Os Miseráveis

Os Miseráveis Victor Hugo
Júlio Emílio Braz




Resenhas - Os Miseráveis


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Heider 01/10/2022

Primoroso
"É mais que um romance: seu protagonista é o povo francês." Sim, mas não só o povo francês, os personagens se misturam com a história, com a sociologia, com o direito, com a política.

Vitor Hugo permite que andemos por Paris, do luxo ao esgoto; que sejamos expectadores de diálogos fantásticos e momentos importantes de uma perspectiva única; que passemos pelas galés, por vilarejos, por casas simples, por igrejas, por conventos, por vários cantos de Paris, por barricadas e monumentos que não existem mais. Suas personagens representam tantos que é difícil não nos colocarmos no lugar de alguns deles. Jean Valjean, Monsenhor Bienvenuet, Fantine, Cosette, Javert, Marius, Éponine, Gavroche, Enjolras, Guillenormand, Fauchelevant e etc; é difícil não sentir empatia por eles.

A história de Jean Valjean é uma história de redenção, de um miserável que sofre na pele a dureza da lei, condenado pela sociedade, encontra um norte na fé que o salva. Durante sua jornada ele entra em contato com os outros miseráveis (que não são poucos) que são tocados pelo exemplo de Jean Valjean. Os miseráveis mostra como a miséria faz parte da estrutura social, como as leis e o Estado propiciaram sua manutenção.

Victor Hugo é também um personagem histórico importante na França e Os Miseráveis é a obra de sua vida e expressão dos seus ideais. V. Hugo exalta de forma apaixonada, como bom político que é, seu nacionalismo e a defesa do progresso, crítica adversários políticos e governantes.

A leitura é muito fluída, intercala bem as explicações e a ação, a linguagem é acessível, a edição da Martin Claret é muito boa e o material é de qualidade. O ponto negativo vai para o desconforto: o livro é pesado, não dá para segurar por muito tempo sem algum tipo de apoio. Outra reclamação é que na minha edição percebi alguns erros que passaram pela revisão, mas foi só em um capítulo do quarto livro se não me engano.

Espero fazer uma releitura em alguns anos. Estou curioso para conhecer as adaptações que ainda não assisti. Acho que não preciso dizer o quanto recomendo, provavelmente uma das melhores experiências que um leitor pode ter.
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Eve_carol 29/09/2022

Para mim, foi uma leitura bem complicada, não me prendeu tanto.... Muitas vezes tive vontade de parar de ler e começar algum outro, mas consegui chegar ao final. Tem alguns pontos interessantes, outros nem tanto, mas segui até o fim
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Gabriela - @livrosdegab 28/09/2022

EU TÔ NO CHÃO
EU TÔ ORFÃ
Quase 3 meses sofrendo com Jean Valjean e seus "amigos".
Que livro maravilhoso!
Quando vi a sinopse e as 1500 páginas achei que seria muito dificil me prender nesse livro. Pensei que, pra chegar nesse tamanho, teria muita enrolação.
De fato, teve! Cada digressão era um desafio. Sair da trama para descrições mais densas, as vezes até sofridas (Waterloo que o diga) e, quando passar, conseguir entender a grandiosidade e o encaixe perfeito delas na obra.
Sobrevivi também ao convento, a Luis Filipe, ao esgoto... E percebi que depois desse livro não vou ser mais a mesma nas leituras.
Victor Hugo descreveu com perfeição as várias formas da miséria humana. Sofri junto, odiei junto, chorei junto com cada personagem.
Os Miseráveis não é um livro fácil mas sem dúvida ocupou o lugar daquele livro que vou indicar pra sempre. (Pelo tanto de marcações que eu fiz dá pra imaginar o quanto ele é maravilhoso!)
Obrigada, @ grupo (gente, o instagram nao ta preparado para as girias do twitter, tive que editar isso 🤦🏻‍♀️), pelas metas, pelas discussões, pelo incentivo. Se não fosse ele, eu estaria empacada em Waterloo, isso é um fato!
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Vini 25/09/2022

Simplesmente genial
Que livro incrível, uma verdadeira obra de arte, acredito que todos deveriam ter a experiência de lê-lo. Espero um dia ter a oportunidade de ler a versão completa.
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Elianne.Franchella 25/09/2022

Livro da vida!!!!!!!
Como a trajetória de um homem simples que foi preso por ter roubado um pão pode trazer tanta reflexão! Nessa obra, Victor Hugo discute o sistema carcerário, a condição da mulher, miséria, educação, religião, democracia. Tudo o que discutimos até hoje! Magnífico!! Não se deixe abater pelos capítulos de Waterloo ou dos Esgotos de Paris - vale cada palavra!.
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farofadecouve 24/09/2022

Nunca pensei que ia gostar tanto de um livro que a escola me fez lerkkk. Juro, o Jean Valjean é muito lenda?
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Caren Gabriele 23/09/2022

Venci, mas doeu
Eu tenho esse livro desde 2014, comprei no último saldão online da Fnac.

