Cândido ou o Otimismo

Cândido ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido


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Marcella.Spelta 19/06/2024

Ok?
Uma sátira que foi best seller na Europa do século XVIII, abordando com humor e ironia as críticas da época. Pessoalmente achei cansativo e não é uma escrita que me instiga, foi uma leitura bem arrastada, mas que deve ter sido chocante pra época
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Silvia279 16/06/2024

O livro tem uma espécie de humor ácido que pode tanto te fazer querer rir quanto chorar. É um livro que mostra muito da fragilidade da existência humana, mostra como as coisas mudam repentinamente, sem nenhum aviso e, muitas vezes, além das nossas forças e controle. Mostra que o inesperado é um risco presente o tempo todo. Portanto, como diz Cândido, cada um de nós, ?devemos cultivar nosso jardim?. Algo mais pragmático. Menos ilusório.
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MissDepressed 13/06/2024

A Sorte da Vida Boa
Adorei acompanhar as desaventuras do homem mais sortudo da Europa. O Cândido e seus amigos e suas críticas em meio a viagens desastrosas melhoraram minhas noites, recomendo.
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Jazreads 10/06/2024

Uma narrativa interessantemente imprevisível
Essa é uma obra-prima que desafia e surpreende a cada página. Uma sátira filosófica cheia de aventuras, imprevisível, repleta de reviravoltas que mantêm o leitor cativado do início ao fim.

A história segue Cândido, um jovem ingênuo que, após ser expulso de um paraíso idílico, enfrenta uma série de desventuras pelo mundo. Guiado pelo filósofo Pangloss (personagem que me cativou muito), que insiste que tudo está sempre para melhor, Cândido se depara com uma realidade muito dura. Voltaire usa um humor mordaz e cenas engraçadas para satirizar a filosofia otimista, fazendo o leitor rir enquanto reflete sobre a ironia da vida.

No entanto, o livro também é chocante em suas descrições de estupros, massacres e outras violências da guerra. Essas cenas perturbadoras servem como um contraponto brutal ao otimismo de Pangloss, destacando a crueldade e a absurda brutalidade do mundo.

O que torna o livro ainda mais fascinante é a impressionante quantidade de referências a eventos e figuras históricas. Voltaire ancorou sua sátira em um contexto real, utilizando alusões à política, religião e cultura de sua época para enriquecer a narrativa e oferecer uma crítica profunda da sociedade.

Se você está em busca de uma leitura que combine humor inteligente, crítica social afiada e uma trama imprevisível, "Cândido, ou o Otimismo" é uma escolha imperdível. Prepare-se para uma jornada literária que não só divertirá, mas também fará pensar sobre a complexidade e as contradições do mundo.

Releria.
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Cris SP 04/06/2024

04.06.2024
A história em si é bizarra. Após ser expulso do castelo por estar aos beijos com a baronesa Cunegunda (isso é nome? ?), Cândido vive uma série de desventuras. Tudo que possa imaginar de desgraça e situações absurdas acontece. Mas isso tudo é para ridicularizar a filosofia do pensador alemão Gottfried Leibniz, representado pelo personagem Pangloss.
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RomArio45 02/06/2024

"O Inocente"
Acredito que este livro é bem melhor aproveitado quando se tem um conhecimento mais apurado da filosofia do Gottfried Leibniz, um dos alvos da crítica do Voltaire no conto, mas, mesmo não conhecendo o texto do filósofo, "O cândido" é divertido, reflexivo e muito bem escrito.

As figuras dos filósofos Pangloss e Martim, opostos em seus pensamentos, nos levam a dois extremos de pensamento: "Tudo está da melhor forma possível" ou "O mundo é mau, precisamos aceitar".

Voltaire claramente crítica o otimismo mórbido, tanto que o único local da terra que chega perto de ser a personificação da filosofia de Pangloss na narrativa, é a fantasiosa El Dourado.

