Júlio César

Júlio César William Shakespeare




Resenhas - Júlio César


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Eduarda 08/11/2023

?Preferiam ter César vivo e morrerem como escravos??
A peça ?Júlio César? é a tragédia romana mais famosa de William Shakespeare, qual que recria a morte do grande ditador do Senado, César.

Já nas primeiras páginas o autor nos imerge em uma atmosfera caótica, que nos envolve com os personagens, fazendo-nos desejar-lhes a liberdade.

Leitura reflexiva, rápida e fluída. Tendo, ainda, o discurso de Marco Antônio incitando a população à revolta diante da morte do senador; e, juntamente, a reconciliação de Bruto e Cássio, logo após a culpa, em ambos, acabando com sua sanidade.

Um fato ilustrado em uma brilhante obra teatral.
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Maria 10/10/2023

Júlio César
Esse foi o sexto livro de Shakespeare que leio, e o quarto q leio em versão de teatro. Entre os 6 coloco ele em 4° lugar e entre os 4 tbm coloco ele em 4° lugar. Nn gostei mt dele, mas tbm nn odiei. Dei 3 estrelas pois a história é bem escrita e relembra uma situação de Roma, mas nn gostei do desenvolvimento e nn me prendeu a história. Tem mts outras de Shakespeare q gostei mt mais
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Giovanna1242 07/10/2023

Uma das melhores peças do Shakespeare, adorei do começo ao fim - as conspirações, as traições e todo o drama, muito bom!
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aline 03/10/2023

Et tu, Brute?
Meu primeiro contato com Shakespeare. A escrita me deixou confusa algumas vezes, demorei mais tempo pra ler pq voltava varias vezes na mesma parte ate entender. Apesae disso gostei muito da história e a cena da briga entre Cássio e Bruto >>>
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João 01/10/2023

A Tragédia de Marco Bruto
"Porque César foi meu amigo, eu o choro; porque ele foi venturoso, eu me alegro; porque ele foi valente, eu o respeito; mas porque ele foi ambicioso, eu o matei."

o tradutor do livro, logo no início dessa edição, aponta que o título da peça na realidade, deveria ser "A Tragédia de Marco Bruto", até porque é muito mais sobre o ponto de vista do traidor e da traição do que do traído. e eu concordo plenamente! Júlio César, apesar de levar o nome da peça, aparece em um total de três cenas até sua morte.

apesar de ser uma tragédia do senso comum, é muito legal ler a história e ter a sensação de estar numa peça de Shakespeare (essa, composta há 424 anos atrás). a edição da Penguin trás muitos detalhes sobre a obra, o autor e o contexto histórico em que a peça foi escrita, enriquecendo ainda mais a experiência do leitor.

resumo: eu amei!
Samu 01/10/2023minha estante
entra o fantasma de César


Samu 01/10/2023minha estante
eita como é penguim lover esse meu namorado ?


Samu 01/10/2023minha estante
hablou lindamente




Amanda 25/09/2023

"Pois eu só explico aquilo que pode ser temido."
"E então aguarda,César,sobre o trono brando:
Vamos te derrubar,ou perecer tentando."

Essa é a segunda obra que leio de Shakespeare e se eu pudesse defini-lo em uma palavra seria: surpreendente.
Sua escrita é poética,fluída e te deixa preso do início ao fim na história.Adoro a forma como ele sempre faz com que os personagens,suas intenções e seus desfechos sejam sempre ambíguos.
Shakespeare é uma lenda,por isso sua memória é viva até os dias atuais.
Acompanhar o momento histórico que representa a traição e queda de Júlio César por aqueles em que ele confiaria a vida e,acima de tudo,a própria Roma possui diversos simbolismos e nos traz uma reflexão sobre confiança,ambição,inveja,política e tantos outros temas.

