Resenhas - Júbilo, memória, noviciado da paixão

Giovana.rAdua 15/04/2022

Para os amantes, os loucos, e os revolucionários
Uma boa opção pra quem quer começar a ler Hilda, o livro mostra a capacidade da escritora em dançar entre os mais variados temas e ainda fazer isso de maneira harmônica como se tudo fosse um.

Termino esse livro mais uma vez agradecida por ter nascido brasileira.

"E de ti, coração (antes que a pedra
Se julgue irmã de tua matéria
Ouve, contido): De ti, Túlio não sabe.

Por isso volta à terra, esquece os ares"

Gabriele487 15/04/2022

Esse livro foi diferente de tudo que eu já li. E eu gostei muito.
De cara, já senti que seria um livro especial e foi. Meu primeiro contato com a autora me trouxe boas experiências.
Lerei mais, em breve.

nandscaetano 22/03/2022

Meu primeiro contato com a Hilda, de quem só ouvi falar bem. O título já me deixava com altas expectativas, essas que foram muito bem suprimidas. Com temas sobre amor, morte e política (o último foi uma das minhas partes favoritas), Hilda construiu um livro muito intricado e, ao mesmo tempo, coeso.

Isadora.28 11/03/2022

Carnal & Intenso
Esse foi meu primeiro contato com a Hilda, eu conheci as obras dela (infelizmente) há pouco tempo.
Júbilo, Memória e Noviciado da Paixão é uma das primeiras obras dela de poesia depois que ela estreiou na ficção e trata de algumas das muitas paixões as quais ela teve durante a vida, então ela traz bastante temas como amor não correspondido, solidão, entrega amorosa. E ta tudo normal até aí, porém, é Hilda Hilst e o domínio que ela tem das palavras é uma coisa tão bonita que só lendo mesmo pra saber! Também há uma parte "Poemas para homens do nosso tempo", onde ela dedica poemas para inúmeras pessoas (não necessariamente só homens) e indo atrás dessas pessoas a gente percebe que foram importantes figuras, todas de nacionalidade Russa ( ainda vou descobrir o porquê), onde ela homenageia e demonstra profundo afeto e admiração.
No geral, uma obra linda, que contempla temas diversos, assim como a vida. Impossível não se identificar com Hilda em algum momento, possui uma escrita magnífica e soube ser poeta no sentido mais profundo da palavra! Eu estou ansiosa para ler a prosa dela, em breve vou começar!
Leiam Hilda! Apreciem esta mulher, não percam tempo igual eu perdi, ás vezes corre o risco de tu não entender alguma parte dos poemas ou o poema em si, mas a própria poeta adverte: "Olha-me denovo. Com menos altivez. E mais atento."

flouaris 03/03/2022

Hilda, a poeta prodigiosa.
O livro mais aclamado e criticado, de modo que os 10 poemas da seção de Ode descontínua foram músicados (meu primeiro contato com a obra)
Transitar de poemas de paixão, morte e encerrar com política é algo que Hilda domina bem. Um livro que transmite impaciências e urgência pelo amor erótico e o corpo que se toca.

Adriane 09/02/2022

?Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue?
Boatos que o título do livro tem as iniciais de alguém que Hilda Hilst amou platonicamente e inclusive é a quem ela dedica o livro ?

Nos primeiros poemas se encontram reflexões, que se tornam diálogos. Viram depois árias, odes, música e, no final, homenagens e a apelos ao que há de mais humano em cada um.

Nos primeiros poemas há versos que sonham o amor enquanto lamentam a indiferença que os recebe. Por vezes há tentativas de explicar como amar que acabam tropeçando no limite das palavras, como em: ?tudo que eu te digo, tecido de palavras,/ por que te amo tanto, Túlio, disse nada.? Outras vezes dirige à sociedade um apelo (belo e necessário) à poesia: ?irmão do meu momento: quando eu morrer/ Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo:/ MORRE O AMOR DE UM POETA?. E todas as vezes imprime com intensidade e sensibilidade a sua mensagem. Aliás, talvez seja a intensidade aquilo que mais me chame atenção nesses seus escritos, acho impossível ficar impassível diante desse livro.

E os poemas da parte ?Ode descontínua e remota para flauta e oboé. De Ariana para Dionísio.? foram musicados por Zeca Baleiro, vale muito a pena escutar.

?Enquanto faço verso, tu decerto vives.
Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue.
Dirás que sangue é o não teres teu ouro
E o poeta te diz: compra o teu tempo.?

