O Chamado da Selva

O Chamado da Selva Jack London




Resenhas - Chamado Selvagem


263 encontrados | exibindo 241 a 256
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 17 | 18


Jéssica De Oliveira 11/04/2015

Chamado selvagem Jack London
O livro conta a história de Buck, um forte e astuto cão, filho de um São-Bernardo com uma Pastora escocesa, que vivia no sítio do Juiz Miller, no ensolarado vale da Santa Clara. Ele tinha uma vida tranquila até que um dia Buck foi roubado e vendido a exploradores de ouro que partiam para o Alasca. A partir dai, Buck começa a levar uma vida difícil, mais logo percebe a sua verdadeira natureza.

Eu gostei bastante do livro, conta uma historia muito interessante, eu recomendo a todos á lerem esse livro é incrível!
comentários(0)comente



SakuraUchiha 18/01/2015

É realmente um épico bárbaro estrelado por um cão.
Chamado Selvagem é um romance curto de umas 130 páginas, é uma ótima aventura – simples, direto, violento, estrelado por um épico herói canino.

Buck, nosso protagonista peludo, é meio São Bernardo e meio pastor escocês. Ele começa a vida como o animal de estimação preguiçoso de um rico juiz da Califórnia, mas durante a corrida do ouro de Klondike de 1897, ele é sequestrado pelos comerciantes que o vendem para o norte para se tornar um cão de trenó. Este gigante outrora gentil logo descobre a maneira de suas presas e garras, provando ser uma espécie de Conan entre os caninos. Não apenas na força bruta e capacidade para a violência, mas também na astúcia.

"_Fora derrotado (sabia disso), mas não quebrara. Tinha compreendido, de uma vez por todas, que não podia vencer um homem armado com um bastão. Tinha aprendido a lição e a recordaria pelo resto da vida. Aquele bastão fora uma revelação. Era a sua iniciação no universo da lei primitiva e Buck era um bom aprendiz. A vida adquiria uma nova ferocidade que, sendo enfrentada sem medo, despertava a astúcia latente na sua natureza. Com o correr dos dias, outros cães foram chegando, em grades ou na ponta de cordas, uns dóceis, outros rugindo enfurecidos como ele chegara. E, um após outro, todos passaram pelo domínio do homem de camisa vermelha. A cada repetição desse espetáculo brutal, a lição ganhava corpo em Buck: um homem com um bastão era lei, um senhor a quem não se podia recusar obediência, embora não fosse necessário dedicar-lhe amizade. Buck nunca cedeu a tal baixeza, apesar de ter visto cães espancados que bajulavam o homem, abanavam as caudas e lhe lambiam a mão. Viu também um cão, que não se dispunha a obedecer nem a cativar o homem, ser morto na luta impiedosa pelo poder."

Os cães de Jack London são antropomorfizados apenas um pouco, descrito como tendo uma maior compreensão e consciência de si do que os cães reais, mas eles não falam ou agem como seres humanos. O despertar gradual de Buck à sua verdadeira natureza primitiva evolui a partir de sua compreensão dos homens com os clubes, para seu duelo fatal com um Husk rival, a sua penúltima etapa da vida, enfim, com um homem que ele realmente ama, e, em seguida, sua caminhada final no deserto.

Este livro de um jeito estranho realmente me fez lembrar de Conan, o Bárbaro. O contraste entre a ex-vida fácil de Buck, e o que ele se torna como um guerreiro livre dependendo apenas de suas próprias habilidades de sobrevivência, tendo abandonado os conforto e a proteção da civilização.

Jack London claramente idealizou o deserto e a vida de um primitivo, embora isso possa ter contribuído para a sua morte precoce. Na realidade, é claro, a vida de um cão solto na natureza é provável que seja brutal e curta, mas você pode ler Chamado Selvagem e imaginar Buck correndo livre em Yukon, uivando com seus lobo-irmãos.

