Memórias de um sargento de milícias

Memórias de um sargento de milícias Manuel Antônio de Almeida




Resenhas - Memórias de um sargento de milícias


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Ronis 11/08/2012

Um Sargento Malandro
A obra, Memórias de um sargento de milícias escrita por Manuel Antonio de Almeida
Escritor muito famoso no Brasil, nasceu em 17 de novembro no Rio de janeiro se formou em medicina mas nunca chegou a exercer a profissão, foi funcionário publico, nos cargos de administrador de tipografia Nacional e de oficial do ministério da Fazenda.
Trabalho como jornalista no Correio mercantil nos anos de 1854 a 1856.
Morreu em um naufrágio a bordo do barco a vapor ‘‘Hermes’’, que se dirigia a cidade de campos, no Rio de janeiro.
Memórias de um sargento de milícias nos leva ao século XIX quando a família real portuguesa habitava em terras brasileiras.
Leonardo algibebe estava em um navio saído de Portugal com destino ao Brasil quando conheceu Maria, uma quitandeira de Lisboa, se apaixonou por ela, chegando no Brasil na cidade do rio de janeiro Leonardo virou meirinho, profissão muito respeitada da época, tiveram um filho. Maria traiu Leonardo e fugiu, deixando o filho a própria sorte com apenas 7 anos de idade, Leonardo também o abandonou e sobrou para o compadre cuidar dele, e fez com bom gosto.
O tempo foi passando e o menino que se chama Leonardo cresceu mas só de tamanho por que era um verdadeiro bagunceiro não queria saber de aprender a profissão do padrinho que era de barbeiro e muito menos ir para uma escola.
O padrinho queria fazer de Leonardo um clérigo, já a comadre queria colocá-lo na Conceição, a aprender um ofício.
O padrinho venceu e o menino foi para uma escola aprender o A B C, só que a vagabundagem era tanta que acabou saindo da escola e tomando gosto em trabalhar na igreja como coroinha, mas também não se deu muito bem, acabou aprontando justo com o sacristão da paróquia, o padrinho já não sabendo mas o que fazer e deixou o menino achar o seu próprio caminho.
Numa visita a D. Maria Leonardo conheceu sua sobrinha Luisinha e se apaixonou, mas a moça já tinha pretendente um homem chamado José Manuel.
O tempo passou e o padrinho morreu, deixando uma pequena fortuna para Leonardo, porem como era menor de idade não pode apropriar se dela.
Foi morar com seu pai também chamado Leonardo que depois de fazer varias burradas se casou com a filha da comadre e teve uma filha, o único problema era que sua mulher e Leonardo não se davam muito bem, em uma discussão saiu de casa e encontrou um antigo amigo da igreja e outros companheiros que se juntavam em uma ceia, Leonardo se juntou a eles e conheceu Vidinha, uma moça muito bonita e cantadora de modinhas, foi morar como agregado na casa dela e logo estavam namorando, mas os primos de Vidinha q eram apaixonados por ela não gostaram muito disso e logo tramaram um plano contra ele.
Na que Le tempo todos tinham medo do Vidigal um militar com poderes inacabáveis e foi bem ai que os primos resolveram procurar ajuda para acabar com Leonardo, o acusaram de ser vagabundo ‘’’o que não era mentira’’ para o Vidigal.
Leonardo saiu com Vidinha e todos os parentes dela para uma ceia. O Vidigal apareceu e o prendeu o acusando de ser um vagabundo, só que Leonardo consegue escapar e acaba com a fama de durão do Vidigal.
Sabendo desse fato a comadre arruma um emprego para ele na uncharia real, só que Leonardo acaba se envolvendo com a mulher do Toma-largura, o que fez Leonardo perder o emprego e ser mandado embora da casa de Vidinha e ainda por cima foi preso pelo Vidigal.
Nesse tempo Luisinha se casa com José Manuel.
Depois de alguns tempos sem ter noticias do Leonardo ele reaparece com o cargo de Granadeiro e deixa todos surpresos.
Trabalhando junto com o Vidigal, Leonardo acaba aprontando e trai a confiança, é preso e julgado a um terrível castigo, a comadre que sempre o protegeu foi procurar a ajuda de D. Maria e de Maria Regalada uma ex namorada do Vidigal, bolaram um plano e o colocaram em pratica.
O plano da certo e Leonardo é solto e promovido a Sargento um importante cargo para a época.
O marido de Luisinha morre e Leonardo não perde tempo, pede Luisinha em casamento, o único problema é que um Sargento não pode casar, então Leonardo renuncia ao cargo e se casa com Luisinha.
O livro descreve muito bem como era a vida na que Le tempo e faz o leitor reviver antigos mitos e antigos ditados, uma coisa muito curiosa é que o autor não da nome para todos os personagem e deixa o leitor intrigado para saber qual o nome do Leonardo que só é revelado depois de algumas paginas. O livro faz um suspense em quase todos as suas paginas principalmente na hora que Luisinha se casa e Leonardo namora Vidinha, pensamos que o rumo da história seria diferente mas no final vemos que o primeiro amor sempre tem peso.
Como todo bom livro antigo este também não poderia deixar de ter palavras e frases difíceis de entender, mas nada atrapalhe na leitura.
Recomendo o livro a todas as idades.
Washington 13/08/2012minha estante
Copiou da internet aposto ! UHSAHUAHUAHUUHSUHAUHSAUHA


