Resenhas - A História Secreta

Amywho 22/09/2024

Não é uma leitura fácil, o final foi ríspido e combinou perfeitamente com o tom do livro. Eu acho que no livro podemos ver o quanto o Richard carrega aqueles acontecimentos com ele, durante o livro ele diz que é estranho se lembrar de algumas coisas, mas eu acho que é subconscientemente ele tentando se apegar o que foi o único momento da vida dele que é marcante.

Luíza 23/09/2024

Meu amor por esse livro é do mesmo tamanho da vontade de viver que ele me tirou

eu saí dessa leitura bem perturbada mas passo bem ???? que venham mais livros favoritos com protagonistas problemáticos que eu amo apesar de tudo

Martins 26/09/2024

História Secreta - Donna Tartt
Confesso que comecei a ler o livro por total influência do tiktok e do universo Dark academia. É um livro muito interessante em termos de sua estrutura e principalmente ambientação, ele te faz se sentir extremamente inteligente ao inserir tantas citações e menções a clássicos da literatura e história. Donna Tartt consegue apresentar a vida de 6 alunos de grego de uma forma simples porém extremamente aprofundada de uma maneira natural, no ritmo que conhecemos uma pessoa na vida real. Ela sabe criar o suspense mesmo nos contando o que acontecerá no livro na primeira página (porém não se deixe enganar com essa revelação) Gostaria de deixar claro aqui que o último capítulo para mim foi muito difícil de ler pois ele parece não ir a lugar algum até chegar no final e ele abalar nossas estruturas. O livro muitas vezes parece caminhar sem direção após acontecimentos marcantes e acho que isso é proposital, todas as vezes que a vida dos personagens é comovida por algum acontecimento trágico o livro entra em uma espiral sem objetivo e volta para o centro quando outra tragédia acontece.
No geral achei um livro interessante, não diria que é o melhor livro de todos, eu achei If We Were Villains bem mais interessante e impactante porém não descarto elogios sobre a experiência de ler este livro.
Sobre os personagens gostaria de deixar claro aqui que o Richard é um personagem muito complexo e muito bem construído, ele é um grande mistério para mim e eu amei seu personagem. Já Camilla me decepcionou até sua última fala e esperava mais dela. Francis é incompreensível e triste e sinto sua eterna dor.

bnaylaaf 27/09/2024

Umas páginas a menos e seria bem melhor
Eu nunca fui o tipo de pessoa chata, esse tipo específico de pessoa chata, pelo menos, que reclama muito de cenas inúteis. Isso ocorreu praticamente só duas vezes na minha vida, tanto que me lembro bem das duas, e a segunda foi essa.
O problema é principalmente a inconstância. Algumas cenas são bem interessantes, eu gosto do humor, acho os personagens (uma minoria, mas ainda assim) igualmente interessantes, mas entre elas tem um conjunto de cenas muito sem sentido.
Eu aceito os parágrafos viajando na maionese, aceito os focados em construção de cenário, mas, mesmo retirando esses momentos, sobre uma quantidade absurda de cenas que não têm nenhum motivo para existir. Não acrescentam nada, em sua maioria, nem ao clima do livro, nem à construção dos personagens, nem à construção do protagonista.
Eu gosto do cenário, gosto desse tipo de narrativa que acompanha o definhar dos personagens, mas o tamanho do livro destoa muito do tamanho de páginas realmente memoráveis.
Fora isso, eu também tenho uma opinião meio mista sobre os personagens. Gosto de como o Henry é escrito, gosto de como ele é o personagem mais "cinzento" do livro, de como ele faz absurdos e não é próximo da maioria dos personagens, mas ao mesmo tempo é muito leal aos pouquíssimos que ele de fato gosta. Ele é de fato muito interessante de acompanhar, provavelmente o meu favorito entre os principais.
O Julian também é interessante, mas a impressão que o livro deixa é mais uma promessa do que qualquer outra coisa, meio "esse personagem aqui, se vocês pudessem conhecer ele, vocês veriam como ele é profundo, mas só se vocês conhecessem, por enquanto não, fica aí na expectativa".
Os gêmeos são interessantes de acompanhar também, queria ter visto mais da Camilla, o que não foi possível pelo fato do livro ser narrado pelo Richard e ele falar como ela parece um anjo, uma estátua, um fantasma, uma deusa, sabe-se lá o quê em todas as vezes em que ela aparece.
O Francis é um querido. Não muito profundo, mas é um querido.
O Bunny é muito interessante também, embora a narração do Richard seja um pouco injusta com ele em comparação a dos outros personagens. Ele é péssimo em muitos pontos, mas a maior parte do grupinho consegue ser bem pior que ele.
No mais, não é como se eu me arrependesse de ter lido o livro, só não achei tão bom quanto parecia prometer.

