spoiler visualizarTatyana Casarino 02/08/2019
Uma história tremendamente psíquica sobre os monstros criados pela falta de amor e aceitação.
Resenha: O Fantasma da Ópera.
ATENÇÃO: A RESENHA CONTÉM SPOILER. PORQUE CONTO MUITAS INFORMAÇÕES DO TEXTO. ENTÃO, NÃO LEIA A MINHA RESENHA SE VOCÊ GOSTA DE SER SURPREENDIDO PELA LIVRO. LEIA A MINHA RESENHA APÓS A SUA LEITURA DO LIVRO OU SE VOCÊ QUER REFLETIR E COMPARAR A OBRA LITERÁRIA COM O MUSICAL.
Livro: O Fantasma da Ópera.
Escritor: Gaston Leroux.
Tradutora brasileira: Margarida Patriota.
Ilustrador: Mozart Couto.
Editora: FTD
Número de Páginas: 240
Uma história tremendamente psíquica sobre os monstros criados pela falta de amor e aceitação.
Não espere por um galã estilo Gerard Butler (ator que interpreta o Fantasma da Ópera no filme musical de 2004) que simplesmente usa uma máscara por ter uma queimadura na face (e você fica até se perguntando onde está o horror e o feio naquele sexy anjo da música). No romance original do Fantasma da Ópera, escrito por Gaston Leroux, o Fantasma da Ópera é realmente assustador: rosto desfigurado, sem nariz, sem lábios e sem traços humanos apresentáveis.
Cada um descreve Erik (o Fantasma da Ópera) de um jeito, de cadavérico até cabeça de fogo, o Fantasma da Ópera exala cheiro de morte, sua pele é fria e sua aparência lembra a própria morte (seria ele um cavaleiro da morte?).
E, por falar da aparência dos personagens, Christine também não é a moça linda e forte de pele rosada e cabelos castanhos escuros: na obra, Christine Daaé é loira (para minha grande decepção, já que eu a considero, junto com a Bela de "A Bela e a Fera", a maior força representativa das mulheres com cabelos castanhos hehehe) e de perfil mais "débil" e ingênuo (eu esperava mais força da mocinha, pois a Christine do teatro tem uma postura imponente e uma voz poderosa apesar da delicadeza romântica).
O Fantasma da Ópera é uma obra amplamente representada no teatro e no cinema, e eu confesso que trilhei o caminho inverso: ao invés de ler a obra primeiro e assistir aos filmes e aos espetáculos depois, eu vi os filmes e as peças de teatro antes de ler o livro (como a maioria dos leitores, já que o Teatro Musical baseado na obra é extremamente famoso e chegou a ficar maior que a própria obra literária na cultura, no mercado e no inconsciente do espectador e do leitor).
Não dá para repetir o clichê que o livro é melhor que o filme (ou melhor que a peça de teatro) neste caso, pois as releituras teatrais e cinematográficas de "O Fantasma da Ópera", na minha opinião, são belas exceções: elas conseguem ser superior à obra literária em muitos aspectos. Quem fez a releitura de "O Fantasma da Ópera" no teatro e no cinema foi muito esperto: lapidou o texto, construiu um musical em cima, retirou os trechos enfadonhos e suavizou a parte "excêntrica" a ponto de torná-la mais interessante. Muitos gênios são criativos não por terem criado enredos totalmente inovadores, mas pela exemplar capacidade de recriar um universo, fazendo releituras ainda melhores que os textos originais.
Foi realmente uma grande "sacada" transformar essa obra em um musical próprio, já que, no livro original, há diversas passagens de Christine cantando as músicas de outros dramas teatrais -- o que perde um pouco a graça depois de você ver no cinema e no teatro a Christine cantando as músicas que descrevem a sua própria história e vivenciando o próprio musical.
A obra original é repleta de musicais -- já que se passa realmente dentro de uma Ópera -- mas não é um musical propriamente dito. Os musicais citados na obra original e encenados por Christine no livro são: Romeu e Julieta, Fausto e O Rei de Tule. A grande "sacada" da releitura de o Fantasma da Ópera foi justamente ter montado um musical com o mesmo nome e com músicas próprias cujas letras correspondem à história.
