Du Du 11/08/2022Sem palavrasO primeiro livro que tive dores internas para terminar. Mas tive que encarar o término.
Eu não tenho palavras pra descrever a grandiosidade da escrita de Victor Hugo. O livro mais humano, envolvente, real, apaixonante, tocante e profundo que já li.
Victor Hugo é um amante da alma miserável. Ele descreveu de forma a ter observado de perto os corações humanos.
Espiritualmente, entendeu Cristo. Entendeu a graça de Deus. Entendeu a lei. Como um justo juiz, descreveu as cenas como quem observa suas criaturas vivendo e as conduz pelo caminho correto.
Fechou as brechas da injustiça, e me comoveu com a paz interna dos que vivem no bom caráter de coração e que espera a justiça divina, com paciência.
Histórias que marcaram a minha alma. Meu espírito se alimentou da bondade do padre e de Jean. A misericórdia de observar atitudes doidas como de Cosette e de Marius. A coragem dos meninos da barricada. A dor da perda de uma mãe que não realizou seu sonho de ver a filha. As abnegações e os sacrifícios de Jean.
A maldade articulada e desejosa dos Thenardier. O impacto da bondade na vida dos maus por falta de opção.
Já li livros ótimos. Já me apaixonei por muitos livros e histórias e autores. Mas, definitivamente, esse se tornou o meu favorito. Uma história tão intensa, tão bem detalhada, tão inteligente que se tornou a minha favorita.
Victor é genial e capta muito bem a profundidade e a intensidade da alma humana. Parece uma história real, descrita pelo dedo de Deus, que conhece suas criaturas com profundidade, amor, zelo e paciência.
Sem palavras! 1500 páginas são tranquilas diante da imersão que fazemos nessas histórias.
Finalizo chorando muito e com um aperto no coração, porque eu não queria que acabasse. Leia e tire suas próprias conclusões! Que esse livre toque sua alma e transforme sua vida e visão sobre você, sobre a realidade e sobre os Miseráveis. E que ao terminar você queira ser um miserável. Porque estes... Estes já encontraram o céu, pois não viveram na hipocrisia de uma vida medrosa, maldosa, vingativa e apegada. Não tiveram medo da morte, mas sim tiveram medo de não viver.