O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Selton.Miranda 16/10/2021

Extraordinário. Não esperava por nada essa obra. Lembro-me de ter comprado 1 ano atrás por ser um livro italiano importante do século XX. Dei uma chance e acabei fascinado, um livro que deveria ser lido por qualquer um.
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igsuehtam 11/10/2021

Tempo
Com esse livro eu lembrei muito dos personagens Ivan Ilitch e Brás Cubas. Eles não fizeram absolutamente nada de relevante na vida. Ivan Ilitch pelo menos era casado, trabalhava, mas... Não vivia. Brás Cubas fez nada ou não quis fazer. E olhe que teve muita chance.

Já Drogo (tenente, ele tinha uma profissão), personagem desse livro não só não fez nada como viveu apenas para perder tempo. Durante a leitura lembrei de muita coisa que deixei pra esperar, querendo o bom e o bom nunca vinha. É como quando a gente tem dez anos e diz: "Quando eu fizer dezoito minha vida vai melhorar!" Você completa dezoito anos e aí: nada. A mesma coisa. Todo ano sempre a mesma coisa. Nada muda. Só o tempo que passa e vai deixando suas marcas físicas de que realmente passou.

Confesso que no meio da leitura achei meio penoso de ler. Mas como os personagens a gente sente tédio também e espera assim como eles. O final desse e livro foi um dos mais bonitos que li. Se eu pudesse daria outros anos para Drogo viver, mas é o tempo. Não há quem vença a batalha contra o tempo.
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Josimar 08/10/2021

Excelente! Quando perceber seu tempo passou.
Impressionante como o autor nos faz ter as mesmas esperanças dos personagens. Em paralelo podemos comparar a nossa própria vida, sempre na esperança de algo melhor e a dificuldade em sair da rotina e da zona de conforto. Me causou um triste despertar ao perceber como o tempo pode passar rápido mesmo quando achamos que ainda temos muito tempo, em um sopro esse tempo se foi.
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Fresta0 01/10/2021

Vivemos em busca de sentido para a nossa existência e, se possível, de alguma glória.
O capitão Giovani Drogo é destacado para o Forte Bastiani, situado em zona de fronteira desértica. Ali chega jovem - o futuro é uma eternidade - e ele resolve apostar com o tempo. Aguarda o enfrentamento dos tártaros, que pode fazer do soldado um herói. A guerra custa a chegar, mas não o tempo, veloz e voraz. Anos depois, o apostador ainda acredita ser capaz de honrar a maior batalha de todas.
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Valeria.Lamas 20/09/2021

A diferença entre ter esperança e esperar
?Se a sua vida não está como gostaria e você não faz nada a respeito, então ela está exatamente como você merece. "

Gostei do livro, escrita bonita, nos faz refletir sobre a nossa própria vida e o que estamos fazendo com o tempo que temos.
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deborauni 03/09/2021

Sobre o tempo?
11/2021 BUZZATI, Dino O deserto dos tártaros. Tradução Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 243 p.

Resenha três meses depois de finalizar a leitura está valendo?
Um livro impactante !
Uma história lenta e contundente !
Uma alegoria da vida !
Simples, profundo e tocante !
É preciso lê-lo com calma, saboreando-o.
Bom apetite aos que se lançarem nessa aventura.

?Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; e não adianta agarrar-se às pedras, resistir no topo de algum escolho, os dedos cansados se abrem, os braços se afrouxam inertes, acaba-se sendo arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca.? P. 202

« Entretanto o tempo voava; sem reparar nos homens, passava aqui e ali pelo mundo, mortificando as coisas bonitas; e ninguém conseguia escapar-lhe, nem mesmo as crianças recém-nascidas, ainda desprovidas de nome. » p. 211/212
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Rafa 18/08/2021

A vida é oq acontece enquanto vc tá ocupado c/ outros planos
(Frase editada acima de Allen Saunders)

O Deserto dos Tártaros destaca um tema recorrente: Qual é o sentido da vida?
Contudo, a mensagem mais importante é de que, independente da resposta, vivemos um dia após o outro. Assim, devemos nos atentar ao transcurso do tempo, o drama do conformismo e as oportunidades perdidas.
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Sandro A.B. 01/08/2021

Um Livro Sobre o Tempo
Li o último capítulo duas vezes, o qual entrega ao leitor a sensação do livro inteiro.

Esperar o tempo, aguardar no tempo, deixar o tempo passar, mudanças não são fáceis, mas esperar o seu transcurso pode ser ainda mais perigoso.