Priscila 14/08/2012minha estante
Que maldade Washington!!!




Loira 11/08/2012

Não basta sonhar, você tem que realizar.
Leonardo Pataca e Maria Hortaliça têm um filho juntos, cujo o nome é o mesmo que o pai, com o apelido "leonardinho", Personagem principal da história, criado pelos padrinhos pelo fato de seus pais terem se separado. Leonardinho tinha fama de "vadio,malandro" e adorava fazer estripulias e criar problemas.Julga-se o Anti-herói e Herói picaresco do romance, Apesar de todas essas afirmações ele é apaixonado por uma garota chamada Luisinha.Em principio ela é desengonçada e estranha, e depois com o decorrer do tempo se torna uma garota bonita. Porem para atrapalhar o romance dos dois, um inimigo de Leonardinho aparece para conquistar o coração de Luisinha de todas as maneiras e acaba conseguindo a mão de Luisinha em casamento. Ele se chama José Manuel, Salafrário e calculista.
Com todas essas coisas acontecendo Leonardinho se vê em apuros, vê que está perdendo seu grande amor, e com muitos problemas em casa com a madrasta é expulso de onde vive. Em fins o Major Vidigal leva Leonardinho preso. Sua Madrinha regalada aparece, ela é a dona do coração de Vidigal que convence a soltar o Leonardinho e faz ele oferecer um cargo de Major. Com o decorrer da prisão de Leonardinho, Luisinha fica Viúva, José Manuel, seu marido, teve uma grave doença e morre. E então chega a grande chance de Leonardinho se aproximar dela. Luisinha não resisti e cai nos braços do verdadeiro amor de sua vida, Embora para Leonardinho casar-se com Luisinha precisava dar baixa no cargo de Major, e foi o que ele fez, e acaba nas Milicias podendo se casar com Luisinha. E o amor se une, tornando-se um laço entre os dois. Essa história apresenta-se a vida suburbana do Rio de Janeiro. Com linguagem coloquial "social simples". No final a vida de Leonardinho se organiza, tudo se encaixa, com a presença do Romance, nos deixando apaixonados e emocionados pelo lindo conto.
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Thamires 10/08/2012

