gduda 08/01/2023
Emocionou
Ainda não fiz meus estudos sobre a obra, mas lendo-a integralmente o que percebi e me chamou mais atenção foi a imersão no contexto indígena, pensado em cada detalhe. Na carta da 1º edição do livro, o próprio autor fala que sua intenção era essa de fato e que o processo de escrita foi bastante focado em encontrar uma forma que pudesse expressar tudo isso. Bom, a forma escolhida, para mim, é perfeita pois narra a trajetória de Iracema e Martim em um amor que, a princípio, seria proibido, mas que não resiste à paixão e acaba sendo vivido até o fim, imerso na cultura e nos costumes indígenas. A escolha de termos, nomes e palavras indígenas é o que acho mais belo na obra, embora nem sempre seja fácil de entender o que querem dizer. Além disso, dois detalhes da obra me pegaram de jeito: O pássaro Jandaia e sua representação e também a passagem do tempo em fenômenos naturais ao invés de dias/semanas, como por exemplo: "[...] passaram-se três luas.". Minha nota é 4/5 estrelas somente porque em muitos momentos não consegui compreender totalmente o que estava sendo dito ali, por conta dessa linguagem mais rebuscada dos romances com palavras que não conhecia. Tudo isso é novo para mim e, portanto, posso dizer que fui surpreendida positivamente.