É um livro ideal para os meninos, e creio que o li no último ano do colégio, mas eu realmente gostaria de relê-lo. Se eu puder ter em mãos um exemplar farei isso com certeza. A prosa de Jack London ainda lê muito bem e a história é cheia de tensão e emoção. Provavelmente uma das melhores de um “cão” que eu já li.. É realmente um épico bárbaro estrelado por um cachorro.
comentários(0)comente



Portal Caneca 01/08/2014

A coisa mais interessante sobre clássicos é que você pode escolher a que profundidade na qual mergulhar, você pode apenas tocar a superfície e se satisfazer com o que é obvio, pode mergulhar um pouco mais fundo e descobrir segredos que o autor escondeu ali, e ainda pode se jogar e descobrir os vestígios de outro tempo. Chamado Selvagem é um desses livros; olhando por cima é a história de um cachorro que acostumado com uma vida boa e confortável se sentia um rei tem sua vida mudada ao ser enviado para o trabalho pesado. Mas se olhar com atenção pode ser que veja a corrida do ouro e a crueldade dos homens e que na verdade estamos falando de como a vida sempre se reinventa.

Buck é a cruza de uma são-bernardo com collie, um cachorro da família de um juíz. Mas não é um cachorro da casa nem um do canil, ele é orgulhosamente o rei de todas as criaturas do vale onde mora, inclusive as humanas. Mas Buck é vendido pelo jardineiro pra saldar uma dívida de jogo, a partir daí os acontecimentos põe em cheque as noções de lealdade e de moral da personagem, que mesmo aprendendo rápido sofre com a mudança do cálido e civilizado sul para o selvagem e nada hospitaleiro norte gelado.

A luta de Buck é para viver, comer, dormir e não ser maltratado, no caminho ele descobre novos amigos, entra em contato e responde a selvageria do norte. Chamado Selvagem foi escrito por Jack London (1876-1916) e foi publicado em 1903 é um dos livros mais difundidos da literatura norte-americana. London, descrito como um aventureiro, participou da corrida do ouro de Klondike (ou corrida do ouro do Alasca) e inspirado nela escreveu além de Chamado Selvagem, Caninos Brancos e Fazer uma Fogueira. Naturalista e realista, Jack London foi ídolo e inspirou vários autores da geração Beat. Uma figura icônica, autor de livros envolventes que muito valem o mergulho.

site: http://portalcaneca.com.br/
comentários(0)comente



Carlos 21/12/2013

Faz muito tempo que li essa obra do Jack London, mas ainda tenho presente na memória diversas passagens e trechos, todos muito cativantes. A história prende a atenção. Não se trata de um livro longo, e a versão que li (não me recordo exatamente qual era) não apresentava uma linguagem complexa, o que tornou a leitura fluída e muito agradável.
comentários(0)comente



Higor 17/07/2013

Resenha de "O Chamado Selvagem"
Nesse final de semana, mais especificamente no domingo (14), fui à Livraria e comprei um exemplar de “O Chamado Selvagem” Escrito pelo famoso escritor norte- americano Jack London. A lembrança de ter lido uma versão resumida dele, e comentários positivos de meu professor de literatura me levaram a isso. A princípio, fiquei surpreso com a espessura do livro (estou acostumado com livros que superam a quantidade de 300 páginas). Esse livro possui apenas 118 páginas (Editora Hedra, tradução deita por Roberto Amado), o que meio que me desanimou a ler o livro, pois eu o terminaria em pouco tempo (e terminei, é na madrugada de quarta-feira que estou escrevendo isto) e não o aproveitaria direito. Como eu estava errado.
O livro conta a história de Buck, um forte e robusto cão, filho de um São-Bernardo com uma Pastora escocesa, que vivia no sítio do Juiz Miller, no ensolarado vale da Santa Clara. Ele tinha uma vida pacata. Não precisava defender seu território. Era um típico cão doméstico. Nesse mesmo tempo, a descoberta de ouro no ártico aumentou a demanda de cães fortes para puxar trenós. Buck foi retirado de seu ambiente ocioso para ser transportado para a vida trabalhosa nas trilhas, onde enfrentaria a vida selvagem, entrando em contato com seus instintos mais primitivos, vivendo a vida de seus ancestrais mais distantes.
É impressionante como Jack London consegue descrever essa transição que Buck sofreu. O Leitor é literalmente transportado para a mente do cão, sabendo de todas as suas angústias, desejos e impressões da nova vida. A labuta nas trilhas é descrita com tamanha riqueza de detalhes que quem lê é envolvido na história, fica atento a todos os mínimos detalhes e se impressiona com os acontecimentos, maravilhando-se e indignando-se.
Um livro com um vocabulário acessível, uma história envolvente e contagiante. Realmente um dos melhores livros que já li em toda a minha vida, fiquei emocionado com a história de Buck. Recomendo a todo mundo.
comentários(0)comente



