Vozes de Tchernóbil

Vozes de Tchernóbil Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - Vozes de Chernobyl


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Alison 19/08/2021

Denso e impactante
É um livro denso, traz relatos muito impactantes de pessoas que vivenciaram os acontecimentos ou que foram atingidas de alguma maneira pela tragédia no reator nuclear de Chernobyl em 1986. Nos faz enxergar muito além das consequências físicas da radiação, como o impacto emocional dessa tragédia nas pessoas atingidas, nos familiares e na sociedade como um todo. Relatos de civis, militares, integrantes do governo, crianças, professores, físicos, camponeses, temos visões de diferentes perspectivas. Pra mim este é o grande mérito dessa obra, uma visão ampla e humana sobre os acontecimentos.

Destaco aqui algumas outras coisas que me marcaram na leitura:
- Heroísmo: daí vem a fascinação por guerras, inundações, incêndios, terremoto. A necessidade de encontrar um lugar em que se possa atuar, para dar mostras de valor e heroísmo.;
- Como se pode lidar com algo que não se compreende? Muito mais fácil seguir acreditando em nossas convicções;
- Pessoas escolhendo permanecer vivendo na zona contaminada;
- Entre os diretores da central atômica não havia nenhum físico, nenhum especialista.

Lendo atualmente podemos notar algumas semelhanças na forma de como lidamos com o desconhecido ainda hoje. O governo tentando não gerar o "pânico", dizendo que está tudo "certo", tudo sendo resolvido. A tentativa de por a culpa em algo externo, sabotagem de "inimigos", além do negacionismo científico, este último muito presente também na população. Muito fácil enxergar estes mesmo aspectos na situação que vivemos com a crise sanitária causada pela pandemia do covid-19, pelo menos aqui no Brasil e que também foi possível notar na postura de outros países.

Em resumo, a obra é muita rica, mas deve-se estar preparado para encarar esse tipo de leitura.
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ta.cha 13/05/2020

Algumas vozes precisam ser ouvidas.
Terminei o livro hoje e fiquei pensando muito sobre como falar deste livro para que outros sintam-se empolgados a essa leitura.
Eu senti muita coisa lendo cada monólogo, foram emoções distintas; fiquei comovida, fiquei irritada, intrigada com a alienação de alguns soldados e camponeses; fiquei sem chão... cada relato é único. O livro me fez relembrar um pouco da história da união soviética para que eu pudesse me situar, literalmente abri um mapa mundi sobre a minha cama e procurei me situar nos principais locais e fui até eles pelo Google Earth, haha. É um livro incrível e que merece ser lido, todas essas vozes devem ecoar por muito tempo entre as pessoas, assim como as consequências desse desastre ainda perduram.
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Cami 21/03/2024

Ótimo retrato do que foi Chernobyl pela visão de quem de fato viveu o que foi.
Pode ser um pouco cansativo ler tudo isso de apenas depoimento, mas vale a pena.
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Pietro.Barrios 15/03/2021

Provavelmente o livro mais difícil que eu já tive que ler. As histórias pesam demais emocionalmente, impossível não se colocar no lugar dessas pessoas. Essa leitura da uma sensação de proximidade com os acontecimentos, uma proximidade com essas pessoas, e, a partir disso, só consigo sentir pena.
Essa foi a minha primeira leitura de um livro de gênero mais jornalístico, a partir de relatos das vítimas. Mudou tudo o que havia pensado sobre o que aconteceu nesse desastre.
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Ana 02/09/2020

Essa leitura me tomou mais tempo do que eu esperava, foi difícil terminar. Me trouxe vários sentimentos (bons e ruins), me fez chorar, me fez estudar mais sobre o tema. Considero um daqueles livros de leitura obrigatória.
Alê | @alexandrejjr 02/09/2020minha estante
Essencial, né, Ana? Já viu a série da HBO?




