Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Afranio.Colussi 13/04/2021

O Triste Fim de Policarpo Quarema
Major Quaresma, um indivíduo um tanto, peculiar, leitor e extremamente nacionalista, que é o protagonista dessa obra, considerada um clássico do Pré-Modernismo. A história se passa no Rio de Janeiro, no final do século XIX, e conta que o Major é um funcionário público, que possui uma biblioteca repleta de obras, onde passa a maior parte da sua vida em isolamento, e que neste local, ele desenvolveu seu pensamento nacionalista, após longos anos de leituras e estudos sobre o Brasil e sua história.
Quaresma entende que ele dever lutar para preservar a verdadeira essência do Brasil, então ele passa a defender que os índios são os verdadeiros Brasileiros, que o Tupi Guarani é a língua oficial do país (Quaresma estava tão centrado neste ponto, que envia uma requisição ao ministro, para que o idioma oficial do país fosse alterado, e claro que isso desencadeia situações que são observadas ao decorrer da leitura). Logo após isto, Quaresma passa a ser considerado louco e é encaminhado para internação em um hospício, porém, seu pensamento nacionalista se fortifica, e passa a se tornar ainda mais extremista quanto a sua visão “patriótica”.
Ao observar as situações que Quaresma se depara, entende-se que, apesar de todo o nacionalismo, toda a devoção e paixão, o que sobra de tanto extremismo é a frustração, a decepção e a solidão, pois toda sua dedicação em um prol se resulta em um enorme fracasso.
O livro é uma obra com uma excelente construção, que nos traz a vontade de continuar lendo, para entender o que virá a seguir. Além disso o narrador do livro é em terceira pessoa, fazendo com que não haja opinião explícita, dando liberdade para o leitor compreender da forma como for. O Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma leitura madura, de certa forma cômica, mas que passa diversas observações, críticas sociais, burocracia, corrupção, referências históricas, etc.
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Vivianne19 13/04/2021

Triste e ruim!!
O livro começa até que bom, sempre gostei de ler sobre como era o Rio de Janeiro no século XIX e início de XX, mas depois dali só decadência.
O patriotismo de Quaresma é doentio a ponto de afetar sua saúde e sua vida social. Os personagens secundários são bem trabalhados, mas esperava um desfecho bem mais elaborado. Os dois que merecem total destaque são Ricardo e Olga, mesmo que essa última não teve também continuação de sua força e independência (mas entendo que naquela época, o que ela fez já era muito).
Sempre haverá um triste fim para quem fanatiza demais certas coisas, principalmente com decepções acerca daquilo que imaginou e não era realmente aquilo na verdade. O triste fim era esperado, mas o fim em si foi ridículo.
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Tiago 12/04/2021

Viver brasileiramente o Brasil
Viver brasileiramente o Brasil: era isso o que buscava Policarpo Quaresma, esse personagem quixotesco de Lima Barreto. Publicado em fascículos em 1911 e tido pela principal obra de Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma tem por protagonista um personagem quixotesco, que buscava com certa convicção delirante viver brasileiramente o Brasil: envia ao presidente uma petição para que se institua como a língua oficial do Brasil o tupi-guarani, cumprimenta seus conhecidos não com aperto de mãos, mas com choro e lágrimas, como os tupinambás e prefere violão ao piano porque este é menos brasileiro que aquele.

O traço cômico e até ácido de Lima Barreto no romance tem raízes na crítica à cultura estrangeirista que encontramos no Brasil. Como um país colonizado por Europeus, é consequente que haja influências estrangeiras na cultura e organização social, entretanto, diante de uma antecipação modernista, Lima Barreto com o romance preocupa-se com o que há no Brasil que daqui possa ser originalmente extraído. Sergio Buarque de Holanda nomeia de bovarismo essa inconformidade com a própria realidade que tem por ânsia buscar fora uma outra. O bovarismo toma Madame Bovary, a personagem de Flaubert, que é uma mulher que sonha e perde-se em uma realidade a qual não lhe pertence, como uma figura que ilustra o caráter de um estrangeirismo acentuadamente brasileiro.

