A lista de Schindler

A lista de Schindler Thomas Keneally
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Resenhas - A lista de Schindler


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Dose Literária 01/08/2014

A lista de Schindler
Há poucos anos, tive a oportunidade de assistir A lista de Schindler, filme que passava sempre na TV quando eu era pequena mas que nunca tinha tido a chance de ver. Quando descobri que ele foi inspirado na obra de Thomas Keneally, fiquei bem interessada em conhecer a história lendo o livro. E eis que um aluno me fala que viu o livro na prateleira das Americanas, lógico que corri pra comprar meu exemplar. Foram mais de 500 páginas, carregadas de intensidade e de um relato primoroso sobre um personagem que salvou centenas de judeus do terrível Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

Oskar Schindler era um industrial alemão, que conseguiu fortuna desde cedo e por alguns fatores acabou membro do partido nazista. Embora não compactuasse com a ideologia do partido, de 'limpar' a Alemanha dos 'malditos judeus', ele lucrava com sua fábrica de esmaltados, e contribuía com o Partido. O livro começa falando sobre a origem de Oskar, de como ele enriqueceu, suas relações com pessoas influentes na Alemanha e posteriormente, de como ele arriscou a própria vida para impedir que vários judeus que trabalhavam em suas fábricas fossem levados nos trens de gado rumo a morte nos campos de concentração poloneses.

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site: http://www.doseliteraria.com.br/2014/07/a-lista-de-schindler.html
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Na Literatura Selvagem 14/07/2014

Um dos relatos mais surpreendentes sobre o Holocausto judeu... A lista de Schindler
Há poucos anos, tive a oportunidade de assistir A lista de Schindler, filme que passava sempre na TV quando eu era pequena mas que nunca tinha tido a chance de ver. Quando descobri que ele foi inspirado na obra de Thomas Keneally, fiquei bem interessada em conhecer a história lendo o livro. E eis que um aluno me fala que viu o livro na prateleira das Americanas, lógico que corri pra comprar meu exemplar. Foram mais de 500 páginas, carregadas de intensidade e de um relato primoroso sobre um personagem que salvou centenas de judeus do terrível Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

Oskar Schindler era um industrial alemão, que conseguiu fortuna desde cedo e por alguns fatores acabou membro do partido nazista. Embora não compactuasse com a ideologia do partido, de 'limpar' a Alemanha dos 'malditos judeus', ele lucrava com sua fábrica de esmaltados, e contribuía com o Partido. O livro começa falando sobre a origem de Oskar, de como ele enriqueceu, suas relações com pessoas influentes na Alemanha e posteriormente, de como ele arriscou a própria vida para impedir que vários judeus que trabalhavam em suas fábricas fossem levados nos trens de gado rumo a morte nos campos de concentração poloneses.

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site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2014/07/um-dos-relatos-mais-surpreendentes.html
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Bru | @umoceanodehistorias 19/01/2014

Aquele que salva a vida de um homem salva a vida do mundo inteiro
A Lista de Schindler, de Thomas Keneally, nos trás a história de Oskar Schindler, um homem mulherengo e ambicioso. Thomas Keneally retratou com exatidão tudo o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, a história é narrada por pessoas que passaram por todo o drama da Guerra.

Herr Oskar Schindler, um homem que casara muito cedo com Emilie e que odiava seu pai face a separação de sua mãe, ambicioso e mulherengo torna-se a única salvação para alguns judeus.

Ao mudar-se para Cracóvia, Oskar compra uma fábrica de utensílios de cozinha, convive com oficiais do mais alto escalão do Exército e vê coisas que o fazem refletir sobre a capacidade de maldade do ser humano.

"Atirou naquela mulher porque ela não significava nada para ele, era só uma a menos de uma série, que nem o ofendia nem o agradava. Está compreendendo? Mas você..."

Em sua fábrica, Oskar decide empregar judeus e ajudá-los fornecendo algo para que possam se alimentar. Mas, as coisas tornam-se complicadas, cada vez mais o Governo do Reich faz com que os judeus fiquem submissos e impede que eles recebam pelos seus serviços. Oskar precisa subornar algumas pessoas para ter o que precisa para si e para os judeus.

