Resenhas - A Cidade Do Sol

Spinelli 01/04/2022

Recomendo esse livro pra quem deseja amadurecer. Me trouxe a realidade que eu não conhecia aqui no ocidente. Bom demais!

Eliane.Baizer 29/03/2022

Resenha A cidade do sol
A cidade do sol, é um romance que se passa no Afeganistão, apesar de se tratar de uma ficção, a obra transmite a mais triste realidade do povo afegão, especialmente as mulheres. Na primeira parte do livro somos apresentados à uma menina de 14 anos, Mariam. Ela vivia com sua mãe em uma pequena casa em Herat, era filha bastarda de um pai que a vinha visitar de vez em quando. Marian vê sua vida virar de cabeça para baixo quando sua mãe tira a própria vida. Sem ter uma família que a acolhesse, Mariam é obrigada a se casar com um homem desconhecido e 20 anos mais velho que ela. Logo após o casamento, Mariam se muda com o marido para Cabul, capital do Afeganistão. No início o tal marido parecia ser protetor e gentil, mas com o tempo foi se revelando um verdadeiro monstro, Mariam sofria xingamentos, tapas, estupros e a violência só aumentava com os abortos espontâneos que tinha. Na segunda parte do livro, conhecemos a infância de Laila e Tariq. Tariq já com 17 anos precisou fugir da guerra que assolava o Afeganistão. Antes de se separarem, Tariq e Laila, agora com 15 anos, se amam pela primeira e última vez no chão da sala da casa de Laila. Dias depois, Laila perde os pais em um bombardeio onde também é atingida e fica com sérios ferimentos. A partir daí a vida dela e de Mariam se cruzam e Laila se vê obrigada a sacrificar sua vida casando-se com Rashid para poder criar por Aziza, fruto de seu amor com Tariq, mas que faz o marido pensar que é sua filha. Após o nascimento de Aziza, Rashid mostra-se um monstro para ela também. As duas vivem uma verdadeira tortura com o marido, e o que as consolava era terem uma a outra. Nessa época, além da guerra, também se instaurava o Estado Islâmico pelos Talibãs, onde as mulheres eram proibidas de andar sozinhas, de estudar, de mostrarem o rosto, etc. Certa feita, em mais um dos dias de agressão percebendo que Rashid iria matar Laila, Mariam pegou uma pá e desferiu um golpe contra a cabeça levando o marido a óbito. Mesmo sabendo das consequências que aquele ato a custaria, não se arrependeu em momento algum. Pediu que Laila fugisse e fosse ao encontro de Tariq com os filhos. Dias depois, Mariam foi fuzilada em um campo de futebol sob os olhares de milhares de homens que assistiam sua execução. Anos depois após a queda do Taliban, Laila retorna a Cabul com Tariq e lá reconstroem sua vida.


Apesar de vivermos em um país cheio de preconceitos e com altos índices de violência contra a mulher, ainda sim posso me considerar uma mulher de sorte por ter nascido aqui e poder me intitular uma mulher livre.

Mikaelly.Xavier 27/03/2022

Como a realidade é triste.
A guerra em si já é muito triste mas para duas mulheres no Afeganistão parece que é bem pior. A jornada dessas duas guerreiras é impressionante só lendo para saber.

Victória Catel 22/03/2022

Maravilhoso
Por mais que o título dessa resenha seja a palavra ?maravilhoso?, ainda é um pouco conflitante sentir isso pela história que o livro trás. Eu acredito que a humanização das personagens principais nos faz ser ainda mais empáticos com a situação, e a forma como Rashid é descrito e levado durante a história mostra quão um ser humano, nascido e criado num ambiente completamente desgraçado e triste faz perder todo o senso de humanidade, compaixão, amor e alegria.
O fim de Mariam é triste e ao mesmo tempo honroso? é obvio que ficariamos mais felizes em ver ela finalmente vivendo em paz após tantos anos de sofrimento, mas convenhamos que num ambiente como aquele, é pouco provável um final feliz para todos.

yaralmxs 19/03/2022

perfeito!
nesse livro, eu senti tudo: tristeza, alegria, dor, felicidade, choro e risos. simplesmente um livro inesquecível. eu so consigo pensar em como tem tantas pessoas que nao tiveram a oportunidade de ler, porque vale MUITO A PENA.
a coragem das personagens do livro me motivou muito! esse é aquele típico livro que pode passar anos e anos mas voce sabe cada mínimo detalhe porque é muiti marcante.

LAvia 19/03/2022

Necessário
Muito bem escrito, atual, importantíssimo, muito necessário para descolonizar as leituras e sair da bolha literária norte-americana. A obra retrata o Afeganistão sem naturalizar a dor, o sofrimento e a guerra, em especial a vida das mulheres afetadas pelos diversos conflitos.

Vitória 17/03/2022

Único
Esse livro me apresentou Cabul e o contexto em que se encontrava numa época em que o Talibã governava fazendo uma conexão com duas mulheres fortes.
E é um contexto triste, você se compadece com as protagonistas dessa história.
Simplesmente um dos melhores livros que eu já li.

Elissa 16/03/2022

Ótimo plano de fundo para enteder as guerras Afegãs.
Mesmo sendo uma história fictícia, é impossível não imaginar o tanto de Lailas e Marians com histórias semelhantes vivem e viveram nesse país de tantas guerras.
O cenário político de fundo da trama é de imenso aprendizado. Para os curiosos igual eu, sempre que citado um marco político, um golpe de estado, uma invasão. Nomes de guerreiros importantes
Eu abria o Google e estudava, me aprofundando ao assunto.

Com minha visão ocidental, entender que não somente o Afeganistão mas como quase todo Oriente Médio não conhece outra realidade sem ser de guerra e de opressão feminina é muito difícil.
Lendo hoje no início de 2022 e saber que o Talibã voltou ao poder é desolador.
É como se Laila não tivesse o seu final feliz.

Leny.Coimbra 15/03/2022

Khaled Hosseini nunca erra
Meu top 2 sem dúvidas, só perde pra O Caçador de Pipas porque eu chorei que nem criança de bruços no ponto de ônibus. Put* conscientização de como é ser mulher num país governado pelo talibã, enfim, leitura obrigatória.

Jordania 15/03/2022

Um soco no estômago
Poucos livros me fizeram chorar como esse. É um retrato do povo sofrido do Afeganistão pela ótica de duas mulheres que não tiveram poder de escolha nas próprias vidas. Sonhos destruídos pela guerra e pelo machismo. Recomendo a leitura, ótimo meio para saber um pouco como é a vida por lá.

caiohlp 11/03/2022

Os mil sóis esplêndidos escondidos por trás de nossos muros
Cidade do Sol é a espécie de livro que marca o leitor à força, que não pede passagem para fazê-lo chorar, que não se contém ao deixá-lo sem ar. Khaled é um especialista nesse tipo de abordagem, seja em Cabul, Herat ou qualquer outra parte do mundo, sentimos as dores, as feridas ainda abertas da injustiça e da pobreza de espírito humana. A angústia vivenciada por horas, talvez dias, pelo leitor é a mais leve mostra das iniquidades existentes há décadas, talvez séculos, sentidas na pele e na alma de inúmeros povos. Mergulhar nesse livro é refletir sobre as barbaridades que passam despercebidas, sobre a inércia de todos, ao esperarmos por Khaleds para pensarmos no bem de pessoas fora de nossa zona de conforto, fora de nossos lares, sem condições de empunhar sequer um livro em público. A trama encanta pelo seu teor duro, bruto e paradoxalmente lapidado, mas a grande dádiva que essa obra nos oferta é a possibilidade de encontrar os mil sóis prometidos na mais fervorosa esperança de um mundo melhor.

ray 10/03/2022

a cidade do sol foi o primeiro livro do hosseini que eu li, e, após terminar a leitura, tive certeza que quero ler todos os outros.
é admirável a sensibilidade do autor na ambiguidade da criação dos personagens e suas histórias, e em como ele conseguiu fazer com que uma história fictícia representasse tanta a realidade de milhares de cidadãos, e, principalmente mulheres afegãs. me vi dentro da história em muitas partes, sentindo, o que acredito, ser exatamente o que o autor queria passar.
me apaixonei pelas personagens e me encantei por suas forças e determinações em continuarem lutando, mesmo que suas realidades sejam repletas de angústia e sofrimento. torci por elas, chorei por elas, pensei muito nelas durante dias. esse livro é feito para você ler e pensar. nunca só ler ou só pensar.
queria ter a chance de agradecer ao hosseini pessoalmente, pois essa obra, com certeza, fez com que eu saísse de minha própria realidade e começasse a olhar um mundo com uma lente diferente, a do altruísmo.

Naiara 04/03/2022

Cultura, empatia e coragem
Um livro que, com certeza, deixa em mim marcas para o resto da vida.
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Com uma escrita envolvente, a leitura de Cidade do Sol nos apresenta um contexto histórico e cultural do Afeganistão que enriquece o enredo.
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Os personagens são muito bem desenvolvidos e suas perspectivas individuais são bem contempladas, abordando as diferenças na forma de lidar diante de uma mesma situação, muitas vezes explicadas pelo contexto de suas histórias individuais de vida.
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A beleza das conexões humanas entrelaçadas pelo amor da amizade e da empatia e a força e coragem de duas mulheres vivendo situações difíceis e reais são emocionantes.
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Uma ficção histórica do oriente médio contada brilhantemente por um afegão com propriedade cultural e que nos enriquece com conhecimento e reflexões não poderia estar fora da minha lista de favoritos.

Lido em dezembro/2021

Misaelbrits 01/03/2022

"Não recomendado para pessoas sensíveis..." (Modus Operandi)
Khaled Hosseini é um dos meus autores favoritos, seus romances sempre se baseiam na realidade, então sempre trás momentos da história, e faz a gente enxergar esses momentos de forma mais pessoas, e de uma forma totalmente diferente que aprendemos na escola, trazendo muito mais sensibilidade.

O ritmo da sua escrita, e o formato que ele narra faz você se prender a história o tempo todo, ele sempre começa seus livro te proporcionando momentos lindos, que te fazem se sentir feliz e meio inocente, até que quando você sem perceber está deitado em posição fetal, pedindo que alguém tenha misericórdia e salve os personagens principais daquela dor e sofrimento, ele te te envolve com a história de tal maneira que não consegue parar de ler. E tudo se torna mais doloroso quando você lembra que os livros dele é baseado na história de uma nação real, fatos históricos que realmente aconteceram.

Eu indico seus livros a todas as pessoas, mas tenha em mente que neles tem todos tipos de gatilhos possíveis, violência doméstica, sexual, assédio, intolerância religiosa, fome, miséria, homofobia, racismos, xenofobia, os livros do autor refletem tem a crueldade do mundo, e o que existe de mais terrível do ser humano, mas o motivo de eu gostar tanto, é porque ele mostra também o que a de mais belo também, e isso é o que me dá esperança na humanidade, ele mostra o amor, a lealdade, a resiliência, a bondade, o arrependimento, o perdão, e acima de tudo a fé.

Patty.Ribeiro 01/03/2022

Quando li não estava preparada para o final. Minha cabeça ocidental ficou em choque cultural, eu queria aqueles finais água com açúcar.