Guerra e Paz

Guerra e Paz Leon Tolstói




Resenhas - Guerra e Paz


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Caio 15/07/2020

Minha primeira resenha.
Guerra e paz é o meu livro favorito. Quando li que Tolstói afirmou que o livro não é apenas um romance, eu concordei sem discutir. De fato, ele é a definição de "Os Livros são alimentos para a alma".

Eu realmente espero que as pessoas tenham uma rica experiência, como eu tive, com esta obra-prima.
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Micky 06/07/2020

Desafiante
O colosso que abriga em sua imensidão guerras, romances, discussões filosóficas, políticas e históricas, mestre Tolstoi não estava pra brincadeira, Stephen King meu autor favorito, tbm indicou em seu sobre a escrita, é intimidante, mas de certo uma das maiores obras da literatura, tantos personagens, tantos nomes complicados kkk, mas personagens muito bem construídos, e gostei muito da considerada feia Maria, mas era de uma beleza interior magnífica! No passado li a morte de Ivan ilitch e gostei, futuramente eu lerei uma enorme coletânea de contos do autor... Até lá, Tolstoi.
mat 06/07/2020minha estante
Anna Kariênina é ótimo Também


Micky 06/07/2020minha estante
Um dia lerei também!


Stephanie.Sarah 06/07/2020minha estante
Sou louca pra ler. Um dia crio coragem...rs


Micky 07/07/2020minha estante
Leia quando tiver tudo tranquilo rs na paz rs




Oré 29/06/2020

Na dúvida, vamos de Anna Karenina...
Pegava o livro, olhava, deixava de lado. Ainda não, vai chegar a hora! Pensava comigo mesmo, me remoendo de ansiedade. E isso se repetiu inúmeras vezes, até que por fim sentindo-me apto, me rendi a epopéia russa de Tolstói. Fui com imensa sede ao pote. Esperava que a grandiosidade e fama da obra fosse diretamente proporcional ao prazer da leitura e me trouxesse um dos livros da vida! Não foi bem assim... O livro tem um enredo aceitável, com críticas pontuais a sociedade burguesa e aristocrática da época, a brutalidade das guerras e conflitos, às limitações dos governantes e os tidos "grandes homens". Ha o enaltecimento ao povo russo (acredito que o grande herói retratado nessa epopéia). Se faz presente a evolução moral e espiritual presente em boa parte dos personagens centrais, comungando com a proposta de universalidade e fraternidade entre os homens. Somos brindados com analises sociológicas e filosóficas levantando o ponto de vista do autor quanto a razão dos conflitos e das agruras retratados na obra (e sinceramente não gostei/concordei/me senti tocado/me levou a vontade de reflexão e-ou contemplação as teorias propostas). Tudo isso já vivi em outras maravilhosas obras, retratado em menos páginas e com enredo mais cativante...
O autor ainda tece sua posição sobre as questões militares, de razões a estratégias sobre as batalhas e o período de guerras retratado; Aqui gostei menos ainda de tudo que foi explanado. Fica chato, maçante, e o autor meio que quer desconstruir tudo relacionado a teoria militar como ciência, como se nada fizesse sentido e como se grandes estrategistas militares fossem apenas forjados pelo acaso e "marketing".
Tolstói é incrível na construção de cenas aqui, e eu via verdadeiras pinturas trazidas por suas palavras, queria que tivesse muito mais disso no livro. Quem dera que casamentos e funerais deixassem de ser descritos em 2 parágrafos e pudessem ocupar as 10 páginas que falam repetidas vezes que a tropa A seria melhor posicionada na estrada X...
Talvez o maior problema com o livro seja justamente sua extensão e sua propria grandiosidade. É fácil se perder em tantos nomes russos de fonetica aparente semelhante (para um leitor lusófono que não manja de russo, pelo menos). É fácil se perder e aborrecer nas divagações grandiloquentes do autor.
Esse é um livro que exige dedicação e comprometimento ímpares (que talvez eu mesmo não tenha tido). Se tiver tempo e esses pré-requisitos, recomendo que se conheça a obra. Só não vá esperando "o livro da sua vida", pra não se decepcionar!

Uma dica, vale comecar a leitura pelo prefácio 2 e caso seja a edição em dois volumes pela Companhia das Letras, ler antes o texto "O porco-espinho e a raposa" presente no livro 2. Eu acredito que teria aproveitado um pouco mais se assim tivesse feito. E o final da obra ficaria imensamente menos anticlimatico!
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Gianny 27/05/2020

Sensacional
Este livro é um espetáculo, com mais de 500 personagens e diferentes histórias entrelaçadas, este é um clássico da literatura russa e não é em vão.
Realmente é um deleite ler livros tão bem escritos como é o caso de Guerra e Paz.
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André 18/05/2020