"Entretanto, a invasão de Kazimierz pela SS despertou em Oskar uma repulsa fundamental - não uma repulsa que chegasse a afetar diretamente o nível de sua vida comercial, ou amorosa, ou seus jantares com amigos, mas uma repulsa que, quanto mais claras se tornavam as intenções do novo regime, mais o impulsionava, obcecava, levando-o, em sua exaltação, a arriscar-se cada vez mais."

Os judeus viam-se perdidos, pois a morte era a única coisa certa na vida deles. Há apenas uma salvação: Trabalhar na Emalia - empresa de Herr Oskar Schindler. Após diversas mudanças, Oskar vê-se, mais uma vez, desesperado: seus empregados eram espancados e muitas vezes não chegavam ao local de trabalho. Oskar toma a decisão de criar um subcampo no fundo de sua empresa e isso representa uma mínima melhora na vida dos judeus, posto que Oskar não permitia espancamentos nem morte sem motivos em seu campo.

Quando tudo parece ir bem a Guerra nos trás mais uma mudança: O campo e subcampos de Plaszóvia serão desativados e a maioria dos judeus serão mortos. Oskar vê necessidade de fazer algo para ajudar seus sempre fiéis empregados e, junto a seus amigos da alta hierarquia, ele consegue uma transferência de 1.100 prisioneiros para a Tchecoslováquia. A luta passa a ser: Quem integrará a Lista de Schindler e terá uma chance de vida?

Thomas Keneally criou uma narração fascinante com detalhes envolventes, as histórias são baseadas em informações obtidas para com aqueles que integraram a Lista de Schindler e conviveram com o salvador Oskar Schindler.

Nesse livro, Oskar não é criado como um Deus Salvador, os seus defeitos são descritos e explorados e as decisões erroneas são trazidas de acordo com a observação de judeus. É um livro que deve ser lido com atenção e nos trás momentos de alegrias com vitórias e tristezas com derrotas.

site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2014/01/a-lista-de-schindler.html
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Felipe 21/10/2013

A bondade pode ser encontrada aonde menos se espera
Conta a história de Oskar Schindler membro do partido nazista, porém salvou a vida de 1200 judeus durante o holocausto. A pergunta é: por que salvou a vida deles uma vez que ele era um nazista ? Talvez a pergunta permaneça sem resposta, todavia há uma explicação: a única coisa que importava para ele era a obtenção de lucro nas suas industrias que fundou, futuramente a bondade foi encontrada aonde menos se esperava.
Mais de seis milhões de judeus morreram durante o holocausto, fazendo com que a quantia que oskar salvou seja insignificante, porém ele teve que enfrentar percalços, os oficias da "SS" por exemplo, arriscando a própria vida para evitar o destino fatal dos que foram chamados de "Schindlergruppe". O livro assim como o filme dirigido por Steven Spielberg é excelente. Oskar pode agora descansar em paz por que, embora a quantidade de judeus que ele salvou fosse irrisória, ele que salvou uma vida salvou o mundo inteiro.
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Isaias Junior 30/06/2013

Oskar Schindler um herói real
O personagem central é o alemão amado por todos os judeus e odiado por muitos alemães que achavam esse cuidado excessivo de Schindler uma doença. No inicio do livro, conhecemos um Schindler jovem é boêmio, que participava de competições com a sua motocicleta. Porém, sua carreira não durou muito devido a alguns contratempos.

Devo admitir que a minha ideia de Oskar Schindler fosse bem diferente da verdadeira imagem que descobri quando li o livro. As pessoas que me falaram de Schindler, fizeram com que eu tive-se essa imagem de um humano perfeito. Porém, Tio Schindler tinha muitos erros. O primeiro dele é que Schindler era infiel no quesito matrimonio. Sua esposa Emilie (Coadjuvante no inicio) conhecia a infidelidade do seu marido. Segundo, Schindler não sabia como sobreviver em uma vida que tive-se uma rotina definida, o que colocava em risco todos os seus planos e projetos se não tive-se alguém responsável para tomar conta.