De um vagabundo á um Sargento apaixonado

O livro Memórias de um Sargento de Milícias é um romance que foi es-crito pelo autor Manuel Antônio de Almeida que, nasceu no ano de 1831, em novembro no Rio de Janeiro, no bairro de Gamboa.
O autor deu início a sua carreira entrando para a escola de Belas-Artes, porém em seguida desiste, e entra para a escola de medicina e lá continuou até se formar.
Devido a problemas para financiar seus estudos, começou a fazer tradu-ções para o jornal “A Tribuna Católica”, depois entrou para o jornal “Correio Mercantil”. Lá escrevia críticas literárias, reportagens, artigos médicos, crônicas e traduzia alguns livros.
Com passar dos anos estava sempre mudando de cargo, passando a ocupar, o cargo de diretor da Imperial Academia de Opera Nacional, sendo in-fluência para a escrita de um drama lírico, chamado de “Dois amores”.
Manuel continuou mudando de cargo, passou para administrador de tipo-grafia Nacional.
Neste cargo conheceu ainda jovem, Joaquim Maria Machado de Assis, Manuel deu-lhe oportunidade para entrar para o jornalismo, como crítico de teatro.
Após este cargo, Manuel tornou-se segundo oficial da Secretaria dos Ne-gócios da Fazendo, recebendo também a tarefa de escrever a história da Ad-ministração da Fazenda, na mesma época, candidatou-se a deputado.
A história do livro Memórias de um Sargento de Milícias, foi escrito con-forme conversas, que Manuel, tinha com seu amigo português Antônio Cesar Ramos, na redação do “Correio Mercantil”.
Manuel realmente conheceu Major Vidigal, que mais tarde, tornou-se per-sonagens de sua história.
Enquanto Manuel ainda era vivo, os críticos, não reconheciam sua obra como de grande importância, na verdade para eles, a obra não tinha importân-cia alguma.
Depois de sua morte em um naufrágio, em 1861, no dia 28 de novembro, seu amigo chamado Quintino Bocaiuva, homenageou o amigo, lançando a segunda edição, e com reavaliação crítica o livro vieram os reconhecimentos.
O livro conta a história que foi vivida no século XIX, na época da vinda há família real portuguesa, onde Leonardo-Pataca e Maria-Hortaliça, começaram, dentro do navio um namoro, e ao chegar em terra firme, Maria descobre estar grávida.
O menino recebeu o nome do pai, o padrinho é o barbeiro, a madrinha, é a parteira.
Depois de estarem morando juntos, começaram a se arrepender, e com isto, Maria trai Leonardo, com o capitão do navio, que fazia algumas visitas.
Quando Leonardo descobre revolta-se e chega até a bater em Maria, as-sim, terminam.
Maria foge para Portugal com o capitão, abandonando o filho, o deixando sobre a responsabilidade do compadre (padrinho).
Leonardo vai embora também, indo para cidade nova, onde conhece o Vidigal, lá é preso.
Lá conhece e vive um curto romance com uma cigana, que a mesma, tem um caso com o mestre-de-cerimônias, que após um tempo, foi descoberto, e o mestre, bem, ele deixou de ser mestre.
O padrinho do menino tem dificuldade de cria-lo, já que muito endiabrado. O compadre queria que o afilhado se tornasse clérigo, já a comadre queria coloca-lo na Conceição, a aprender um ofício.
Mas o menino não tinha bom comportamento na escola, não respeitava, só aprontava.
Com o passar dos anos o menino (Leonardo) tornava-se, um exemplo de vagabundo.
Na adolescência conheceu a sobrinha de Dona Maria, antiga amiga do compadre, se apaixonando, porém Luizinha casa-se com José Manuel.
O Leonardo-Pataca, que em laços amorosos com a filha da comadre (Chiquinha), deu a luz a uma menina que foi chamada de Chiquinha o mesmo nome de sua mãe.
Entre esses e outros acontecimentos, o compadre que estava muito doente morre. Leonardo fica abalado não só com isto, com outros fatos também, sai sem rumo, e ao chegar ao rancho encontra Vidinha, por quem se apaixona imediatamente, mas passando um tempo, major Vidigal faz uma visita ao Leonardo, afinal major não gosta de vagabundos, por isto, planejava dar um jeito em Leonardo. Mas Leonardo consegue escapar, e com o susto consegue um emprego que a comadre arranjou-lhe.
Posterior a Leonardo ser despedido, major vai atrás, e o rapta, então re-cebe o castigo de levar chibatadas, porém a comadre, D.Maria e Maria Rega-lada conseguem evitar isto.
Em seguida ficam sabendo rapidamente que Luisinha está viúva, e que Leonardo havia sido solto, tornando-se Sargento.
Ao sair Leonardo foi informado de Luisinha, e foi logo a sua procura.
Depois de alguns dias, Leonardo e Luisinha retomaram o amor, o casa-mento veio depois de Leonardo, pedir a baixa na tropa, passando-se no mes-mo posto para milícias.
Maria-Regalada e Major vão para prainha, o autor termina dizendo que dali em diante, surge a morte de D.Maria, do Leonardo, e outros acontecimen-tos tristes, e por isso poupa o leitor fazendo dali o ponto final.
Este final, e o jogo que o autor faz de ficar relembrando acontecimentos, o emprego dos nomes aos personagens, deixaram o leitor um pouco confuso, fazendo com que, ás vezes, se perca na leitura, sem saber o motivo de ter vol-tado a história de um dos personagens, e qual personagem? E por que os no-mes repetem-se? E no final o leitor fica curioso já que comenta acontecimentos previstos, mas não os narra.
Porém, o humor que há na história, na forma de como é narrada, a rela-ção entre o narrador e a história, os acontecimentos, o fim de cada persona-gem, é o que faz o leitor ficar empolgado com a história, e desta forma, se sen-tindo satisfeito com o fim da história.
No final de tudo o leitor compreende que, a leitura valeu pena, e a reco-mendando a outros.
Caso o leitor venha a se confundir um pouco na história, basta voltar um capítulo, ou se preciso ler um resumo para melhor compreensão.