Há diversas formas de ler um grande livro e em cada um delas é possível encontrar novas questões. Triste Fim é um livro de popular indicação para leitura no percurso colegial brasileiro. Eu o li no ensino médio pela primeira vez e muito pouco tomei de reflexões, que voltavam-se muito mais para o estudo dos períodos da literatura brasileira. Hoje não apenas este, mas outras obras de Lima Barreto podem ser lidas com um olhar que tragam apontamentos para questões bastante contemporâneas. Enquanto escritor negro, nascido poucos anos antes da Lei Áurea, da qual escreve um pequeno relato próximo a um estilo confessional, de crônica e de diário a respeito de sua experiência diante dos efeitos sociais da Lei Áurea, Lima Barreto acentua em seus romances a cor de seus personagens e os efeitos do racismo sobre eles; o caráter ufanista de Policarpo, embora caricato, muito diz de nossos tempos de hoje, tomados por um governo que tem por lema “Brasil acima de tudo” ao mesmo tempo que idolatra uma bandeira norte-americana.

Alimentado por um ideal romântico pelo país, Policarpo buscava extrair do Brasil a sua brasilidade. Na língua, na terra e na política. O livro é dividido em três partes, e em todas as três há um fim triste para seu protagonista em cada uma de suas empreitadas.
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Ana 12/04/2021

"É bom pensar, sonhar consola. Consola, talvez; mas faz-nos diferentes dos outros, cava abismos entre os homens... (...) Ninguém compreende o que quero, ninguém deseja penetrar e sentir; passo por doido, tolo, maníaco e a vida se vai fazendo inexoravelmente com a sua brutalidade e fealdade"
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Waguinho 11/04/2021

Triste fim de Policarpo Quaresma
O triste fim de Policarpo Quaresma é uma obra divertida, interessante. Quaresma é uma patriota dos sonhos, liderada por um Brasil acolhedor e amigável, um lugar de fartura, relaxamento e compreensão. Ele sonha em fazer uma reforma nacional e seu objetivo é "despertar sua cidade natal acamada, desconsiderar seu potencial e levá-lo ao lugar onde ele merece o maior país do mundo". Mas a realidade que ele descobriu é outra questão. Um país que não é amigo nem acolhedor. Pelo contrário, desolado, cruel e opressor. Seu entusiasmo pela língua tupi era tão grande que, em um momento de distração, ele reescreveu um memorando na língua nativa. Este fato fez seus superiores pensarem que ele subestimou seus talentos e o mandou para casa sem desprezo. Quaresma caiu em um hospício por causa de seu sonho patriótico. Isso destaca a distância entre o sonho e a realidade, critica o idealismo insignificante e desconstrói a mitologia romântica do Brasil superior.A narrativa de Lima Barreto é ótima, porque o romance transmite uma impressão forte da realidade, e a escrita é concisa e não atrapalha a leitura.
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Higor.Abel 09/04/2021