Em meio a noites de festas banhadas a álcool e a jantares com oficiais da SS, Schindler toma sua primeira iniciativa como adulto responsável à compra de uma fábrica de esmaltados que recebeu o nome de Emalia. Todos os seus operários eram Judeus que viviam em Cracóvia (Onde estava localizada a empresa de Schindler) e todos os dias recebiam o Herr Direktor durante o turno de trabalho. A pacífica rotina dos Judeus sofre alteração quando criada o primeiro gueto e a necessidade do visto de trabalhador pra poder ter assegurados o direito de entrar e sair.

Ao mesmo tempo em que a fortuna de Schindler crescia, era criado um campo de concentração em Cracóvia ao poder do Hauptsturmführer (Capitão) da SS Amon Goeth, admirador de boa música do mesmo modo que amava um assassinato sem nenhum motivo aparente. Durante a primeira Aktion (ação de desocupação do gueto), todos os empregados de Oskar foram levados ao campo de concentração onde tinham suas vidas ameaçadas diariamente por Amon.

Schindler teve a iniciativa de criar um subcampo no terreno de sua indústria, com a desculpa de que seus funcionários experientes e treinados teriam melhor proveito se ficassem mais tempo no lugar de trabalho. Com o projeto aprovado Schindler teve que arcar com todas as despesas (por sinal bem caro). Muitas coisas acontecem nesse tempo em que Schindler toma conta do seu subcampo e o período de termino da guerra.

Para manter seus funcionários, Schindler vivia de transações no mercado negro, suborno de agentes da SS e favores de amigos influentes. Essas atividades faziam seu dinheiro desparecer rapidamente e sua empresa não conseguia repor de forma eficiente. A lista que leva o nome do Herr Direktor demora pra aparecer, mas em compensação tem um significado que da uma reviravolta na historia. Fiquei feliz quando o autor já no final do livro mostra uma Emilie Schindler não coadjuvante, mas uma mulher forte e determinada.

Terminei o livro com a sensação de vazio (kkkk’s), parece impossível, mas esse foi o sentimento. Fiquei triste com muitas partes, assustado com outra e até revoltado. A imagem do Oskar Schindler que eu tinha não chega nem perto do que eu tenho agora, prefiro esse que eu criei ao terminar o livro, porque sei que mesmo com os erros que ele sempre cometeu, sua principal preocupação eram os Schindlerjuden.

Espero profundamente que todos que conseguiram ler até o final a minha resenha procurem ler essa incrível obra feita não por Thomas Keneally, mas por Schindler e todos os judeus que foram ajudados por ele. Ainda tenho muito pra falar, mesmo que não saiba como dizer.
Porem deixo no final da resenha, assim como em uma parte do livro três minutos de silêncio pros personagens que fizeram a historia do livro ajudando, existindo ou burlando o sistema:
“Oskar e Emilie Schindler, Poldek e Mila Pfefferberg, Helen Hirsch, A Otimista Lusia, Richard e Anka Rechen, Regina e Niusia Horowitz, Josef e Rebecca Bau, etc...”

site: http://caeletronico.blogspot.com.br/
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Mateus Almeida 30/06/2013

A lista de Schindler
O livro conta história de Oskar Schindler um Industrial filiado ao partido nazista que abrigou e salvou mais de 1.200 judeus em sua fábrica de esmaltados. A obra é muito interessante pelo fato de apresentar o Holocausto através de ótica interna, ou seja, como os prisioneiros e alguns homens de negócio viam a perseguição aos Judeus.

De fato, a história é fascinante. Em alguns momentos onde são descritos tratamentos dado aos Judeus, eu parava e tentava mentir para mim dizendo que não estava lendo uma história real. O período da Segunda Guerra sempre me fascinou por mostrar a extremidade da perversidade da alma humana. Em A lista de Schindler são mostrados os extremos, como o homem pode ser perverso e benigno.

