Gabriela, Cravo e Canela

Gabriela, Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Lorena 09/10/2020

Gostei bastante da história, apesar de ter achado algumas partes bem maçantes .
Jorge Amado faz uma crítica muito bem desenvolvida ao modo de vida da época, onde o machismo e o coronelismo reinava. Gostei do empoderamento feminino de Gabriela, isso me fez refletir muito. Gabriela queria ser simples e viver bem não estava preocupada com aparências e costumes.
Calçar sapatos bonitos e apertados? Gostava Não. Usar vestido de seda? Gostava não.
"Eu nasci assim , eu cresci assim e vou ser sempre assim", essa frase muitas vezes usada pela sociedade de forma errônea , nada mais quis dizer que Gabriela não se enquadrava a sociedade, que Gabriela era simples e não iria deixar de ser ela mesma para viver como os outros queriam. Que não viveria de aparências.
Gabriela não queria ser esposa ela preferia ser solteira e empregada.Ela queria ser livre, dona de si.
Vale muito a pena ler. Levei um mês para ler e não me arrependo !
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Éverton 28/09/2020

Os tempos mudaram
É sempre um pouco perturbador ler costumes que não são do nosso tempo. E esse tempo nem é tão longe assim. Século passado, muito dele ainda está em nós. Essa obra tem muito de aprendizado de como não é fácil as ideias novas sobrepor pensamentos retrógrados, mesmo sabendo que o novo é melhor. Violência, machismo, patriarcalismo, desigualdade e outros temas sendo tratado em meio a histórias de amor e política. É um bom livro para nos fazer pensar um pouco como fomos como sociedade e o que ainda somos e temos a melhorar.
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Emerson Souza 15/09/2020

Putz, segunda vez que leio livro do Jorge Amado e é a segunda vez que me apaixono pela história.
Sinceramente, dava gosto de ler cada parágrafo. Ele era muito criativo, seus personagens parecem reais. A impressão que deixa é que eu passei um tempo lendo sobre pessoas que realmente existiram.
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ramslaymer 05/09/2020

Gabriela, de cravo e canela mas sem ser só ela
A liberdade de Gabriela! Foi sempre algo que me intrigou (ao conhecer a história e ver a série).
A modinha eternizada na voz de Gal Costa 'eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim... Gabriela!'
Não dá pra negar a importância de Jorge Amado na literatura brasileira e a importância dessa personagem que encanta!
Mas o que deixou a desejar para mim foi o fato de o livro ser de uma época que a mulher não tinha protagonismo nem mesmo de um livro que é carregado por seu nome. A minha impressão é que Nacib é o protagonista, junto com seus amigos que são sim agradáveis, e que as aparições de Gabriela, as suas reflexões são em pequenas doses homeopáticas, mas mesmo assim deliciosas.
Mas faz sentido, Jorge Amado retratava o mundo que ele conhecia, não tem como simplesmente fingir que o boicote do protagonismo feminino não existia na época [ainda existe?]...
Agora eu mesmo me peguei em pleno 2020 em uma batalha interna pra entender a liberdade, a naturalidade de Gabriela! Ela não queria nada pra si, ela não queria estar presa ao outro... Ela queria simplesmente estar! E a postura dela era sincera ao ponto que ela não exigia do outro que não estava disposta a dar. Já amava essa mulher, amo ainda mais em suas imperfeições (sob a minha ética, não a dela, veja bem).
Devaneios feitos, só queria fechar com o fato que vale a pena sim! Não será um livro inteiro de Gabriela, de Malvina mas vale a pena respirar esse passado de Ilhéus e enxergar através de uma história como pequenas atitudes, muitas vezes sem intenções grandiosas, mudam os rumos de uma sociedade! Afinal quem está trazendo o progresso à Ilhéus Mudinho Falcão ou Gabriela? Disso já não sei...
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Rayssa 02/09/2020

"O amor não se prova, nem se mede. É como Gabriela. Existe, isso basta. O fato de não se compreender ou explicar uma coisa não acaba com ela. Nada sei das estrelas, mas as vejo no céu, são a beleza da noite."