O triste fim de Policarpo Quaresma
Um breve resumo sobre a obra: O romance de Policarpo Quaresma conta sobre um funcionário público que pretende valorizar a cultura do país. A história começa no final do século XIX, e o local onde se passa é na cidade do Rio de Janeiro, onde Quaresma foi subsecretário do Ministro de guerra. Uma de suas ações é recomendar ao ministro que o tupi seja reconhecido com língua nacional.
Policarpo tem uma postura fortemente nacionalista, segundo ele, os índios são realmente brasileiros. Após este incidente, Quaresma foi considerado maluco e ficou algum tempo internado. Durante esse período Olga, o compadre de quaresma e o professor de violão, Ricardo Coração dos Outros, que acreditam em suas ideias, são os únicos a visita-lo. Após deixar o hospital psiquiátrico, ele decidiu deixar a sociedade e viver na fazenda. Este local é localizado no interior da cidade de Curuzu e se chama “Sítio do Sossego”.
Embora as suas sugestões iniciais estivessem relacionadas com a agricultura, com o tempo Quaresma começou a conviver com algumas pessoas. Desde então ele começou a negociar com vários políticos locais.
Durante a Revolta Armada, ele foi ao Rio de Janeiro apoiar o governo do Marechal Floriano no enfrentamento da Marinha do país. Porém ele acabou sendo preso.
Quaresma, desiludido com a falta de patriotismo do povo, encontrou na figura do presidente um totalitário, cruel e ditador. Marechal Floriano o acusou de traição, e ainda mandou prender Policarpo Quaresma, logo em seguida o condenou ao fuzilamento.
Análise sobre o livro O triste fim de Policarpo Quaresma: Inserida nos primeiros anos da república no país, a obra analisou a sociedade brasileira da época, e a maior crítica recai na esfera política.
Lima Barreto usou um tom profético para resolver problemas como injustiças sociais, clientelismo, burocracia e interesses pessoais e políticos. Por meio do nacionalismo intensificado e da postura ingênua e idealista do protagonista, o autor levanta a questão da condenação social.
Em algumas passagens, cores de ironia e comédia usadas como recursos estilísticos podem ser identificadas. Floriano Peixoto é uma pessoa real na história do país, e essa pessoa dá maior precisão aos fatos relatados.
Além disso, algumas guerras reais foram mencionadas. Um exemplo pode ser dado: a Revolta Armada, a Guerra do Paraguai e a Revolução Federalista.
Contexto histórico: O contexto histórico de uma obra indica a época da história por meio de circunstâncias ou fatos. Esses sinais podem ocorrer por meio de condições políticas, sociais, culturais e econômicas.
O triste fim de Policarpo Quaresma conta uma história ocorrida no governo de Marechal Floriano Peixoto entre 1891 e 1894. Por exemplo o autor citou o Levante da Armada, que foi organizado pela Marinha do Brasil contra os dois primeiros governos republicanos no Brasil, que cada vez mais mostrava características da ditadura: primeiro o governo do Marechal Deodoro da Fonseca, depois o governo de Marechal Floriano Peixoto.
Além do contexto histórico do livro ter como base o governo ditatorial de Floriano Peixoto, o autor também levantou algumas questões sociais da época como por exemplo, troca de favores políticos, as injustiças sociais e a burocracia.
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rafa_._cardoso 08/04/2021

Excelente leitura e edição
O livro se passa no Brasil pós início da República e mostra pontos de vista divergentes quanto ao caminho que o país deve tomar.

Em meio ao turbilhão de acontecimentos políticos, há o major Policarpo Quaresma, nacionalista genuíno.

Mesmo consumindo tudo quanto é artigo estrangeiro, quaresma (que de Major tem só o título por costume) se autodeclara o bastião dos tradicionais costumes brasileiros.

Daí dá-se a tocar (tentar) violão, aprender as tradições tupi, arar e plantar na terra "que tudo dá" etc.

O final, como bem diz o nome do livro, é triste, mas vale muito a leitura, principalmente nessa edição da Antofágica, que tem ilustrações muito bonitas, notas que axuliam (e muito) na contextualização, além de ensaios sobre o autor e suas obras.
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Camila.Santana 08/04/2021

Mais um pra conta ?
No começo eu achei divertido essa visão patriota dele mas com isso ele acabou vivendo experiências frustrantes e por conta disso se leva ao desfecho final , e velho no livro que eu comprei tem 200 páginas e pelo Scooby tem 263 eu acho ,e agr realmente estou com medo de não ter terminado daquele jeito .
Nicole886 22/04/2021minha estante
O número de páginas varia com as edições, as vezes a fonte muda ou até mesmo palavras ai fica diferente, tem edições que tem agradecimentos outras não ou até uns que começam com relatos de gente que leu o livro


Camila.Santana 23/04/2021minha estante
Puts entendi , obrigada amiga




stigmasg 07/04/2021

Bom
No começo achei chato, foi difícil continuar a leitura mas tem muitas partes interessantes, faz boas críticas.
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matheustir 04/04/2021

Mais pensamento e menos Fla x Flus
O triste fim de policarpo Quaresma aborda com sutileza e maestria, a partir de uma história cotidiana e atemporal, como a sociedade brasileira é movida por paixões. Essa ideia torna-se mais límpida com a leitura da obra, que tenta abrir os olhos do leitor aos danos, individuais e coletivos, causados por esse comportamento. Em tempos sombrios, de paixões acaloradas e "Fla x Flus" políticos esse livro é um tijolo fundamental na construção de bases mais sólidas, tão necessárias para a sociedade brasileira.
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Fernanda Taniz 01/04/2021

Gostoso de ler e várias reflexões sobre o que o autor quis mostrar. Em algumas partes eu me perdia na leitura, acredito que seja características do autor, no outro livro dele aconteceu também.
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