A obra tem tom de jornalismo policial misturado com ficção, já que o autor trabalhou como advogado criminal e repórter policial. A impressão que o autor passa (e é essa a impressão que o torna genial) é a de que o Fantasma da Ópera realmente existiu (arrepios). Creio que, no tempo do autor, não dava para imaginar o sucesso da obra, e Gaston Leroux morreu sem saber das dimensões culturais e financeiras que o Fantasma da Ópera teria.
Muitos se perguntam qual é o diferencial do Fantasma da Ópera que trouxe sucesso à obra (uma obra excêntrica e que pode não ser espetacular à primeira vista). Eu, particularmente, acredito que é a beleza da complexidade do personagem: o Fantasma não é um mocinho, nem tampouco um vilão tradicional que mata, persegue e destrói por puro sadismo. Erik é o bem e o mal entrelaçados, a dualidade humana que a todos atormenta e a nossa parte mais visceral inconfessável.
Erik é a soma de nossas carências dimensionadas, de nossas mágoas e de nossos sonhos frustrados. Erik é tudo aquilo que o ser humano teme dentro dele mesmo. Esta é a razão do sucesso da obra: o efeito psicológico, catártico e arquetípico de uma identificação inconfessável entre nossos traumas e os dele. As sombras de Erik purificam as nossas culpas e nos tornam mais sábios.
Erik é um homem inteligente que sofreu rejeição por sua má aparência e se viu obrigado a se esconder da humanidade, tornando-se sem escrúpulos devido ao sofrimento que passa. No fundo, bem lá no fundo do coração, Erik deseja ser amado, ter uma vida normal, uma esposa para passear aos domingos e a liberdade para caminhar debaixo do sol sem ser apontado como monstro nas ruas. Sua doçura oculta e sua carência quase indizível tornam esse personagem complexo, mais humano e talvez muito mais parecido com a gente do que a gente pensa. Por não ter sido aceito e amado, Erik tornou-se um monstro. Chocante, não é?
A história do Erik é a seguinte: Ele nascera num vilarejo perto de Rouen -- cidade do noroeste da França -- e era filho de um mestre de obras. Sua feiura era objeto de horror para os próprios pais, e ele fugiu da casa paterna ainda jovem. Erik atravessou a Europa, sendo exibido em feiras como "morto-vivo", e completou sua formação de mágico entre os ciganos.
Seus truques de ventríloquo, malabarista e seus engenhos e truques mágicos a arquitetônicos impressionavam as caravanas rumo à Asia. Foi assim que sua fama alcançou o rei da Pérsia, que encomendou a construção de um palácio engenhoso e repleto de truques arquitetônicos. Após a construção do palácio, o rei mandou matar Erik para que ele não fizesse mais outros modelos de palácios iguais àquele. Entretanto, o cidadão persa que recebeu a ordem para matar Erik não o matou, pois Erik havia prestado uns serviços a ele. Esse personagem que salvou a vida de Erik ganha um destaque relevante na obra original e é simplesmente chamado de "Persa" ou "O Persa".
Erik partiu para Constantinopla, onde prestou serviços ao sultão, construindo todos os alçapões, quartos secretos e cofres misteriosos do palácio em Istambul, Turquia -- descobertos após a revolução turca. Teve de largar o serviço com o sultão, pois sua vida também corria perigo por lá devido ao seu conhecimento arquitetônico especial e mágico. Cansado de suas aventuras ao prestar serviços para reis, decidiu ser empreiteiro e realizar obras mais comuns. Nessa fase da vida, foi contratado para realizar obras nas fundações da Ópera da capital da França, Paris.
O contato com o teatro faz de Erik um artista que escrevia óperas, como Don Juan Triunfante, analisava cantores e decidia os rumos do teatro ao manipular os diretores da Ópera de Paris. Erik passou a desenvolver mais a sua voz, que sempre foi extraordinária e a otimizar seus intensos talentos dramáticos e artísticos.