De lá para cá, tentei inúmeras vezes ler esse clássico - motivada pelo amor que senti ao ler a adaptação para infanto-juvenil, quando ainda estava no ensino fundamental II.

Em 2020 engatei de vez o projeto de leitura e levei DOIS ANOS para conseguir terminar.

Não é que a história em essência seja penosa, mas a linguagem rebuscadas somada aos devaneios do autor fazem a gente perder a empolgação rápido.

E nem vou falar sobre os capítulos inteiros descrevendo aleatoriedades, que de modo geral não agregam tanto assim a narrativa.

Sei que muito disso se deve ao formato da publicação: Victor Hugo provavelmente precisava pagar suas contas e uma história longa assim garantiria renda (estou supondo!).

Outro problema, que me deixou um tanto quanto mais estressada, foi o romance de Mário e Cossete.

E olha que eu sou uma grande fã de romances de costume (vide amor por Jane Austen).

O que salva e confere de verdade a sua importância é a crítica social. Afiadíssima.

Por fim, me desculpe os fãs, mas não deu.
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natiimartinello 22/09/2022

É por isso que é um clássico
O livro, apesar de escrito no século XIX, faz críticas sociais que se encaixam muito bem nos dias atuais.
Com uma ironia sutil e muito amor ao seu país, Victor Hugo constrói tão bem seus personagens que depois das 1509 páginas, ainda queria mais sobre eles. Porém, a parte mais impressionante -e difícil- do livro não é a trama principal, mas sim as várias digressões que Hugo utiliza como recurso narrativo para imprimir a sua própria opinião a respeito de temas importantes.
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Fabio.Nunes 21/09/2022

Não é um livro, é um portal
Acabei de terminar de ler Os Miseráveis e a sensação que se seguiu foi a de estranheza. Um amálgama de emoções em que o alívio do término da leitura vinha acompanhado da tristeza pelo mesmo motivo. Como se eu precisasse de um tempo sozinho pra administrar as emoções e digerir a obra.
No fundo - e só mais tarde fui entender – esse livro foi para mim um portal, por onde entrei e depois saí já não sendo o mesmo. Creio que toda boa obra literária nos transforme de alguma forma, mas o que Victor Hugo (VH) faz nessa obra é algo de extraordinário.
Por isso já começo te falando: a gente vai morrer um dia, e essa obra precisa ser lida antes disso. Como não sabemos nossa hora, melhor começar o quanto antes; afinal, o livro é longo.
Retornando.
A maneira como o autor escreve me fez entender o significado de vastidão: pelo vasto vocabulário, pela formidável construção psicológica das personagens, pelo belo lirismo presente em toda a obra, e pela forma como ele conduz o leitor para dentro e para fora da narrativa - as famosas digressões de VH.
Algumas dessas digressões, confesso, tive de ler em diagonal, pois que ufanistas demais, ou irrelevantes para mim. Outras já me causaram espanto. São profundas reflexões sobre a vida, sociedade, espiritualidade, que é difícil acreditar terem sido publicadas em 1862. Claro, num livro publicado nessa época há também que se relevar certos posicionamentos, para se evitar o anacronismo.
Quanto à estória, não entrarei em detalhes, colocarei apenas minhas reações mais impactantes.

O livro começa já com o melhor personagem na minha opinião, Bispo Bienvenu. Vi, já no início, que estava diante de uma obra diferente. Para mim foi uma parte inspiradora, quase espiritualizante.
Depois a parte em que o Sr. Madeleine nos é apresentado me lembrou muito O Conde de Monte Cristo, do Dumas. Aliás, a maneira como VH descreve a passagem em que esse personagem digladia-se internamente é algo assombroso e digno de nota.
Todos os personagens “maus” são muito bem construídos, salvo o destino de Javert, que não desceu muito bem para mim.
Os amigos do ABC mereciam mais espaço nesse livro, e olha que eu tô falando de uma obra de mais de 1500 páginas. #teamEnjolras

(ALERTA DE SPOILER)

Jean Valjean, o personagem principal, desperta no leitor muitos sentimentos divergentes. Ao longo da obra eu passei da admiração à raiva, pensando comigo: e esse cara aí vai começar a viver quando?
Daí no fim do livro, em seu leito de morte, ele manda: Morrer é simples; não viver é que é horrível. Droga, voltei a gostar dele novamente.

