar ler Os Sertões
Portanto eu vou do amor ao ódio RAPIDAMENTE
Tem xenofobia? Tem
Racismo? Demais
Linguagem inutilmente difícil (e trechos inúteis)? Sim, demais.
Um monte de absurdos.
Mas a linguagem chega a ser poética de tão melódica e perfeita. Como as palavras são selecionadas chega a arrepiar. Eu odeio amar esse livro. Sou pardo. E o autor, aqui, cita o mestiço pior do que a escória do Brasil kkkkkkkkkkkkk gzuis
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Liny Arguilera 12/09/2022

?
É um livro extremamente complexo de ler, não pude deixar de deixar pela metade, e abandonar tal leitura, ainda sou imatura para uma obra com tamanha complexidade.
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volkfane 14/09/2022

a liguagem é muito difícil, o livro eu li para a prova, é bom mas como eu disse é uma leitura difícil
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Anna 02/10/2022

Finalmente acabei! Esse livro não me prendeu em momento algum, a escrita é antiga e muito detalhada, além das opiniões sobre raças, não é o tipo de narrativa que eu gosto. Por outro lado, é muito bom ler sobre os conflitos brasileiros.
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Marcos 14/10/2022

Seca e Massacre
Euclides da Cunha conseguiu transformar um livro-denúncia num clássico da Literatura Brasileira.

Publicada em 1902, Os Sertões é a obra mais emblemática do autor. Dentro do Pré-modernismo, a obra regionalista trata da Guerra de Canudos, liderada pelo eremita religioso Antônio Conselheiro, no interior da Bahia, entre 1896 e 1897.

Nesse tempo, várias agitações sociais acontecia pelo país. A Campanha de Canudos foi uma delas e iniciou-se em 1896, no sertão abandonado, o massacre cometido nessa revolta do exército brasileiro contra os fiéis de Antônio Conselheiro e da comunidade do Arraial de Canudos, demonstra os erros cometidos pela República, por não avaliar de forma assertiva os problemas nacionais. A Revolta de Canudos foi vista perante os republicanos como uma ameaça monarquista, que defendia o regime governamental anterior.

Euclides da Cunha trabalhava no jornal O Estado de São Paulo, recebia as informações sobre o conflito como uma espécie de "golpe monarquista" e retratava em suas matérias. No entanto, quando realmente foi a campo, compreendeu as condições subumanas daquele povo esquecido, àquela revolta era, na verdade, contra a estrutura que já se perpetuava por três séculos de descaso com o nordeste. O livro descreve e denuncia o extermínio de cerca de 25 mil sertanejos do interior baiano.

O livro é dividido em três partes:
A terra - uma descrição detalhada da geologia, do clima, das riquezas naturais e demais aspectos referentes a região;
O homem - elabora a gênese do brasileiro, a miscigenação, a origem do mestiço, o sertanejo e outros variantes etnológicos do país. Nessa parte, conhece-se sobre Antônio Conselheiro, sua origem e motivação religiosa;
A luta - retrata o conflito, aborda sobre as locações e as figuras envolvidas no entrevero. Cunha justifica a revolta, relata sobre a rotina e denuncia a barbaridade, o crime que se abateu com aquele povo, fato que marcou a história do Brasil.

Euclides da Cunha tanto pensava artisticamente quanto logicamente, Os Sertões é uma obra artística amparada por estudos científicos e fatos. Por vezes, em Os Sertões, Euclides acaba por ceder as emoções, devido a crueldade do homem, pela ignorância dos poderosos, pela ideológica e pela predominância de uma religiosidade exarcerbada dos conselheiristas. Os Sertões é, definitivamente, um livro de literatura e também de história.

Compreender o brasileiro era uma ideia dos autores modernistas. O Determinismo (corrente filosófica vigente na escola pré-modernista) prega que é necessário entender o meio para poder entender o indivíduo. O meio molda o indivíduo. Visto que o meio é retrógrado, isolado da civilização, ou melhor, esquecido. Temos então, o sertanejo, um homem sofrido, resistente, desconfiado, envolto em misticismo, crendice e religiosidade.

Os Sertões é uma obra de fôlego, extensa e por vezes, difícil de compreender. A sua linguagem mista, jornalística/literária não é um grande problema, porém há muitos termos científicos e um emaranhado histórico e muitos envolvidos na luta, isso exige uma atenção apurada do leitor. Não é um enredo fácil, contudo dá para ter um noção geral do que foi esse momento histórico.

Confesso que arrastei-me muitas vezes na leitura, esperava que a obra abordasse mais sobre Conselheiro (fiquei decepcionado), entretanto, percebo o porquê da sua relevância, realmente é livro que cumpre com o que pretende e não passa a mão em nenhum dos personagens. Cunha apenas relata e se indigna da má interpretação e falta de empatia do homem, que geralmente resolve tudo com guerra.

É um livro intenso e triste. A literatura tem esse poder bem como o jornalismo de carregar o grito de revolta, o lamento do sangue de inocentes, as páginas marcadas pela dor de famílias perdidas, o homem que sofre com a seca, que sente sede e fome, o povo esquecido pelas autoridades, tudo isso servindo como uma ferramenta de alerta para que barbáries desse nível não venham mais a acontecer.

"Esquecemo-nos, todavia, de um agente geológico notável ? o homem. Este, de fato, não raro reage brutalmente sobre a terra e entre nós, nomeadamente, assumiu, em todo o decorrer da História, o papel de um terrível fazedor de desertos."

- Os Sertões (Euclides da Cunha)
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AndradeFS.Ju 27/10/2022

Quase seis meses lendo, mas vamos lá. Primeiro duvidei que minha língua materna fosse português. Então achei que estava novamente na faculdade, lendo artigos para algum trabalho de geologia. Depois quis brigar com o autor por comentários racistas.
O livro começa a fluir (cinco páginas por dia é avanço, sim) na parte das lutas. Mas oscila muito. E não era possível que gastassem dinheiro e o exército não tivesse ordem. Nem de graça era aceitável, o pessoal de Canudos era muito mais organizado.
Enfim, eu só queria entender tudo o que aconteceu. Entendi e termino como o Euclides: "É que ainda não existe um Maudsley para as loucuras e os crimes das nacionalidades...".
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Juliano.Telles 28/10/2022

ANTÔNIO CONSELHEIRO
Um abra fantástica cujo autor conta com maestria e detalhes um episódio triste e sanguinário no final do século 19, a guerra dos Canudos.
Um fanático religioso mobiliza multidões a segui-lo sobre alguns ideais religiosos. Estabele uma cidade, Canudos, que chega a ter 25 mil pessoas, e que se revolta contra o governo brasilero que reage diversas vezes e que tragicamente dezima após alguns meses de investidas praticamente a cidade inteira. Mais de 25 mil mortos neste episódio incluindo soldados, oficiais, jagunços entre outros.
??
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Cassia_kk 05/11/2022

Histórico
Perdeu uma estrela pq me fez duvidar se eu sabia ler em português mesmo ?
Brincadeiras a parte que presente esse livro pra história do nosso país!! Uma linguagem muito difícil é verdade, porém cheio de 'tapas na cara' que nos faz pensar na nossa sociedade atual.
Me pergunto como esse livro pode ter sido leitura obrigatória p adolescentes? Não é atoa que muita gente não gosta de ler no Brasil, pq começar por livros com esse grau de dificuldade SOS não dá não. Eu só conseguir fluir com a leitura pq no meio do caminho achei um audiobook e fui acompanhando o livro com alguém me contando a história (aliás super dica p quem quer se aventurar nesse calhamaço)

Gostei muito de ter começado, foi desafiar continuar, mas tô feliz de ter terminado.
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Marivaldo84 06/11/2022

Uma leitura difícil, mas necessária.
Demorei um pouco para terminar, mas mesmo assim recomendo a leitura.
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Arthur360 08/11/2022

Conselheiro e sua luta
Nunca imaginei que uma guerra poderia ser tão bem resumida. Euclides retrata com detalhismo surreal a guerra que marcou o nordeste brasileiro, a luta do estado contra o seu povo revolto.
O livro começa contando a história da terra nordestina, o porquê da seca e dos infortúnios vividos pelo sertanejo (ou jagunço). Após isso, fala sobre a luta imposta por Antônio conselheiro contra o sistema estabelecido no Brasil, a resistência em pagar impostos para quem não produz nada e seguir leis impostas por quem não conhece a realidade nordestina. Por fim, esmiúça a guerra em seus mínimos detalhes, desde a incrível perseverança do jagunço em proteger seus ideais até a face de uma criança destruída por artefatos de granada (essa parte me marcou bastante).
Demorei para ler esse livro pois quis compreender os fatos narrados, a história do nordeste sempre me causou curiosidade, e esse grande acontecimento não poderia ficar de fora do meu conhecimento.
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Peter.Molina 10/01/2023