Fico pensando de qual lado meu pensamento chega mais perto, do otimista Pangloss ou do maniqueísta Martim? Por uma formação de pensamento cristã, tendo a pensar que o mal do homem é intrínseco a uma natureza pecaminosa, que toda bondade que o homem caído pode demonstrar é um resquício da imagem de Deus no homem. Creio que o mundo tem uma tendência negativa, mas ainda é iluminado pela graça de Deus, então, nem sou otimista como Pangloss, nem maniqueísta (que denota extremos bem estabelecidos, embora eu identifique o Martim mais como pessimista que como maniqueísta) como o Martim.
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debora-leao 01/06/2024

Crítica social enciclopédica, e nada muito além disso
O livro é divertido, mas não ultrapassa essa linha. Voltaire referencia diversos fatos e personagens de sua época (a famosa indireta meus amigos) em uma história que de tão exagerada comunica pouco além dos sorrisos que nos faz dar.

Achei que alguns assuntos tinham potencial, mas não foram explorados muito a fundo. Nada foi. O que mais poderia ter sido visto de profundo exigiria um conhecimento externo à obra (a filosofia de Leibniz, por exemplo, referenciada várias vezes). Contudo, a quebra de expectativas se torna um mantra ao longo da leitura e agrega bastante à proposta cômica do livro.

Ressalto que iniciei a leitura por uma indicação que afirmava ser um livro leve. Não poderia discordar mais. A maneira cômica que as desgraças sucessivas (e pesadas, devo dizer) são abordadas não conseguiu mascarar a profundidade da tragédia, no máximo banalizá-la até um estado completamente anestesiado. Saindo dele, voltei a me horrorizar e saí questionando mais ainda o sentido da vida.

Acho que pode ser uma leitura recomendável se vc entrar nela com poucas expectativas. A escrita é um pouco arcaica, as referências muito numerosas (refletindo em uma seção de notas minuciosa) e a histórica com um certo veio trágico, mas é um belo exemplo de comédia bem caricata (me lembrou Monty Python) e não deixa de ser algo divertida.
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Pedro.Henrique 24/05/2024

Uma pequena maravilha neste mundo que n é o melhor possível
É realmente impressionante como Voltaire conseguiu fazer um ataque feroz às consequências conservadoras do otimismo filosófico de Leibniz de forma tão cômica e ao mesmo tempo tão devastadora com o ridículo das atitudes de Cândido diante dos horrores que o cercam no "melhor dos mundos possíveis". Uma obra dessa qualidade deveria ser obrigatória. Curto, de leitura rápida e fácil, mas ainda muito rica a quem se atentar aos mínimos detalhes. Um mundo sem este livro definitivamente não seria o melhor dos mundos possíveis.
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jojo 29/04/2024

Cuide do seu jardim
Esse livro Cândido ou o Otimismo são dois presentes.. presente de amigo secreto que ganhei no clube de leitura e tb um presente pelo prazer dessa leitura
Imagine só Voltaire escrever essa maravilha no século 18 e ter tantas passagens que serve de tapa na cara para sociedade atual
Cândido tinha sua vidinha boa dentro do castelo de Thunder-ten-Tronckh e um certo dia ao beijar sua amada Cunegunda é expulso e começa sua jornada em busca de encontra-la novamente. Nessas andanças mundo afora passa por vários países onde várias situações e pessoas que ele encontra muda sua vida, seu modo de ver o mundo..além de descobrir o qto a humanidade pode ser terrível
Mas td num tom sarcástico e de agradável leitura
Essa edição da Antofágica tem textos de apoio, tem videoaula grátis, lindas ilustrações. E tem tb para o kindle e disponível no kindle unlimited

" o trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade"
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Suellen144 21/04/2024

Os altos e baixos da vida
Em 1759, Voltaire já havia notado que são os altos e baixos que dão à vida sua beleza. Sem os momentos ruins, não há como valorizar os momentos bons. E se não há momentos bons, não há nem sequer como notar que o que se vive é ruim.