Após acabar o livro fiquei em que dúvida se daria 3 ou 4 estrelas, pois a história é estupenda, porém a leitura foi cansativa. Citando vários nomes e informações que não acrescentavam muito ao cerne da leitura.

Termino a resenha com uma frase dita pelos Judeus algumas vezes durante o livro.

“ Um dia de vida sempre era vida”



site: http://alistadeschindler.com/Lista (A lista)
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Camilla Cardoso 22/05/2013

A história de um herói diferente
A lista de Schindler conta a história de Oskar Schindler um herói, nada tradicional, que salvou milhares de judeus acolhendo-os nas suas fábricas. O livro narra primeiramente o perfil de Oskar e alguns fatos de sua vida que possam justificar como um jovem que sonhava com viagens e corridas tornou-se um dos maiores salvadores do holocausto.
Oskar não era um amante de laços familiares. Não era aquilo que se pode chamar de bom marido. Não era fiel ou companheiro com sua esposa. Recorria a meios ilegais para ajudar os judeus. Tinha a imensa capacidade de encantar homens de várias patentes sempre bebendo e jamais se embriagando. Mas mesmo assim , era um homem incrível, um herói.
No decorrer da leitura somos levados aos anos do holocausto. É possível ver e até sentir o sofrimento da cada judeu através da narrativa de Tom Keneally que reconstruiu a história de Schindler através de uma longa pesquisa.
Sem dúvida alguma, um dos melhores livros que já li. Ele retrata exatamente como Oskar foi capaz de salvar tantos judeus. Oskar subornou agentes da SS e correu inúmeros riscos diante dos superiores alemães para salvar a vida de seus judeus. Gastou muito dinheiro para alimentar seus “funcionários”. Após a guerra ficou pobre mas conseguiu se manter através da ajuda de muitos judeus que ele havia salvado.
A lista de prisioneiros que ele fez significava uma oportunidade de futuro. Aqueles que conseguiram entrar na lista, quer seja através do empenho direto de Oskar quer seja através de alguns subornos aos responsáveis pela lista o que importa é que praticamente todos aqueles que estavam na lista sobreviveram e não foram espancados nos campos que ele mantinha em suas fábricas.
O filme que reconta a história do livro consegue ser muito fiel ao livro, embora não conte tudo que aparece na obra. Emfim a história do livro é capaz de comover o leitor de todas as formas possíveis e nos relembra o quanto o Holocausto foi horrendo e cruel. Uma obra que recomendo a todos aqueles que são fãs de HISTÓRIA.
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Renata 04/12/2012

Uma história tão incrível que chega a parecer irreal. Porém, há muitos dados e relatos aleatórios, o que torna a leitura um pouco cansativa, mas que mesmo assim vale a pena ser feita. São relatos preciosos!
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Luciane 28/03/2012

É um livro denso, com muitos fatos históricos e personagens. Não é romance, tem que ser lido com muito calma (letra pequena e muita informação), mas que agrega muito ao conhecimento dos fatos da Segunda Guerra Mundial.
Oscar Schindler foi um exemplo na luta pela salvação dos Judeus.
Este livro é do Grupo Livro Viajante: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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Yasmin 15/01/2012

Imperdível

Sempre gostei de livros que retratam ou tem como plano de fundo a segunda grande guerra mundial e nunca tinha lido uma história tão real da época. Thomas Keneally conseguiu contar uma história de modo delicado e sendo extremamente cuidadoso para que nenhum fato irreal fosse narrado.

