É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Nicolle 05/08/2016

É isto um homem?
"... Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem."

Um texto absurdo e perturbador. Como pode homens fazerem isso com homens? Como podem homens com Deus serem tão maus?

Chocada!
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Francisco Sérgi 05/03/2016

Texto emocionante em que o autor descreve os aspectos psicológicos vividos em uma área que não se acredita tenha sido local para seres humanos.
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Thiago.CAm 01/02/2016

Estarrecido
Não tem como imaginar por que passaram os prisioneiros dos Campos de Concentração Nazistas sem ter estado lá ou sem ter lido os relatos dos sobreviventes; o melhor deles, provavelmente, feito por Primo Levi neste livro impressionante. É simplesmente de chorar. A escrita do autor é maravilhosa e provoca uma reflexão profunda sobre 'o que é o ser humano, o que nos torna humanos?' Simplesmente leitura obrigatória!
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Sally.Rosalin 20/11/2015

É isto um homem?
Primo Levi (1919-1987), italiano, químico e escritor narrou na obra "É isto um Homem?" suas experiências no campo de concentração nazista de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. Ao meu ver, é o tipo de literatura necessária para todos os alunos e interessados em aprender mais sobre o tema "Holocausto".
Trata-se de uma narrativa repugnante, que até mesmo o leitor pergunta "se seria aqueles, homens" (carrascos e prisioneiros). Sem nenhum traço de humanidade, "kapos" impuseram as maiores atrocidades aos prisioneiros judeus (e outros). Levi descreve desde a sua captura até o resgate dele e de um pequeno grupo de sobreviventes. Se durante a prisão, Levi e os demais perderam suas identidades, conseguiram resgatar quando da fuga dos alemães, que os deixaram à própria sorte. Percebemos o retorno da humanidade, mas nisso já cito praticamente o desfecho, que é emocionante.
Ler "É isto um homem?" é conhecer como foi a rotina degradante de trabalho sob violência contínua. Levi descreve detalhes, desde os uniformes, regras, forma de dormir, tratamento dado aos doentes, as formas de contrabando interno e externo e suas punições, a divisão do trabalho, o frio, a fome, a sopa, a perca da identidade e da esperança.
Algumas pessoas acreditam que sua morte tenha sido suicídio. Não sei, o que acredito é que conviver com tais lembranças não deve ter sido fácil, o que o tornou sobrevivente duas vezes. Indico.
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Gley 05/04/2015

Dunker, psicanalista de renome, disse ser este livro de leitura obrigatória para todos da profissão. E é.
Digo q deveria ser de leitura obrigatória para todos.
O que tem de diferente de outros livros q falam sobre os prisioneiros nos Campos de Concentração?? O estilo, o olhar. O contar dos acontecimentos de uma forma q eles nunca são desconectados de quem conta. E pelo viés das sensações, pensamentos e emoções - ou ausência delas -, este autor, q viveu o ocorrido, fala de todos os homens, de todos os tempos e em todos os lugares. Fala de nossa natureza que só espera o acontecimento para surgir, de uma forma ou de outra, não por querer, mas por uma pulsão muito mais primitiva.
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Anna na biblioteca 14/11/2014

Um marco na literatura sobre o holocausto!
Primo Levi nos traz a triste, dolorosa e aterradora experiência pessoal do Holocausto judeu, ocorrido no período da Segunda Guerra Mundial, no Campo de extermínio de Auschwitz, sul da Polônia. Esta vivência já foi relatada em diversos livros, mas seu diferencial é trazer sua percepção e detalhamento do comportamento humano neste contexto de caos, extrema adversidade e desumanização.
"Num instante, por intuição quase profética, a realidade nos foi revelada: chegamos ao fundo. Mais para baixo não é possível. Condição humana mais miserável não existe, não dá para imaginar. Nada mais é nosso: tiraram-nos a roupas, os sapatos, até os cabelos; se falarmos, não nos escutarão - e, se nos escutarem, não nos compreenderão."

Após uma terrível viagem de trem, sem qualquer condição ou tratamento humano, desembarca em Auschwitz, onde sua maior propriedade, seu nome, é rapidamente substituído por um número tatuado grosseiramente em sua pele.

Chega a ser impressionante a capacidade do autor em analisar as atitudes e reações dos prisioneiros e de seus opressores durante a vivência no campo de extermínio. Principalmente pelo fato que que ele não estava isento de extremo sofrimento e privações, fragilizado e debilitado física e mentalmente.

