Tudo é eventual

Tudo é eventual Stephen King...




Resenhas - Tudo É Eventual


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Gi Gutierrez 20/08/2016

Tudo é eventual
A leiturq fluiu e me vi lendo um conto após o outro. Ideal para quem quer conhecer um pouco do estilo de King.
le 13/10/2017minha estante
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Fernando.Rhenius 26/06/2016

Até quando Tudo é Eventual?
O que é eventual? Segundo o dicionário: “adj. Cuja certeza não pode ser comprovada; que pode ou não acontecer; casual. Que acontece em certas circunstâncias; ocasional.” Este é clima que se encontra no livro Tudo é Eventual, livro de contos de Stephen King, lançado no Brasil em 2005 pela editora Suma de Letras. Nos EUA a obra ganhou vida em 2001.

Com 14 contos, que tiveram sua disposição segundo o autor baseadas em um jogo de cartas, “Tal ordem criou de fato um equilíbrio muito bom entre as histórias literárias e aquelas escritas obviamente para assustar.” Disse King no sumário. A falta de previsibilidade, com reviravoltas e finais nem sempre óbvios, fez muito bem no manuseio da obra. Histórias curtas, seguidas de textos mais longos. Um conto de terror, e para dar uma aliviada na leitura um texto um pouco mais leve, com um ar cômico.

O tamanho dos contos também foi bem escalonado, dando a oportunidade de se programar para a leitura e não deixar nada para trás. Outro diferencial da obra é o diálogo que King tem com seus leitores. Antes ou pós cada história, uma explicação sobre sua criação. O livro também conta com uma introdução que uma crítica incrustada. King nunca foi fã de inovações na publicação de suas obras. Com o advento dos ebooks, o autor sempre se manteve longe desta novidade. Lançou dois trabalhos nessa mídia. “Andando na bala”, presente no livro e “Milha 81”, este somente em formato digital, ainda…

Sala de autópsia 4

Este conto abre os trabalhos. Se você tem medo de ambientes fechados, pânico de morrer asfixiado ou sua mente congela quando em algum filme vê uma pessoa com a boca costurada, vai faltar ar para descobrir o destino de Howard Cottrell. Um pacato corretor de imóveis que do nada acorda em uma cama de um centro médico.

Cottrell está acordado, pelo menos é o que pensa. Seus únicos companheiros na sala são uma médica e dois auxiliares. Ele tenta falar, mas apenas seus olhos conseguem passar alguma informação. O pânico começa a tomar conta do seu corpo e mente, principalmente quando percebe a quantidade de utensílios cirúrgicos que estão ao seu lado prontos para rasgar seu corpo.

“Mas se eu estou morto, como posso ter sensações? Sentir o cheiro deste saco? Como posso ouvir essas vozes, a médica dizendo que no próximo sábado vai dar banho no cachorro que também se chama Rusty, que coincidência, e ouvir todos eles rindo? Se estou morto, por que também não desapareci ou entrei por aquela luz branca de que sempre falam no programa da Oprah?” Página 21.

A medida que a história ganha corpo, a sensação de aprisionamento do personagem e principalmente a nossa aumenta. Somente no final conseguimos soltar aquele “ufa!” Mais por conseguir se livrar daquela sala, do que pelo destino de Cottrel.

O homem do terno preto

Quem foi criança sabe, principalmente os mais levados. Para conter o ímpeto de seus rebentos na pré-adolescência, muitos pais acabam criando monstros para deixar seus filhos mais ajuizados. A medida muitas vezes pode até ser benéfica, mas os traumas que ficam na mente dos pequenos duram para sempre.

Histórias envolvendo o homem do saco, são comuns. Ele tem vários nomes dependendo da região. Foi mais ou menos isso que viveu Gary. Um menino de nove anos que no verão de 1914, tinha entre as obrigações ajudar os pais. O único passatempo que uma criança de Motton nos EUA poderia ter naquela época. Pescar.

Naquele dia Gary deixou os afazeres de lado e resolveu tentar a sorte no rio Castle. Queria surpreender o pai e é claro tirar uma folga do trabalho da fazenda. Mesmo com o aviso de não ultrapassar os limites do bosque e principalmente a bifurcação do rio, não se conteve.

Passou dos limites estipulados pelo pai. A pescaria ia bem até ser abordado por uma figura suspeita. O homem sabia seu nome e profetizou algo que deixaria o pequeno aterrorizado. Correr seria a melhor opção, e assim o fez. Como iria escapar de alguém mais forte e mais velho? Qual seria a reação do pai ao se defrontar com aquele homem?

“Virei a cabeça para ver quem batera palmas. Havia um homem em pé lá em cima, no limite das árvores. Tinha um rosto muito comprido. Pálido e estreito, e seu cabelo escuro penteado para trás seguindo o formato do crânio era repartido com rigoroso cuidado do lado esquerdo. O Homem muito alto, vestia um terno preto completo, com colete, e eu soube imediatamente que não era um ser humano porque seus olhos tinham o vermelho alaranjado das chamas de um fogão a lenha.” Pagina 54.

Muitas vezes duvidamos do que cruza nossa vida em determinada época, ou do que nossos filhos contam que ouviram ou viram algo na rua a noite ou dentro do armário. Algumas lembranças são para sempre, e nem toda são boas.

Tudo o que você ama lhe será arrebatado

Todos temos nossas manias. Muitos são chamados de excêntricos por colecionar latinhas de cerveja, brinquedos dos anos 70 ou bolinhas de gude. Independentemente da idade todos acabamos angariando coisas que entulham nossa casa, mas que revelam muito da nossa personalidade.

Isso pode ser algum distúrbio emocional. Muitos podem acabar naqueles programas de acumuladores. Este não era o caso de Alfie Zimmer. Um solitário vendedor que parou em um hotel a beira da interestadual 80 a oeste de Lincoln.

Zimmer também colecionava algo, frases que decoravam as portas de banheiros. Muitas delas tinham sua poesia, outra era apenas um modo dos seus autores destilarem seu ódio sobre qualquer coisa.

Cada vez que encontrava alguma frase que julgasse relevante acabava transcrevendo em sua caderneta vermelha. Era sua companheira de muitos e muitos anos. Cada frase lhe reavivava a memória. Mas Zimmer era um homem solitário, e pessoas solitárias tem pensamentos suicidas em algum momento da vida.