Obra incrível que merece mais reconhecimento,adoraria ter a chance de ver a peça e um dia(bem longínquo,tomara kkkk) ter a oportunidade de bater um papo com William Shakespeare.
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Alice1720 20/09/2023

César é
Um tirano que precisava ser retirado, extirpado, arrojado de Roma; romanos que por Roma e por si mesmos traíram a confiança sustentada pela ilusão da gratidão. Um homem ambicioso e uma horda de homens honrados. Um homem beijado 33 vezes e 33 vezes apunhalado no próximo instante.
Traição, castigo, justiça, liberdade. Nada aqui deve ser o que parece ser.
Adorei.
Emanoel.Lucas 20/09/2023minha estante
Superrrrrrr, grande Alinha ??




Reccanello 04/09/2023

Até tu, Brutus!?
Traição, perfídia, covardia! Mataram Cesar depois de lhe beijarem as mãos, depois de se lhes arrastarem aos pés... Ao menos Brutus o fez por amor a Roma e a República, ao contrário dos demais, que o fizeram por inveja de sua grandeza. Morreram à míngua, e nunca passarão de notas de rodapé na história de Cesar.
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beatrice 03/09/2023

Eita césar
Eu li esse livro só pra ler um outro, na verdade (como se fôssemos vilões) :)
mas me interessou o amor tão intenso entre o Bruto e o Cássio, ein? bem dramáticos eles
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lamarchatropical 26/08/2023

Primeiro contato
A escrita torna a compreensão mais difícil, mas a história é sensacional.

É o primeiro contato que tenho com Shakespeare e definitivamente lerei outras obras, é uma história rica, dinâmica e atemporal.

Incrível!
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Beatrys12 01/08/2023

?Ando inquieto com sentimento díspares, discórdias, e ideias
Peculiares a mim mesmo.?
Tudo que precisava ser dito sobre essa obra já foi, qualquer coisa a mais parece simplório.
Faço então, minhas considerações sobre os ?personagens?, cujas personalidades me envolveram.Me parece que Bruto, é o real protagonista. E em seguida, Cássio e Antônio, e só depois, Júlio César.
Júlio, tão fútil, que nem o considero egoico.
Cássio, muito astuto como a serpente, ardiloso e malicioso. De início vai provocando Bruto, o seduzindo, até que o ?corrompe?. Mas entre muitos atributos o que mais se destaca, e na minha opinião se faz o cerne da tragédia, é a inveja.
Cássio ?durante um acesso, eu percebi que ele tremia; sim, o deus tremia; no lábio frouxo, as cores debandaram e o olho cujo brilho assusta o mundo estava opaco; ouvi que ele gemia; Sim, a língua que ordena que os romanos registrem seus discursos por escrito gritou: ?Titínio, ajuda! Eu quero água!?. Com voz de moça enferma.? (Levei minutos para me recuperar da crise de riso, essa tradução é sem igual).
Antônio, enigmático. Ora o acho o mais nobre dos romanos, como o pebleu. Antônio ?Não vou injustiçá-los; não. Prefiro injustiçar o morto, e a mim mesmo e a todos vocês.? Ora me parece que ele é tão ardiloso quanto Cássio, que o era explicitamente, já Antônio, sorrateiro. Antônio ?Pois quando César viu Bruto atacá-lo, a ingratidão, mais forte do que as armas brandidas por traidores, derrotou-o [?] Não deixem que eu desperte em suas almas tão súbita a maré de insurreição.?
Bruto, que figura inteira. Bruto ?A que mar de perigos me conduzes pedindo que vasculhe a própria alma buscando o que lá dentro não se encontra??
Começa tão íntegro, e vai se subvertendo Bruto ?A morte é um benefício, nesse caso; Nós, amigos de César, abreviamos a duração do seu temor à morte.? E no restante da peça podemos ver que estava certo do que tinha feito, que tinha amado Roma sobretudo. Bruto ?A noite vem pairando nos meus olhos e os meus ossos desejam descansar após todo o trabalho que tiveram em me trazer à hora derradeira.?, que figura nobre e memorável!
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Marc 20/07/2023

“Aos homens sobrevive o mal que fazem, mas o bem quase sempre com seus ossos fica enterrado.”

