Thamires 10/08/2012
De um vagabundo á um Sargento apaixonado
O livro Memórias de um Sargento de Milícias é um romance que foi es-crito pelo autor Manuel Antônio de Almeida que, nasceu no ano de 1831, em novembro no Rio de Janeiro, no bairro de Gamboa.
O autor deu início a sua carreira entrando para a escola de Belas-Artes, porém em seguida desiste, e entra para a escola de medicina e lá continuou até se formar.
Devido a problemas para financiar seus estudos, começou a fazer tradu-ções para o jornal “A Tribuna Católica”, depois entrou para o jornal “Correio Mercantil”. Lá escrevia críticas literárias, reportagens, artigos médicos, crônicas e traduzia alguns livros.
Com passar dos anos estava sempre mudando de cargo, passando a ocupar, o cargo de diretor da Imperial Academia de Opera Nacional, sendo in-fluência para a escrita de um drama lírico, chamado de “Dois amores”.
Manuel continuou mudando de cargo, passou para administrador de tipo-grafia Nacional.
Neste cargo conheceu ainda jovem, Joaquim Maria Machado de Assis, Manuel deu-lhe oportunidade para entrar para o jornalismo, como crítico de teatro.
Após este cargo, Manuel tornou-se segundo oficial da Secretaria dos Ne-gócios da Fazendo, recebendo também a tarefa de escrever a história da Ad-ministração da Fazenda, na mesma época, candidatou-se a deputado.
A história do livro Memórias de um Sargento de Milícias, foi escrito con-forme conversas, que Manuel, tinha com seu amigo português Antônio Cesar Ramos, na redação do “Correio Mercantil”.
Manuel realmente conheceu Major Vidigal, que mais tarde, tornou-se per-sonagens de sua história.
Enquanto Manuel ainda era vivo, os críticos, não reconheciam sua obra como de grande importância, na verdade para eles, a obra não tinha importân-cia alguma.
Depois de sua morte em um naufrágio, em 1861, no dia 28 de novembro, seu amigo chamado Quintino Bocaiuva, homenageou o amigo, lançando a segunda edição, e com reavaliação crítica o livro vieram os reconhecimentos.
O livro conta a história que foi vivida no século XIX, na época da vinda há família real portuguesa, onde Leonardo-Pataca e Maria-Hortaliça, começaram, dentro do navio um namoro, e ao chegar em terra firme, Maria descobre estar grávida.
O menino recebeu o nome do pai, o padrinho é o barbeiro, a madrinha, é a parteira.
Depois de estarem morando juntos, começaram a se arrepender, e com isto, Maria trai Leonardo, com o capitão do navio, que fazia algumas visitas.
Quando Leonardo descobre revolta-se e chega até a bater em Maria, as-sim, terminam.
Maria foge para Portugal com o capitão, abandonando o filho, o deixando sobre a responsabilidade do compadre (padrinho).
Leonardo vai embora também, indo para cidade nova, onde conhece o Vidigal, lá é preso.
Lá conhece e vive um curto romance com uma cigana, que a mesma, tem um caso com o mestre-de-cerimônias, que após um tempo, foi descoberto, e o mestre, bem, ele deixou de ser mestre.
O padrinho do menino tem dificuldade de cria-lo, já que muito endiabrado. O compadre queria que o afilhado se tornasse clérigo, já a comadre queria coloca-lo na Conceição, a aprender um ofício.
Mas o menino não tinha bom comportamento na escola, não respeitava, só aprontava.
Com o passar dos anos o menino (Leonardo) tornava-se, um exemplo de vagabundo.
Na adolescência conheceu a sobrinha de Dona Maria, antiga amiga do compadre, se apaixonando, porém Luizinha casa-se com José Manuel.
O Leonardo-Pataca, que em laços amorosos com a filha da comadre (Chiquinha), deu a luz a uma menina que foi chamada de Chiquinha o mesmo nome de sua mãe.
Entre esses e outros acontecimentos, o compadre que estava muito doente morre. Leonardo fica abalado não só com isto, com outros fatos também, sai sem rumo, e ao chegar ao rancho encontra Vidinha, por quem se apaixona imediatamente, mas passando um tempo, major Vidigal faz uma visita ao Leonardo, afinal major não gosta de vagabundos, por isto, planejava dar um jeito em Leonardo. Mas Leonardo consegue escapar, e com o susto consegue um emprego que a comadre arranjou-lhe.
Posterior a Leonardo ser despedido, major vai atrás, e o rapta, então re-cebe o castigo de levar chibatadas, porém a comadre, D.Maria e Maria Rega-lada conseguem evitar isto.
Em seguida ficam sabendo rapidamente que Luisinha está viúva, e que Leonardo havia sido solto, tornando-se Sargento.
Ao sair Leonardo foi informado de Luisinha, e foi logo a sua procura.
Depois de alguns dias, Leonardo e Luisinha retomaram o amor, o casa-mento veio depois de Leonardo, pedir a baixa na tropa, passando-se no mes-mo posto para milícias.
Maria-Regalada e Major vão para prainha, o autor termina dizendo que dali em diante, surge a morte de D.Maria, do Leonardo, e outros acontecimen-tos tristes, e por isso poupa o leitor fazendo dali o ponto final.
Este final, e o jogo que o autor faz de ficar relembrando acontecimentos, o emprego dos nomes aos personagens, deixaram o leitor um pouco confuso, fazendo com que, ás vezes, se perca na leitura, sem saber o motivo de ter vol-tado a história de um dos personagens, e qual personagem? E por que os no-mes repetem-se? E no final o leitor fica curioso já que comenta acontecimentos previstos, mas não os narra.
Porém, o humor que há na história, na forma de como é narrada, a rela-ção entre o narrador e a história, os acontecimentos, o fim de cada persona-gem, é o que faz o leitor ficar empolgado com a história, e desta forma, se sen-tindo satisfeito com o fim da história.
No final de tudo o leitor compreende que, a leitura valeu pena, e a reco-mendando a outros.
Caso o leitor venha a se confundir um pouco na história, basta voltar um capítulo, ou se preciso ler um resumo para melhor compreensão.