“Alfie começara a coleção quando vendia os aparelhos para a leitura de códigos. Anotando vários trechos de grafites no caderno inicialmente se saber por que o fazia. Eram apenas divertidos, ou desconcertantes, ou os dois ao mesmo tempo. Entretanto, pouco a pouco, ficara fascinado com essas mensagens da Interestadual, onde as únicas outras comunicações eram faróis baixos, quando se rodava por ali sob a chuva, ou talvez alguém de mau humor fazendo um gesto obsceno quando se passava pela pista espalhando neve.” Página 78.

Entre o desejo de tirar a própria vida que julgava medíocre, Zimmer relia as frases que colecionava, e pensava na vida que tinha e na filha que tanto amava. Dentre os contos do livro este não tem terror, ou algo sobrenatural. Tem um final pouco convencional. Stephen King nos faz refletir que muitas vezes nos apegamos a bens, símbolos e acabamos deixando de lado o “mundo real” que existe a nossa volta.

A Morte de Jack Hamilton

Um conto ambientando nos anos 30, aonde bandidos eram tratados como heróis por muitos no melhor estilo Bonnie e Kleid. A história gira em torno de Johnnie Dellinger e seus comparsas. Caçados pelo FBI, criaram uma amizade mais intensa do que a de muitos casais.

“Na corrida para Aurora, Jack sentou-se apoiado na janela, a cabeça voando e a seguir batendo contra o vidro cada vez que passávamos para um buraco grande. Resmungando, ele mantinha uma longa conversa com gente que eu não conseguia ver quando já estávamos fora da cidade, eu e Johnnie tivemos que abrir as janelas. Caso contrário, seria difícil aguentar aquele cheiro. Jack estava apodrecendo de dentro para fora, mas não morria. Eu já tinha ouvido dizer que a vida é frágil e passa rápido, mas não acredito; seria melhor que fosse.” Página 103.

O companheirismo fica evidente durante todo o conto. A perseguição do “Bando Dellinger” como é chamado o trio de bandidos, passa por diversas regiões americanas. Fugitivos e machucados, os infratores da lei passam por provações e muitas vezes auto piedade. O crime compensa? King nos passa mais uma bela lição.

Na câmara da morte

Em algum país da América latina, Fletcher, um jornalista capturado pelo “sistema”. Amigo de alguém odiado ou que sabe demais do governo local, o americano é levado para algum bunker. Em um ambiente inóspito, todo tipo de tortura começa a ser feita em cima do informante. Seja com agressões, e principalmente psicológica, Fletcher está determinado a não revelar sua fonte.

“Fletcher olhou para Escobar e esticou os dedos da mão esquerda. Os músculos daquele braço ainda se contorciam, mas a sensação diminuía aos poucos. Pensou que, quando chegasse a hora, poderia usar o braço. E daí que Ramón atirasse nele? Heinz que experimentasse se sua máquina poderia ressuscitar o morto.” Página 153.

A história tem um clima claustrofóbico. A narrativa cheia de detalhes, mas apenas o suficiente, dá aquela sensação de aprisionamento. Os diálogos, a reação dos personagens, faz o leitor querer sair daquele ambiente quente, cheirando a umidade e impregnado pela fumaça do cigarro.

As Irmãzinhas de Eluria

Este é para quem acompanha a série “A Torre Negra”. Classificada pelo autor como sua obra mais célebre, conta a história de Roland de Gilead, um pistoleiro, o último em um ambiente distópico.

Sua busca é por um mago, Walter. O conto se passa no início desta busca. Para quem não leu a série, não vai se sentir perdido. Para quem leu, é a chance de conhecer mais alguns fatos sobre Gilead.

“Em algum momento posterior, ele abriu os olhos de novo, um pouco esperançoso de ver o rosto jovem e bonito da Irmã Jenna. Pairando acima dele. E aquela vírgula de cabelo escuro mais uma vez saindo da sua touca. Mas não havia nada. Os drapeados de seda lá em cima estavam mais brilhantes que nunca e, embora fosse impossível saber as horas com alguma precisão. Roland adivinhou que era por volta do meio-dia. Talvez três horas depois da sua segunda tigela de sopa das Irmãs.” Página 189.

Como dito, o pistoleiro acaba encontrando uma cidade, no melhor estilo velho oeste. O local, totalmente deserto o intriga. Começa a explorar os locais, acaba sendo surpreendido por seres monstruosos. Acorda em uma espécie de hospital aos cuidados de religiosas. Esta irmãs estariam ao seu lado, ou apenas o mantendo vivo para fazer algo com seu corpo e sua alma?

Tudo é eventual

O conto que dá título ao livro nos bota em um dilema. O dinheiro que vem fácil, vai fácil? Ambientado nos dias atuais, conta a história de Earnshaw. Adolescente, tipicamente americano com seus sonhos e alienação.

“Tinha um programa que eu e o Pug gostávamos e assistir num verão quando éramos garotos: o Golden Years. Você provavelmente não lembra dele. Seja como for, havia um sujeito naquele programa que costumava dizer “Perfeita paranoia é perfeita consciência”. Era o seu lema. E eu tipo acreditava naquilo.” Página 257.

Ele tem um dom, que é explorado pelo Sr. Sharton, um misterioso e elegante homem que lhe propõem um trabalho. A recompensa em dinheiro seria interessante para um adolescente que passava o dia assistindo TV, comendo, indo ao cinema e mexendo no computador. A narrativa é interessante e nos faz pensar que o dinheiro, o gigante que move o mundo nem sempre é aquilo que aparenta ser. Ele abre portas, mas a qual custo?

A Teoria de L.T. sobre Animais de Estimação

Ainda antes do conto, King avisa que é o seu preferido neste livro. Isso acaba deixando o leitor intrigado e ávido para terminar de ler. A história é cômica. Relata a vida de um casal que não anda muito bem.

Relacionamentos são assim. Sempre um acaba gostando mais do que o outro, e muitas vezes aquele presente que poderia ser a salvação de um relacionamento desgastado se tora a vírgula que faltava para o fim.

“A gata não quis nada com ela desde o primeiro dia. De vez em quando, a gente podia imaginar que Frank pelo menos tentava se dar bem comigo. Sua natureza sempre vencia essa tentativa no final, e ele mastigava um dos meus tênis ou dava outra mijada numa cueca, mas às vezes parecia estar se esforçando. Lambia minha mão e talvez me desse um sorriso. Mas geralmente era quando eu tinha alguma coisa na mão de que ele quisesse um naco.” Página 281.