Sidney Matias 17/03/2013

Chamado selvagem - Jack London
As obras literárias do americano Jack London, sempre com muito vigor somado a excelente narrativa realista, nos oferece um testemunho sobre a época em que o autor viveu, marca registrada de London. Este que já embarcou para tomar parte na corrida do ouro em Klondike, cenário que se tornaria palco de suas primeiras histórias de sucesso.
Sua ilustre obra, O Chamado da Floresta, é um dos principais títulos do autor, com sua primeira publicação em 1903 é uma das responsáveis pelo grande sucesso de Jack London.
Buck vivia cercado de afeto em uma vasta e farta propriedade. Devido a “corrida do ouro” nos Estados Unidos, ele foi roubado com o intuito de ser severamente treinado sob uma violência sem limites.
Em um ambiente hostil, totalmente diferente do que estava acostumado, aonde predomina a lei do mais forte, com muito mérito alcança a liderança dos cachorros puxadores de trenó. Já adaptado, este se destaca entre os demais animais, chamando a atenção de todos os exploradores de ouro.
London desenvolve uma verdadeira tese com base na evolução biológica. No íntimo dos animais, nos traz um relato incrível e único. Buck nosso personagem principal vive o estado de espírito do próprio autor.
Uma incrível aventura, levando um cão domesticado rumo a um mundo selvagem, descobrindo então sua própria natureza.
A obra nos mostra a visão do cachorro, e sendo irracional convive em um mundo de incertezas, e nunca sabe o que esta por vir, até que os fatos se concretizem.
Um livro incrível, magnífico e tocante, aclamado pela crítica como a obra da vida de Jack London.


Salve a besta primordial!

A bestialidade primitiva, latente em Buck, tornava-se apesar de dissimulada, cada vez mais latente dominante sob as condições ferozes da vida na trilha. Tendo-se tornado astucioso, Buck conseguia sempre manter calma e o controle. Ajustar-se a nova vida ocupava-o demais; e, além de não aceitar combates, evitava ocasiões de provocá-los. A Força de vontade caracterizava sua nova atitude.
Não era dado a ações precipitadas. Apesar do amargo rancor que existia entre ele e Spitz, não demostrava impaciência e evitava qualquer provocação.
Sptiz nunca perdia a oportunidade de mostrar os dentes, talvez porque visse em Buck um rival perigoso. Procurava por todos os meios iniciar uma briga que fatalmente terminaria com a morte de um dos dois.


Jack London escreveu muitos outros livros, com diversos temas, todos muito interessantes.
Todos com uma narrativa viciante, empolgante, conduzindo os leitores aos mais distantes lugares, paisagens, animais e pessoas.
As obras de London são contemporâneas, emocionantes e clássicas, vale a pena conferir.



Autor: Jack London
Titulo: O Chamado Selvagem
Titulo original: The Call Of The Wild
Páginas: 104
Editora: Edições de Ouro

Boa leitura

Sidney Matias
comentários(0)comente



M. Scheibler 13/11/2012

Esse livro nos mostra como um instinto que parece estar adormecido resolve acordar apenas com um simples ato. Coisas pelas quais passamos, e também os animais, nos fazem agir de uma maneira que nem nós mesmos acharíamos que um dia faríamos.