Pode parecer estranho, mas embora os personagens sejam políticos, o cenário seja o Senado e haja uma conspiração para matar Júlio César, o tema dessa peça não é a política. Não existem negociações, não aparecem as obras do imperador, não vemos a reação do povo diante de seu governo. Mas temos conversas sobre a grandeza de César, o temor de que ele receba a coroa e todas as honras possíveis, sobre sua riqueza. O tema dessa peça é muito constante em Shakespeare: a inveja.

Quando esse termo aparece, não pensamos que possa existir um estudo científico sobre algo tão baixo e banal. Mas isso porque pensamos que inveja nada mais é do que o ressentimento pelas conquistas do outro, mas o que Shakespeare faz é ir muito além dessa concepção do senso comum. Melhor seria usar o termo de René Girard, portanto: rivalidade mimética. Quando há uma rivalidade que aproxima os dois, fazendo com que o comportamento se torne cada vez mais semelhante. Bruto é conduzido por Cássio até atingir o ponto em que se convence de que se Júlio César continuar no poder, teremos uma tirania, um banho de sangue, violência e um governo com tudo o que de pior se possa imaginar. Acontece que ao chegar a esse ponto, o que fazem os conspiradores? Usam a violência que acusavam o outro de ser capaz de usar, ou seja, eles se aproximam no momento mesmo em que se imaginam mais diferentes um do outro. Assim, o comportamento é copiado, até no nível do que se imagina que o outro pode fazer, e tudo acontece inconscientemente.

Bem no começo, quando Júlio César está sendo homenageado pelo povo e Bruto ouve os sons da multidão, já tomamos conhecimento dos sentimentos que dominarão o protegido do imperador e vão levar ao famoso desfecho. Cássio, mais um dos típicos antagonistas de Shakespeare, adulando Bruto e se dizendo amigo, planta a semente da inveja, quando lhe diz que ele sim é grandioso e de valor, enquanto Júlio César é um fraco, aproveitador. A princípio, Bruto oscila entre a admiração (o amor que sente pelo amigo) e o desejo de se ver também reconhecido naquilo que tem de valoroso, mas depois, à medida que a história avança, resta apenas o sentimento de não estar na posição que merecia, enquanto o outro está muito além do que deveria alcançar. Na vasta galeria de vilões shakespearianos, Cássio talvez não se destaque por nada especial, talvez não seja um Iago, mas tem amplo domínio e compreensão de como a mente humana opera e conhece as palavras certas para fazer Bruto tomar o caminho da morte.

Cássio é adulador e falso. Fraco, porque ele mesmo sente inveja da grandiosidade de Júlio César, sem coragem para enfrentar o imperador de frente. E sabe avaliar que Bruto goza de uma posição estratégica para destruir o imperador, pois é seu amigo. E a rivalidade mimética costuma vicejar entre amigos, porque aquele que ascende vai se destacando, como se traísse o pacto de amizade com os outros. Ele conhece novas pessoas, novos lugares, alcança sucesso, riqueza, poder, fama. Mas como? Se éramos iguais, se nos amávamos (philia), agora o amigo é outro, não se consegue mais reconhecê-lo nas novas atitudes e falas. Ficamos para trás e isso fere nosso orgulho, também. Cássio é um mestre da psicologia e numa fala depois que Bruto se afasta dele, mostra que sabe muito bem o que está fazendo: “Muito bem, Bruto; és nobre. No entretanto, percebo que o ouro honrado de que és feito pode ser alterado. Desse modo, seria conveniente que os espíritos nobres só convivessem com os seus pares; pois quem será tão firme que não possa ser seduzido?” (p. 29).

O gênio de Shakespeare é capaz de nos conduzir pela transformação que aquelas frases aparentemente inocentes de Cássio vão provocando em Bruto. A capacidade de observação e descrição do mecanismo da rivalidade mimética é impressionante. E mais ainda se pensarmos que se trata de mostrar como personagens históricos se comportaram, ou seja, a explicação dada é digna de figurar como uma verdadeira tese. Pouca diferença faz, e isso ele realmente descobriu, que estejamos na Dinamarca, Veneza, Inglaterra ou Roma, os homens sempre terão o aguilhão da inveja a lhes incomodar e envenenar. É uma explicação, portanto, dos meandros do comportamento humano mais basilar e corriqueiro, para o qual encontramos sempre alguma justificativa — uma racionalização — quando o sentimos e condenamos sem possibilidade de perdão quando percebemos ser o alvo da inveja.