Uma dica importante antes de ler a obra: conheça sobre Revolução Francesa e todas as suas fases, inclusive a futura queda da monarquia, na Revolução de Julho de 1830. Fará toda a diferença, pois os acontecimentos do livro se passam nessa época.

Conclusão: simplesmente um livro para a vida toda e que não se esgota (nem de longe) na primeira leitura.
Thay262 24/09/2022minha estante
Que resenha amigo, eu aqui balançando a cabeça concordando com quase tudo! Kkk
Eu também acho que é impossível ler esse livro e sair da mesma forma, tem Digressões cansativas e irrelevantes mas outras tão ricas e reflexivas que é surreal, o livro começa com esse Bispo e já faz agente amar o livro antes das 50 primeiras páginas, é um livro com forte senso crítica social, também queria mais Amigos do ABC (#TeamEnjolras total).

Mas os únicos personagens "maus" que realmente me irritaram no livro foram os Thenardier. Não passei nenhum ranço com o Jean Valjean não, personagens que não me cativaram tanto foram Marius e Cosette (achei o romance deles bem sem sal).

O destino de Javert foi tenso, mas eu compreendi a ideia: Javert me trouxe muita reflexão. Ele era só um homem que acreditava estar fazendo o certo, seguindo a lei. Ele acreditava que as pessoas escolhiam ser miseráveis e que tinham oque mereciam por escolherem ser "vagabundos e vadios".
Então ele se encontra numa encruzilhada depois que Jean Valjean poupa a vida dele: "a lei diz que devo prender esse homem. Mas minha consciência diz que tenho uma dívida com ele".
Pela primeira vez ele contempla que nem sempre "lei" e "moral" andam juntas. Seria "legal perante a lei" prender Jean, mas não seria "justo moralmente". E o pobre Javert ainda se depara com outra desconstrução de suas crenças: "ele achava que bem e mal são coisas muito distintas, e que um guilheta só podia ser mau enquanto um agente da lei bom", quando ele percebe que nem tudo é só esse extremismo e que um guilheta pode ser bom (ou que é possível mudar e se tornar bom), tanto quanto um agente da lei se corromper, ou se cegar com a letra fria da lei, e fazer o mau ao invés do justo. Ele já não sabe oque pensar então. Ele não acreditava em mudança, acreditava que "uma pessoa sempre seria oque se é, se é bom sempre será, e se faz o mau ou coisas erradas sempre o fará".
Diante tanta coisa que ele acreditava firmemente cair por terra, se mostrar crenças errôneas, ele opta por se matar do que conviver com tais inquietações. Realmente deve ter sido um "baque" descobrir que passou a vida seguindo crenças que de repente se deterioram na sua frente. Triste que diante esse "baque" ele tenha optado por se matar, o "cumprimento do dever" era tudo pra ele, e ele perdeu seu senso de verdade motivo para o qual julgava viver. A escolha dele me chocou, mas compreendi.
Achei o personagem muito interessante justamente por conta de seu final.

Enfim, são tantos personagens. É incrível esse livro, acho que dá pra fazer muita reflexão em cima de cada capítulo desse livro magnífico, das situações, dos diversos personagens.

Enfim, deixe-me parar de tomar seu tempo, parabéns pela sua resenha. Me identifiquei com ela em muitos pontos!! Muito show!!!


Fabio.Nunes 07/10/2022minha estante
Ei Anne, obrigado pelo teu comentário incrível. Sobre Javert: eu concordo plenamente com seus argumentos sobre os conflitos internos da personagem, mas, ainda assim, fiquei com aquela sensação de que o resultado foi apressado demais, sabe? VH poderia desenvolver mais páginas sobre isso pra poder convencer o leitor da veracidade da própria decisão. Quer dizer, para ME convencer, o que não significa nada pra obra. Gastou tanta página pra discorrer sobre o convento e em alguns parágrafos mata o Javert, rsrs.