L.T um homem comum, provavelmente comum demais aos olhos da esposa, nunca entendeu o por que dela sumir. Antes disso lhe presenteou com um gato, e ela lhe deu um cachorro. O que era para ser algo frutífero acabou virando um inferno. Nenhum dos dois acabou gostando dos animais que receberam.

As implicâncias fizeram sua esposa sair de casa repentinamente. O que seria triste, se torna hilário com a guerra entre gato e cachorro sendo o ponto alto do conto. Mesmo assim, o terror tem seu espaço e ele vai aparecer da melhor forma possível.

O Vírus da Estrada vai para o norte

Todos temos em casa objetos que muitas vezes ganham uma vida em nosso imaginário. Quem nunca ganhou algo que por mais simples e que tenha sido dado com um enorme carinho acabou causando arrepios? Pois é! Esse é o enredo que vamos encontrar neste conto.

Stephen King sempre criou personagens que tem a escrita como profissão. Aqui não é diferente. Richard Kinnell, assim como outros exemplos em sua obra, King deu um ar independente para Richard. Um homem solteiro, e de hábitos simples, bem parecido com o próprio Stephen tirando o fato do feliz casamento na vida real.

Richard voltando de uma conferência em Boston, acaba se interessando por um quadro que estava à venda em uma feira de garagem, coisa bem típica nos EUA. O quadro tinha a figura de um jovem em um carro esportivo rodando sob uma ponte.

O que fez Richard comprar o quadro além da sua misteriosa beleza, foi descobrir que o autor, um jovem com problemas com drogas morrera depois de atear fogo em todos os quadros que pintara.

Assim que botou o quadro em seu carro, seguindo para sua casa notou que a figura mudava de forma como se previsse o que aconteceria. A aflição é bem escalonada durante a narrativa. Você realmente vai olhar os quadros da sua casa com uma desconfiança após ler este conto.

“O grau de um sorriso… a visão de dentes aguçados alargando-se ligeiramente… os olhos oblíquos e apertados… são coisas bastante subjetivas. É possível a pessoa se equivocar sobre isso, e certamente ele não tinha estudado a pintura antes de comprá-la. Além do mais, havia a distração imposta pela Sra. Diment, capaz de deixar maluco um frade de pedra.” Página 301.

Este conto teve uma adaptação para a TV com a série Nightmares & Dreamscapes. O episódio ganhou o nome de A Pintura. No Brasil passou no canal Warner Channel além de um box em DVD. Para quem assistiu o episódio, vai perceber que muito do terror e da agonia de se sentir perseguido pelo quadro é mais destacado no livro.

Almoço no Café Gotham

Relacionamentos sempre são um bom ponto de partida para qualquer história. Nesta história não é diferente. Diane em um belo dia resolve terminar o casamento com Steven Davis, um pacato corretor (para ele pacato até demais). Sem ação, Steven começa sua nova vida aos trancos e barrancos.

Passados alguns dias recebe o telefone do advogado de Diane, marcam um encontro no Café Gotham, para acertar os pormenores da separação. Poderia ser uma conversa cheia de rancor e mágoas, mas se torna extremamente violenta. Quem vai dar o primeiro tiro? Daiane? Steven?

“A expressão de absoluto horror no rosto dela esmagou até as esperanças que eu nem sabia que tinha. Em vez de responder, ela olhou para Humboldt.” Página 333;

Este conto é um dos mais curtos do livro. Não vou me estender para não falar o fim da história ou o personagem protagonista. Considero ele um dos mais violentos desta coletânea. Pessoas com medo de ambientes muito movimentados podem achar as situações da história as mais terríveis possíveis.

Você só pode dizer o nome daquela sensação em francês

Qual é o nome daquela sensação que temos quando nos lembramos de algo e que só se pode falar em francês? Déjà-vu. Temos essas sensações que são lembranças de eventos passados. Mas quando são é de algo que ainda não ocorreu?

Carol e Bill Shelton, se não fosse pelo “t” seriam parentes de Paul Sheldon, escritor que é refém de Annie Wilkes em Misery. Passando uma segunda lua de mel na Flórida, tudo parecia estar como o combinado, mas não é bem assim.

“Maria ajuda os doentes da Flórida, pensou ela, sem nenhuma ideia do que significa o pensamento. E nesse momento houve um bipe quando o piloto ligou a luz de apertar o cinto. Tinham iniciado a descida final. A zoeira alucinada vai começar, pensou, apertando o cinto.” Página 361.

Como um filme sem um roteiro definido, Carol começar a prever os locais que ainda não foram percorridos pelo casal. A narrativa pode pegar o leitor desprevenido, e a atenção tem que ser total do começo ao fim. O final é bem diferente do que se pode imaginar neste tipo de história no tempo.

1.408

Ambientes assombrados. Todo lugar tem. Não seria diferente no hotel Dolphin em Nova York. Mike Enslin um escritor (mais um), se especializou em relatar as lendas urbanas de ambientes como o quarto 1408.

Segundo consta, muita gente morreu local. O gerente do hotel, Olin tenta a todo custo impedir que Enslin passe a noite no quarto. Sem sucesso.

“-e não há nenhuma turnê sobre fantasmas que pare no Hotel Dolphin, embora façam essa turnê no Sherry-Netherland, no Plaza e no Park Lane. Temos mantido o 1,408 tão quieto quanto possível…” Página 381.

Outro conto que ganhou as telas tendo como protagonistas John Cusack que interpreta Enslin e Samuel L. Jackson como o gerente Olin. Se o filme te assustou, o livro assusta mais. Mesmo tendo visto o filme vale a pena ler o conto. É um ótimo exercício para comparar os detalhes entre as duas obras, mesmo sabendo que o filme não substitui o livro em hipótese alguma. A história nos faz pensar aquele ditado: “cuidado com o que desejas.”

Andando na bala

Tomamos um baque quando recebemos a notícia de que um parente morreu ou que está gravemente ferido, internado. Não tem como ficar indiferente, por mais que você possa não gostar dele. Eleve isso a décima potência quando a pessoa doente é a sua mãe.