Por páginas e mais páginas acompanhamos a vida de Oskar Schindler, um homem de negócios que aproveitou a máquina da guerra para fazer dinheiro. Mantendo bons contatos a base de muitos presentes caros e luxuosos ele não se encaixa em nenhum grupo. Não é nazista declarado e nem um militante pró judeus. Ele assiste com dúvida e sentimentos otimistas essa caça aos judeus. Em 1940 ele achava que era só eles se manterem fortes, saudáveis e longe de encrencas para sobreviver, mas os anos foram passando e do mesmo lugar de expectador ele assiste horrorizado as constantes aktions no gueto de judeus de Varsóvia. Quando a fábrica começa a perder funcionários constantemente e em os nazistas surgem com a solução final Schindler com ajuda (muito bem pega) de Amom Goethe faz um feito inacreditável. Ele consegue resgatar 300 mulheres de Auschwitz, e é verdade! Comovente a história de Schindler. Os planos de mudar a rota dos comboios de judeus que iam de Varsóvia para Auschwitz eram audaciosos. Com muita coragem, contatos decisivos e a certeza de que aquilo era o correto Oskar salvou mais de mil judeus da morte certa. Com cabanas no fundo de sua fábrica ele abrigou e com a ajuda da esposa cuidou e alimentou dos judeus antes de eles irem em segurança para outros países.

A narrativa do livro é diferente e o autor parece estar sentado na nossa frente contando aquela história. A princípio achei um pouco cansativa, mas ao passar das páginas a história vai ficando tão interessante que você nem percebe a forma narrativa. As descrições tão nítidas dos absurdos da SS são fortes e muito benfeitas. Acredito que parte disso se deve aos depoimentos que o autor coletou dos sobreviventes. Quem sobrevive a aquilo tudo com certeza não esquece.

Termine de ler em: http://cultivandoaleitura.blogspot.com/2012/01/resenha-lista-de-schindler.html

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Rafael 14/01/2012

Confesso que quase o abandonei por várias vezes, mas como sou teimoso e não gosto de abandonar um livro, fui até o fim.

Porque quase abandonei?
A estória é linda, ainda mais por ser uma história real, mas o livro pra mim foi desgastante demais. Eu não via a hora de terminá-lo.
Uma das raras ocasiões onde achei o filme melhor que o livro.
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Wedson Galdino 21/08/2011

A descrição da alma humana
Simplesmente magnífico, a história verídica de um homem que apesar de todo o horror da 2ª Guerra Mundial conseguiu salvar a vida de milhares de judeus com muito sacríficio. Usando toda a sua influência e poder de empresário alemão, Oskar Schindler protegeu e salvou milhares daqueles que mais sofreram, eram massacrados e estavam marcados para morrer. A Lista de Schindler é um relato fascinante de uma das história mais emocionantes de todos os tempos, que ironicamente aconteceu no pior de todos os eventos, a guerra.

No começo do livro você pode até achar meio chato, mas depois dos primeiros capítulos você fica tão imerso e comovido com a história que só para no final do livro.
Um livro excelente que eu recomendo para todos.
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Luis Netto 17/05/2011