"Aqui, porém, no Campo, não há criminosos nem loucos: não criminosos, porque não existe lei moral a ser violada; não loucos, porque somos programados; cada ação nossa é, neste tempo e neste lugar, claramente a única possível."
Mesmo assim observou com afinco os acontecimentos ao seu redor com gigantesca lucidez, em um momento em que a necessidade pessoal e de sobrevivência "gritava" muito mais alto.

"E não é de crer que os sapatos signifiquem pouco, na vida do Campo. A morte começa pelos sapatos. Eles se revelaram, para a maioria de nós, verdadeiros instrumentos de tortura que, após umas horas de marcha, criam feridas dolorosas, sujeitas a infecção na certa. A gente, então caminha como se tivesse uma bola de ferro amarrada no pé..."

O livro sem sombra de dúvida é um marco na literatura sobre o holocausto e despertou interesse em ler outras obras do autor!

"No Campo, porém, acontece o contrário. Aqui a luta pela sobrevivência é sem remissão, porque cada qual está só, desesperadamente, cruelmente só.

Recomendadíssimo!!!

site: http://arvoredoscontos.blogspot.com.br/
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Mari152 09/06/2014

Todo escrito sobre os Campos de Concentração é inevitavelmente permeado de horror, abjeção, vicissitude do que gostaríamos de acreditar como humanidade. A trama de Primo Levi não seria diferente, mas acrescenta um poder de análise racional das rotinas, dos processos de adaptação à desgraça interminável, da mecânica dos comportamentos dos prisioneiros, do sistema de desmantelamento humano perpetrado pelo Nazismo, de forma a tornar sua leitura, infelizmente, absolutamente necessária.
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Monique 13/02/2014

É Isto um Homem - Resenha Monique Brasil
O livro é um relato das experiências do autor no Campo de Concentração Auschwitz, onde permaneceu como prisioneiro judeu por quase um ano. O que torna o livro excepcional é o seu tema: a constante busca em definir o que é o homem.

Na massificação e desumanização sofridas nos campos de concentração, os prisioneiros que sobrevivem e tornam-se trabalhadores perdem os seus valores intrínsecos e são tratados como coisas, meros objetos de trabalho.

Esse processo de desumanização inicia-se com o recebimento dos números de entrada no campo que passam a substituir os seus nomes. Ele se agrava com a crueldade entre os próprios prisioneiros que se subdividem de acordo com as suas especializações dentro do campo, existindo o grupo dos favorecidos e o dos "muçulmanos". A crueldade é ainda maior entre os judeus que conseguiram altas posições na estrutura do campo, por causa do medo de serem substituídos.

As preocupações mais latentes, como a fome e o frio, substituem as interações humanas e as reflexões internas. Ninguém mais pensa no passado ou no futuro. O mais importante é o que se comerá hoje. Os conceitos de certo e errado também perdem o seu valor, quando a sobrevivência é o que está em jogo.

Levi além de descrever a sua história, relata a história de alguns companheiros e os seus processos de adaptação que necessariamente os levaram a serem frios e calculistas. Os sobreviventes só resistiram porque perderam grande parte da sua humanidade e contribuíram com o sistema de opressão.

Alguns questionamentos/pensamentos gerados pelo livro:

O grupo que sofreu o maior preconceito é o que mais severamente reproduziu a humilhação para as pessoas que considera inferiores a si. Ao invés de compreenderem a injustiça e lutarem contra ela, os oprimidos buscam um ser inferior na cadeia alimentar para repassar os maus tratos e se sentirem melhores e de certa forma vingados. Essa atitude ainda é reproduzida com o estado de Israel e os palestinos.

O funcionamento dos campos de concentração só foi possível com o emprego de prisioneiros em setores chaves, estratificados entre si. Os SS só supervisionavam. Sendo assim, os prisioneiros contribuíam para a manutenção de seu cárcere, por algumas regalias e uma ração de comida a mais, mesmo sabendo que o fim de todos era a morte certa. A desumanização do campo serviu para deteriorar a resistência individual e coletiva e assim manter o aparato repressor a partir da criação de uma hierarquia interna.

Se o extermínio era certo, por que contribuir com o sistema? Por que não morrer com dignidade? Por que ser cruel com pessoas que estão na mesma infeliz situação? Será mesmo que uma vida desonesta vale mais do que uma morte honrosa? Para o autor, isso só foi possível porque os nazistas foram bem sucedidos em sua obra de extermínio que nem os selecionados escaparam. Os prisioneiros já não eram mais humanos e sim coisas.
LivreiroFabio 31/03/2014minha estante
Sua resenha mostrou o ponto que mais me chamou a atenção. Tem-se a impressão que todos os prisioneiros estavam na mesma inércia de Levi, quando na verdade grande parte desses funcionários do campo estão sempre calculando cada passo e cada vantagem obtida - um pedaço de pão, algum pano remendado, o lema parecia: conseguir mais, sempre.