Resolveu fixar-se nos subterrâneos do teatro, onde construiu engenhocas das quais só o seu amigo Persa saberia identificar. Algumas de suas engenhocas mais famosas são: a câmara de tortura formada por árvores fictícias e um labirinto de espelhos terrível que emana calor e enforca a maioria de suas vítimas (Erik é famoso na arte macabra do estrangulamento) e a passagem secreta que existe atrás do espelho da atriz e cantora Christine e que dá direto ao corredor que leva à morada do Fantasma perto do lago subterrâneo da Ópera.
Apaixonou-se por Christine Daaé, a jovem bela e ingênua que cantava na Ópera de Paris com tom transcendental graças às aulas de seu misterioso "anjo da música". Ocorre que Christine era apaixonada pelo visconde Raoul de Chagny desde a infância (ambos tinham a mesma alminha calma e sonhadora, consoante o autor, e adoravam ouvir melodias e velhas lendas bretãs).
É assim que o autor descreve Christne Daaé: "A pequena Lotte pensava em tudo e não pensava em nada. Passarinho de verão, ela planava nos raios dourados do sol tendo nos cachos louros a sua coroa primaveril. Tinha a alma tão clara e azul quanto seu olhar. Era carinhosa com a mãe, fiel a sua boneca, tinha muito cuidado com seu vestido, seus sapatinhos vermelhos e seu violino. Mas o que mais amava era adormecer ouvindo o Anjo da Música".
Por ter crescido ouvindo histórias de um Anjo da Música que abençoava cantores e músicos com talentos extraordinários na voz e no jeito de tocar instrumentos musicais, Christine pensava que Erik, o Fantasma da Ópera -- que vinha visitar-lhe em seu camarote e dava aulas de música no subterrâneo do teatro -- era o seu "Anjo da Música" das lendas bretãs contadas pelo seu pai antes de falecer. O temperamento ingênuo, o romantismo e as crenças fantasistas de Christine contribuíram com a sua vulnerabilidade diante do Fantasma da Ópera, o que assombrava e tirava o sono do cético Raoul.
No dia em que Christine tinha combinado de fugir com Raoul para casar-se com ele longe do olhar do Fantasma da Ópera, Erik rapta a atriz no meio do seu espetáculo teatral e promete explodir o teatro caso ela recuse o amor dele. Erik também pede Christine em casamento (ela fica noiva de Raoul e Erik ao mesmo tempo hehehe) e chantageia a moça com a seguinte condição: caso ela não aceite se casar com ele, todos iriam morrer. Há uma frase bem chocante que Erik indaga à moça: "Você quer a missa de Núpcias (missa dos noivos) ou a missa de Requiem (missa dos mortos)?"
Nesse ínterim, Raoul e o Persa estão buscando por Christine no subterrâneo da Ópera e ficam presos na câmara de tortura espelhada de Erik. Erik dá um tempo para a moça decidir a sua escolha: até as onze horas da noite do outro dia. Desesperada, Christine começa a bater a cabeça nas paredes almejando suicídio. Ao vê-la com a testa toda ensaguentada, Erik amarra Christine para impedir a moça de machucar a si própria. Christine só fica mais calma ao descobrir a presença do Raoul e do Persa, os quais estavam próximos a ela no subterrâneo onde o Fantasma morava (surpreendentemente Raoul e o Persa conseguem escapar com vida da câmara espelhada sem serem enforcados lá dentro).
Para salvar a vida de todos, Christine decide se casar com Erik, chorando e implorando para que Erik mantivesse Raoul vivo. Quando Christine toca Erik carinhosamente sem medo, deixando que ele a beijasse naturalmente, Erik sentiu o calor da pele dela e as lágrimas de ambos se misturaram. As lágrimas de Christine se misturaram às lágrimas de Erik por baixo da máscara dele.
Nesse momento, ao receber uma pequena amostra de afeto sincero da Christine, Erik se comove e toma a atitude que só o amor verdadeiro é capaz de tomar: a de libertar o ser amado. Erik liberta Christine de seu poder. Ele só faz um único pedido à moça: que ela devolva o anel de noivado para ele no dia da morte dele a fim de que ele pudesse ser enterrado com tal anel, levando o amor dela ao "além-túmulo".
Livre, a moça decide ficar com Raoul e fugir com o visconde para um local afastado a fim de esconder a sua felicidade e morar bem longe do ciúme e da perturbação do Fantasma da Ópera. Doente de amor, o Fantasma da Ópera decide morrer. Antes de sua morte, Erik demonstra seu lado mais vulnerável, revelado pelo amor à Christine.
É interessante notar que, antes de cometer suicídio, Erik visita o amigo Persa e confessa todo o seu lado emocional mais frágil. Erik confessa que se comoveu profundamente ao perceber a permissão natural da moça diante de um beijo na testa dela (um beijo na testa foi descrito com mais ardência e comoção do que um beijo na boca).
Nunca haviam demonstrado qualquer tipo de afeto em relação a ele -- as pessoas fugiam espantadas de seu toque. O fato de Christine não ter medo do toque dele foi o que mais comoveu o seu coração, bem como as suas lágrimas e o seu olhar de compaixão quando mencionava: "Pobre Erik". Ele libertou a moça com compaixão, pois a compaixão dela por ele o contagiara positivamente. Compaixão gerou compaixão.
Para Erik ter sido bom e compassivo desde sempre, faltou receber compaixão, amor e aceitação desde a infância. A falta de amor e aceitação que criou a monstruosidade de Erik -- no fundo, ele não era um monstro, pois bastou receber a compaixão de alguém para aflorar seu lado mais compassivo.
Ele pede, ao amigo Persa, que este fique com as cartas e com os objetos de Christine e que comunique a sua morte ao casal (Raoul e Christine) e ao jornal (mesmo no suicídio, Erik quer chamar a atenção). Três dias após a visita do Fantasma da Ópera à casa do Persa, o Persa pediu ao jornal "A Época" que publicasse a seguinte frase nos anúncios necrológicos e avisos de óbitos: Erik morreu.
Christine, respeitando o último desejo do Fantasma da Ópera, colocou o anel de noivado no dedo dele. Erik foi sepultado com o anel. Christine e Raoul viveram juntos e felizes, mas perturbados e traumatizados pelas sombras do passado e pelas perseguições causadas por Erik no tempo que Christine vivia na Ópera.
Erik decide morrer não somente por causa da desilusão amorosa, mas também por não aguentar mais, segundo ele, ser uma "toupeira" que vive debaixo da terra mesmo estando vivo (Erik vivia se escondendo por causa do horror que sua aparência causava e morava no subterrâneo de um teatro). Decidiu ir para debaixo da terra definitivamente morto. Christine era a sua única oportunidade de ter um lugar ao sol -- exibir uma esposa bonita nos domingos ensolarados era o seu sonho. Ele até planejou uma máscara melhor para se exibir em público com Christine. Mas seus planos não deram certo.
Minha reação após a leitura foi a de espanto: jamais imaginei que Erik morresse na obra literária original. Estou até agora chocada com esta informação. Ele poderia continuar vivo, tornando-se um grande compositor teatral e fazendo viagens aventureiras como arquiteto de reis quando se cansasse do tédio do subterrâneo. Eu sou totalmente contra o suicídio -- eu sempre creio que há uma saída. É lamentável que Erik não tenha encontrado outra saída.
Nesse quesito, prefiro o final da versão cinematográfica de 2004 da Warner Bros, onde todos continuam vivos. No filme citado, Christine morre bem velhinha após constituir a sua família e vemos, na última cena, a rosa vermelha de Erik com uma fita preta e o anel de noivado sobre o seu túmulo. Raoul, bem velhinho e sobre uma cadeira de rodas, também visita o túmulo da antiga atriz que foi bem feliz e realizada na vida, entregando a ela a caixa de música comprada no leilão do velho e lendário teatro.
Curiosamente, na releitura da peça teatral Love Never Dies (o amor nunca morre), produzida por Andrew Lloyd Weber, Christine e Erik têm um filho, Raoul apresenta vícios com álcool e Christine tem um péssimo casamento com Raoul. Em Love Never Dies, é Christine quem morre ao ser atingida por uma arma de fogo. Christine, em Love Never Dies, é morta por sua melhor amiga, Meg Giry, que tem um surto de loucura ocasionado pela rejeição que sofre no mundo teatral e pela inveja de Christine. Erik só dava espaço à Christine, desprezando as outras atrizes, cantoras e bailarias, o que despertou o surto da bailarina Meg.
Eu também não aprecio o final de Love Never Dies, pois acredito que a amizade entre Meg e Christine seja verdadeira. A única coisa que aprecio no enredo de Love Never Dies é o fato de que Christine e Erik tenham um filho (é claro que as músicas são interessantíssimas, bem como a genialidade de Andrew Lloyd Weber que imaginou uma continuação curiosa). Minhas versões favoritas são: a do teatro musical da Broadway "O Fantasma da Ópera" e a do filme "O Fantasma da Ópera" de 2004 da Warner Bros.
Para encerrar a resenha, é preciso dizer que ficam duas reflexões: a de que a compaixão tem efeito curador sobre o caráter (e a falta dela tem o efeito desastroso, como ensinam as grandes religiões desde o budismo até o cristianismo) e a de que o Fantasma da Ópera pode retratar, por trás do romantismo, um relacionamento abusivo e manipulador.
Nenhuma pessoa merece ser sufocada, pois o verdadeiro amor concilia liberdade e fidelidade. Além do mais, nenhuma pessoa deveria se sentir culpada se o seu namorado ou se a sua namorada comete suicídio por ciúme. O suicídio pós namoro é muito traumático. A vida é muito bela para ser ceifada por uma desilusão amorosa -- sempre há uma saída. Além disso, muitos suicidas querem chamar a atenção e implantar a culpa nas pessoas -- entretanto, ninguém é culpado pelo suicídio de ninguém. A autodestruição de Erik foi provocada por seu próprio caráter e temperamento -- Christine não tem nada a ver com isso.
Christine foi a única que tinha compaixão para com ele. Se havia um pouco de paixão atrás da compaixão? Pode ser. O temperamento sonhador e empático de Christine era delicado e especialmente tendencioso para amar alguém diferente e ver a beleza por trás do monstro. A rara combinação do temperamento visceral de Erik com o transcendental e isento de preconceitos de Christine é o que faz a bombástica química da obra.
Por fim, deixo como dica de leitura o livro de autoajuda chamado "Um coração sem medo" do escritor Thupten Jinpa, o qual traz novas visões da compaixão (tal sentimento está mais para ternura do que para piedade pejorativa) e explica como a compaixão é o segredo da felicidade, da autoestima e da iluminação espiritual. Por incrível que pareça, tem tudo a ver com o Fantasma da Ópera, já que o principal ingrediente que faltou em sua vida foi a bendita compaixão.
Resenha escrita por Tatyana Casarino.
Nota:
Minha nota para o livro "O Fantasma da Ópera": 4/5 **** (4 estrelas de 5).
Só não dou 5 estrelas, porque há capítulos muito enfadonhos no meio que podem afastar o leitor mais preguiçoso, menos apaixonado, menos curioso ou menos persistente (insisti na obra original, porque o meu amor pela obra falou mais alto). Por favor, leitor, se você quase está desistindo da obra por causa do Moncharmim, persista. Você não vai se arrepender, pois quando o Persa encontrar Raoul, tudo ficará mais emocionante.
Os administradores do Teatro, Richard e Moncharmin são personagens muito chatos, e as confusões entre eles não foram atraentes para mim enquanto leitora. As partes mais emocionantes de O Fantasma da Ópera para mim são: o passado de Christine Daaé e Raoul, o passado do Persa e do Erik, os encontros românticos de Christine e Raoul e os encontros secretos de Christine e Erik.
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