Thay262 08/10/2022minha estante
Ah, sim. Verdade, agora compreendi seu ponto. Realmente "da raiva" pensar que há Digressões enormes (por vezes excessivas e entediantes) como "convento" (eu particularmente achei Waterloo um porre) e enquanto isso realmente tem personagens que poderiam ter sido melhor explorado (eu por exemplo fiquei curiosa sobre o passado do Sr. e Sra Thenardier, mas tive de me contentar que são apenas "mau amados", aproveitadores e trambiqueiros desde jovens como o Montparnasse e os membros do Patron Minette kkk). Concordo com você que Javert também merecia mais capítulos pra si (esse livro é tão bom que agente ainda quer mais, que loucura kkkk).




@fugiprascolinas 20/09/2022

A obra traz a história do ex-prisioneiro Jean Valjean que redimido busca fazer o bem, sendo perseguido por preconceitos e pelo fiscal da lei, Javert. Cheia de reviravoltas a história se passa na França nos anos 1800, atravessando revoltas e lutas entre defensores da república e da monarquia. Imersos na pobreza resultante da enorme diferença entre classes sociais somos aprestados personagens de caráter duvidoso e outros heróicos, personagens por vezes egoístas e outras virtuosos. Esse conjunto de pessoas que poderia facilmente ser reunido dentre aqueles que conhecemos nas nossas vidas, neste século e nessa realidade em que convivemos, são chamados por Victor Hugo de "Os miseráveis".
Além de ser um clássico da literatura, rico em detalhes, extremamente bem construído, é uma verdadeira aula de história para os leitores. Já foi adaptado para o cinema, teatro, traduzido em inúmeros idiomas e publicado de diversas formas.
Eu já o havia lido na escola em uma versão resumida e também assistido a uma adaptação do cinema bastante fiel. Agora tive o prazer de reler, porém a versão em quadrinhos e achei sensacional! Se existe uma obra que indico sem sombra de dúvidas é esta.
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annabiabussolari 19/09/2022

o livro me surpreendeu bastante! trata de temas delicados, mas mesmo assim é um livro leve que você consegue ler rapido!
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Bruno 18/09/2022

Bom
Talvez por eu não estar acostumado com a escrita e forma de adaptar de José Angeli, muitas vezes me senti um pouco perdido na história e sem vontade de terminar a leitura.
Mas a história original é realmente muito interessante e bem escrita, acrescenta muitos acontecimentos do mundo moderno, o que pode te fazer ter uma reflexão um pouco mais profunda e filosófica sobre o mundo atual e os valores que os humanos prezam.
Sinto que por ter lido essa adaptação, perdi muitos detalhes que poderiam ser cruciais para o melhor aproveitamento da leitura.
Recomendo a leitura dessa adaptação para um entendimento sem muito aprofundamento da história original de Victor Hugo.
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Natanael Nonato 18/09/2022

Dias de luta, dias de glória
Não foi fácil terminar esse livro. Comecei ele numa proposta de leitura em conjunto e mesmo que a leitura demandasse alguns poucos capítulos por dia acabei me afastando do livro. Victor Hugo é conhecido por ornamentar seus livros com muitos fatos históricos, políticos e curiosidades que não são cruciais para o enredo. Ok, ótimo, engrandece ainda mais o trabalho dele, mas pode causar certo cansaço em quem não tem o costume de ler.

O livro é bem triste. Já tinha lido O Corcunda de Notre-Dame e sabia que seria tão triste ou pior, realmente foi um pouco mais triste! A parte que a Fantine tem que vender os dois dentes dela e o sofrimento da Cosette quando ficava na casa dos Thernadier foram as partes que mais me emocionaram. O musical não conseguiu representar toda essa tristeza, na minha opinião. A parte de Jean Valjean com o padre no início também, todas as partes que ele sente a culpa de esconder seu passado e o relacionamento de Marius com Cosette são bem bonitas. É super interessante que todas essas histórias possuem a verossimilhança necessária para uma França que se jogou numa revolução e tentava a todo custo se apegar em algumas tradições dizimadas em décadas antes.

Fico muito feliz de finalmente terminar essa obra linda e gigantesca. Com certeza Os Miseráveis é um daqueles livros que a gente precisa de ler antes de morrer, uma leitura obrigatória para a vida.
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Emanuele36 18/09/2022

?
O Miseráveis a obra clássica do Vitor Hugo, nessa versão encontra-se simplificada e bastante reduzida. O quadrinho ainda retrata a sociedade vítima da fome, miséria, preconceitos e julgamentos, e achei a arte muito bonita.
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Evandro.Calado 17/09/2022

Excelente
Livro extremamente interessante, rico em detalhes. Já era fã do filme do livro então nem se fala. Recomendo a todos.
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