Davi.Rezende 29/11/2017minha estante
Ótimo comentário!

"O grupo que sofreu o maior preconceito é o que mais severamente reproduziu a humilhação para as pessoas que considera inferiores a si. Ao invés de compreenderem a injustiça e lutarem contra ela, os oprimidos buscam um ser inferior na cadeia alimentar para repassar os maus tratos e se sentirem melhores e de certa forma vingados. Essa atitude ainda é reproduzida com o estado de Israel e os palestinos."

Não sei se Israel faz a mesma coisa. Até um tempo atrás cheguei a acreditar nisso, depois percebi que eu estava sendo enganado pela imprensa nojenta esquerdista. Mas a primeira parte desse trecho reflete não apenas a condição dos prisioneiros, mas a índole humana mesmo. Esse padrão, como vc percebeu, mas talvez tenha escolhido um mau exemplo, se repete constantemente nos mais variados campos da vida e sociedade. É da essência humana um extremo egoísmo, vaidade e, em decorrência, uma natural vingança sistemática, mesmo que contra inocentes. Existe todo um contexto psicológico por trás disso.

"Se o extermínio era certo, por que contribuir com o sistema? Por que não morrer com dignidade? Por que ser cruel com pessoas que estão na mesma infeliz situação? Será mesmo que uma vida desonesta vale mais do que uma morte honrosa? Para o autor, isso só foi possível porque os nazistas foram bem sucedidos em sua obra de extermínio que nem os selecionados escaparam. Os prisioneiros já não eram mais humanos e sim coisas."

Vai de acordo com o que eu expliquei aí em cima.

Não li o livro, mas parece interessante. Valeu!




jéssica 20/01/2014

Muito bom
Melhor livro sobre o Holocausto já lido!!!
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Flora 02/10/2013

Um livro que interessa a todos que queiram entender um pouco mais sobre a natureza humana
Recomendo. Adoro ler essas histórias que são verdade e que parecem ficção de tão absurdas. Eu fico imaginando "Caramba, depois disso tudo, ele vai sair vivo! Não é um personagem de outro mundo, não é um ator, é uma pessoa de verdade!". Penso também nas reflexões que o livro propõe, nas comparações com a Divina Comédia e no que realmente faz o ser humano ser o que ele é. Percebo que às vezes existem detalhes 'bobos', que já naturalizamos como parte da nossa identidade, mas que são de extrema importância. E, fico pensando também no jornalismo, no quanto o relato de uma pessoa é valioso, no quanto a verdade pode ser difícil de ser dita, mas necessária.
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Jeff 15/09/2013

Testemunho pungente do autor sobrevivente dos campos de concentração nazistas. Primo Levi faz um relato dos horrores de uma tragédia que atingiu milhões de pessoas. Livre de sentimentalismos, o grande mérito desse livro único é relatar de maneira lúcida e objetiva (não sem emocionar) a catástrofe que se abateu sobre o narrador. Imagina-se o quanto deve ser difícil escrever tão bem sobre algo tão difícil. A estrutura do livro por vezes se fragmenta - mas é coerente com um relato que mistura subjetivismo e racionalizações diversas sobre a maldade, a luta pela sobrevivência, a teoria da evolução e motivações psicológicas e sociais que justificariam o que os alemães fizeram nos campos de concentração. É surpreendente também perceber que o texto não demonstra rancor ou ódio do narrador - o que seria justificável. O homem, segundo Levi, é esse mesmo capaz de extremos como matar outro homem ou suportar tamanho sofrimento sem negociar seus princípios. No caso dos sobrevivente, foram reduzidos nos campos à massa informe e esquálida, irreconhecível como homem. Não é mais um homem aquele que divide sua cama com um cadáver ou que briga por uma ração de pão. A pergunta primordial de Auschwitz ficou sendo esta "é isto um homem?".

site: http://www.morasha.com.br/edicoes/ed41/primo.asp
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Gustavo Araujo 24/06/2013

É Isto um Livro?
Dizem que o italiano Primo Levi (Turim, 31 de julho de 1919 — Turim, 11 de abril de 1987)começou a escrever “É Isto Um Homem?” de trás para frente, ou melhor, que iniciou seu relato sobre os onze meses que passou em Auschwitz abordando os últimos dez dias no campo.

Dá para imaginar o motivo. Levi fora deixado na enfermaria juntamente com cerca de 800 outros prisioneiros, considerados fracos demais para a marcha de evacuação rumo a outros campos por causa da aproximação dos russos em janeiro de 1945, um destino que acabaria ceifando a vida de praticamente todos aqueles obrigados a enfrentá-la.

Esses dez dias no campo abandonado resultaram na mais completa degradação moral, física e humana e, exatamente por isso, representam o que há de mais pungente no relato. Refletem a redução do homem às condições mais básicas de sobrevivência, quase instintiva, e sem concessões à qualquer tipo de esperança.

No entanto, era necessário falar também do que ocorreu antes. Para tanto, Levi toma o leitor como cúmplice, conduzindo-nos aos dias que levaram à sua detenção no campo provisório instalado pelos nazistas próximo a Modena, no norte italiano. Lá, mostra-nos a angústia das famílias detidas que, àquela época, já sabiam perfeitamente o que lhes aguardava, mas mesmo assim continuavam comemorando aniversários e deixando a roupa das crianças secando nas cercas de arame farpado duplo.

Levi nos joga com violência na atmosfera sufocante dos trens com destino à Polônia e divide conosco a angústia entre ser selecionado para algum trabalho ou marchar diretamente para as câmaras de gás em Birkenau. Com uma pontada de alívio – nunca esperança, reforce-se – acompanhamos a maneira como Levi aprende a sobreviver no campo de trabalho de Monowitz, para onde foi destacado.

Com habilidade, confidencia-nos o martírio da vida entre reses descartáveis, para quem a morte era o destino evidente em pouco tempo. Com ele aprendemos as regras, sussurradas entre o frio e as péssimas condições de trabalho.

Tirar o chapéu, responder “jawohl” sempre que perguntado, enganar os outros prisioneiros, conseguir uma colher. Comer seu próprio pão e batatas e, se possível, roubar o do companheiro ao lado. Entender a hierarquia dos presos, aprender as regras do comércio envolvendo pães, panelas, cigarros. Respeitar os políticos, os assassinos, os proeminentes, os kapos e os chefes de barracão. Compreender, o mais cedo possível, que jamais que haverá uma saída, que não há espaço para condescendência, para respeito por si próprio ou pelos outros. Acostumar-se com o frio, com a lama, com os calçados de madeira. Perder a própria identidade e chamar-se por um número.

Qual o segredo para sobreviver? Levi nunca aborda o assunto por tal perspectiva. Vive um dia depois do outro, apenas. Nem mesmo quando é destinado à enfermaria, o ka-be, ou para trabalhar como químico no laboratório ele se permite pensar na existência de um mundo exterior, ou na ideia de que um dia fora um homem livre. Tem noção de sua aparência degradante, de sua cabeça raspada, o rosto encovado, os olhos fundos, suas costelas aparentes.

Ensina, porém, que assim como não existe a felicidade completa, também a infelicidade completa é irrealizável. Essa ideia o conduz à aceitação de seu destino de maneira estoica – e também heroica, por que não? – sem os questionamentos de ordem filosófica de Remarque, mas ainda assim nos fazendo pensar: se a morte é o limite para cada alegria, também o é para a mais profunda tristeza.

Muito mais do que um livro, "É Isto Um Homem?" traduz-se em um monumento à dignidade - ainda que de forma indireta - a constatação de que mesmo em meio ao horror, ou talvez por causa dele, é possível descobrir o que nos torna humanos.
Gabriela.Forjaz 30/09/2016minha estante
Foi dos melhores resumos do livro que li até agora. Um bem haja




Lanica0474 02/06/2013

É isto um Homen? - Publicado em 1947
O escritor Primo Levi narra os momentos funestos, degradantes, vividos como prisioneiro judeu num campo d concentração nazista. Detido pela milícia fascista, em dezembro de 1943, onde declarou ser "cidadão italiano de raça judia"' imaginando que assim justificaria sua presença num local tão esquisito, ele pertencia a um grupo de resistência anti-nazista, mas está declaração fez que logo fosse enviado para um campo de concentração perto de Auschwitz.
O interessante deste livro é que como o mesmo autor escreve, não foi feito para fazer novas denúncias das atrocidades cometidas pelos nazistas, mas antes fornecer documentos de estudo de certos aspectos da alma humana
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