Marcinhow 05/02/2022

"E no meu quarto se faz verbo de amor"
Hilda Hilst se derrama nos versos desse livro.
Ariana, Tulio e Dionísio são personagens constantemente citados...

Karla 04/02/2022

Hilda possui uma sensibilidade ímpar!! Suas poesias fazem a gente sentir como ela. Esse livro é perfeito para manter na mesa de cabeceira e sempre ler uma ou duas poesias antes de dormir.

Gaby 29/01/2022

Bom
Este é o segundo livro da autora hilda hist que leio, gostei bastante dos poemas presentes na obra.

Kakau 27/01/2022

O título já me prendera logo de primeira,sem hesitação.Nele,senti um certo grau peculiar de intensidade e sensibilidade.Abrindo o livro e explorando o seu interior,tive certeza disso.
Confesso que não conheço muito a biografia de Hilda Hist?e preciso corrigir isso?,mas os seus poemas denunciam o quão complexa,sensível e apaixonada a escritora é.Foi uma das impressões que mais saboreei durante a leitura.
Na primeira parte?que entra com o subtítulo Dez Chamamentos ao Amigo?para a minha infelicidade,não estava me conectando,da maneira que eu esperava,com o significado e a intenção dos escritos,muito menos conseguindo formular interpretações baseadas nas minhas próprias vivências.Havia um vazio entre mim e aquelas versos,que àquela altura me eram desconexos e despojados de sentido.Todavia,embora não muito entusiástica,não encarei a minha primeira impressão como um motivo para romper o andamento da leitura.Pelo contrário,estava curiosa para ver até onde isso iria dar.
Acabou que,sendo conquistada paulatinamemte,fui encontrando volúpia nos versos de Hilda Hist,além de muito aconchego,reflexão,identidade e reminiscências evocadas.De fato,o título da obra cumpre o seu papel:trouxe-me júbilo,memória e a constatação de que todos nós seremos eternamente noviciados da paixão.

"Enquanto faço o verso,tu decerto vives.
Trabalhas a tua riqueza,e eu trabalho o [sangue.
Dirás que sangue é o não teres teu ouro
E o poeta te diz:compra o teu tempo."

gio lerm 27/01/2022

intenso e voraz.
intenso é a palavra certa pra esse livro, né? vorazmente intenso. deve ser difícil amar assim, se entregar assim, de corpo, alma e mente. irracional.
amor que não se cabe em medida, citando a própria. versos de uma mulher que se entrega demais.

muitas alusões místicas e mitológicas, me diverti lendo e conectando palavrinhas soltas. terra demais, água demais, fogo que a queima. acompanhamos seus amores e seus temores, porque além do amor, a morte também ela teme.

vivendo instantes esperando algo. um livro pra quem lida bem com a angústia. ou pelo menos tenta.

chungkinggirl 22/01/2022

Complexo e profundo
Admito que a escrita da Hilda Hilst sempre me intimidou um pouco, realmente não é pra qualquer um. Já li "A Obscena Senhora D" e gostei, apesar de ser um texto muito denso e poético.

Esse livro não é muito diferente. A escrita de Hilst caminha através dos campos do amor, da morte e da política, tocando sempre em um ponto que você não sabia que existia dentro de você. Com certeza merece uma releitura mais detida e dedicada.

Akemi Shibuya 22/01/2022

Hilda Hilst tão profunda em suas palavras, agarra a atenção do leitor em versos de amor, dor e tão viva!
Uma poeta atemporal!

Leonarda.Britto 18/01/2022

Poesia não é meu estilo
Li esse livro por causa da MLV, saí da minha zona de conforto e não foi uma experiência marcante, não gostei tanto das poesias mas acho que isso vai de pessoa para pessoa.

Katia Rodrigues 03/01/2022

O reino do amor não é feito para os mornos
Disse e repito, Hilda ganhou meu coração à primeira vista ou melhor dizendo, ao primeiro poema. Uma voz feminina visceral, apaixonada e arrebatadora.

ária única, turbulenta

Tépido Túlio, o reino
Não é feito para os mornos.
Esse reino de amor onde és o rei
Por compulsão e ímpeto do poeta,
É feito de loucura, de atração
E não compreende tepidez, mornura
E vícios da aparência, palha, Túlio,
Tem sido o teu reinado, inconsistência.
Ou te transformas, rei de fogo e justo,
E, a quem merece, dás amor e alento
Ou se refaz em ira a minha luxúria
Me desfaço de ti, muito a contento.

Eu lírico ensimesmado em impulsos maníacos ou num lirismo desesperado, tentando sobreviver ao naufrágio que é o amor.

Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua própria tessitura.

Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas