Juh Lira 04/01/2012"Os Três Mosqueteiros" - EternosSou uma grande fã de Alexandre Dumas desde a época que eu descobri a biblioteca perto de casa, há muito tempo. Então, suspeita para falar dessa obra mais do que digna do título de clássico. Um livro é classificado como clássico a partir do momento em que ele marca alguma época, ou passa algo a mais no seu conteúdo. Um livro também é considerado obra-prima, quando esta consagra o autor (a), sendo visto muito mais do que um romance, um ensaio, uma antologia – passando a ser uma verdadeira arte – devendo ser apreciada por todos.
Assim é “Os Três Mosqueteiros”, tanto um clássico da Literatura mundial, como a obra-prima de Alexandre Dumas, o livro que o consagrou como escritor, e até hoje faz muito sucesso entre os leitores de bom gosto.
Eu li em primeiro lugar uma adaptação bem feita, antes de tentar o texto integral, que possui uma linguagem de grau mais elevado. Em se tratando dessa releitura a única coisa que me incomodou foi provavelmente os cortes na hora de adaptar do original, deixando em alguns momentos a leitura um pouco confusa e rápida. Posso estar sendo precipitada, pois eu não li o texto integral da obra (ainda), mas foi essa a minha impressão em algumas passagens.
No entanto, isso não atrapalha o entendimento da obra em si, até porque a idéia é justamente o livro chegar às mãos de um leitor mais jovem, pouco acostumado a ler clássicos, deixando-o mais acessível à nossa linguagem. Claro que, assim como “O Morro dos Ventos Uivantes”, que eu li duas adaptações antes de ler o texto integral, eu também vou ler “Os Três Mosqueteiros” de forma completa.
O que eu mais gosto nas obras de Dumas, é essa mistura de fatos históricos com conspiração e honra, assim como em “A Rainha Margot”, que deixa a história verossímil, fazendo o leitor acreditar que D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis, são reais, juntamente com o cardeal Richelieu e Luís XIII, ambos personagens históricos da França, sobrando espaço ainda para duelos, romances e guerras – o sítio de La Rochelle, por exemplo que realmente aconteceu contra a Inglaterra – numa verdadeira mistura inteligente de romance com história, enriquecendo a trama e o leitor.
Surpresas, cenas cômicas, um final um pouco triste, mas feliz para os nossos quatro mosqueteiros – o título diz três, mas são quatro – eles voltam novamente a desvendar uma conspiração em “O Homem da Máscara de Ferro”, ou seja, dá para matar a saudade desse quarteto dinâmico, e mal posso esperar para achar este livro em questão.
Mais do que recomendado, leia e descubra o porquê de “Os Três Mosqueteiros” fascina os leitores até os dias de hoje.
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