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JH 09/08/2012

Se Manuel Antônio de Almeida fora íntimo o suficiente da época que narrou ao ponto de ser fiel à realidade, não se pode dizer. O que se pode afirmar é que, através da narração da vida dos personagens que criou, ele pinta-a como sendo o momento de uma cultura na qual todos são muito religiosos, mas ninguém é santo. Neste universo, encontramos vadios, fofoqueiras, encrenqueiros, mesquinhos, hipócritas... Enfim, os mais típicos perfis do povo brasileiro, de ontem, de hoje e de sempre.
No centro de todos, está nada mais, nada menos, que o protótipo do “malandro” carioca: Leonardo (filho), o protagonista, a partir do qual as demais histórias se desenrolam. Sendo um órfão de pais vivos, que estavam ocupados demais em se envolver com romances e amantes para cuidarem dele, foi criado pelo padrinho, um barbeiro solitário que incumbiu-se da árdua tarefa de dar jeito ao menino, tentando discipliná-lo e dar-lhe um futuro. O menino, por sua vez, tendo “maus bofes” já desde pequeno, incapaz de fazer qualquer coisa que não resultasse em bagunça ou proveito próprio, acaba por cair num destino de boa-vida. E para salvá-lo das desventuras em que se mete, enquanto vai crescendo, seus familiares e amigos movem mundos e fundos, fazendo planos daqui, intrigas dali, chamando a polícia, mandando rezar missa, rogando favores a conhecidos seus...
O tom da narrativa lembra muito um português de Portugal, clássico, mais formal que o de Machado de Assis; o que me faz pensar se o autor não apelou ao estilo de escrita para inspirar no leitor uma maior aproximação com a época narrada (que é, a final, mais antiga que o tempo em que foi escrita). Muitas palavras arcaicas são utilizadas, e alguma dificuldade pode ser encontrada pelo leitor neste sentido, mas, de forma geral, a leitura é fluída.
Destaco o personagem do major Vidigal. Cercado pelo seu grupo de “policiais”, digamos assim, Vidigal é na verdade uma espécie de inquisidor, pois caça, julga e aplica a pena àqueles a quem bem entender. E, apesar de seus escrúpulos e sensatez, Vidigal não está livre de arbitrariedades: algumas mais explícitas, como quando pune àqueles que lhe ofendem, outras mais sutis, como o fato de sua vigília estar sempre focada em encontrar desocupados e festeiros a serem presos. Só isto revela um conflito que é presente na cultura brasileira até hoje: o trabalho como exigência social versos o espírito festeiro do povo. Além do que, também encontramos aí, nesses tempos, o medo mesclado à idolatria às autoridades, que dá mostras de um povo passivo diante dos abusos dos governantes e da lei.
Por fim, resta dizer que dei boas risadas durante esta leitura. E isto, para um livro, ainda mais sendo um livro clássico, é algo de ser admirado.
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Heitor 06/08/2012

Das traquinagens à Sargento de Milícias .
O romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, publicado por capítulos em forma de folhetim entre 1852 e julho de 1853, pode ser definido como “picaresco”, onde o seu herói geralmente leva uma vida de malandro e desnorteada. Este tipo de gênero literário teve origem na Espanha com a publicação de "Lazarillo de Tormes", de 1554, autoria anônima, considerado o precursor desse gênero literário.
Memórias de um Sargento de Milícias se passa no começo do século XIX, durante o reinado de D. João VI, e conta uma história empolgante e cômica de “pessoas comuns” da cidade do Rio de Janeiro.
Em especial, o romance foca na vida super atribulada de Leonardinho. Este protagonista, que deveria ser o herói da história, pode ser definido como o anti-herói, já que não é perfeito e está sempre metido em confusões. Além disso, passa boa parte da vida correndo da justiça do Major Vidigal. Um homem a quem todo mundo respeita, que decidia quem podia ser solto e quem devia estar preso. Contudo, é graças ao Major, que ao final da história, Leonardinho enfim, toma um rumo descente em sua vida.
O narrador inicia seus relatos à respeito de Leonardinho desde sua extrema origem, isto é, desde o momento em que os seus pais se conhecem, Leonardo-Pataca e Maria Hortaliça. Leonardinho tem por padrinho um barbeiro e por madrinha uma parteira, a quem o autor não estabeleceu nomes, esses que mais tarde terão mais destaque na história do que o próprio pai de Leonardinho.
O primeiro acontecimento, e um dos mais importantes, foi a separação dos pais de Leonardinho, ainda quando criança, graças à uma traição por parte de sua mãe. Na descoberta da traição, Leonardo-Pataca enfurecido agride seu filho com um chute sem dó nem piedade. Depois do ocorrido, sua mãe foge com o amante e seu pai o abandona com o seu padrinho, o barbeiro. Nesta época Leonardinho estava com sete anos.
A partir de então, Leonardinho que já era muito travesso, só piora com a educação de má qualidade do barbeiro. Este não impõe limites, não o repreende, acha graça de suas traquinagens e o deixa viver da maneira que acha melhor. Por isso, ao ficar mais velho, Leonardinho não se interessa por nada, nem mesmo pela escola. Vale lembrar que o sonho do barbeiro era ver o afilhado se tornar padre.