Veja esse trecho, quando Bruto já está convencido da urgência da morte de Júlio César: “Preciso é que ele morra. Eu, por meu lado, razão pessoal não tenho para odiá-lo, afora a do bem público. Deseja ser coroado. Até onde influirá isso em sua natureza, eis a questão.” (p. 41). Aqui, além da racionalização, Bruto ainda exibe a projeção daquilo que ele mesmo está vivenciando internamente (inconscientemente, porém).

Também não me parece correto afirmar que Bruto era fraco. Ao contrário, ele é nobre, sente verdadeiro amor por Júlio César e deseja o melhor para ele. Mas esse sentimento, principalmente quando provocado da maneira que foi, com algum lastro de realidade (Bruto era uma pessoa valorosa, afinal) e subvertendo os pontos essenciais, em uma palavra, dando uma interpretação que volta o olhar para o exterior, atacando o narcisismo, enfraquecendo sua personalidade, enfim, essa tática costuma ser infalível. Mesmo pessoas com personalidade, com inteligência e amor pelo outro podem ser vítimas da tentação de buscar sua essência no mundo externo. Aqui, me distancio um pouco de Girard, porque ele repele a psicologia, mas acredito que só podemos compreender totalmente a manobra de Cássio se pensarmos que ele consegue deslocar o olhar de Bruto de tal maneira que o faz procurar as recompensas da vida em conquistas externas e materiais, quando, até pouco tempo antes, ele se satisfazia em ser uma pessoa bondosa, nobre, que amava seu amigo. Ele desestabiliza uma pessoa nobre e a transforma em alguém mesquinho, ressentido e odioso. Claro, Júlio César morre, mas a verdadeira vítima é Bruto, porque ele perde tudo, inclusive a si mesmo. Talvez devesse repensar se o alvo de Cássio era realmente Júlio César... Mas acho que podemos dizer que ambos estavam sendo destruídos por ele. Ironicamente, Júlio César não é deformado como Bruto, mesmo perdendo a vida, seu crime é ser a vítima inconsciente da história.

Depois do crime, Roma cai numa guerra civil. O poder está vago e muitos o disputam, ou tem pretensões nesse sentido. Marco Antônio e Otávio desejam vingar o morto, enquanto Cássio e Bruto juntaram suas tropas com pretensões “defensivas”. Mas a verdade é que tudo pode acontecer. Quando o imperador morre, quebra-se a hierarquia que sustentava a sociedade, pois ele era valoroso, havia sido vencedor com honras em inúmeros combates, fazia sentido que ele alcançasse tal posição. Isso dizia aos romanos que outros valorosos também poderiam chegar ao mesmo patamar, ou até ultrapassá-lo se tivessem mais méritos; mas quando ele é morto, deixando vaga aquela posição, que poderia ser tomada por qualquer um, por alguém como Cássio, por exemplo, a leitura que qualquer pessoa poderia fazer é a de que não era preciso muitos méritos para se alcançar poder e riqueza, apenas esperteza, descobrindo meios de burlar a ordem das coisas.

Já no fim da peça, para não entregar a chave de leitura tão facilmente, Shakespeare descola Bruto dos outros conspiradores, ao colocar Marco Antônio dizendo que todos o fizeram por inveja da grandeza de Júlio César, menos Bruto, que acreditou que lutava realmente pelo bem de Roma e tinha as melhores intenções. Mas não é isso que vemos durante todo o processo de preparação da morte. Ele sentiu fortemente arder dentro de si a inveja contra seu amigo, foi convencido de que ele não merecia tal posição e que uma pessoa desse tipo só faria mal.
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