Épico
Um dos livros mais difíceis que já li, nem tanto pela história, mas sim pelo vocabulário e expressões utilizadas. Uma leitura densa e rebuscada que merece do leitor um preparo pois não é para todos. Confesso que ignorei muitas das mais de 1000 notas de rodapé, pois isso tornava o fluxo da leitura muito prejudicado. Mas é uma obra inigualável, relato de uma guerra sem igual. A partir da metade da obra, o livro ganha um fôlego imenso, a resistência dos jagunços é inacreditável, e podemos ver como a influência de um líder pode gerar comportamentos tão destrutivos e fanatizantes. Além de ser um testemunho histórico sobre o início da República, um livro difícil mas que sem dúvida merece ser conhecido e estudado.
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Fabio.Nunes 11/01/2023

Uma face da história do Brasil
Os Sertões ? Euclides da Cunha
?Tinha nos braços uma menina, neta, bisneta, tataraneta talvez. E essa criança horrorizava. A sua face esquerda fora arrancada, havia tempos, por um estilhaço de granada; de sorte que os ossos dos maxilares se destacavam alvíssimos, entre os bordos vermelhos da ferida já cicatrizada? A face direita sorria. (?) Aquela velha carregava a criação mais monstruosa da campanha.?
Essa obra é considerada um clássico nacional. Escrita pelo jornalista Euclides da Cunha em início do século XX, ela aborda em tom jornalístico e detalhado o massacre de Canudos. Mas foi além de uma descrição pormenorizada das 4 expedições que açoitaram o arraial de Canudos. Acima de tudo, esse livro é uma denúncia de um massacre sobre um povo marcado pelo esquecimento secular e coletivo do país.
A primeira parte do livro faz apenas uma descrição cansativa dos processos climáticos, botânicos, geológicos e geomorfológicos da região. Coisa que cansou até um entusiasta de geomorfologia, como eu.
A segunda parte é a mais anacrônica do livro, onde vemos um cidadão formado por ideais positivistas escrevendo sobre a gênese do povo jagunço, flertando fortemente com teorias de darwinismo racial. Pulei sem dó.

A terceira é, em si, a maior parte, pois é a que descreve todas as expedições até Canudos.
Mas não se engane, o livro é difícil de ler devido ao vocabulário antiquado e recheado de rebuscamentos (coisa muito própria da época) e em muitos momentos me cansou. E acho que você só deveria lê-lo se realmente estiver interessado nesse momento tão sangrento da nossa história.

Um livro que nos mostra um país dentro de outro país, onde o Estado agiu para sufocar uma nova maneira de viver, à parte do poder constituído. E Euclides da Cunha não esconde seu assombro diante de tudo o que viu.

Recomendo o livro, com as ressalvas que fiz, deixando aqui um último trecho:

?Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos.?
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Jéssica 13/01/2023

A história da guerra de Canudos é muito interessante e me deixou bastante curiosa e intrigada. Até agora não consigo compreender a motivação de Antônio Conselheiro e seus seguidores. Entendo o que eles defendiam, mas não compreendo o porquê.

Por outro lado, impossível não odiar a maneira como o autor é pedante. Além de diversas passagens preconceituosas de várias maneiras.
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Sandro 14/01/2023

Muito bom.
Um dos melhores livros que já li, retrata muito bem sobre a guerra de canudos, recomendo para entender melhor como era o sertão na república velha.
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melmelcaiudoceu 15/01/2023

O suco da insensatez
Basicamente leitura para vestibulares (e estudos de sociologia), terminei no começo desse ano.
É o cúmulo do preconceito regional. Lá o sertanejo é caracterizado como uma criatura quase repugnante, que existe para dar dó.
O determinismo europeu é intrínseco para a criação de Os Sertões, já que Euclides da Cunha o incorpora e aponta a geografia, a raça e a cultura local como questões que determinam o que os sertanejos passavam, desenhando também uma silhueta de que pessoas de grandes cidades eram superiores.
Euclides da Cunha acompanha a construção e a queda de Canudos, juntamente com toda a história de Antônio Conselheiro, autodenominado "O Peregrino" e seus seguidores. A Guerra em si, começa com a inconformidade do Governo da Bahia e dos donos de latifúndio, com a criação de Canudos, onde a população não pagava imposto e nem seguia as leis da Constituição.
É uma leitura que eu recomendaria? Honestamente não. Mas é importante para a formação do país e explica muito sobre atitudes de hoje.
O que me conforta é que não vou ter que ler novamentekk
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