Por outro lado, Leonardinho podia sempre contar com a presença e o apoio de sua madrinha, a parteira. Esta, uma mulher extremamente ligada aos assuntos da igreja, e que fazia de tudo para ver o afilhado bem e não concordava com os rumos que o padrinho desejava ao garoto. Para ela, Leonardinho deveria estudar na “Conceição” (provavelmente uma escola de arte).
Em meio à dificuldades e estripulias em sua vida, Leonardinho encontra mais para frente uma nova protetora. Esta se chamava D. Maria, uma mulher idosa, rica, de bom coração e velha amiga da madrinha de Leonardinho. D. Maria era mais uma que gostaria de dar um futuro diferente ao garoto. Para ela, ele deveria trabalhar em um cartório. Mas enfim... O importante é que D. Maria era tia do primeiro amor de Leonardinho.
Luisinha, esse era o nome da moça, a princípio não despertava nenhum interesse ao rapaz e também não demonstrava sentir algo diferente por ele. O caso é que esta mexeu profundamente com o moço.
Começa então uma investida do padrinho e da madrinha a favor da junção de Luisinha à Leonardinho, já que nesse meio tempo, surge José Manuel. Um homem que tinha por volta de 35 anos de idade e que, até então, era agradável aos olhos de D. Maria e com isso, poderia ser um bom pretendente à Luisinha.
É neste momento da trama que há a declaração amorosa de Leonardinho. Ao mesmo tempo, sua madrinha procurava difamar e mal-dizer José Manuel à D. Maria. As tentativas da madrinha até surgem efeito e espantam José Manuel da casa de D. Maria. Porém, como se não bastassem todos esses problemas Leonardinho, acaba ganhando mais um, pois seu padrinho adoece e não resiste.
Com a morte de seu padrinho, Leonardinho é obrigado à morar na casa de seu pai. Leonardo-Pataca à tempos já estava casado com Chiquinha (filha da madrinha de Leonardinho), e com ela já tinha até uma filha. Chiquinha era o tipo de pessoa que se divertia com a irritação alheia. Já se sabe que Leonardinho nesse momento não estava nem um pouco feliz, pois também já tinha se afastado de Luisinha.
Devido as discussões, brigas e provocações, principalmente por parte de Chiquinha, Leonardinho foge de casa e sai por aí sem rumo. É quando por acaso, encontra uma roda de jovens se divertindo, dentre os quais, reconhece um velho amigo que o convida para se juntar a eles. Leonardinho não tendo muita escolha, se reúne ao grupo.

Ao grupo também faz parte uma bonita moça, de 18 a 20 anos, responsável por cantar modinhas. Esta chamava-se Vidinha. Leonardinho ao ouvir Vidinha cantando, logo se encanta com a moça, e não tira mais os olhos de cima dela. Enfim, pode-se dizer que havia despertado ali um novo amor.
A história não para por aqui... Mas minha resenha sim! Para descobrir a importância do Major Vidigal que foi citada no início, o futuro das outras personagens, a qual amor Leonardinho irá se entregar, o de Luisinha ou o de Vidinha, isso se não aparecer outro no meio do caminho, você terá que ler este belo romance que se parece muito com o enredo das novelas televisivas que costumamos a ver.
Todas as reviravoltas do romance, que vão desde o início até o último capítulo, contribuem para a grande qualidade da obra. Todo o suspense que um capítulo deixa ao próximo nos estimula a ler cada vez mais. Realmente se trata de um romance bem diferente do que costumamos a ler. Vale muito a pena!
E então, vá descobrir como termina a história e saber realmente quem é o Sargento de Milícias!!!
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Dayane 05/08/2012