Gabriela, cravo e canela um dos mais célebres romances do renomado Jorge Amado, tem como pano de fundo a cidade de Ilhéus nos anos 20, seus acontecimentos e transformações, e a bonança que o cacau trouxe para essa região.


É impressionante a capacidade de Jorge Amado atrelar em uma só obra temas tão diversos. Desde o princípio do livro é notório o anseio da população para trazer o progresso para a cidade, e torná-la ainda mais próspera. No início já é possível notar as construções de estradas, os primeiros caminhões e marinetes reduzindo o tempo nas estradas. O autor aborda também a saga dos retirantes, fugindo da tenebrosa seca em busca de refúgio nas terras produtivas do litoral.


As inovações e o progresso não se limita apenas na parte estrutural da cidade, há rumores para mudanças no sistema de ensino. Há também uma transformação moral na sociedade, sobretudo no momento em que Nacib se casa e se separa de Grabiela, o que foi uma quebra nos padrões da época.


Quanto a política, a disputa é muito intensificada, e permeia por todo o livro. Neste contexto é nítido os reflexos do poder do coronelismo sobre a população, mas mostra também o declínio deste poderio com o passar do tempo.


Em relação ao romance propriamente dito, a história não mostra a construção de um sentimento forte por parte da protagonista. As mulheres como um todo nesta época, são tratadas como posse de seus maridos, e é nítido o machismo na sociedade, como a mulher deve estar inserida em um padrão, dentre outros fatores.


Em suma, mais uma vez me embarquei e me apaixonei na escrita de Jorge Amado, a forma pela qual ele escreve as coisas de uma maneira simples faz com que o leitor adentre na história. Além disso, a construção e a transformação dos fatos no contexto de modernização de Ilhéus, tanto estruturalmente, quanto na questão da civilização como um todo foi o que mais me prendeu na leitura.
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kelly | @leiturasagridoces 27/08/2020

Eu demorei mais do que o normal, mas é sempre um prazer ler Jorge Amado. A forma com que ele contextualiza, coloca a narrativa dentro de uma sociedade já construída, pra a partir dali a gente acompanhar a evolução dos personagens. A obra não é só sobre a Gabriela, mas sobre a cidade de Ilhéus, o seu desenvolvimento pra modernidade, a sua evolução da política e da cultura. Sempre incrível ler o que esse homem escreveu.
Me sensibilizei tanto com a história do Seu Nacib, "moço bom" mesmo. De uma índole sem igual. E Gabriela inocente demais, pra ela não existem leis ou a moral como estamos acostumados pra se viver em sociedade e isso é tocando. Não dá pra sentir raiva. Uma leitura e tanto.
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Diego 18/08/2020

Depois de ler este romance Jorge Amado se torna indubidavelmente meu autor preferido, passando a frente de outros como: Orwell, Dostoievski e Harari. Já havia lido Capitães, e marcado como o meu livro nacional preferido. Em ambos os romances, o autor consegue transportar o leitor para dentro do texto, você se envolve de tal maneira que em pouco tempo passa a sentir e viver os conflitos da história novelesca: sente o calor de Ilhéus, o cheiro da comida de Gabriela, o gosto do conhaque adulterado do Vesúvio. Entretanto, o que mais me encanta na prosa de Jorge são as críticas que ele põe na mesa após envolver completamente o leitor. Elas vêm revestidas de inocência dos personagens. Esse livro é necessário para compreender a constituição do nosso país: pobreza, oportunidade, a malandragem, o jeitinho, a hiprocrisia carregada ao longo das gerações, os preconceitos, o coronelismo que ainda reina no nosso país mas, atualmente, muda sua forma para se adaptar ao progresso, que tanto se fala ao longo dessa obra maravilhosa .
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Thiago Duarte 16/08/2020