cl.Ingrid 28/09/2024

Queria meu tempo de volta
A história começou muito bem e até a metade do livro eu estava gostando, criando muitas teorias e super envolvida com os personagens, mas simplesmente chega um momento desse livro que você não aguenta mais essa história.
Os personagens são INSUPORTÁVEIS, principalmente o Richard (narrador) mas até aqui tudo bem, o grande problema é que a escrita fica extremamente chata, arrastada, cheia de informações e descrições desnecessárias (sobre isso, eu queria enfatizar que eu não sei dizer quantas vezes eu li que o Richard usou drogas, dormiu por horas e acordou com alguém batendo em sua porta, juro, eu devo ter lido essa frase umas 100x, no mínimo).
A leitura se torna tão chata que ao final do livro você tá pouco se importando com os personagens.
Como se fôssemos vilões é MUITO superior, entregou a estética dark academia, romance DE VERDADE e plot de qualidade. Esse livro aqui não entregou nada, queria meu tempo de volta.

Say 03/10/2024

Nada me fará gostar do Charles!
Demorei algum tempo para ler o livro, mas posso dizer que adorei cada minuto dele, mesmo as partes mais monótonas que achei que me entediariam, o livro é bastante profundo em algumas questões que nos deixa querendo saber mais, mas como estamos partindo do princípio de visão do Richard, algumas coisas se tornam limitadas, eu AMARIA poder ler esse livro na visão da Camila.
Cada um dos personagens são intrigantes e bastante complexos, ao mesmo tempo que é difícil discernir o que sentir sobre eles, já que a narração não é imparcial ou totalmente confiável. Confesso que consegui sentir muita raiva do Charles do meio para o final, principalmente sobre as questões com a Camila em si.
A morte do Bunny é uma situação complicada, ao mesmo tempo que a narração nos leva pelas piores opiniões dele e suas características mais ridículas e imorais, também somos encarados pela esperança de que ele poderia mudar e possuir um incrível futuro, acompanhar os cinco em uma espécie de seita que é o curso extremamente restrito e manipulador de grego e no dia a dia na universidade de Hampden foi uma ótima companhia.
E por último gostaria de dizer que algumas coisas jamais vão sair da minha cabeça sobre esse livro, eu amo o Francis e acho que ele merecia muito mais, assim como a própria Camila.
Amei o livro

Livia 06/10/2024

Um bom amontoado de nada
Páginas e mais página de nada. Personagens chatos, protagonista terrível, conta uma história real de sua vida em um momento memorável, mas onde nada realmente emocionante aconteceu, pelo menos com suas descrições. Não consegui me apegar a nenhum deles, o Richard é um chato, nenhum deles são amigos de verdade, em quase 600 páginas, no final, não os conhecemos. Eles são jovens adultos, a única coisa que fazem é ler e serem entediantes. Até planejando um assassinato eles são chatos. Terrível, apesar das excelentes descrições, que são a melhor parte, apesar de se tornarem maçantes em alguns momentos.

amanda 12/10/2024

No início eu fiquei obcecada, alucinada com esse livro, literalmente não conseguia largar, mas depois do enterro do bunny acredito que tenha ficado maçante, visto que não acontece mais nada e o final foi bem sólido? achei condizente com o tom do livro mas acho que eu esperava mais, principalmente pela outra metade do livro, que é completamente intrigante e sufocante, gostei muito dessa atmosfera que a autora criou, muito foda, os personagens são tão desprezíveis e bizarros, não dava para confiar em nenhum, narrativa muito única e infeliz.