Memórias de um Sargento de Milícias
Nos tempos do rei o nascimento de uma criança dá início a essa obra cômica e um tanto quanto trágica que é um marco da literatura propriamente brasileira.
Filho de Maria-da-Hortaliça e de Leonardo-Pataca, Leonardo é um menino endiabrado que não poupa ninguém de suas travessuras, depois da separação de seus pais, é adotado pelo padrinho-um homem calmo e tolerante que deseja o tornar clérigo. O problema é que o menino não tem vocação para isso e até mesmo na igreja consegue criar confusão, o compadre sempre parece ser o único a apoiá-lo e às vezes até ri de suas maldades, no fundo tendo um imenso amor por Leonardo.
O garoto cresce e continua da mesma maneira, mas ao conhecer Luisinha, seu primeiro e grande amor, muda seus comportamentos; Leonardo, encorajado pelo compadre se declara a Luisinha, que mostra gostar dele também, o problema é que um antigo amigo de Dona Maria- a mulher que adotou Luisinha- já tem planos de se casar com a moça; Leonardo recorre ao compadre, que por sua vez recorre à comadre- madrinha de Leonardo- uma parteira que quando se trata de assuntos da cidade esta sempre por dentro. A comadre inventa uma mentira enorme a respeito do amigo de Dona Maria, e Leonardo ganha pontos com Luisinha, mas no final a mentira é descoberta e Leonardo perde a moça de vez para Jose Manoel, que reconquistando a honra da amiga, casa-se com Luisinha.
Nesse decorrer de tempo, o compadre fica muito doente e morre, deixando uma pequena herança para seu afilhado, que resolve ir morar com seu pai; e já que Leonardo-Pataca (depois de muitos desentendimentos amorosos e episódios constrangedores) casou-se com Chiquinha, filha da comadre, essa resolve ir também. Leonardo nunca se deu bem com Chiquinha, os dois sempre estavam discutindo por algum motivo, mas um dia a briga foi tão feia que Leonardo fugiu de casa com medo de apanhar do pai. Leonardo correu tanto que nem fazia idéia de onde estava, mas não se preocupava com isso, seus pensamentos estavam muito longe quando foram interrompidos por gargalhadas vindas de trás de uns arbustos, ele reencontrou um grupo de velhos amigos onde conheceu Vidinha, uma moça muito bonita que encantava a todos com sua voz e talento para modinhas, Leonardo apaixonou-se perdidamente por ela, esquecendo dessa forma, Luisinha que já estava muito bem casada.
Leonardo foi morar na casa da família de Vidinha, por lá ele era muito amado, exceto pelos dois primos de Vidinha que também eram apaixonados por ela. Vidinha não escondia sua preferência por Leonardo e isso despertou a fúria dos dois rapazes que fizeram com que Leonardo fosse preso pelo Major Vidigal, uma autoridade muito respeitada naquele tempo; Leonardo esperto e muito ágil conseguiu escapar no momento em que estava sendo levado para a prisão, com essa atitude o major sentiu-se desafiado e desapontado, já que ninguém nunca havia conseguido fugir dele, prometendo assim vingança a Leonardo.
Leonardo nunca estudou ou trabalhou (pelo menos não por muito tempo), nas uma ou duas vezes que tentou, suas tentativas não trouxeram resultados significativos; mas dessa vez ele precisava trabalhar, para poder assim, diminuir as chances do Major Vidigal prendê-lo. Ele foi trabalhar com o rei, era um emprego bom e bem remunerado, mas não fique tão feliz, pois não demorou muito tempo pra ele arranjar encrenca: onde ele trabalhava havia um homem chamado Toma-largura que maltratava muito sua mulher, Leonardo sentindo pena da moça resolveu um dia levar uma tigela de caldo para ela enquanto seu marido estava trabalhando, mas o homem chegou bem na hora em que os dois estavam tomando o caldo, vendo aquela cena o Toma-largura começou a correr furioso atrás de Leonardo, que saiu apressado derrubando tudo o que via pela frente, causando assim sua própria demissão.
Quando sua nova família- e principalmente Vidinha- descobriram o motivo de sua demissão as coisas se complicaram; Vidinha era extremamente ciumenta, e depois de chorar e gritar resolveu que iria pessoalmente a casa do Toma- Largura entender o que havia acontecido; Leonardo saiu correndo atrás da amada, mas foi deixado para trás; de repente sentiu uma mão o puxando pela gola da jaqueta, era o Major e desta vez não havia como fugir.
Vidinha não conseguiu nada na casa do Toma-largura, afinal não havia nada a se esclarecer, ela só conseguiu chamar a atenção do homem, que rapidamente apaixonou-se por ela; depois da prisão de Leonardo ele sumiu e ninguém tinha notícias dele, por isso Vidinha se aproximou de Toma-Largura, mas seu romance se desfez quando em uma cerimônia de família o homem causou uma tremenda confusão e foi preso pelo, agora, granadeiro Leonardo.
Mesmo depois de se tornar granadeiro, Leonardo não parou de aprontar, e arrumou uma confusão tão grande que foi preso e condenado a chibatadas, mas essas não lhe atingiram a pele graças a Dona Maria, a comadre e à Maria-Regalada - uma antiga paixão do Major - que o ajudaram, o plano das três mulheres (principalmente da última) foi tão bom que Leonardo foi solto e promovido a sargento.
Passando-se um tempo, José Manoel morreu e Leonardo foi prestar as condolências à família, depois de uma conversa rápida com Dona Maria, ele começou a procurar uma pessoa especial, que não via há muito tempo, sem demora encontrou Luisinha, que retribuiu seus olhares; os dois ficam surpreendidos com a mudança de aparência um do outro que aconteceu no decorrer dos anos e conversam brevemente, despedindo-se com um aperto de mão, que naquela época significava muita coisa.
Dias depois os dois reataram o namoro e queriam se casar, o problema é que para isso Leonardo precisava dar baixa na sua tropa de linha e que passasse no posto de sargento para as milícias, mas isso exigia a permissão do Major; então lá foram Dona Maria, a comadre e Luisinha à casa do Major, que sendo encontrado na companhia de Maria-Regalada deu sem demoras a permissão, e Leonardo pode assim finalmente casar-se com sua amada.
O desfecho da história é desastroso, e um tanto quanto engraçado: Dona Maria e Leonardo- Pataca morrem e o narrador resolve nos poupar de uma série de acontecimentos tristes que com certeza renderiam muita confusão e que nos provariam realmente que (como dizia a comadre) Leonardo não nasceu num bom dia.
O livro memórias de um sargento de milícias é um ótimo livro, pois nos conta de uma forma divertida a história de personagens que nos ajudam a compreender como se portava a sociedade brasileira no século XIX. O único livro de Manuel Antônio de Almeida, retrata a sociedade da época, evidenciando os problemas sociais e criticando os valores, deixando de lado a idealização de personagens, e reconstruindo costumes que nos mostram uma visão muito próxima da realidade, sendo, portanto, uma obra precursora do Realismo no Brasil.
Por ser originalmente um folhetim, o livro apresenta capítulos curtos e independentes, em geral contando um episódio completo, revelando sempre uma grande surpresa que será desenvolvida somente no capitulo seguinte, causando assim no leitor, grande expectativa e curiosidade. No livro o autor usa elementos que atingem e atraem exatamente as classes sociais que ele retratava: as personagens se apresentam em uma categoria mais social e menos psicológica, representando muitas vezes tipos alegóricos: os personagens não representam indivíduos definidos, mas sim tipos sociais. E a linguagem é popular, simples e coloquial, de acordo com pessoas pertencentes a camadas sociais mais baixas. O autor aproxima as falas das personagens das expressões usadas na época, em uma linguagem objetiva e de fácil compreensão, que facilita a leitura, tornando-a dessa forma mais rápida.
O narrador é muito importante é muito importante no livro, pois no decorrer da história ele cria com o leitor certa cumplicidade, principalmente pelo fato de ser onisciente, ele opina sobre os acontecimentos e nos mostra seus pensamentos, tornando assim a história mais dinâmica, com um ponto de vista adicional que nos ajuda a compreendê-la; ele a todo o momento nos dá dicas sobre os personagens e literalmente conversa conosco. O narrador descreve as características dos personagens e do espaço em que eles estão perfeitamente, sendo muitas vezes detalhista e íntimo em suas descrições, fazendo assim com que nos transportemos para a época e para o espaço onde a história aconteceu.
O livro memórias de um sargento de milícias realmente despertou meu interesse pela literatura nacional; com uma linguagem simples, mas com riqueza de informações, o livro consegue nos cativar, despertando cada vez mais nossa curiosidade; os personagens são tão autônomos que parecem reais, que parecem nossos conhecidos, e essa é a verdadeira magia da leitura, através de palavras o autor consegue nos apresentar a pessoas, costumes e gostos diferentes dos que estamos habituados, e que no passado fizeram parte da sociedade brasileira, nos ajudando a construir o que somos hoje, por isso possuem tamanha importância.

