anna 05/07/2021
Há pouco tempo descobri que este livro é um clássico da ficção científica, o primeiro a trabalhar o conceito de viagens no tempo. Como uma admiradora de histórias sobre viagem no tempo, é claro que tive que lhe dar uma chance, e não me arrependi.
Aqui acompanhamos o relato de um cientista que afirma ter visitado o futuro graças a uma invenção própria: uma máquina do tempo. O relato é fundamentado com descrições extremamente bem feitas, tanto dos ambientes visitados pelo cientista quanto de seus pensamentos durante a aventura, e, por meio delas, torna-se muito fácil imaginar cada acontecimento.
Em relação à história em si, ou seja, ao que é testemunhado pelo cientista nesse futuro tão distante de seu presente, devo admitir que me surpreendi: nada de carros voadores, robôs malignos ou uma ditadura aterrorizante. Gostei muitooo da proposta trabalhada, que percorre uma linha tênue entre algo absurdo e algo cientificamente plausível.
Em suma, a criatividade do autor acerca do conteúdo e da forma como resolveu escrevê-lo me agradou demais. No entanto, pelo jeito que as coisas estavam fluindo, infelizmente acabei criando expectativas muito altas que acabaram não sendo alcançadas. Apesar disso, reconheço que trata-se de uma história muito boa de ficção científica; e de final desolador, mas compreensível, como esse tipo de livro sempre costuma ter.