Isabella Silva 13/10/2024

“Forgive me, for all the things I did but mostly for the ones that I did not.”
Richard Papen não possui muito; na verdade, ele não possui nada além de uma fascinação pelo incomum, pelo excêntrico, pelo peculiar. Vindo de uma cidade pacata no deserto da Califórnia e desesperado para escapar de sua realidade modesta na casa dos pais, ele se matricula na Universidade de Hampden, em Vermont. Lá, as folhas caem no outono, a neve cobre os degraus das casa no inverno e, acima de tudo, está do outro lado do país.
Através de sua visão, nem sempre confiável, Papen nos apresenta seu mais novo grupo de amigos: uma turma abastada de estudos clássicos e grego que, à primeira vista, parece normal. Porém, entre rituais, jantares e festas em castelos, uma série de crimes começa a desestabilizar não apenas a frágil amizade do grupo, mas também a sanidade de cada um deles.
Essa foi a minha melhor leitura de 2024, histórias que são contadas por um narrador claramente não confiável alugam um triplex na minha cabeça. Além disso, a leitura me lembrou muito as questões morais de "Crime e Castigo" do Dostoiévski (obra bastante citada no livro também).

hermès. 19/10/2024

Que coisa né
Aconteceu comigo uma vez





(livro tão bom que eu literalmente chorei quando cheguei no final; acho que odeio todos os personagens)

twicereja 19/10/2024

"É terrível descobrir, na infância, que o indivíduo vive isolado do mundo inteiro, que ninguém e mais nada pode sofrer a dor da sua língua queimada ou joelho ralado, que os sofrimentos e pesares pertencem apenas a cada um. Mais terrível ainda, quando crescemos, é aprender que nenhuma pessoa, por mais que nos ame, pode nos compreender verdadeiramente."

Mariana113 20/10/2024

Viver sem pensar
Por toda a fama que esse livro tem, eu esperava mais.
O desenvolvimento é extremamente lendo e o jeito q o Richard é ferrado da cabeça e a leitura parece se desenrolar na ressaca que ele fica depois de ficar doido, misericórdia cara. Tortura psicológica.

Teve seus momentos de brilhar? Teve.
Ficou melhor dos 70% pra frente? Sim.Mas fazer o que.

Aulas de grego, latim ou literatura em si faz a gente ter umas reflexões muito boas também.

MAS todos eles são MALUCOS. Uns mais q outros.

Mas a sinopse faz mercham de uma coisa que aconteceu, tipo, fora do conhecimento do narrador então a gente só descobre sobre ela (lá pros 40% se nn me engano) muito depois e só por cima.

Ou seja, o que chama a atenção (é o fato deles fazerem rituais para o Dionísio, escondidos do Richard; os segredos que cada personagem guardam sobre eles mesmos e as coisas que sabem sobre os outros; todo o mistério por trás do Julian, das aulas de grego, da sua vida em si e etc) não aparece ou é muito sucinto ou só nos deixa mais curioso e sem respostas.

Outro crime contra minhas expectativas é que me prometeram boilagem e PELO AMOR DE DEUS nem migalhas direito eu recebi. Teve duas ou três cenas EXTREMAMENTE GAYS, mas ainda tinham 200 páginas entre cada uma.

Então o livro se resume ao Richard tentando decidir como se sentir em relação a vida caótica que ele se meteu e como ele deveria se sentir depois de matar um amigo dele. E os sentimentos dele pelo Francis, o Charles, a Camila e o Henry.

Esse cara era uma galinha mano. E muito pau mandado também. Meu pai, quanta humilhação.

Mas acho que alguns livros temos que dar uma chance, então leiam pela curiosidade e para tirarem suas próprias conclusões também ???

tha_rbrandao 23/10/2024

Paganismo, assassinatos e outras coisas
Terminei o livro ontem -, e apesar de ter esperado mais, algo que venho tentando identificar e por em palavras, algo que invariavelmente me faltam - o livro vem me perturbando como uma assombração.