Math 08/08/2012minha estante
Adorei
Mas que bíblia hein? kk




AlineeG 05/08/2012

Sargento de Milícias
Memória de um sargento de Milícias conta a historia de Leonardo, “filho de Leonardo-Pataca”, que por conta de ter sido rejeitado pelos pais vai viver com seu padrinho. Este ama o sobrinho muito, porém é um amor cego, que faz com que o menino pratique diversas travessuras, e no futuro se torna um preguiçoso, e que se apaixona muito facilmente o que acaba lhe causando vários problemas.

A história se passa no Rio de Janeiro, porém em outra época, e com isso nos mostra outros costumes e cotidianos diferentes, com um foco direto para as pessoas das classes populares cariocas.

O livro é parecido com uma novela, e é de fácil entendimento, com palavras e expressões diferentes das que usamos atualmente, porém fáceis de serem entendidas. Os fatos se desenrolam de uma forma boa, com passagens por todos os personagens, porém alguns pontos deveriam ter sidos mais enfatizados, como: “O porque do Major Vidigal ter tornado o Leonardo granadeiro”. Mas o livro é muito bom, e recomendo, porque é como se você estive vendo uma novela.

Um dos pontos que mais curti foi o fato que apesar de todas as diabruras e travessuras, no final ele acabou tomando um rumo na vida e deu prioridade ao amor, o que mostra que quando a pessoa deseja mudar é possível, basta ter vontade.