Uma caricatura do povo brasileiro
Esse romance de Jorge Amado é espetacular, pois nele podemos notar entre as características de suas personagens: a sensualidade, vingança, morte e, uma das premissas que vale todo o destaque, a questão das mulheres (feminismo). Quando lemos Gabriela, Cravo e Canela, percebemos uma representação do povo brasileiro e sua luta pela modernização. Isso fica claro no espaço que é tratado no livro que é a cidade de Ilhéus, a qual é um lugar que ainda há um grande retrocesso, onde homens matavam por pedaços de terras, ou até mesmo por saberem que foram traídos, já que "honra de marido traído deve ser lavada com o sangue dos culpados." Quanto a questão feminista, é um ótimo ponto falar sobre o que tange o casamento: até que ponto uma mulher é feliz quando se casa, uma vez que ela será privada de fazer tudo aquilo que deseja. Ou seja, extraímos do romance uma forte presença do patriarcado, tendo em vista que, na visão dos homens, tudo que uma mulher deseja fazer, indo além das tarefas domésticas, é tratado como imoral.
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Marcos.Rocha 31/07/2020

Os livros de Jorge Amado é bem construído e cheios emoções , aborda o crescimento de uma cidade do interior baiano chamada Ilhéus. E tem com ponto principal Coronel dos Bastos x Mundinho Falcão. Um tem a visão moderna e busca o desenvolvimento da cidade. O outro não quer perder o posto de dominador ( Opressor ) , e busca de todas as maneiras destruí os planos e sonhos de muitos Ilheense. O enredo está repleto de personagens e como Pano de fundo a História de amor de Seu Nacib e Gabriela.
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Barbara.Teodoro 21/07/2020

O cheiro de cravo e a cor de canela...
"E como viver sem ela, sem seu riso tímido e claro, sem sua cor queimada de canela, seu perfume de cravo, seu calor, seu abandono, sua voz a dizer-lhe moço bonito, o morrer noturno nos seus braços, aquele calor do seio, fogueira de pernas, como? E sentiu então a significação de Gabriela. Meu Deus!, que se passava, por que aquele súbito temor de perdê-la, por que a brisa do mar era vento gelado a estremecer-lhe as banhas? Não, nem pensar em perdê-la, como viver sem ela?"

Gabriela nos foi um presente de Jorge Amado a quem sabe discernir essa história como sendo a de um amor, um amor livre, que não vem de uma linha amarrada no peito, um amor que vem do sentir, sem vestido de seda, sem sapato que esmague os dedos espalhados.

Gabriela é força da natureza, é a curvatura das ancas que Nacib impunha as pernas todas as noites. É a inocência de criança, é a flor caída de propósito sobre a espreguiçadeira. É o cheiro de cravo.
É a cor de canela.
Gabriela.
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_lmuller_ 19/07/2020

Gabriela, Cravo e Canela
Eu amei, achei o livro perfeito. No começo eu estava meio perdida, mas depois que peguei embalo devorei o livro.

Eu super recomendo.
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Caroline.Prado 14/07/2020

Livro sensacional!
"Nascida para um grande destino, presa em seu jardim

(...)

Acudam! Vão me casar numa casa me enterrar
Na cozinha a cozinhar, na arrumação a arrumar
No piano a dedilhar, na missa a me confessar.
Acudam! Vão me casar na cama e me engravidar
Meu marido, meu senhor na minha vida a mandar.
A mandar na minha roupa, no meu perfume a mandar.
A mandar no meu desejo, no meu dormir a mandar.
A mandar nesse meu corpo, nessa minha alma a mandar
Direito meu a chorar.
Direito dele a matar.
(...)
Escrava não quero ser. "
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Yuri410 30/06/2020

O cheiro de cravo, a cor de canela
Publicado em 1958, "Gabriela, Cravo e Canela" é um dos romances mais célebres de Jorge Amado. A obra representa um ponto de virada na produção literária do autor, que até então abordava questões de cunho social, sendo o romance "Capitães da Areia" o mais renomado desse período. No que vem a ser a sua segunda fase literária, Amado produz variadas crônicas de costumes, definida por um universo povoado por jagunços, coronéis, prostitutas, trambiqueiros, beatas mexeriqueiras e mulheres comuns porém exuberantes, todos eles localizados em territórios da Bahia, cuja cultura, costumes e culinária também são descritos para o deleite dos leitores.

