Memorial de Aires

Memorial de Aires Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Memorial de Aires


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Mariana Dal Chico 13/04/2022

Ler Machado de Assis é sempre uma experiência inesquecível, garantia de boas risadas e altas críticas sociais.

Em “Memorial de Aires”, último livro publicado pelo autor, tem um ritmo de leitura propositalmente lento e enfadonho, mimeses de um senhor aposentado onde não há aventuras extraordinárias diárias e sim um quotidiano com um círculo pequeno de amigos e ocorrências da vida e a sensação de sua finitude.

Para mim, o mais interessante, foi observar como o autor tratou da questão história da escravidão. A abolição acontece no decorrer do livro e no dia “10 de abril”, com o ponto de vista burguês, ele transforma a inevitável perda de patrimônio (escravos) em uma virtude (oferecendo-lhes alforria) para permanecer ganhando no jogo social. No dia “13 de maio” vem as considerações de M de A - Machado de Assis ou Marcondes de Aires? - sobre o evento:

“(…) Nunca fui, nem o cargo me consentia ser propagandista da abolição, mas confesso que senti grande prazer quando soube da votação final do Senado e da sanção da Regente.
Ainda bem que acabamos com isto. Era tempo. (…)”p.47

Ele mostra através de relatos de senhores de terras como a lei áurea desobrigou os “donos” de suas responsabilidade se como a elite passa um verniz na realidade e têm o poder de fazer um apagamento da história que não lhes parece aprazível.

A entrada do dia 09 de setembro, à tarde” foi um dos que mais me marcou, Aires passa por dois grupos diferentes de crianças pela rua: um rico que lhe causa admiração por sua beleza e alegria e outro pobre que lhe dói ao vê-las cansadas e sem esboço de um sorriso. Ainda assim, nosso narrador chega em casa e não gosta de ver seu criado à porta que diz estar ali a sua espera, mas ele sabe que o criado foi distrair as pernas na rua e “magnanimamente” o perdoa pela falha e mentira. Impossível não pegar essa ironia e passar horas refletindo sobre o comportamento de Aires, que ainda reflete em muitas pessoas que vivem em pleno 2021.

Eu poderia escrever muito mais sobre esse tema e outros levantados no livro, mas o limite de caracteres não me permite.

Gostei muito dessa leitura, ainda que tenha previsto o final do romance.

site: https://www.instagram.com/p/CcTcojXJHj9/
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Brendinha 13/04/2022

"Não há como a paixão do amor para fazer original o que é comum, e novo o que morre de velho."
Não amei mas também não odiei. Essa obra é a última do Machado e é estruturada em forma de diário, esse tipo de leitura é um pouco chata e cansativa para mim. Mas tem muita gente que não se incomoda e gosta. Aí vai de cada um.
Não achei que teve uma trama bem desenvolvida ou grandes reviravoltas, são pequenos acontecimentos que me deram a impressão de girar em torno das personagens Fidélia e Tristão, principalmente do meio para o final.
A linguagem é bem tranquila e fácil de entender. Um ponto positivo do livro são os pensamentos de Aires, ele é muito observador e sagaz. As digressões dele são de uma qualidade admirável.
Para os que curtem obras do Machado, indico esse livro. Dá para entreter a mente e a alma.
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ArthurAlves 30/04/2022

Melhor que O Alienista até então.
Um livro que me inspirou. Achei interessante desde o início, mas no meio ficou massante e que no final foi tranquilo. Terceiro livro do Machado, e de certa forma gostei mais do que O Alienista.
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linne 03/05/2022

A história em si não me chamou muito a atenção, mas o contexto da obra e o significado dela me fizeram gostar da leitura sz
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Henrique Fendrich 13/05/2022

Enquanto relia o Memorial de Aires, ocorreu-me que um dia eu já considerei a possibilidade de escrever um romance. Foi na época em que, graças à minha mãe, eu havia desandado a ler os livros de Machado de Assis. Devo ter escrito duas ou três páginas, no máximo. Não lembro muita coisa do que escrevi, mas sei que criei um diálogo entre o narrador – ou seja, eu mesmo – e uma irmã. Com toda a certeza, eu estava imitando as primeiras páginas do Memorial de Aires.