Algumas cenas do livro são chocantes, pois mostram detalhes de violência entre animais e entre eles e os humanos. Mas os animais sabemos que agem por instinto. O ser humano dito racional tem a possibilidade de pensar, mas às vezes age pior do que alguns animais, principalmente com relação à violência.

A proposta do livro é muito interessante, pois assim como o título, é intensamente selvagem. Uma obra clássica, de muita qualidade.
comentários(0)comente



Camila1856 27/07/2012

Uma bela Narrativa...


O Chamado Selvagem, Jack London, São Paulo: Dracaena, 2011, 116 pág. (tradução de José Luiz Perota)



The Call of the Wild foi publicado em 1903. Obra de Jack London, pseudônimo de John Griffith Chaney, nascido em 1876 e falecido em 1916. London também é autor de outros livros bem conhecidos como “Caninos Brancos” e “O Lobo do Mar”, entre outros.

Esta obra vem narrar a história de um cão São Bernardo chamado Buck que é roubado pelo jardineiro da casa em que morava com o Juiz Miller e vendido para trabalhar juntamente com outros cachorros que, possivelmente, também foram roubados e vendidos.

O período de adaptação de Buck a nova vida é árduo, tendo em vista que em sua antiga casa ele era um cachorro cheio de regalias – lê-se: come e dorme – e já na nova vida ele precisa trabalhar o dia todo e muitas vezes (na maioria) tem que se alimentar pouco por conta da escassez de comida. A adaptação não é árdua apenas pelas difíceis condições de alimentação e de clima (neve), mas também em relação aos outros cachorros com quem tem que trabalhar.

Jack London escreveu uma obra que de forma realista mostra as tristes condições dos cachorros, e apesar do personagem principal ser um cachorro e sabermos o que ele passa ficamos sabendo de tudo a partir de uma narrativa bem descritiva, tendo em vista que cães e animais não podem dialogar. Não obstante as descrições e narrações são bem agradáveis e envolvem o leitor.

Particularmente, eu amo cães, mas não curto muito literatura em que os cães são personagens principais, então, já podem imaginar a minha empolgação ao ler o livro. Realmente eu não criei muitas expectativas e qual foi minha surpresa: apesar de não curtir esse tipo de livro eu me agradei bastante com a forma como o autor escreveu a história e fiquei bastante envolvida.

Para completar, o livro não é extenso e não traz informações desnecessárias, nem fantásticas e não apresenta enrolações e isso faz com que a obra seja enxuta e agradável. Recomendo a leitura a todos os que gostam de livros com cães, e aos que apreciam a arte da narrativa, pois Jack London é um grande narrador, capaz de cativar qualquer leitor que se aventura por suas páginas.



Camila Márcia
http://delivroemlivro.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Gil 23/05/2012

O livro narra a história de Buck, ele vivia com seus donos, sem se preocupar com nada, tudo ia bem, até que um dia ele foi sequestrado. Dai em diante é narrado tudo o que Buck irá passar. Ele será domado e assim, consequentemente castigado, já que irá sempre revidar. Após esse tempo traumático ele é levado para trabalhar como, (eu esqueci o termo exatamente), mas ele passa a puxar trenó na neve junto com outros cães. Devido a está convivência com outros cães, surgem novos conflitos. Buck passou por alguns donos, cada dono tinha seu jeito com os cães, alguns eram mais cuidadosos, outros negligentes, fazendo os cães puxarem muito mais do que realmente podiam. Em meio a isso que vamos conhecendo os pensamentos de Buck, até que ele ouve o Chamado.


O livro é bem fino e a leitura flui não só pelo tamanho do livro, mas pela narrativa também. A história tem seus momentos tristes, mas em alguns momentos emocionantes. É notável a grande sensibilidade do autor ao escrever este livro. Ele mostrou a esperteza e amizade entre raças. A capa é bonita e a diagramação é simples( páginas amarelas, boa numeração da fonte). E pra quem gosta de histórias de animais, cães, com certeza irá sensibilizar-se com a história.
comentários(0)comente



Guy 12/05/2012

Aventura de um cão em meio a alcatéia e homens
Este livro conta a história de um cão que escapa da civilização para comandar uma alcatéia. Nesta história, homens e animais travam uma luta entre a vida e a morte à procura de ouro.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Julia G 25/01/2012