Maria16577 03/08/2023

Comecei essa leitura em meio a uma certa obsessão mórbida pelo tema da guerra, e, agora, pela energia nuclear e seus desastres. Só nesse último ano foram quatro livros, duas séries e seis filmes sobre o tema, mais do que já dediquei a qualquer outro assunto. Algo entre um dever moral de presenciar tudo e entender o incompreensível, e a necessidade irracional de visitar incessantemente o pior pesadelo.

São poucos mas cada vez mais frequentes, porém, os momentos em que alguma dessas obras me força a refletir sobre o meu próprio posicionamento quanto a isso tudo. Desde o voyeurismo desconfortável na mente de um assassino em massa do período da segunda guerra (em “A Morte é Meu Ofício”, sobre um comandante importante no desenvolvimento de Auschwitz - história que foi adaptada no filme “Zone Of Interest”, que está pra lançar no fim do ano), até um desvendamento detalhado do sofrimento e das péssimas memórias de pessoas que passaram pelo pior dessas situações (como, por exemplo, em Shoah, documentário que me fez perceber que ainda não sabia nada do absurdo da segunda guerra).

Um pouco no meio termo desses dois momentos, se encontra “Vozes de Tchernobil”. Com um enfoque para mim completamente inesperado em Belarus, retrata os horrores que se infligiram no país. Belarus, antes completamente desolada por uma atuação nazista completamente sádica durante a segunda guerra mundial (uma memória incontornável para muitos novamente vitimados por Chernobyl), foi o destino de muitos ventos que vinham da usina após o incêndio. Não sendo, porém, propriamente o local do desastre, pareceu mais uma vez esquecida pelo tempo.

Fala, também, sobre os homens que foram mandados para contingenciar os danos, basicamente mandados para morrer, sobre os familiares, que tiveram de participar do processo desolador de morte lenta dos seus entes queridos e sobre as crianças de olhares perdidos e incapazes de sorrir, sendo assoladas por efeitos praticamente desconhecidos. Trata, enfim, de uma população deixada no escuro sobre o mínimo relativo ao desastre, num mundo, porém, em que dificilmente alguém sabia qualquer coisa sobre energia nuclear.

No meio disso tudo, traz um relato coletivo desconfortável e triste do fim do mundo que todos conhecíamos (muito além do fim da União Soviética). Um absurdo iniciado ainda na segunda guerra, a tragédia da humanidade para além de todos os limites da própria atuação humana.

Mais do que nunca, uma leitura essencial.
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Vinder 12/01/2022

Pra quem não conhece, vale a pena a leitura de qualquer livro da Svetlana Aleksiévitch. vozes de tchernóbil é pesado? e impressionante.
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Daniel1906 15/11/2020

Um livro muito rico
Um dos livros mais tristes que já li. Apresenta a história dos eventos posteriores ao acidente pelo ponto de vista de quem viveu. São muitas histórias, algumas delas muito fortes, com uma riqueza de detalhes de arrepiar. Outras histórias são mais reflexivas. Achei muito interessante poder ler diversas perspectivas sobre o regime da época, o que as pessoas pensavam dele, como elas interpretavam e encaravam as situações que se colocavam em seus caminhos. Pra mim é, sem dúvidas, um livro muito rico de informações e sensações.
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Luana.Neves 02/08/2021

Lindo e cruel
Muito além do desastre nuclear, Vozes de Tchernobil explora a humanidade do indivíduo em sua forma mais crua.
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Rubens Chaves 26/07/2021