Esta foi a forma de Stephen encarar a morte de sua progenitora. Nunca estamos preparados, e ele botou no papel seus sentimentos, medos e frustrações. Alan Parker recebe a ligação de uma amiga de sua mãe, Jean. Com a notícia de que ela teve um derrame. Alan começa sua peregrinação para chegar ao hospital, já que estuda em outra cidade.

“Uma névoa rasteira, bonita e fulgurante levantava-se da relva. As árvores rodeando o cemitério dos três lados sussurravam ante a brisa que começou a soprar. De algum lugar além do cemitério, vinha o som de água correndo e o ocasional plunque-plunque de uma rã. O lugar era lindo e estranhamente tranquilizador, como um quadro num livro de poemas românticos.” Página 419.

Como não tinha dinheiro e morando em uma região universitária, a carona acaba sendo a forma mais rápida e econômica para chegar ao seu destino. Mas que tipo de pessoas estão dispostas a nos oferecer ajuda em momentos como este? E qual o preço que se deve pagar? Com certeza mais caro do que uma passagem de ônibus, coisa que Alan vai perceber na ida até o hospital.

Este é outro conto que teve uma versão para o cinema. Lançado em 2007, “Montado na bala”, é uma ótima produção, mas como comentei no conto anterior, o filme é apenas uma versão do conto original. Para se aprofundar mais e viver melhor a história a versão impressa é indispensável.

A moeda da sorte

Quem não sonha em ganhar na loteria, ou em uma mesa de jogos de algum casino de Las Vegas? Este é o objetivo de Darlene Pullen. Camareira do The Rancher´s Hotel.

Como forma de incentivo no trabalho das camareiras, o hotel deixa em cada quarto um envelope para ajudar na “caixinha”. Nem sempre os hospedes são amáveis e deixam algo pomposo no envelope.

Darlene já não contava com a grana extra, até que certo dia um hospede botou singelos 25 centavos como agradecimento pelo serviço bem prestado. Como 25 centavos podem mudar a vida de uma pessoa? Ela estará preparada para esta mudança?

“O 322 – aquele cavalheiro – deixara 25 cents no seu. E provavelmente lhe deixara algo nos lençóis também, sem falar numa lembrança ou duas no vaso sem apertar a descarga. Porque alguns não conseguem parar de dar. Está em sua natureza.” Página 453.

O conto é engraçado e muito dinâmico, o menor do livro. King acertou em por algo leve para fechar sua obra, após dois contos violentos.

Conclusão

Tudo é eventual é o segundo livro de contos que leio de Stephen King. Se comparado com Escuridão Total sem Estrelas, podemos até considerar uma leitura mais leve. Tem seus contos de terror, mas muitos são “calmos” e até cômicos. O que não muda, são os finais surpreendentes, as passagens de tempo muito bem escritas, além do diálogo dos personagens. É possível traçar a personalidade demoníaca, em algumas linhas de leitura.

Leitura super recomendada.

site: http://bongasat.com.br/jornalismo/ate-quando-tudo-e-eventual/
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Marcia Lopes 17/04/2016

"Tudo É Eventual" é uma coletânea de 14 contos, nem todos são de arrepiar, alguns são macabramente triste.
E o interessante que a cada conto o autor conta como, porquê e de onde veio a inspiração, na verdade a introdução do livro é uma pequena autobiografia.
Sala de Autópsia 4 deixa o leitor em panico, Howard Cottrel está preste a ser aberto e por um determinado motivo não consegue dizer que está vivo, uma sacada bem interessante sobre o medo da morte.
O homem de terno preto: Encontro de uma criança com o Diabo, 81 anos depois o medo volta a lhe assombrar... Outra boa sacada do autor, os medos que temos na infância chega ao ápice na velhice.
Tudo o que você ama lhe será arrebatado: Aborda a solidão, depressão e suicídio.
A morte de Jack Hamilton, Na câmara da morte, As irmãzinhas de Eluria este é uma história da saga "A Torre Negra".
Tudo É Eventual que dá nome ao título do livro lembra muito HQs, bem fantasioso, mas acredito ser o mais completo do livro; conta a história de um garoto que recebe uma proposta de trabalho extraordinária por causa de seu talento especial, por um tempo ele se dedica ao trabalho sem questionar, até descobrir para que são utilizados.
A Teoria de L. T. sobre Animais de Estimação:Uma mistura de comédia, drama e tragédia.
O vírus da estrada vai para o norte, Almoço no Café Gotham, Você só pode dizer o nome daquela sensação em francês. E 1.408: Teve sua origem em "Sob a Escrita" conta a história de um escritor de terror que para provar que fenômenos sobrenaturais não existem, se hospeda em um hotel famoso por ter um quarto assombrado e nesse quarto ele chega ao cume do medo.
Andando na bala e A moeda da sorte.

site: http://www.mundoliterando.com.br/resenha-tudo-e-eventual-de-stephen-king/
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Resenhando Com Luke ® 14/12/2015

Não é o Melhor Mas Também Não é Ruim
Após ler alguns livros de King, com grandes histórias e alto teor de suspense e terror que chegou até a ser angustiante em certos momentos (Misery, Sob A Redoma e Jogo Perigoso) resolvi voltar aos livros de contos desse excelente escritor.
Acabei escolhendo uma Coletânea de contos que queria ler a tempos: Tudo É Eventual.

Já havia lido outras Coletâneas do King e essa ele escreveu majestosamente para mostrar que ainda consegue fazer os contos por prazer e para que esse tipo de narrativa não se acabe.

E o que eu posso dizer sobre essa volumosa coletânea é que King ainda não perdeu o dom e ainda consegue escrever histórias arrebatadoras que são sintetizadas de uma forma muito inteligente. Facilitando a leitura.

Na Introdução: Praticando a Arte (Quase) Perdida, King nos mostra uma dissertação sobre a arte de escrever contos, fala de seu fascínio por esse tipo de escrita e do sentimento que sente por essa arte estar se perdendo, da dicas de bons contos para os leitores e muito mais.

Outra coisa que gostei muito é que antes ou depois de cade conto Steve nos conta um pouco de como teve a ideia de escrever aquilo que será apresentado a seguir ou o que foi apresentado, ele nos explica o que quer passar com aquela história e como devemos tirar o melhor dela.


Vamos aos contos:


Sala de Autópsia 4

Essa é a história de um homem que após um acidente num campo de golfe acorda em uma sala de Autópsia onde está prestar a ser autopsiado pelos médicos, mas detalhe, ele não está morto.

Minha opinião: Conto muito bom, gostoso de ser lido e chega até a ser divertido, mas que ao mesmo tempo causa uma série de sensações ao pensarmos que aquilo poderia estar acontecendo conosco, aliás pesquisas atestam que o fato que ocorre nesse conto não é totalmente fictício pois já ocorreram milhares de casos em que o paciente acorda no meio de uma cirurgia e não consegue se mexer para mostrar que está realmente vivo. Diferente do conto, mas situações bem parecidas.



O Homem do Terno Preto

Se a primeira história foi boa essa é sem dúvida uma das melhores do livro.
O conto é narrado por um Senhor idoso que deseja contar uma história sinistra que o acompanha desde a infância e jamais o deixou. É uma história que poderia acontecer com qualquer pessoa exceto pelo elemento sobrenatural que foi inserido magistralmente por S.K.
O conto nos mostra medos da infância que as vezes nos seguem até nos tornarmos adultos. Isso foi o golpe de mestre, inserir medos e sentimentos que qualquer pessoa pode ter, já teve ou terá.



Tudo O Que Você Ama Lhe Será Arrebatado

Essa é a história de Alfie Zimmers
Um sujeito que por algum motivo não quer mais viver e estar pensando seriamente em acabar com sua vida, mas algo o impede de cometer tal ato, só não se sabe até quando ele conseguirá suportar ou desistir...

Minha opinião: Vou falar pouco sobre esse conto somente que ele nos remete ao prazer pelas pequenas coisas, pois podemos ter tudo contra nós, mas se tivermos algo para nos apegar, talvez conseguíssemos!



Na Câmara da Morte

Esse conto mostra um interrogatório que tem como objetivo arrancar algumas informações da vítima: Fletcher que é o protagonista da história.
Ele está em uma sala infernal com objetos de tortura e uma máquina que só de olhar já gelava a espinha.
Está sendo obrigado a falar sobre um segredo guardado a sete chaves.
E Heinz seu capataz tem um jeito não muito agradável de retirar as informações.

Minha opinião: Uma história rápida e um pouco angustiante que sofre algumas reviravoltas ficando com um final surpreendente. Nesse conto King surpreende de um jeito diferente do seu normal, o que me pegou de surpresa.



As Irmãzinhas de Eluria

Essa é a história de Roland, que após tomar uma surra de um grupo de mutantes verdes é levado para um grupo de mulheres que se autodenominam: As Irmãzinhas de Eluria. Roland é acolhido e aos poucos vai se curando, porém nosso herói logo descobre que tem algo errado naquele lugar...

Minha opinião: Bem para mim o melhor conto do livro, pois King conseguiu reunir em poucas linhas um clima de suspense que nos prende a cada acontecimento daquela sala. Me deixou muito feliz ver King entrar pelo lado da literatura fantástica além do horror, e outra coisa, essa história é um prólogo da sua maior antologia: A Torre Negra que puxa pro lado da fantasia, uma das facetas de King que ainda não tinha visto ou lido.
Resumindo: o conto tem suspense e mistério, ação, o terror que é de prache e um ótimo final, Nota 10 para o conto e para Steve.



Tudo É Eventual

Chegou Dinkmail...

Esse conto nos mostra um adolescente que descobriu ter um dom muito especial mas um pouco terrível. Ele usou apenas uma vez mas teve noção do que era capaz. Sua vida começa a mudar assim que ele encontra um Senhor que oferece a ele um emprego dos sonhos para que ele consiga desenvolver seus dons e fazer o bem pro mundo.
Logo Dink começa a se questionar se o que ele está fazendo realmente é o melhor...

Minha opinião: Bem esse é o conto que dá nome do livro então a expectativa em relação a ele era muito grande e felizmente ele não desapontou.
Gosto muito do jeito que King cria seus personagens e o fato de eles se auto questionarem dão a eles mais humanidade, se bem que o conto tem um lado fantasioso de King que estou adorando conhecer. Ao ler Tudo É Eventual me senti lendo uma história de quadrinhos dos comandados do Prof. Xavier se é que me entende!
Esse conto valew a pena.
E a capa kkkk agora eu entendi!



O Vírus da Estrada vai para o norte

Essa é a história de Richard Kinnell um escritor muito bem sucedido que ao passar em uma feira de garagem olha para um produto e se hipnotiza por ele. Um quadro meio amedrontador que fez algo dentro dele querer leva-lo.
Porém um pouco depois ele se arrepende se sua compra...

Minha opinião: que chato admitir isso mas os contos que eu mais gosto são os parecidos com este.
Aqui King consegue em alguns linhas fazer nos sentir pavorosos por aquele quadro. Sentir um frio congelante na espinha e ao mesmo tempo uma curiosidade enorme para descobrir o que acontecerá ao verificar novamente o quadro, esse é o primeiro conto de King que eu vejo ele escrevendo sobre um quadro que muda apesar de ele dizer em notas que já escreveu outros (que vou ler com certeza). Eu gostei e muito!



Almoço no Café Gotham

Uma mulher resolve se divorciar de seu marido e o abandona. Os dias se passam e a mulher resolve se encontrar com o futuro ex-marido escolhendo o Café Gotham para tratar dos assuntos relacionados ao divórcio.
Logo que chegam são recepcionados pelo maitre do restaurante e percebem que alguma coisa está errada naquele lugar...

Minha opinião: Bem esse sem dúvidas também é um dos melhores contos do livro, logo percebemos que tem alguma coisa de errado naquele lugar, pra começar o casal está ali por motivos diferentes, o Personagem principal deixa claro isso. Porém quem rouba a cena do começo ao fim não é o casal e sim outro personagem coadjuvante, mas o que King realmente nos mostrou foi a essência fantasmagórica que existia entre esse casal que mesmo após anos casados após anos de convivência conseguiram chegar a um nível que nos é mostrado no final do conto. O stress, medo, carinho ou gratidão e outros sentimentos não conseguem suprimir a raiva de assuntos passados. O maitre acaba se tornando "fichinha" perto do relacionamento (se pode se chamar assim) que esse ex-casal apresentou nessas horas dentro do Café Gotham e depois quando saem e vão.