Aqui, o cenário é uma Ilhéus dos anos 20 em polvorosa com o progressismo caracterizado por uma vida litorâneo-urbana embrionária (mas não menos agitada) e sustentada pelas mundialmente famosas roças de cacau que movem, cheias de vapor, a economia local. Porém, esse ar progressista cai por terra através de uma lei que, com vigor, ainda impera no local. A trama começa com a descoberta de um caso extraconjugal. O noivo traído, o coronel Jesuíno Mendonça, toma imediatamente a única atitude socialmente esperada de um homem de sua posição: fuzila a esposa e o amante. A partir desse trágico acontecimento, o leitor passa a conhecer (e até a se familiarizar) com tipos carismáticos e singulares, como o turco Nacib, dono do frequentado bar Vesúvio, o tradicional coronel Ramiro Bastos e seu filho, o mulherengo Tonico Bastos, e o progressista Mundinho Falcão.

A sertaneja Gabriela, personagem-título, só aparece no final da segunda parte. Chegando a Ilhéus, a moça chama a atenção de Nacib, que a contrata como cozinheira em seu bar. Assim, sua incomparável beleza e seus dotes culinários chamam a atenção dos frequentadores do bar, cujo número de fregueses aumenta, e do próprio Nacib, com quem Gabriela vive um tórrido romance. Com seu ingênuo carisma, a moça também não passa despercebida pelos habitantes ilheenses. Desse modo, a presença agradável de Gabriela perfuma, encanta e vivifica não apenas a vida dos cidadãos de Ilhéus, como também as páginas dessa aprazível história, fazendo com que o leitor queira dançar e cantar a existência com a donzela do aroma do cravo e da cor da canela.

Mesmo tendo deixado de dar protagonismo às temáticas sociais em suas obras, aqui Jorge Amado não deixa de as expor, inserindo-as ao cotidiano dos personagens. É o caso das tensões políticas entre o conservadorismo e o progresso, do declínio do coronelismo, do machismo que oprime as filhas dos coronéis (perfeitamente delineado através da inconformada Malvina Tavares, que enfrenta o pai Melk Tavares em prol do sonho de estudar numa universidade, trabalhar e viver no sul do país - por sul na obra entenda-se a região Sudeste do país englobada - e, assim, ser dona do próprio destino e da própria vida) e do matrimônio como instituição social inalienável. Esse último tema é retratado através da vida de Nacib e Gabriela como casados, o que desgasta o relacionamento dos dois, uma vez que Nacib quer que Gabriela se comporte como uma dama da alta sociedade local, algo que Gabriela evidentemente não faz a mínima questão, com sua cativante e costumeira simplicidade.

"Gabriela, Cravo e Canela" foi uma dentre as várias obras de Jorge Amado (autor brasileiro mais adaptado para a TV e para o cinema) a serem adaptadas para o cinema e para a televisão através de duas versões, ambas no formato de telenovela. Tanto o filme de 1983 quanto a primeira versão feita pela Rede Globo em 1975 foram protagonizados por Sônia Braga, que teve a carreira catapultada pela personagem. A produção global tornou-se um fenômeno de audiência, sendo considerada como um dos maiores clássicos da emissora. Um remake, com autoria de Walcyr Carrasco e protagonizado por Juliana Paes, foi feito pela mesma emissora no ano de 2012, com expressivo sucesso junto ao público. Uma das músicas mais memoráveis na voz de Gal Costa chama-se "Modinha para Gabriela". Com essas informações, já dá para mensurar a relevância e o legado que a manceba com a fragrância do cravo e a tez de canela conquistou na literatura, na cultura e no imaginário nacional.
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