O Chamado Selvagem - Jack London
Resenha publicada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

"Esse primeiro roubo veio a mostrar a aptidão de Buck para sobreviver no ambiente hostil das Terras do Norte. Mostrou a sua adaptabilidade e capacidade de se ajustar às condições de mudança, cuja falta teria significado morte rápida e terrível. Mostrou, posteriormente, a decadência ou desintegração da sua natureza moral, tida como uma coisa vã e um obstáculo na luta cruel pela existência. No Sul, sob a luz do amor e da amizade, tudo foi muito bem e se podia respeitar a propriedade privada e os sentimentos de cada um. Entretanto, no Norte, sob a lei do porrete e das presas, quem quer que levasse tais coisas em consideração seria um tolo e, na medida em que Buck as cumprisse, não prosperaria." (pág. 31)

Buck vivia tranquilamente nas Terras do Sul, na vastidão da fazenda de seu dono, sendo um fiel companheiro e protetor de toda sua família. O sol conseguia aquecer aquela região, e a liberdade que tinha de passear por aquelas terras, mergulhar nas águas próximas, brincar com as crianças e descansar aos pés do dono perto da lareira, ao tempo em que cumpria suas funções de defensor, o enchiam de um grandioso orgulho.

Mas o fato de ser um são bernardo - em uma época que animas fortes e peludos eram necessárias para buscar o ouro nas frias Terras do Norte - o tirou de sua vida confortável. Um jardineiro da fazenda entrega Buck a um estranho, em troca de algumas moedas. E, assim, Buck inicia um novo momento da sua jornada, aprendendo coisas que até então não precisava aprender e precisando viver de acordo com a "lei dos porretes e das presas".

O chamado selvagem, de Jack London, não pode ser descrito como outra coisa senão instigante. A narrativa foge do comum e, apesar de mostrar os fatos de uma forma inteiramente racional e objetiva, sem se utilizar de recursos sentimentais, faz com que nos encantemos com a beleza implícita na história de Buck.

Buck, um cachorro "civilizado", arrancado de seu lar e jogado à selva, ao trabalho, ao frio, ao convívio com outros cães, aprende a viver por meio de conhecimentos ancestrais que nem mesmo sabe de onde vêm, apenas instinto selvagem e natural. E o horror da vida primitiva tira de Buck quase todos os seus traços de "humanidade". Ele respeita os homens e animais mais fortes apenas por causa das leis da sobrevivência; quase não há sentimentos de lealdade ou afeto, apenas conveniência.

O livro, apesar de ter apenas 116 páginas, não é superficial de maneira alguma. Só aviso para que fiquem atentos, já que não se trata de uma história "fofa" de cachorrinho, passa bem longe disso. O livro vai a fundo e mostra a crueldade da luta pela sobrevivência e para mostrar força aos oponentes, e os instintos são expostos tão claramente que não se consegue julgar as atitudes dos animas, apenas entender e quase sentir. Mas mostra também que, apesar dessa luta, o animal pode ter os sentimentos mais puros e sinceros do que muitos que se denominam seres humanos.

A linguagem rica de London permeia todo a história, mas, mesmo possibilitando uma leitura fácil, essa pode se tornar maçante para aqueles que não a compreenderem, por tratar-se, afinal, de um clássico. É uma leitura diferente, para aqueles que gostam desse tipo de escrita e que conseguem enchergar a excelência da obra além das entrelinhas.
comentários(0)comente



Aline/Blog SLMP 18/01/2012

O Chamado Selvagem
Autor: Jack London
Editora: Dracaena
Onde comprar? Dracaena, Saraiva
Skoob

O chamado Selvagem é considerado um dos principais trabalho do escritor Jack London, lançado em 1903. Com esse livro o autor emocionou pessoas no mundo todo, nos apresentando um Buck, um cachorro São Bernardo que tinha uma boa vida morando numa grande casa no vale da Santa Clara na Califórnia. Mas sua toda mordomia acaba quando ele é sequestrado e vendido a exploradores de ouro - século XIX. A partir daí, ele é espancado e obrigado a puxar trenós, suportando o frio, a exaustão e a pouca comida que lhe era oferecida. E ainda tentava evitar brigas com os outros cães da matilha que compartilhavam do mesmo trabalho.