Contra o átomo, uma metralhadora, uma pá!!
Uma história sobre um dos pesadelos do Sec. XX no qual não se têm o direito de fazer ficção. A partir dos relatos da próprias testemunhas e vítimas, Svetlana nos conta um dos episódios finais da história de uma utopia: a antiga ideia do comunismo ideal.
As vozes de Tchernóbil são compostas por monólogos e coros que formam uma música muito tocante. Aparentemente desconexos, os relatos, ao longo do livro nos fazem entender o ?homem soviético? e os reflexos do acidente na mudança de vida das pessoas, na política, na ciência e nas perspectivas para o futuro da humanidade.
Ao mesmo tempo também conta a história de um crime. O poder ilimitado de certos homens sobre os outros. A pátria do poder na qual se tinha mais medo de seus superiores do que do átomo. Quantas vidas custaram esse elogio? O socialismo foi uma grande batalha perdida pela renovação da humanidade. A tragédia de Tchernóbil contribuiu para que no final das contas não restasse mais que um mar de vidas humanas destruídas.
Ao final é que nos damos conta de que a música que escutamos é uma obra-prima. Uma obra-prima triste e tocante.
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Duda 27/04/2020

Vozes de Tchérnobil - Svetlana Alexijevich - 5⭐
Há 34 anos a usina em  Chernobyl, na Ucrânia, explodiu dando origem à maior catástrofe nuclear já vista em todo planeta. O ocorrido trouxe total destruição, o material radioativo espalhou-se pela atmosfera contaminando tudo. A causa foi de total falha humana, tendo em conta que o homem estava em posse de algo sobre o qual não sabia controlar e assumir poder. A morte de muitos deveu-se a ocultação da gravidade dos fatos pelo governo, todos foram enganados pelas autoridades, e grande parte da população perdeu a vida, ou perdeu o direito de ser um cidadão comum. Em "Vozes de Tchérnobil" Svetlana nos apresenta relatos de testemunhas (sejam elas soldados, liquidadores, crianças, militares, mães...) que expõe muitos acontecimentos desconhecidos pelo restante do mundo. Um livro altamente tocante, que vem nos dar um choque de realidade.
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Bianca 03/02/2022

Sem palavras.
?Para uns, Tchernóbil é uma metáfora, um símbolo. Para nós, é a nossa vida. Simplesmente a vida.?

A autora aqui dá voz àqueles que conviveram e convivem com as infinitas consequências desse acidente terrível. E que soco no estômago ler esses relatos.
Com certeza é uma obra que seguirá marcada em mim por muito tempo. Sensacional e absolutamente merecedor do Nobel que recebeu.
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Luizinho 18/05/2020

Um livro que vale o prêmio Nobel
Um livro documentário, escrito por Svetlana Alexievichsobre vencedora do prémio Nobel de Literatura em 2015, que trata sobre a explosão ocorrida em 1986 da usina nuclear de Tchernóbil.

Escrito em cima de vários relatos emocionantes dos cidadãos que trabalhavam e viviam em Tchernóbil e seu entorno. As histórias são muito fortes e tocantes, é através delas que ficamos sabendo das consequências sofridas por quem foi diretamente e também indiretamente exposto a radiação, como os bombeiros e trabalhadores.

Durante os relatos tomamos conhecimento de forma explícita de todo o sofrimento. Os animais tiveram que ser todos sacrificados pelos altos índices de radiação que existiam neles, hortas e plantações foram destruídas pelo mesmo motivo e cidades inteiras foram evacuadas. As pessoas nunca mais puderam voltar para suas casas e sofriam grande preconceito e xenofobia onde eram instaladas por serem ?pessoas de tchernobil?.

É triste saber que muito poderia ter sido evitado se o governo agisse corretamente. Porém, ele ocultava a real situação dos acontecimentos, até dos soldados e trabalhadores que foram ajudar nas medidas de contenção.

No andamento dos relatos temos a sensação de que as coisas começam a se repetir, o que deixa a leitura com um ritmo mais lento e não tão fluído, porém no final o ritmo volta a acelerar.
Samanta 20/05/2020minha estante
Um dos livros mais tensos que já li.




Sheyla.Batista 20/11/2021

"As vezes parece que escuto a voz dele... Que está vivo"
"O processo clínico de uma doença aguda dp tipo radioativo dura catorze dias. No 14° dia o doente morre.
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