A Lista de Schindler
Na década de 30, o mundo conheceu uma das ideologias mais violentas que já se teve notícia no mundo: o nazismo. Idealizado pelo austríaco Adolf Hitler, o nazismo era um movimento antidemocrático que visava conter o avanço comunista (decorrente da vitória socialista na Revolução Russa) e reerguer a Alemanha, após sua derrota na Primeira Guerra Mundial. Através dessas propostas, o nazismo ganhou força, conquistando milhares de alemães. Mas, no decorrer de sua atividade, o nazismo foi mostrando realmente seu objetivo: erradicar judeus, comunistas, homossexuais, entre outros que poderiam colocar em risco o objetivo principal de seu doente líder: a supremacia da raça ariana.
Hitler perseguia os judeus com a justificativa de que eles foram responsáveis pela derrota alemã na Segunda Guerra. Além dos judeus, foram perseguidos homossexuais, comunistas, negros, testemunhas de Jeová, deficientes e opositores à ideologia nazista. Para abrigar todos os prisioneiros do regime, foram construídos campos de concentração onde os prisioneiros eram torturados, humilhados e mortos. As condições eram péssimas, alguns prisioneiros morriam de fome ou de doenças adquiridas no local. A execução se dava através de fuzilamento ou câmara de gás. O mundo assistia a essas execuções de forma neutra. Hitler, livre para matar, ordenou a aniquilação de mais de sete milhões de pessoas, inaugurando o Holocausto.
O campo de concentração mais conhecido é o de Auschwitz, na Polônia. Possuía várias câmaras de gás e fornos crematórios, onde os corpos eram incinerados. Sobreviventes do Holocausto dizem que uma fumaça negra pairava sobre o campo e o cheiro de morte tomava conta do local. Em 1945, a Segunda Guerra chegava ao final. Hitler, derrotado, suicidou-se, assim como sua esposa. Os campos de concentração foram desmantelados e os presos liberados. O mais famoso, Auschwitz, foi libertado por meio da operação militar Vistola-Oder, realizada em janeiro de 1945 pelo exército soviético.
“A Lista de Schindler” do autor australiano Thomas Keneally, retrata a história de Oskar Schindler que vivenciou todo o Holocausto, período que marcou toda a história mundial.
Oskar Schindler, um antigo militar polonês, bem relacionado com a SS, progride rapidamente nos negócios ao se apropriar de uma fábrica de panelas, após o decreto que proibia aos judeus serem proprietários de negócios.
Oskar Schindler nasceu em 28 de abril de 1908 em Zwittau na Morávia. Filho de um industrial bastante rico, ele cresceu numa família muito religiosa.
A sua família de classe média católica pertencia à comunidade que falava alemão nos Sudetos. O jovem Schindler, que estudava engenharia, esperava ser algum dia igual ao seu pai e tomar conta da fábrica de máquinas agrícolas. Casou-se aos dezenove anos com Emilie Schindler depois de seis anos de namoro. Logo após, Schindler tornou-se alcoólico e começou a trair a sua mulher, tendo resultado no nascimento de duas crianças de outra mulher.
Alguns dos colegas e vizinhos amigos de Schindler eram judeus, mas ele não estabeleceu nenhuma amizade íntima e duradoura com nenhum deles. Tal como muitos dos jovens que falavam alemão dos Sudetos, ele inscreveu-se no partido alemão Konrad Henlein’s Sudeten, e mais tarde no partido nazista, depois da anexação alemã dos Sudetos em 1938.
Schindler ficou desempregado quando os seus pais perderam o respectivo negócio durante a grande depressão, tendo ido para Cracóvia, na Polônia, onde encontrou emprego como vendedor de máquinas.
Pouco depois do inicio da guerra em Setembro de 1939, Schindler com 31 anos de idade foi para a ocupada Cracóvia. A cidade continha cerca de 60.000 judeus e sob a administração alemã, a Generalgouvernement, provou ser muito atrativa para os empresários alemães, que desejavam capitalizar as adversidades existentes no país ocupado.
Com muita naturalidade, Schindler apareceu, a principio, para alcançar algum sucesso por aqueles lados. Em Outubro de 1939, apropriou-se de uma fábrica até então de propriedade de um judeu. Como resultado de algumas manobras — através o conselho comercial de um contabilista judeu polonês, Itzhak Stern, Schindler começou a construir a sua própria fortuna.
Em Zablocie, arredores de Cracóvia, uma pequena fábrica de equipamento de cozinha para o exército alemão começou a crescer. Em apenas três meses, a fábrica já empregava cerca de 250 polonês, incluindo sete judeus. No final de 1942, a fábrica expandiu-se para a produção de munições, ocupando cerca de 45.000 m² e empregando quase 800 homens e mulheres. Destes, 370 eram judeus do gueto de Cracóvia, estabelecido pelos alemães depois de terem entrado na cidade.
Desde cedo que Schindler adotou um estilo de vida extravagante, divertindo-se à noite na companhia de altos oficiais das SS, e na companhia de uma mulher polonesa bastante bonita. Até certa altura dos acontecimentos, o que o colocou longe dos benefícios da guerra foi o tratamento humano para com os seus trabalhadores, nomeadamente para com os judeus.