"Era o modo de lutar dos lobos: atacar e recuar. Mas havia mais do que isso. Trinta ou quarenta huskies correram para o local e rodearam os lutadores em um círculo silencioso e atento. Buck não compreendia o tamanho do silêncio nem o o jeito ávido com que estavam lambendo os beiços." Pag. 33/34

Depois de meses sofrendo maus tratos Buck vai perdendo as características de um cão doméstico e passa a ser mais durão, mais conformado com a lei que reinava entre humanos e os de sua espécie. Após que o trabalho acaba toda a matilha é vendida. Buck recusa-se a ir com seus novos donos e por isso é espancado, mas é salvo por John Thornton, um bom homem que passa a ser o seu dono e leal amigo.

O livro é narrado em terceira pessoas, mas pela perspectiva de Buch. Então percebemos não somente o seu sofrimento, mas também a sua adaptação no ambiente novo. O animal fica mais forte, ganha músculos e aprende como lidar com os cães mais agressivos. Além de tudo, Buck descobre sua verdadeira natureza, sede aos seus instintos selvagens, cuidando de si próprio; atendendo ao chamado da floresta.

Eu não sabia muito bem o que esperar do livro, mas adorei acompanhar Buck em sua jornada.
comentários(0)comente



Irene Moreira 28/12/2011

Emocione-se e aventure-se com Buck nessa incrível jornada do O Chamado Selvagem
E difícil não se emocionar lendo as aventuras deste incrível São Bernardo, um cão doméstico e mestiço sendo filho de um São Bernardo puro e uma Pastor Alemão. Ele vive em uma grande casa cercado de toda mordomia e ali ele reina como o todo absoluto, querido por todos. Só que essa tranqüilidade termina quando Buck, como é chamado, é raptado de seu reino por um dos empregados da casa e levado para as neves, na época da famosa corrida do ouro dos EUA.

Inicia então uma grande jornada para o tão querido Buck que sofre uma infinidades de provações, maus-tratos até que chegar as mãos de François e Perrault, garimpeiros que vivem uma vida selvagem. Buck retorna a suas origens voltando a sentir seus instintos. Não havia mais paz e segurança porque ali era uma vida de muita ação e risco. Todos os cães eram selvagens e só conheciam a lei do porrete e das presas.


Buck aprende a se manter vivo e merecedor aprimorando-se a cada dia a sua nova vida.
"Não era difícil para ele aprender a lutar, cortando, rasgando e mordendo rapidamente como os lobos, pois assim lutaram os seus antepassados já esquecidos. Eram eles que despertavam a velha vida dentro de si, e os velhos truques que eles imprimiram na hereditariedade da raça eram os seus." pg 32
Puxando trenós na neve pela floresta é uma prova de fogo de aceitação e sobrevivência e a sua resistência impressiona a todos que estão a sua volta.
"- Então? Que é que eu disse? Não falei a verdade, quando disse que esse Buck valia por dois demônios?!" - pg. 51
Segue sua jornada por infindáveis quilômetros enfrentando obstáculos que o deixam cada vez mais forte e se posicionando como um líder.

Uma das partes memoráveis desta história é quando Buck é salvo por John Thornton que traz novamente o amor ao seu coração.
"Buck tinha seu jeito de expressar o seu amor que quase machucava: frequentemente, abocanhava a mão de Thornton, e a apertava tão ferozmente, que deixava a marca de suas presas mesmo durante algum tempo depois. E, como Buck entendia as pragas como palavras de amor, assim também o homem entendia essa falsa mordida como uma carícia." - pg. 83
Aventuram-se pelas vastidões geladas do Yukon esperando encontrar ouro e ficarem ricos. São amigos inseparáveis e Buck daria a sua vida para salvá-lo. Muitas coisas acontecem mostrando sempre o amor e fidelidade de Buck para com Thornton.