O Conselheiro Aires, afinal, tinha uma irmã chamada Rita, com quem já dividia episódios, conversas e impressões logo no começo do livro. Pareceu-me uma boa maneira de iniciar um romance, e então tratei de arrumar também um homem e sua irmã para a minha obra. Como gostei do tom confessional que o Conselheiro usava para escrever, logo decidi que eu também escreveria em primeira pessoa.

Ora, mas o Conselheiro Aires não era o Machado de Assis. O meu narrador, no entanto, era eu sem tirar nem por. Ou melhor, era eu no século XX vivendo como burguês carioca do século XIX – tamanha era a minha tentativa em imitar o ambiente do livro machadiano. Algum tempo depois, eu descobriria o encanto da crônica, no qual não preciso me distanciar do narrador e nem mesmo da realidade, e nem ter noção de onde quero chegar. Então nunca mais tentei imitar Machado e contentei-me em ser apenas seu leitor e entusiasta.
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Yali 25/05/2022

O retrato de uma velhice serena.
Diferente da maioria dos outros livros em formato de diário, nesse não se nota, emoções, nem arroubos de paixão. É um livro realmente de pensamentos e ideias a cerca dos acontecimentos. Não é frio, mas é sereno. É um livro da velhice de Machado de Assis e é precisamente isso que ele retrata um personagem idoso, tranquilo, porém inteligente e observador. E como todo livro do Machado de Assis dá pra sentir aquela saudadezinha de um Rio de Janeiro sossegado, quase encantado que vive no imaginário de todos os cariocas.
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Zanza 15/06/2022

" O amor é tese para uma só pessoa"
Ameei essa leitura!
O texto é bem simples de compreender, bem leve e fluido.

Achei interessante que para o desenvolvimento da história houve uma aposta em um cemitério, kkk.as no geral, a história desse livro é de amor tanto por dois enamorados como por dois velhos por seus filhos (que não são biológicos)
contado pelo ponto de vista de Aires.

É escrito em forma de diário, e faz muito bem uma alusão de uma velhice tranquila e até um pouco monótona, mas sempre interessante.

"Tudo serão modas neste mundo, exceto as estrelas e eu, que sou o mesmo antigo sujeito"
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Bárbara Lourenço 09/08/2022

Esperava mais
Sou grande fã de Machado de Assis, porém Memorial de Aires não fica entre minhas obras favoritas do autor.
O livro tem vocabulário simples, uma leitura fácil, poucas páginas, mas não há uma grande história que me prendesse e quisesse devora-lo.
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Ale Masciola 17/08/2022

Eu sei que é um dos clássicos Brasileiros, porém achei a escrita muito cansativa e também só li porque tive que apresentar um trabalho sobre esse livro é pq a professora pediu.
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Jonas incrível 30/08/2022

Orgulho
Muito bom conhecer os livros desse autor tão reconhecido e um grande orgulho para os leitores brasileiros ter à disposição livros com essa qualidade de escrita.
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Marcio 28/09/2022

Memorias
Último livro publicado em vida por Machado de Assis em 1908. Conta a história de diversos personagens sob a perspectiva do conselheiro Aires que narra a história através de um diário. O que achei de mais interessante no livro foram as descrições dos modos e costumes da época e a escrita em si de Machado de Assis que sempre é o ponto alto de suas obras. No entanto, salvo algumas boas reflexões sobre a vida, a história fica enfadonha com intermináveis cenas de jantares e chá da tarde. No geral gostei.
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Eduardo937 26/10/2022

Velhos...
Machado escreve muito diferenciado", é muito bom ler suas histórias e contos.
Esse livro mostra como muitos dos mais velhos se projetam nos filhos.
Em breve pretendo reler esse diário.
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Duda 01/11/2022

msm nn sendo o livro q eu mais tenha gostado do Machado de Assis, achei o livro legal, me fez refletir sobre como é a velhice (tbm me fez querer dar um grande abraço nas minha avós)
eu li ele para a escola, ent nn foi tão proveitoso, msm assim deu para curtir um pouquinho e ver a questão da abolição da escravatura naquela época !
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