O que se passa nesse livro pode até ter se passado em outro século, porém o teor da história é bem atual, pois grande parte ainda acontece nos dias de hoje, como: “Os filhos serem rejeitados pelos pais”, “Crianças mimadas na infância e depois quando adultas não querem fazer nada(preguiçosas)”...

Uma história que me fez refletir na seguinte frase:“Cada ato tem uma consequência,só nos resta aceita-las”.

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Anne 02/08/2012

Um romance excêntrico
Confesso que não coloquei muita fé quando o peguei para ler, porém, as aventuras do anti - heroi Leonardinho me conquistou. Com capítulos curtos e um pré - realismo tímido e arcaico, Memórias é uma obra que faz questão de manter o equilíbrio emocional dos personagens sem falsos moralismos. A obra lembra as peças de Gil Vicente, cujos personagens são tipos sociais.
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Guga 02/08/2012

Crítica
Concluí esta semana a leitura deste livro que compõe a lista dos clássicos da literatura brasileira inserido no estilo da prosa romântico, segundo Tufano (1996, pg. 101) “pode ser classificado em urbano, sertanejo ou regionalista, histórico e indianista”.

O autor Manuel Antônio de Almeida optou primeiramente em publicar capítulos do livro periodicamente num jornal do Rio de Janeiro, Correio Mercantil, entre os anos de 1852 a 1853. Esta opção veio a satisfazer o gosto de leitura dos jovens das classes mais abastadas da capital do Império ávida por produções dessa natureza.

http://literaturagjb.blogspot.com.br/2011/03/memorias-de-um-sargento-de-milicias-de.html
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Rapha 01/08/2012

Um Sargento de Milícias
A obra conta as aventuras de Leonardo ou Leonardinho, filho ilegítimo dos portugueses Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça. Um menino que quando novo muito sapeca o tempo se passa e o menino vira um tipico boemio, se apaixona por “luizinha”, mais tarde teu padrinho morre e ele volta a morar com o pai mas por causa de uma discusão com a madrastra foge de casa e vai viver com amigos e vive um amor com “”vidinha” que é correspondido só que depois de uma armadila armada por seus primo ele quase é preso. Quando começa trabalhar se envolve com a esposa do chefe e é logo demitido, por entender muito da vida marginal ele se torna policial mais por ajudar e proteje os bandidos acaba preso, sua madrinha consegue tua liberdade, “luizinha” seu grande amor após ter se casado fica viuva e se muda para sua cidade e leonardo é promovido a sargento e”luisinha” e leonardo se casam.
Mais a ousadia do autor em usar seu humor e brincar com o romantismo, faz com que a obra vire uma critica muito grande a esse movimento literario pois a mãe abandonou leonardo para ficar com um cpitão de um navil e o pai também o abandona, ele vive com um tiu que rouba parte da erança de uma sobrinha.
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Marília 14/07/2012

Clásico
Demorei para ler este livro, que no início foi cansativo.Entretanto, na segunda parte melhorou e eu passei a gostar da forma pela qual o autor introduz os fatos.Há situações engraçadas e no fim, a leitura valeu.
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Cah 12/07/2012

Como a maioria deve saber, Memórias de um Sargento de Milícias é um clássico brasileiro, escrito por Manuel Antônio de Almeida, que conta a história do Leonardo, uma peste de garoto, que odeia a escola e adora tirar sarro dos outros.

Originalmente publicado em Folhetins no Correio Mercantil do Rio, separado em capítulos curtos e com linguagem de fácil entendimento, buscava relembrar à época da história de Leonardo, comparando-a com a época em que o livro fora escrito, mostrando os costumes e o dia a dia do povo da época.

É comum que as pessoas fujam dos livros titulados de "clássicos" com medo da linguagem culta e da história complexa, mas não é o caso deste livro, mesmo quando aparece alguma palavra estranha, não compromete o entendimento da história, e seus capítulos curtos deixam a leitura mais fluente.

O começo é um pouco repetitivo, fica contando as bagunças de Leonardo e como o Comadre acha engraçado suas diabruras, mas justo na hora que você se pergunta quando é que a história evolui, o próprio autor diz: "Os leitores devem já estar fatigados de travessuras de criança; (...). Agora vamos saltar por cima de alguns anos, (...)". Aliás, essa é uma característica que aparece o tempo todo no livro, o autor conversando diretamente com o leitor, já que era publicado em um jornal.

Enfim, uma história muito legal, humorada e fácil. Recomendo a todos que gostem de um livro bem escrito e de conhecer o cotidiano de outras épocas.

LEIA MAIS RESENHAS EM: http://emocoesempaginas.blogspot.com.br/
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