Você Só Pode Dizer O Nome Daquela Sensação em Francês

Floyd, O que é aquilo lá!

Bill e Carol estão em uma viagem.
A mulher está tendo uma sendo estranha, aquela que chamamos de dejavu. Ela se lembra apenas de cenas horríveis relacionadas a um homem chamados Floyd e seu marido. Para não assustar Bill ela esconde o que realmente vê algo que não sai de sua cabeça. Mas logo ela verá que não importa a sensação sempre volta.

Minha opinião: A Partir desse conto, conseguimos ter a clara visão do que é o inferno para Stephen King. Nela ele nos mostra o ligar que ninguém quer ir de um jeito diferente. Ele nos mostra que o inferno não é simplesmente o mar de fogo, você queimando a todo tempo e etc.
Que o inferno pode ser simplesmente um ciclo vicioso que não se acaba, que fica se repetindo de várias maneiras, de várias formas, um ciclo vicioso de algo terrível que aconteceu e você sabe que acontecerá, porém não sabe como.
Como sempre o que esperamos de King a ideia foi genial e assustadora.



1308

Bem pra começar a falar desse conto quero deixar claro que estava muito ansioso, ansioso mesmo para ler esse conto, porque já tinha escutado algumas coisas sobre 1308 ser de King, mas o 1308 que me refiro é o filme.
Sim, isso mesmo esse conto tem uma adaptação cinematográfica. Não que seja uma obra prima da adaptação mas valeu a pena assistir.
A História do conto fala sobre Mike Eislin um escritor de contos de fantasmas que após descobrir um Hotel onde vários eventos sobrenaturais já aconteceram, resolve ir lá e verificar, assim como já havia feito em cemitérios, castelos e outros lugares que se diziam assustadores.
Ao chegar no Hotel o recepcionista deixa claro sua vontade em não querer que Mike se aventure no quarto 1308, Mike porém insiste e se hospeda no quarto.
Esse pode ter sido a pior escolha de sua vida.

Minha opinião: Eu não gostei desse conto porque eu achei que ele passa numa velocidade muito rápida e tem muitos poucos elementos que nos prendem, o começo da história tem muito lenga, lenga (ele realmente tentou convence-lo).E depois fica confuso e se passa muito rápido, não consegui me apegar aos detalhes que King sempre deixa em suas histórias, por esse motivo não gostei muito desse conto.



Andando Na Bala

Essa é a história do garoto Alan Parker que recebe a notícia de que sua mãe está no hospital e sai em disparada para encontrá-la. Como seu carro estava quebrada Alan vê como única opção pegar carona até o hospital.

Minha opinião: Eu particularmente achei mediano esse conto, gostei da parte do sobrenatural. Acredito que King quis mostrar do seu jeito o Amor Fraternal e como podemos ser mesquinhos ao passarmos por uma dura escolha.


A Moeda da Sorte

Esse conto fala da história de uma camareira que sempre acreditou na sorte, mesmo que ela demorasse pra aparecer tinha sonhos que isso ela seria pega e sua vida mudaria.

Minha opinião: Conto pra finalizar livro, sem nada sobrenatural, sem terror, sem suspense, é simplesmente um conto que King colocou no livro para finalizá-lo. O que achei legal foi como King o fez: Enquanto estava num hotel, viu uma coisa que chamou a sua atenção e que diferenciava aquele hotel dos outros é justamente a história do livro, as camareiras faziam uma coisa diferente dos outros isso chamou sua atenção e despertou sua mente!


E com isso chego ao fim dessa resenha, espero que tenham gostado.
Abraço.

site: http://www.resenhandocomluke.blogspot.com
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Tauan 23/09/2015

Os livros de Stephen King têm uma qualidade que é marca registrada, e, embora eu goste da maioria, pra mim é em suas coletâneas de contos que sua essência como contador de histórias e como mestre do terror e da fantasia é melhor retratada.
Segue minha impressão sobre os catorze contos que compõem essa antologia:

Sala de autópsia 4: Aborda o medo de ser declarado morto ainda estando vivo, Howard Cottrel está em uma sala de autópsia, prestes a ser retalhado; está preso em seu próprio corpo, sem conseguir dizer que está vivo.
O homem de terno preto: Um menino de nove anos encontra com o diabo em uma pescaria no bosque e depois passa os próximos 81 sem saber se acreditava em si mesmo.
Tudo o que você ama lhe será arrebatado: Um suicida indeciso reflete sobre as possíveis repercussões e sua morte e sobre frases que leu rabiscadas em banheiros por todo o país.
A morte de Jack Hamilton: King narra a lenta morte de um fora da lei da época da depressão, o tipo de história que o fascinava quando criança.
Na câmara da morte: Um homem é interrogado e torturado em um país da América do Sul. Lá ele experimenta o medo, a dor, a dúvida e a esperança.
As irmãzinhas de Eluria: Em uma história da Torre Negra, que se passa antes do início do primeiro livro da saga, Roland de Gilead enfrenta tenebrosas vampiras em um hospital transviado.
Tudo é eventual: Provavelmente o melhor conto do livro. Dink largou a escola e recebeu uma proposta de emprego inusitada. Por um longo tempo ele se dedica à nova ocupação, até que, certo dia começa a desconfiar que seus talentos estão sendo mal utilizados.
A Teoria de L. T. sobre Animais de Estimação: L. T. DeWitt conta a tragédia de seu casamento, arruinado por dois animais de estimação que odiavam seus donos. King diz ser este seu conto preferido nessa antologia, e ressalta que sempre que é chamado para fazer a leitura de uma de suas obras, o escolhe.
O vírus da estrada vai para o norte: Uma história quase autobiográfica, em que um escritor de fantasia se vê perseguido por um assassino maníaco.
Almoço no Café Gotham: O que pode ser pior do que um almoço com a esposa que acaba de o abandonar e pedir o divórcio? Talvez um maître com tendências assassinas...
Você só pode dizer o nome daquela sensação em francês: King cria uma versão do inferno em que uma mulher fica presa em um looping, repetindo a mesma cena aflitiva vez após vez.
1.408: Um escritor de terror se hospeda em um hotel famoso por ter um quarto mal assombrado. Eles esperava desmascarar mais um mito, mas acaba encontrando a síntese do medo.
Andando na bala: Uma das meninas do olhos de Stevie, aborda o medo da morte e o medo de perder a própria mãe.
A moeda da sorte: uma camareira de hotel que luta para criar sozinha os dois filhos sonha com as possibilidades de uma moeda da sorte em uma cidade cheia de cassinos até que a encontra.
Cada conto vem acompanhado de uma breve reflexão do autor sobre sua composição.
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Kendi 03/04/2015