Porém, pior do que viver entre a confusão da euforia e do desespero, é vivenciar a monotonia, o tédio. Em "Cândido" e na vida, estamos sempre buscando pela tão sonhada paz que, quando é enfim alcançada, rapidamente se transforma em enfado.

" - Mestre, viemos rogar-lhe que nos diga para que um animal tão estranho quanto o homem foi criado.

- Com que estás te metendo? - disse o dervixe. -Isso lá te diz respeito?

- Mas não, reverendo pai - disse Cândido -, há muitos males horríveis na Terra.

- Que importa - disse o dervixe - que haja mal ou bem? Quando Sua Alteza envia um barco ao Egito, preocupa-se lá se os ratos que estão no barco estão há vontade ou não?"
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André Costa 21/04/2024

Divertidíssimo
Aventuresco, engraçado e irônico. Nunca imaginei que Voltaire, um autor que leio pela primeira vez, escreveria uma história com reflexões tão importantes de uma maneira tão inusitada.

Os personagens se deparam com vários questionamentos filosóficos em aventuras absurdas nessa história cheia de reviravoltas inimagináveis e muito convenientes, que fazem o leitor se surpreender, refletir e rir muito. Eu me peguei gargalhando algumas vezes.

Uma surpresa, o livro mais divertido que eu já li.
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Danii 19/04/2024

Uma boa leitura
É um livro bem facinho e rápido de ser lido. Adorei a forma como é abordada a história com uma pitadinha de humor em diversas passagens. Já não sabia o que esperar por ser tão surpreendente os rumos em que ela vai tomando e quão longe os personagens vão indo em suas aventuras. É uma leitura muito boa para passar o tempo.
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Aline221 13/04/2024

Parece ser um livro bobo, mas me fez pensar muito.

As vezes tinha situação que era cômica demais e fazia a gente pensar se era aquilo mesmo que estava acontecendo.

A ingenuidade do Cândido, muitas vezes fez com que ele se metesse em furadas mais de uma vez, mas esse é o plot central, não o amor que ele sente pela menina.

O que me faz pensar que mesmo naquela época e todas as coisas que tinha, ele passou por muita coisa, viajou pra mais de 5 paises e diferenças de distâncias enormes, vivendo vidas que muitos nem ousariam ter. É um livro em várias camadas.
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Bruno 10/04/2024

A viagem ao mundo em busca do melhor dos mundos
Há muitas características "superficiais" nesse livro que podem impedir os leitores desavisados de se aventurar em suas páginas. A começar pelo título estranho, que remete a algo filosófico, talvez confuso, e fora de alcance. Em seguida, o autor: "Voltaire" é um nome que assusta e nos induz a pensar em um filósofo de séculos passados, inacessível em suas ideias, do qual só é possível ter contato, de forma obrigatória, em aulas de ensino médio.

Não poderíamos estar mais enganados...

Voltaire consegue fazer desse livro, publicado em 1759, algo extremamente atual e, principalmente, fácil e gostoso de ler. Por meio de uma escrita cômica e uma narrativa fluida, regada por uma avalanche de acontecimentos frenéticos, o autor nos entrega uma estória sobre a inquietude e a complexidade humana frente às incertezas do mundo.

A busca desenfreada de Cândido pelo "melhor dos mundos possíveis" o torna refém de uma série de fatalidades, que o enredam em uma trama que seria "cômica se não fosse trágica". Apesar de tudo, o leitor consegue perceber claramente toda a crítica social que Voltaire deixa intrínseca ao enredo.

Ao final, após tantas andanças, aventuras e exposições de ideias que consomem a alma humana, a mensagem que se pode ter é a mais verdadeira e acalentadora possível.

De todo modo, fica a questão: é possível conquistar o melhor dos mundos possíveis?
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