Schindler se valeu de sua fortuna crescente para "comprar" membros da Gestapo e dos altos escalões nazistas com bebida, mulheres e produtos do mercado negro. Seu afiado senso de oportunidade o levou a contratar Itzhak Stern,um contador judeu, mais barato do que um profissional polonês. Com o argumento de que os trabalhadores judeus representavam uma lucratividade maior para o negócio, Itzhak Stern convenceu Schindler a fazer destes 100% da força de trabalho empregada em sua fábrica. Com o tempo, famílias judias passaram a trocar suas reservas financeiras por postos de trabalho, permitindo que os negócios crescessem ainda mais.
A guerra ganhou proporções maiores e Hitler lançou a campanha de "Solução Final", que acabava definitivamente com os guetos, transferindo toda a população judia para os campos de concentração e assim executando todos.
Amon Goeth foi o comandante de um desses campos e um dos amigos mais próximos que Schindler teve entre os oficiais da Gestapo. Quando os trabalhadores de sua fábrica começaram a ser transportados para o campo de Plaszóvia, depois de muita negociação Schindler convenceu Goeth a colocá-los num ambiente separado dos outros, um lugar onde ficassem mais protegidos.
Em maio 1940, os alemães começaram a expulsar os judeus de Cracóvia para o campo vizinho. Em março de 1941, a maioria dos judeus havia sido enviada para o campo. Somente 15.000 judeus ainda estavam em Cracóvia. Os alemães requisitaram o estabelecimento de um gueto, situado em Podgorze, no sul de Cracóvia, melhor que em Kazimierz, o quarteirão judeu tradicional da cidade e neste espaço foram concentrados os judeus restantes de Cracóvia. Quase 20.000 judeus foram confinados neste local que foi cercado por arame farpado e por um muro de pedra. Bondes viajavam através do gueto mas não faziam nenhuma parada lá dentro.
Os alemães estabeleceram diversas fábricas dentro do gueto, entre elas a Optima e as fábricas de Madritsch, onde judeus eram usados para trabalho forçado. Centenas de judeus também foram empregados em fábricas e projetos de trabalho forçado fora do gueto.
Em março de 1942, os alemães prenderam aproximadamente 50 intelectuais no gueto e deportaram eles para o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Na segunda metade de 1942, os alemães deportaram por volta de 13.000 pessoas do gueto. Durante as deportações, Plac Zgody e a fábrica Optima foram os pontos de conjunto principal. A maioria dos deportados foram enviados pra o campo de extermínio de Belzec. Alguns foram enviados para Auschwitz, que estava a apenas 64 Km de Cracóvia. Centenas de pessoas foram executadas durante as deportações do gueto.
Em março de 1943, os alemães destruíram o gueto de Cracóvia. Mais de 2.000 pessoas foram deportadas para Auschwitz-Birkenau e assassinadas. O resto da população do gueto foi deportada para o campo de Plaszóvia.
Numa determinada noite, passando perto de um dos parques de Cracóvia, Schindler assistiu à invasão do gueto da cidade. Dias mais tarde, ele acompanhou uma ida de Goeth ao campo de concentração e assistiu às instruções que este recebeu para cremar os cadáveres dos mortos no massacre do gueto.
Schindler e o contador passaram a noite a digitar os nomes das famílias que seriam transportadas para a Tchecoslováquia ao invés de irem para Auschwitz. Para cada um dos 1.100 nomes que comporiam a lista, Schindler viria a pagar um boa soma de dinheiro a Goeth, que tomaria as medidas necessárias para o que o desvio de rota fosse bem sucedido.
Schindler fundou a fábrica de utensílios de cozinha Emalia para enriquecer com a guerra. Nela empregou entre 1939 e 1944 muitas centenas de judeus. Eram a sua força de trabalho, empregados especializados, mesmo que não o fossem, não deixavam de ser escravos. Pensou, durante algum tempo, que bastava aos seus judeus e aos outros manterem-se saudáveis para chegarem ao fim da guerra vivos. Percebeu que não, depois percebeu que iam morrer todos e usou a fortuna que ganhara com eles para salvar alguns. Mais de mil. Schindler escreveu os seus nomes numa lista e deu-lhes vida.
“A lista de Schindler” sem duvida um livro fantástico que procura resumir o que foi o Holocausto visto por dentro dele. Thomas Keneally se mostrou um autor extraordinário.
Recomendo a todos.
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