Cintia 25/03/2023Canudos não se rendeuComo nordestina, nascida e criada numa vegetação, clima e circunstâncias semelhante a descrita no livro, a parte I, que trata-se da terra foi como poesia. Que lindeza! Que delicadeza! Que fineza ao descrever os detalhes da terra. Achei de uma sensibilidade de fino toque, a descrição do umbuzeiro e do Juazeiro, me deixaram emocionada. A descrição do sol se pondo, que é tão característico daqui, me fez voltar ao tempo que era criança e ficava encantada, como o céu tão azul durante o dia, podia ficar vermelho para depois enegrecer com a noite.
A parte do homem gera muito incômodo pela eugenia, no momento em que ele compara o jagunço ao gaúcho chega a ser intragável. Tive vontade de desistir.
Mas "o sertanejo é, antes de tudo, um forte" foi uma descrição acertada, como a aparência sofrida do sertanejo engana, como a força vêm deles quando preciso, aliás, a força não vêm, eles são a força!!! Nós somos a força!!!
Força demostrada em todas as partes que trata da luta, caíram lutando!
Foi péssimo ler a parte em que os sertanejos são mortos depois da invasão, que modo bárbaro e vindo de uma força que deveria garantir dignidade.
Antônio Conselheiro, ao me ver, foi um fanático religioso, mas foi quem acolheu um povo sofrido e esquecido.
Euclides mostra isso, como uma resenha que li aqui, o livro é a todo tempo uma denúncia! Denúncia de um povo negligenciado, como o nordeste sempre foi...