O seu espírito selvagem está cada vez mais aguçado e enquanto o seu dono segue as explorações no rio ele se embrenha na floresta de onde vinha o chamado, um uivo que lhe era familiar. Encontra-se com um lobo cinzento que torna-se seu amigo.

Passa as noites na floresta em busca dos sinais que o chamam, se aprimora na caça desafiando os perigos e aprendendo a sobreviver nesse mundo selvagem.

Uma história que me tocou demais e não tenho como não colocar este livro no lugar das obras top que fazem parte do meu acervo das preferidas.


Tenho certeza que todos vão querer ler.

Para comprar clique aqui
comentários(0)comente



ricardo_22 27/12/2011

Resenha - Blog OverShock
O Chamado Selvagem, Jack London, Tradução José Luiz Perota, 1ª edição, São Paulo-SP: Editora Dracaena, 2011, 116 páginas.

Um dos primeiros romancistas a ganhar fama mundial, o norte-americano Jack London provavelmente é o pseudônimo de John Griffith Chaney, que apesar de ter vivido apenas quarenta anos, possui centenas de contos e mais de cinquenta livros. Sua segunda obra, O Chamado Selvagem foi lançado originalmente em 1903 com o nome The Call on the Wild, e é considerado por muitos críticos a sua obra-prima. O autor morreu em 22 de novembro de 1916 e algumas de suas obras foram lançadas após a sua morte.
Nesta obra, conhecemos o cão Buck, um São-bernardo que levava uma vida que todos os cães gostariam de ter, sendo fiel a família de seu dono, e com uma relação muito forte com todos os membros dela. Ele não precisava se preocupar com nada, e nem tinha motivo para isso, mas tudo mudou quando um ajudante de jardineiro o raptou e o vendeu. Sua vida estava apenas começando a mudar. “Mas Buck não era cão de casa nem de canil. Todo o território era dele. Mergulhava no tanque ou caçava com os filhos do juiz, escoltava Mollie e Alice, as filhas, em logos passeios ao crepúsculo ou de manhãzinha; nas noites de inverno, deitava-se aos pés do juiz, diante da lareira crepitante da biblioteca; carregava os netos do juiz às costas, ou fazia-os rolar na grama e guardava os seus passos nas aventuras travessas até a fonte, no pátio dos estábulos, e ainda mais longe, onde estavam os cercados dos cavalos e os canteiros de morangos. (pág. 12)”.
Depois de ficar um tempo em um canil, Buck passa a viver com outros cães e sua vida, que era tranquila, começa a ser selvagem. É forçado então a fazer diversas atividades que não fazia até então; passou a enfrentar o frio; as pancadas de seus donos; a fome; os sentimentos – amor e ódio – por outros animais e todas as dificuldades que um verdadeiro lobo precisa enfrentar. “Buck ficou em pé, observando, e a sua expressão era a dor campeão bem sucedido, a fera primordial e dominante, que matara a sua presa e gostara de fazê-lo. (pág. 50)”.
Ao conhecer O Chamado Selvagem, o achei muito interessante, principalmente porque o autor conta a história de um animal de uma forma real e não fantasiosa como costuma ser os livros com essa temática. Narrado em terceira pessoa, é surpreendente a riqueza de detalhes que London nos conta sobre a vida e os lugares que Buck passa nessa sua jornada. Ele também usa palavras para causar toda a emoção ao longo da história. Sofremos juntos com todas as dificuldades do cão, e nos emocionamos com essa grande aventura. Certa admiração por algumas personagens, humanas ou não, também ficam após a leitura, mais uma coisa para ser elogiada. Dá ainda para imaginar como foi a vida de London na corrida do ouro do EUA, já que essa foi sua grande inspiração na construção da obra.

Mais sobre livros, filmes e música em www.overshock.blogspot.com. Conheça o blog, siga e comente!!
comentários(0)comente



263 encontrados | exibindo 241 a 256
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 17 | 18


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR