Um Pequeno Herói

Um Pequeno Herói Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Um pequeno herói


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Raquel 14/01/2021

Narrativa curta, fluida, com toques de humor e doçura.
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Etiene ~ @antologiapessoal 14/10/2020

Um pequeno herói, Novela Russa, Dostoiévski.

?

Provavelmente melhor que pesquisar e escolher sozinha um livro - e ulteriormente perceber como aquela foi uma boa escolha -, seja confiar num amigo e acatar indicações de olhos fechados. Quantos amigos literários nós temos que estão nessa segura posição? Para mim, poucos. Um Pequeno Herói é um belo caso em que a indicação tomou a decisão para mim. Sorte a minha!

Famoso por inserir em seus livros os problemas eternos da civilização, Dostoiévski é capaz de narrar ações simples de modo fascinante. Obviamente, sua origem plebéia influenciou o posicionamento do escritor em suas histórias, nas quais sempre critica a camada burguesa da sociedade e trata seu protagonista como o herói - ou anti-herói - da história.

Tendo em vista que o existencialismo é uma das correntes filosóficas abordadas por Dostoiévski, certamente foi um exercício de aprendizado sobre ela me encontrar diante de uma obra que trata do amadurecimento de um menino, sua descoberta amorosa e a decepção frente à futilidade (nasceu aqui o ?homem supérfluo??) dos adultos da elite social russa. As ideias são parte essencial da personalidade dos personagens dostoievskianos, portanto a conexão entre tais e os leitores é inevitável.

Um paradoxo intrigante em relação a esta obra é o fato de que foi escrita enquanto Dostoiévski estava preso à espera da sentença do Tsar: a narrativa leve e alegre manifesta o agudo contraste com a condição de cárcere do autor.

Para mim, essa novela foi uma acertada escolha de leitura entre livros mais volumosos e, também, mais um título logrado na vasta produção do ?romancista ideológico?. Fácil indicação para os que desejam conhecer a Literatura Russa. Adorei!
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Iara 24/09/2020

Um amor
Sentimentos de um garoto descobrindo a sexualidade pelo ponto de vista de Dostoiévski!

É sutil, é dócil, é fofo, é impactante, é engraçado.
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Marcos.Ruppelt 26/07/2020

Um livro simbólico
O melhor retrato da luta existencial de Dostoiévski talvez seja essa discreta novela. Escrita durante os meses de prisão na Fortaleza de Pedro e Paulo, em 1849, sem saber qual seria o seu destino (tortura, isolamento, morte?), o autor russo releva para o seu irmão o espírito que o guiou nesse período e que se reflete no livro:

"Eu lhe juro que não perderei as esperanças e que conservarei puros o coração e a alma. Renascerei para melhor. Nisso está toda a minha esperança, toda a minha alegria."

É possível ler as deliciosas 60 páginas de "Um Pequeno Herói" e observar uma clara tentativa de não sucumbir à escuridão da experiência pessoal do autor: a prisão e a dor do isolamento. As lembranças do narrador projetado por Dostoiévski injetam esperança nos leitores. O heroísmo do jovem de 11 anos aparece como um resultado natural da sua descoberta sexual e amorosa. É como se o mais puro sentimento humano fosse o condutor da vida humana. Muito diferente do sentimento dos 'juízes' que conduziram o Círculo Petrashevski para a cadeia e para o sofrimento. É por isso que a novela é tão interessante. Tão simbólica. Mesmo quando há uma clara tentativa de se afastar da experiência pessoal nos projetos literários, o autor deixa seus resquícios justamente nessa tentativa de escape.
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Hofschneider 04/07/2020

identifico-me muito com a escrita de dostoiévski. neste conto que li, sendo o primeiro, um garoto de 11 anos se apaixona por uma menina mais velha e casada, uma colegial.
as descrições de sentimentos e perturbação do personagem principal é uma marca registrada dele, que faz lembrar muito shakespeare também, é apresentada com maestria neste conto também, do qual não poderia faltar.
o personagem sofre humilhações e no fim se rende a um tipo de bondade que acalenta sua dor, mas não à anula
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Gianny 06/03/2020

Foi o primeiro conto de Dostoiévski que li e já estou com vontade de ler mais, gostei bastante.
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Mario Miranda 18/07/2019

Dostoiévski, ao publicar “O Pequeno Herói” (escrito em 1849 – publicado anos após), ele já havia abordado a questão do amor durante a juventude/adolescência. Netochka Nezvanova já havia discutido a temática, sob a ótica feminina, sem contudo ser uma obra concluída, em razão da prisão de Dostoiévski ao ser envolvido em um grupo conspiratório socialista contrário ao Czar.

O Pequeno Herói, novela de pouco mais de 55 páginas, narra a história de um menino de quase 11 anos que sente, pela primeira vez, a atração por uma mulher, Madame M, que não tem sua idade revelada (apesar de podermos supor que estivesse no início dos seus 20 anos, ao explicado logo nas primeiras páginas que ela tinha 05 anos de casado). O jovem, que passa de uma criança infantilizada a um adolescente tentando amadurecer-se de maneira acelerada, tenta atrair a atenção da jovem, ao mesmo tempo em que sofre as brincadeiras e humilhações da melhor amiga da Madame M.

Escrito sob a forma de reminiscência, o autor, já em uma fase mais madura, consegue apresentar de maneira detalhadas as sensações e sentimentos provocados pela confusão sentida pelo protagonista ao deparar-se com o que ele ainda mal supunha ser amor.

Dois livros vieram imediatamente a minha mente: Primeiro Amor, de Turguêniev, escrito em período próximo, e que também discute as primeiras sensações de um jovem ao deparar-se com o amor; e O Apanhador no Campo de Centeio, não pela temática, mas por este ser frequentemente considerada a primeira obra a realmente centrar-se no universo juvenil.

Um Pequeno Herói não é uma obra seminal dentro do universo Dostoievskiano sendo, inclusive, Recordações da Casa dos Mortos (uma obra de melhor qualidade uma obra de melhor qualidade), escrito também durante o período em que Dostoiévski esteve preso, mas sem dúvida tem o seu interesse.
Dostoiévski, ao publicar “O Pequeno Herói” (escrito em 1849 – publicado anos após), ele já havia abordado a questão do amor durante a juventude/adolescência. Netochka Nezvanova já havia discutido a temática, sob a ótica feminina, sem contudo ser uma obra concluída, em razão da prisão de Dostoiévski ao ser envolvido em um grupo conspiratório socialista contrário ao Czar.

O Pequeno Herói, novela de pouco mais de 55 páginas, narra a história de um menino de quase 11 anos que sente, pela primeira vez, a atração por uma mulher, Madame M, que não tem sua idade revelada (apesar de podermos supor que estivesse no início dos seus 20 anos, ao explicado logo nas primeiras páginas que ela tinha 05 anos de casado). O jovem, que passa de uma criança infantilizada a um adolescente tentando amadurecer-se de maneira acelerada, tenta atrair a atenção da jovem, ao mesmo tempo em que sofre as brincadeiras e humilhações da melhor amiga da Madame M.

Escrito sob a forma de reminiscência, o autor, já em uma fase mais madura, consegue apresentar de maneira detalhadas as sensações e sentimentos provocados pela confusão sentida pelo protagonista ao deparar-se com o que ele ainda mal supunha ser amor.

Dois livros vieram imediatamente a minha mente: Primeiro Amor, de Turguêniev, escrito em período próximo, e que também discute as primeiras sensações de um jovem ao deparar-se com o amor; e O Apanhador no Campo de Centeio, não pela temática, mas por este ser frequentemente considerada a primeira obra a realmente centrar-se no universo juvenil.

Um Pequeno Herói não é uma obra seminal dentro do universo Dostoievskiano sendo, inclusive, Recordações da Casa dos Mortos (uma obra de melhor qualidade uma obra de melhor qualidade), escrito também durante o período em que Dostoiévski esteve preso, mas sem dúvida tem o seu interesse.


site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Carol | @carolreads 11/07/2019

Um pequeno Herói
O projeto #dostôesselindo segue a todo vapor!

O sexto livro do Dostoiévski é super curtinho (não tem nem 60 páginas), mas não deixa de ser surpreendente. O autor usa os nobres russos e suas festas grandiosas para nos fazer acompanhar alguns dias de uma criança e sua descoberta do amor.

O que achei interessante nesse livro foi que, mesmo não o fazendo diretamente, Dostô critica a alta sociedade russa... ele nos mostra que as pessoas ali inseridas vivem de aparência e que muitas festas (com muito luxo e cheias de protocolo) ocorrem sem propósito nenhum. Não sei se todo mundo viu isso como uma alfinetada, mas acho que essa sutileza ao criticar a vida dos nobres se deve ao fato de que o autor escreveu a novela durante seu tempo na prisão.

Além disso, vi muito de Niétotchka Niezvânova no livro. Nosso pequeno herói se interessa por uma mulher mais velha e fica confuso sobre o que está sentindo, só para no final descobrir que está apaixonado... essa parte me lembra muito a interação da Niétotchka e da Kátia e suas faces coradas! Outro ponto muito similar com o NiNi é a questão do romance fora do casamento da Madame M* e como nosso protagonista descobre isso através de uma carta perdida.

O posfácio da Fátima Bianchi também é um show a parte. Além de confirmar que o pequeno herói conversa muito com o romance inacabado do Dostô, ela contextualiza a obra - o que levou o cárcere do autor, a concepção da novela até o seu lançamento posterior - com vários trechos de cartas enviadas pelo Dostô na prisão.

E aí, alguém já leu o livro de agosto do projeto? Quais foram suas impressões? Gostaram?

site: https://www.instagram.com/carolreads
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Fernando.Lopes 02/06/2019

Primeira experiência com o autor
Achei o livro simples, gostosíssimo de ler e muito bonito, o retrato da passagem da infância pra adolescência é incrível, além de possuir algumas críticas, bem leves, aqui e ali.
Acredito ser o livro ideal pra começar com o autor, pois aparenta ser uma ótima amostra do estilo de narrativa do autor.
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Bruno Aquino 31/01/2019

Super Homem!
Redigida entre julho e dezembro de 1849, quando Fiódor Dostoiévski se encontrava preso na Fortaleza de Pedro e Paulo em Petersburgo, acusado de conspiração à espera de sua sentença de morte. Essa novela foi publicada pela primeira vez na edição de agosto de 1857 da revista Anais da Pátria.
Muito embora Dostoiévski estivesse passando um dos momentos mais dramáticos de sua vida, em “Um Pequeno Herói” o autor retrata com luminosidade e delicadeza os sentimentos de um menino com pouco menos de 11 anos de idade às voltas com sua primeira experiência amorosa significativa.
Distante das grandes cidades russas, o cenário é uma propriedade no campo e que diferentemente das obras anteriores onde o inverno e a penumbra predominavam, essa novela é narrada durante uma temporada de verão onde se encenam os jogos de entretenimento da rica sociedade russa. Em “Um pequeno herói” o leitor é conduzido pelos meandros da alma infantil em um momento de descoberta da própria dignidade e impulsionado por sua primeira paixão e suas consequências emocionais. Mais do que a elevação de um herói por meio de um ato de coragem, a novela mostra que com amor, cumplicidade e generosidade, meninos se tornam grandes homens.
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Adriana1161 11/12/2018

Rito de passasgem
Novelinha, com ótimo posfácio. O narrador é uma criança, e a história mostra sua entrada na então inexistente adolescência.
Passa-se perto de Moscou e não mais em São Petesburgo.
É o primeiro texto que ele escreve na prisão.
Continua a temática infantil, já abordada em Niétotchka Niezvânova.
Crianças no mundo adulto.
Muitos elementos da natureza.
A história se passa em poucos dias.
Céu sol e ar livre, muitos elementos da natureza; coisas raras de se encontrar em sua obra.
Toca no tema do "homem fútil" tb. Mostra os conflitos da criança/adolescente.
Incrível esse texto ser anterior a Freud!
Adorei as gravuras tb, nessa edição super caprichada da Editora 34.
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Guili 18/09/2018

Que escrita leve e envolvente. Adorei, como sempre Dostô sempre me proporcionando boas leituras.
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Renata (@renatac.arruda) 06/09/2018

Uma novela sobre um rapazinho de 11 anos descobrindo o amor, suas angústias e imprudências. Embora cheia de ternura, a passagem sobre os ditos "homens inteligentes", aristocratas que "engordam às custas dos outros" e se acham melhores e mais importantes do que realmente são, é um típico Dostoiévski que não deixa de ser Dostoiévski nem em novelas sobre um amor infantil. Descobri que, provavelmente, se trata de uma indireta a seu desafeto Ivan Turguêniev e achei mais delicioso ainda!

Há também a brilhante participação de um cavalo diabólico que em muito me lembrou o de Edgar Allan Poe e me intrigou. Ainda que seja só um cavalo, achei um bom símbolo para desejos indomáveis que podem levar a gente ao desastre, e só os ingênuos e inexperientes são suficientemente imprudentes para assumir os riscos.

Dostoiévski escreveu esse livro na prisão e, pra mim, faz muito sentido que, estando preso, ele tenha imaginado belos campos e flores e paisagens e liberdade ao ar livre. Daí já volto ao cavalo de novo: seria o bicho tão raivoso porque estava preso? Um espírito livre e irado que não se deixaria dominar? É bom dar umas viajadas dessas.

Um livrinho muito terno que aqueceu meu coração.
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monique.gerke 06/09/2018

Belíssimo! Gostei demais!
10x0 na novela 'O primeiro amor' do Turguêniev.
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