Fico repetindo as cenas na minha cabeça, refletindo sobre as escolhas dos personagens - precisavam ir tão longe? - e sobre o declínio que ocorre após o fatídico assassinato, e quanto mais penso, mais a história cresce em mim com um fascínio de quem assiste no noticiário sobre um crime terrível e fica impressionado, revisando os detalhes.

Gostei muito de como Donna Tartt cria uma atmosfera densa e tão palpável que é como se eu pudesse sentir o cheiro de papel empoeirado e cigarro, além de personagens tão consistentes em suas próprias características que, por um instante, quase poderia me esquecer que são fictícios, crendo cegamente que os conheço intimamente - e realmente parece que conhecemos cada um dos seis estudantes de grego como amigos de longa data.

Richard é um ótimo narrador, mas minha afeição foi completamente conquistada pelo Frances, que é um querido, e pela Judy, que é icônica. Quanto ao restante, os acho atraentemente perturbados.

Dou 4 estrelas porque senti que a história (que na realidade é bem simples) poderia ser enxugada, sem os tantos excessos que não contribuem muito para o eixo central da narrativa. Porém, mesmo sendo um pouco arrastado, a escrita de Tartt é maravilhosa, o que torna o saldo final muito positivo.

Bia 29/10/2024

Fui gostar no final
Estava falando com uma amiga e concordamos que esse livro é um porre, mas de alguma forma é bom! Meus principais pontos:

1. O começo é muuuito chato. Na minha opinião, tanto pelo lance do grego, como pela escrita com detalhes exagerados e a falta de personalidade do eu lírico.
2. A partir do assassinato, a trama começa a ficar interessante principalmente pelo absurdo das atitudes dos jovens em relação aos acontecimento e a vida em geral. Por mais que tenha sido chato o começo, ele resulta numa boa construção de universo no qual a trama vai se desenvolvendo.
3. Essa história tinha um potencial de jogar com o erótico de forma super inteligente e interessante. Ao invés disso, passou pelo episódio do bacanal do jeito mais sem graça possível (uma explicação breve do Henry, basicamente o pior cara do grupo pra isso), e o que mais se aproximou desse elemento foi a relação de incesto, que na verdade é um enorme abuso por parte do Charles para com a Camilla. É tão cringe que a gente fica aliviado de não ter mais detalhes sobre!
4. O eu lírico é um personagem muito sem sal. Provavelmente foi intencional da autora, mas o fato de ele sempre ser o último a saber das coisas e de ser incluído nos eventos me irritou muito ao longo da leitura. Depois de acabar eu penso que não poderia ser de outra forma.
5. Eu gostei particularmente da evolução da imagem que o principal tinha do professor. O momento de "epifania", de "desrromantização" dele por conta de sua atitude diante da descoberta de todas as doideras do grupo de amigos foi bem legal.
6. O absurdo dos jovens que constituem o grupo principal do livro também vai ficando cada vez mais evidente, diante dos acontecimentos. Cara, o Henry é doente! Narcisista no mínimo! E todo mundo orbita ao redor dele e é levado pelas atrocidades q ele tá afim de cometer só pq tá entediado com a vida cheia de privilégios dele. Isso aqui foi muito bem construído, e o excesso de detalhes da autora foi justificado.

No geral, é um livro que me cansou mas isso diz mais sobre mim, que to com um ritmo de leitura talvez acelerado demais, do que sobre a obra em si. No fim, as características da narrativa revelam seu papel, assim como os elementos trazidos ao longo das páginas, e a obra se revela por completo.

Camila Oliveira 31/10/2024

Suspense interessante
Confesso que esperava muito mais pelas avaliações, mas também estava em um momento que não estava conseguindo ler muito, ficou bem arrastado para mim. É um livro grande e denso, precisa de um esforço no inicio porque tem muito contexto do grego, mas a história em si é bem legal! Desenvolve bem, os personagens são muito bem construídos e consegui entender os seus sentimentos. Se quiser sair da zona de conforto, esse é o livro.