Contos assustadores!
Mais uma coletânea de Stephen king de arrepiar os cabelos.
Tudo é Eventual o conto que dá nome ao livro é um dos melhores.
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Matheus 15/01/2015

Tudo É Eventual é uma reunião de 14 (intermináveis) contos do Mestre do Terror, e seu segundo livro de contos desde Pesadelos e Paisagens Noturnas.
E Caraaaa que livro mais chato. Como eu disse na minha resenha sobre Anjo Mecânico de Cassandra Clare: 'É difícil falar mal de um autor que você tanto gosta' e meu Deus, na grande parte do livro eu havia me esquecido quem o escrevera, pois apesar de ter lido tão pouco de S.K não lembrava em quase nada a fixação que a escrita dele transmite.
Ele não é inteiramente ruim, (por isso 3 estrelas) os contos " Sala de Autópsia 4" é incrivelmente bom logo no início ( eu quase acreditei que o livro seria todo assim) e também o famoso "Andando na Bala" que foi um dos ebooks mais bem sucedidos de todos os tempos.
Existe também um contos sobre A Torre Negra Chamado " As Irmazinhas de Elúria" mas como eu disse acima, em grande parte o livro me decepcionou, apenas a boa escrita do autor salvou a obra ( Uma nota regular seria injusta para esse livro(?)(acho)).
Se você é o tipo de que lê tudo o que esse cara faz esse livro é para você, mas se você não o conhece fique bem longe dessa obra.
Acho que vou dar um tempo (um bom tempo mesmo) se tratando em contos desse cara.
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Luciano Luíz 11/08/2014

TUDO É EVENTUAL, contém 14 contos do Mestre do Horror e da Fantasia, STEPHEN KING.

Mas, King não é tão fodástico quando se trata de reunir contos.
Os melhores, estão nas coletâneas SOMBRAS DA NOITE (seu primeiro livro de contos, aliás...) e TRIPULAÇÃO DE ESQUELETOS.

No entanto, TUDO É EVENTUAL, tem alguns que realmente compensam serem lidos.

SALA DE AUTOPSIA 4, AS IRMÃZINHAS DE ELURIA (um conto da série A TORRE NEGRA), entre outros.
Mas, nada que possa ser considerado excepcional.

Tem o conto 1408 (ou 1.408), que se mostra menos trabalhado que sua versão cinematográfica. Porém, a conversa entre o escritor o gerente do hotel, no conto é infinitamente superior ao filme.
Já o restante, o filme explora de uma forma surpreendente o quarto...

Enfim...
Não é uma coletânea que fará falta na sua coleção.
A não ser que você queira deixar a sua biblioteca Kingana completa, claro.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Luana_Corazza 06/05/2014

Me surpreendeu!
Bom, antes de começar a resenha, faz 7 meses que comecei a ler este livro, mas, eu queria ler um conto a cada fim de livro que eu lia, não deu muito certo... Foi meu primeiro contato com o autor, e eu estava com MUITAS expectativas, pois, eu amo terror, e todo mundo falava muito bem dele, agora serei mais uma a falar.

O livro é MUITOOOOOOOOOOO bom e impressionante! Eu amei todos os contos, não sei por que demorei tanto para ler, realmente me arrependo disso. Bom, foi meu primeiro contato com o King, e quero ler todos os livros que ele já lançou ou irá lançar, porque meu Deus, que cara genial! A forma que ele escreve, tudo, eu amei mesmo.

Os contos que eu mais gostei com certeza foram O Homem de Terno Preto, 1408 (preciso ver o filme, o conto é genial), O Vírus da Estrada vai Para o Norte (que até me deixou com medo hahaha) e Andando na Bala. A Teoria de L.T sobre Animais de Estimação, tbm é bem legal!

Enfim, 5 estrelas muito merecidas, acho que umas das mais merecidas da minha estante. Quem não leu ainda deveria ler, para não se arrepender de não ter lido antes, assim como eu. É isso, leiam! Leiam! Leiam!

Quotes:

"Isto é, quantas pessoas dormiram naquela cama antes de você? Quantas estavam doentes? Quantas estavam enlouquecendo? Quantas talvez pensassem em ler alguns versículos da Bíblia na gaveta da mesinha para depois se enforcarem no closet ao lado da TV?"

"Devia haver mais do que há, mas não há não."

"A gente nunca sabe quando está bebendo a última gota." ~amei essa frase!
Craotchky 20/08/2015minha estante
Se você gostou desse livro, que em sua maior parte é bem fraco, imagina o que você achará dos outros livros dele....




Rafael Chefe 15/04/2014

Mais uma excelente coletânea de contos do Mestre
Não há muito o que falar, mais uma excelente coletânea de contos do Mestre Stephen King. Recomendo!
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Raffafust 11/02/2014

