Lalá 01/10/2020Provavelmente a minha maior decepção. | @literaturadoceQuero dizer uma coisa para deixar em evidência antes de começar com essa resenha: Eu amo romances trágicos. Romances reais. Romances que o casal demora pra ficar junto mas quando fica, você entende o porque disso tudo. E nesse livro, eu só passei raiva.
Aqui conhecemos Rosie e Alex, que são melhores amigos desde a criancinhas. Eles têm juntos uma infância incrível, sempre juntos, brincando, se irritando, se divertindo. Porém, eles se separam quando no último ano de escola, Alex precisa se mudar e Rosie fica sozinha. Claro que eles prometem manter contato - e-mail, carta, mensagem - e isso é concluído, o que é muito legal.
O livro é inteiro narrado em primeira pessoa, em forma dessas cartas e e-mails de cada um dos personagens. O que torna a narrativa incrível porque podemos ver o lado de todos, a opinião de todos. A leitura flui, mas eu, como leitora que quer o romance, e quer o romance pra logo, me decepcionei.
Me decepcionei porque demora MUITO pra isso finalmente acontecer e porque quando acontece é muito raso, superficial, e de repente parece que não era o foco do livro, e amados? Esse romance é pra ser O FOCO DO LIVRO! Não é como se em 448 páginas, o romance fosse acontecer na página 300, 400.. não... o romance dá certo na página 446. Como Cecilia Ahern espera que eu me sinta com isso?
Mas ok, calma: a história é boa. Ela trata de desencontros, de dificuldades reais da vida, de nossos momentos de reflexão, das nossas esperar internas, de imprevistos - o que foi o motivo pelo qual eu dei míseras duas estrelas. A amizade dos dois é invejável, o que faz com que isso também atrapalhe porque eles têm medo de perder a amizade para se amarem.
Eu sei que estou exaltada, mas vejam bem: eu fui com muita sede ao pote, como diz o ditado - ditado? De forma geral a história não é ruim, só não funcionou pra mim porque apesar de eu amar drama, eu gosto de histórias com drama e romance, não 98% drama, como foi o caso desse livro.