Julio.Argibay 23/05/2022
A ilha
Eduardo Prendick é um sobrevivente do naufrágio do navio Senhora Altiva, mas foi resgatado pelos tripulantes de uma chalupa. No passado ele foi um estudante de medicina na Inglaterra. A chalupa foi fretada pelo médico Montgomery, que transportava alguns animais no barco para uma ilha isolada. Dentre os animais, destacam-se vários cachorros, um jaguar, dentre outros. Há uma figura com características bem diferentes a bordo, com focinho preto, taciturno, orelhas pontudas e olhos luminosos na escuridão, como de um animal, mas é o criado de Montgomery e se chama M?ling. Após alguma confusão a bordo e com um capitão alcoolizado eles desembarcam na ilha misteriosa. Nela Prendick logo observa alguns seres extraordinários, disformes, olhos singulares e esquivos. Em seguida ele é apresentado ao Doutor Moreau, um pesquisador inglês polêmico, que ele já havia visto antes, há muito tempo atrás. Já alojado, Prendick ouve gritos de dor de algum animal no recinto ao lado do quarto onde foi instalado. Ele fica tão agoniado que foge dos gritos dilacerantes do animal que sofre, resultado dos procedimentos do doutor. Então, ele vai explorar a mata próxima. Lá encontra um animal estranho, vestido de azul e ele fica com medo. São criaturas grotescamente humanas, uma mistura de homem e certos animais. Nesta saída furtiva, vários seres estranhos o perseguem à noite, mas ele consegue chegar seguro ao quarto. Prendick pergunta sobre as criaturas vistas a Montgomery. Assustado com o que viu ele tentou sair do quarto, mas é impedido por Moreau. Ele faz ponderações com o doutor sobre a vivisseção humana, transtornado ele foge com medo de também se tornar vítima deles nestas experiências. Montgomery corre atrás dele. No trajeto ele vê homens animalizados, bípedes. Ele encontra a mesma criatura simiesca que ele viu na chalupa quando foi resgatado e os dois voltam juntos. Ele é levado a um local onde outros seres animalescos estão vivendo. Então chegam Moreau e Montgomery e Prendick corre desesperadamente, por meio da mata e segue para a praia. Eles o alcançam e o convencem a voltarem ao abrigo para resolverem a situação. O doutor fala sobre a plasticidade das formas vivas, parte das experiências feitas por ele. Prendick constata o sofrimento e a dor provocados com as atividades desenvolvidas pelo doutor. Há também um controle das ações desses animais através da hipnose e de cirurgia. Também, foi desenvolvido uma espécie de seita entre eles, onde as proibições são repetidas numa espécie de culto. Eles contam sobre os seis caledônios que vieram e morreram na ilha. Várias atrofias são notadas na fisionomia destes seres criados pelo Doutor: mãos, unhas, braços e rostos. Alguns animais mais violentos foram sacrificados no decorrer da experiência. Um coelho é encontrado dilacerado, então percebe-se que algum dos animais descumpriu a lei. Eles não podem se alimentar de outros animais, além de outras proibições. O suspeito é o homem leopardo. Depois de uma reunião com todos os seres, o animal foi morto pois se tornou um perigo para os moradores da ilha. Depois de algum tempo, ocorre um incidente com Moreau quando ele trabalhava com a mulher jaguar. O animal foge e ele vai atrás, seguidos por Mongomery. Confusão, lutas na selva, disparos, mortos, fogueira na praia. Depois do acontecido, os seres foram se animalizando dia a dia. Nenhuma embarcação apareceu neste período. Mas num dia qualquer surge um barco com dois tripulantes mortos que, Prendick aproveitou para sair da ilha e ser resgatado algum tempo depois. Inicialmente, ninguém acreditou em suas estórias. Já estabelecido mas, distante dos homens, crimes e seus tormentos, ele vive de esperança e na solidão. Ponto. Chegamos ao final dessa original estória de superação, angústia e desespero. Gostei? Sim. Tenho a impressão de já ter assistido uma versão desta estória em filme. Haja imaginação para acompanhar tantos seres interessantes e tantas situações absurdas. Fui.