Volta e meia me pergunto como alguém pode ter tanta imaginação como King, a cada livro lido fico ainda mais fã - se é que isso é possível - desse mestre que faz valer o título!
No caso desse livro, são 14 contos nos quais King no início ou no final de cada um fala o que o levou a escrevê-los, para nós fãs fica a resposta para a dúvida eterna de da onde mesmo ele tira tanta imaginação para criar histórias tão boas. O bacana também é que a introdução do livro é com o autor falando sobre o como ama escrever e citando como publicou seu primeiro conto digital, que está essa coletânea. O autor que ficou milionário desdenha a grana que já ganhou com as histórias e mostra ao leitor que o que importa para ele mesmo é que uma quantidade maior de pessoas tenham acesso e gostem de suas obras. Nem precisa se preocupar com esse talento todo.
Dos contos do livro alguns me chamaram mais atenção, já conhecia por causa de um especial de tv o conto " A sala de autópsia", onde um homem que foi picado por uma cobra quase é dado como morto e lhe feito uma autópsia por estar totalmente imóvel, lendo a história claro que me veio a mente as imagens que já assisti, mas alguns detalhes fizeram a diferença e me levaram a gostar ainda mais dela.
Também gostaria de citar " O homem de terno preto" onde King volta a infância do personagem que tem um encontro inusitado com o diabo, ou com algum amigo do capiroto . Para enganar o menino que vai por um caminho que seu pai recomendou não ir, o tal homem mente sobre algo que vai fazer o menino ficar impressionado e ainda fazê-lo lembrar do irmão que morreu. Com um final perfeito, o conto é sensacional.
A maestria de King também aparece em " A teoria de L.T sobre animais de estimação" , onde uma visão única do autor é dada a história e como animais podem trazer tanto coisas boas a um casal como ruins.
Um de meus filmes preferidos também aparece, " 1408" que é uma perfeição na telona também o é no original, na história do autor sobre um escritor que quer dormir em 10 locais mal assombrados para escrever um livro. Quem viu o filme já sabe o que o espera, mas mesmo assim vale a lida porque sinceramente ainda não descobri como parar de ler algo do autor depois que começo, já que as histórias nos prendem e seus personagens sempre despertam algo mais no leitor, e quem conhece bem King sabe que eles podem se transformar ou se revelarem a qualquer momento.
E o tal conto " Andando na bala" que ele cita tanto na introdução do livro merece mesmo ter feito tanto sucesso, a história conta que um rapaz sai da Universidade para visitar a mãe que sofreu um derrame, de carona em carona ele vai viver algo que não sabe até onde é verdade e onde ele está imaginando. E o melhor...será mesmo que seus companheiros de estrada ainda estão vivos? E sua mãe? O que será que aconteceu com ela?
Sensacional é pouco para esse livro, mais uma obra-prima do mestre do terror.
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Valdiek 22/01/2014

Tudo É (realmente) Eventual
"Stephen King hoje é considerado um dos mais notórios escritores de contos de horror e ficção de sua geração". Neste livro o autor reuni 14 contos, um fato interessante é que a ordem dos mesmo, segundo o autor, foi estabelecida por meio de um sorteio usando as 13 cartas de espadas de um baralho mais o coringa, cada carta representava um conto e a ordem é que as cartas eram sorteadas foi a ordem dos contos no livro.

Nem todos os contos do livros são de horror (como eu esperava), alguns contém ação, como A morte de Jack Hamilton que é um conto de foras da lei da era da Depressão. Outros chegam até mesmo serem engraçados, no caso de A teoria de L.T. sobre Animais de estimação, onde é narrada a história da convivência de um casal e seus ADORÁVEIS animais de estimação, em contra-partida, há também contos monótonos como o Tudo o que você ama lhe será arrebatado, que se passa em um quarto de hotel.

Entre os contos que podem ser dito os de tirar o fôlego estão:
O homem de terno preto, uma narrativa sobre uma experiencia nem um pouco agradável de um garotinho, este conto ganhou o primeiro prêmio no concurso de O. Henry do Melhor conto de 1996.
O Vírus da Estrada vai para o norte, neste conto um escritor de livros de horror buscando expiração viaja de carro até um evento e na volta se apaixona por um quadro em uma venda de garagem e decide compra-lo, logo depois descobre que esse foi seu maior erro, Stephen King tem o quadro descrito no conto,rsrsrs.
Andando na Bala: aqui é contado uma espécie de desabafo de um jovem universitário órfão de pai e oriundo de uma família pobre, que após receber a notícia que sua mãe se encontra doente e vai o mais rápido possível encontrá-la (como todo o bom filho faria, ou não), quando der repente se encontra em um beco sem saída na escolha mais difícil de sua vida, segundo o autor esse é o mais bem-sucedido e-book de todos os tempos.
o último conto não é horror, mas acho que foi um conto que fechou com chave de ouro(por isso, TUDO É REALMENTE EVENTUAL).
De maneira geral,neste livro, o autor tem uma narrativa cativante, que mesmo em contos monótomos prende a atenção do leitor, e em alguns contos o final é alternativo o que faz o leitor rever os fatos é dar o veredito.

Este é o primeiro livro de Stephen King que leio,além de ser o primeiro do gênero(horror) e gostei bastante.
Recomendo
Obrigado.
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Shey 22/01/2014minha estante
"E mesmo quando agimos pelos motivos mais nobres no último elo da corrente frequentemente pinga o sangue de alguém".

Como de costume há um desequilíbrio nos contos, enquanto uns são singelos e atrativos, outros são cansativos.

Nunca gostei de finais alternativos, mas há momentos que é bom deixar fluir a imaginação.
1408(único conto que conheço): Um autor que nunca acreditou em fantasmas que ele tanto abordava em seus livros, depois de passar 70min no quarto 1408 começa a refletir sobre suas certezas ou a falta delas. Só conheço a adaptação cinematográfica.
Ainda não li o livro, mas parece intenso, sinistro e envolvente com a inconfundível marca do mestre do horror.




Kenia Pinheiro 20/07/2013

Uma das melhores seleções de contos do autor! Viciante do início ao fim, além de contar com uma introdução ou um posfácio sobre cada história, escritos pelo próprio SK.
Destaques:
Sala de autópsia 4: como o próprio autor diz, todo escritor de terror tem que se deparar com a história do cara que está prestes a sofrer uma autópsia, estando ainda vivo! Agoniante e um desfecho genial!
O homem do terno preto: conto premiado, no qual um menino, à beira de um lago, num dia lindo de pescaria, tem um encontro com o diabo! Assustador!!! Ótimo!!!
As irmãzinhas de Eluria: um aperitivo para que o leitor saia correndo e compre os livros da Torre Negra! Merchandising de primeira!
A teoria de L.T. sobre animais de estimação: Hilárias brigas de um casal, cada qual com seu pet preferido + final desconcertantemente aterrorizador. Um dos melhores contos do livro,
1.408: o conto que deu origem ao filme. O filme muito melhor, por incrível que pareça...

Agora, preciso de outros livro de contos do Stephen - que íntima... rs
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Wolff 27/10/2012

Tudo é Eventual
Me surpreendeu pelo fato de eu não ter gostado tanto, apesar de ser fã do autor. Contos com temas pobres e clichês, sem inspiração e me doi dizer isso um tanto tediosos. Demorei semanas para le-lo. Só o li todo pois mesmo sendo contos fracos em sua maioria ( na verdade gostei apenas de dois) a narrativa de King é magnifica.
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