Irena Wieliczka 14/12/2022
Love: A História de Lisey
Quando eu li essa obra prima pela primeira vez em 2012/2013, não me lembro ao certo, me apaixonei pela história. Naquela época eu não tinha entendido o real significado de muita coisa, mas alguns sentimentos perduraram ao longo do tempo dentro de mim, principalmente o amor que há entre a Lisey e o Scott.
O livro ganhou um significado muito forte pra mim porque naquele momento eu tinha na minha vida algo semelhante que eu relacionava muito com a história da Lisey e do Scott. Por esse peso grande que eu trouxe da ficção pra minha vida, decidi que eu não iria reler essa história. Eu tinha muito medo de que não fosse gostar mais da história, que meus sentimentos em relação ao livro pudessem mudar e que isso migrasse pra minha vida.
Em março desse ano (se não me falha a memória) comprei essa nova versão desse livro, já que a primeira versão (aquela de bolso horrorosa) que eu tinha, eu dei de presente em 2013.
Em maio, meio que de caso pensado, mas muito no impulso, decidi tatuar babyluv. Tanto pelo que o livro representa pra mim quanto pelo que o que eu vivi naquela época.
Agora, em novembro, eu decidi reler o livro e foi uma experiência ÚNICA, INDESCRITÍVEL. Foi (e ainda está sendo) um mar de emoções.
A história parece muito simples: Lisey Landon, casada com o famoso escritor Scott Landon, está passando pela pior fase da sua vida: dois anos após a morte do seu marido, está tentando se desfazer das coisas dele. Ao mesmo tempo, tem que enfrentar as ausências mentais da sua irmã mais velha, Amanda. E ao mesmo tempo em que muitos caçacatras querem os manuscritos de Scott.
Contudo, a história é muito mais do que esses eventos. Não consigo descrever a imensidão de amor e tristeza que esse livro transmite e também não consigo descrever o tanto de loucura que qualquer pessoa é capaz de suportar e enfrentar no decorrer da vida enquanto tenta se manter firme pelo amor que sente por outra pessoa. Muito mais do que sobre o psicológico, sobre doenças mentais e sobre controle, essa história vai além, algo que é perturbador e ao mesmo tempo consolador: acontece com qualquer pessoa. Tive a sensação de que qualquer um e todos nós um dia vamos enlouquecer e nosso cérebro é um lugar maravilhoso e muito horroroso.
Se posso resumir de forma simples: nosso cérebro e nosso coração são trevas e luz (e mais trevas).
Não quero me estender muito até porque duvido muito que alguém vá ler essa resenha (que está gigante), mas quero dizer que esse livro deveria ser leitura obrigatória, o tanto de autoconhecimento e emoções que ele desperta, somente o King tem a maestria e o dom de colocar no papel os mais puros sentimentos.
Por fim, ESPANE, babyluv.
Engatilhe sempre que parecer necessário.
Daqui dez anos vou querer reler e sentir tudo de novo e muito mais.
Até a próxima ida a Boo'ya Moon.
Tudo na mesma.