A chama acesa de uma eterna esperança, embora propicie calor não esquenta a alma, assim cada leitor vislumbra em si seu próprio deserto, e se coloca como seu próprio tártaro.
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Felipe 29/07/2021

É sobre a vida de todos nós
Esse livro trata sobre o tempo, sobre as expectativas criadas durante a sua existência. As rotinas militares são apenas um pretexto.
Em vários momentos frases marcantes te fazem refletir, é muito fácil se pegar pensando na propria vida depois de ter lido um pouco.

Recomendadissimo, foi um dos melhores livros que eu ja li!!
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Janaína Calmet 23/07/2021

"Todas essas coisas já haviam se tornado suas, e abandoná- las seria doloroso. Drogo porém não sabia, não suspeitava que a partida lhe daria trabalho, nem que a vida do forte engolia os dias um após o outro, todos iguais, numa velocidade vertiginosa. Ontem e anteontem eram iguais, ele não mais sabia distingui- los; um acontecimento de três dias antes ou de vinte acabava por parecer- lhe igualmente distante. Assim se dava, à sua revelia, a fuga do tempo."

Eu nem consigo descrever o impacto que esse livro causou em mim...
Que obra, senhores!
Que narrativa!
Já foi para a lista dos meus favoritos da vida!
??
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Fernanda 10/07/2021

O deserto dos Tártaros.
"Não é sobre a vida militar que fala o livro, é sobre a vida de todos nós". Em busca de uma ínfima esperança de mudança, se perde todo o tempo útil da vida, a juventude passa rápido, tão rápido como um piscar de olhos. Miragens, alucinações, expectativa de dias melhores, de novos acontecimentos, dia após dia, e nada mudar? Então vale a pena trocar de estrada, de rumo, de caminho. Mude-se, você não é uma árvore! Mude-se antes que seja tarde demais.
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Carol 24/06/2021

O Deserto dos Tártaros
Li a versão em pdf, mas fiquei tentada a conseguir uma versão física, pois sei que é um livro que revisitarei várias e várias vezes. O livro te expõe o que realmente somos estimulados a fazer com as nossas vidas: esperar. Talvez uma das formas mais eficazes de coerção seja o convencimento de que sempre há algo nos esperando. Concluímos a escola, então nos convencem de que na faculdade nos sentiremos mais realizados… mas então chegamos na faculdade, e mais dúvidas surgem, um abismo se abre aos nossos pés. Surge também o mercado de trabalho, e nos prometem que sempre há um motivo para trabalhar arduamente e seguir o protocolo, sempre há um patamar a mais, um cargo a mais, uma sala maior com vista ampla. E a gente vive assim, levamos desse jeitinho. Mas, tem uma frase de Carl Sagan que eu aplicaria ao nosso tempo vital: “A natureza não é cruel, apenas implacavelmente indiferente. Essa é uma das lições mais duras que os humanos têm de aprender.”. O tempo não é cruel, ele é indiferente. Ele vai existir com ou sem a sua existência, ele vai fluir independente da sua vontade. E a nossa consciência, uma hora, se torna a juíza implacável de todas as nossas decisões. Quando os sinais da idade começam a bater na porta, quando começamos a desacelerar porque já não há mais obstáculos a serem ultrapassados e conquistas a serem feitas, vamos analisando o quanto perdemos no caminho.

O Dino Buzzati queria nos mostrar sobre a vida adulta, sobre como é passar por esse percurso. Não significa ser uma crítica a todos aqueles que trabalharam arduamente para conquistar o que têm. Muitos gostariam de ter a vista de Drogo, muitos gostariam de poder apreciar a imensidão tendo a tranquilidade de um conforto financeiro. O livro não nos mostra que devemos abandonar as nossas obrigações cotidianas, e nem que as pessoas que as cumprem são vazias, até porque existem pessoas que não possuem nem mesmo a oportunidade de olhar para os lados e refletir sobre a vida. Mas eu acho necessário pensar que nós fomos atirados no fenômeno que é viver, e que pensar um pouco além do piloto automático que estamos imersos nos faz desfrutar um pouco as coisas, por mais simples que elas pareçam, e que envelhecer não se torne um amargo no peito. Que ao olharmos nossa última porção de estrelas, não sintamos arrependimento pelo o que não fizemos e por não abdicar de certas convenções a fim de vivermos as nossas verdades.
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Mari 19/06/2021

O deserto dos tártaros
Após a leitura fica facilmente compreensível o porquê Antônio Cândido lia todo ano essa obra. O livro é uma metáfora surpreendente de nossas próprias vidas.
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Pagliuca 15/06/2021

Qual é o seu Exército de Tártaros?
De uma sensibilidade melancólica descarada e com o peso da nostalgia não vivida esse livro é espetacular. Leitura fácil até quando era pra ser enfadonha. Um lirismo lindo e de escrita simples. Para ser lido sempre e em todas as fases da vida.
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