Li numa matéria recente da Vox (https://bit.ly/3g05vuY), com indicações de livros para ler durante a quarentena, que Guerra e Paz não é um livro nada difícil. Ao contrário, é uma leitura fácil e divertida, apenas longa. Concordo totalmente. E acrescentaria que é uma obra monumental. A palavra pode parecer antipática, mas acho que define bem. Há livros que são incríveis, clássicos, mas não acho que sejam monumentais. O Velho e o Mar, por exemplo, é um dos melhores livros da vida e está entre meus favoritos, mas não diria que é monumental, o que não é nenhum demérito. Acho que o que torna uma obra monumental não é o fato de ser um tijolo, e sim a capacidade de contar uma história com camadas que se espalham e se aprofundam, horizontal e verticalmente. Normalmente há uma grande quantidade de personagens, com histórias bem desenvolvidas, alternando momentos de ação e introspecção. Da mesma forma, o ambiente também se espalha, com um cenário vasto e detalhado, e ganha camadas na medida em que se modifica com o tempo, interagindo com os personagens, vivo. Para atender ao critério, no entanto, quase sempre é preciso ter muitas páginas.
Guerra e Paz tem como pano de fundo as investidas napoleônicas contra a Rússia, nos anos de 1805 a 1812. Se há um mote que atravessa todo o livro é o argumento de que os grandes acontecimentos históricos acontecem não pela genialidade ou comando de figuras específicas, como Napoleão ou Alexandre, mas são efeito da confluência de inúmeros fatores que fogem a qualquer controle.
É difícil apontar um protagonista, mas há três núcleos familiares que se destacam.
Há algumas passagens no livro absolutamente memoráveis, incrivelmente bem escritas, arrebatadoras. A forma como Tolstói constrói a sensação de torpor de um soldado ao cair do cavalo no meio de uma batalha é de uma beleza e de um domínio da escrita muito raro de se ver.
E tão bonito quanto isso são algumas descrições de sonhos de personagens, cenas de delírio, reflexões sobre deus, justiça, verdade, abelhas, falta de sentido, alienação, incomunicabilidade, violência de massa e sentimento diante da morte.
Ao final do livro, na segunda parte do Epílogo, Tolstói discorre longamente sobre a História como ciência, na tentativa de encontrar alguma lei que explique porque tantas pessoas se dispuseram a matar seus semelhantes, e porque tanto mal se fez e se faz em nome do bem.
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Larissa 16/05/2020

Uma oportunidade como poucas...
Liev Tolstói é um dos gigantes da literatura mundial, e Guerra e Paz é uma de suas obras de "leitura obrigatória", por assim dizer. Mas para quem se intimida com a grandeza dessa obra (em tamanho ou complexidade), Silvana Salerno traz uma solução bem acessível através de seu trabalho de tradução e adaptação da obra para o selo "Seguinte", da editora Companhia das Letras.

É uma forma muito interessante de travar um primeiro contato e criar intimidade com a obra, já que é oferecido ao leitor um grande suporte para se situar em relação ao período histórico, a geografia e aos personagens, o que permite uma compreensão muito maior do plano geral.

Outro ponto importante é que a adaptação é incrivelmente condensada, trazendo todos os volumes da obra em apenas um livrinho de bolso, e que ainda por cima contém algumas ilustrações, então a leitura é bem rápida e tranquila, ao contrário da versão integral.

A desvantagem desta versão é que grande parte do que torna a obra tão genial se perde na condensação, afinal, com Tolstói, não se trata da história em si, mas da maneira como ela é contada. Desta forma, a adaptação pode até ser uma ótima opção para se situar frente a obra ou preparar para uma leitura mais atenta da versão integral, mas com certeza não tem a pretensão de substituir sua leitura.
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Ana Magiero 03/05/2020

📖 11/60: Guerra e Paz, volume 1. Leon Tolstói. 4/5 🌟 400 páginas.
É com um imenso orgulho que escrevo as palavras a seguir. Não estava confiante de conseguir ler esse clássico da literatura, mas caramba, como esse primeiro livro foi fácil de ser devorado.
Essa resenha será um pouco diferente das outras, nessa irei colocar só minhas impressões de leitura, pois quero fazer vocês lerem essa maravilhosidade escrita por Tolstói. Confesso que estava com muito medo antes de iniciar a leitura. Havia tantas possibilidades de não me agradar, mas fui recompensada com uma narrativa deliciosa e muito difícil de ser deixada de lado. O que o autor fez nesse livro ainda me espanta.
Não é atoa que o nome do livro é Guerra e Paz, pois iremos acompanhar uma guerra aqui de proporções que eu nem conseguiria descrever. Não posso deixar de mencionar que não só vemos guerra, tem uma parte muito engraçada nesse primeiro volume, pode até ser meio mórbido da minha parte, mas vocês já repararam como os russos são engraçados. Meu, eu ri demais.
Fiquei um pouco perdida no começo com tantas famílias com nomes parecidos, mas aí eu foquei só no nome do Andrei e do Rostov que o resto eu tentaria encaixar na minha cabeça depois conforme a leitura ia fluindo. Melhor coisa que poderia fazer, ao invés de tentar decorar os nomes de todos logo no inicio e me ver cada vez mais perdida, deixei a própria escrita me levar para onde Tolstói quer que seus leitores vão ao ler esse livro.
Um conselho: não se prendam muito a tentar lembrar todos os nomes do livro, deixe a leitura te guiar para os campos de batalha, para os enredos de deixar você com o queijo caído e ser surpreendido com a entrada do Napoleão Bonaparte quando ele aparece. Juro que a história te prende logo nas primeiras cem páginas. Vai por mim! Leitura deliciosa e ao mesmo tempo bem reflexiva em alguns pontos. Já posso dizer que será um dos favoritos desse ano de 2020.
#resenhasaninha
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Brulosekann 28/04/2020

Sensacional
Não é uma leitura que pode ser feita com pressa ou por cima, a riqueza dos personagens e dos detalhes da história exige uma certa dedicação de tempo e atenção, até por uma questão de apreciação da obra. Alem disso, uma das melhores partes do livro é a crítica nada sútil a sociedade da época.
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Edna 27/04/2020

Monumental
"Não é um romance, muito menos uma epopéia, menos ainda uma crônica histórica(....)Não é poema ou novela. Guerra e Paz é aquilo que o autor quis e conseguiu expressar, na forma em que a obra foi expressa."

De uma forma nada convencional, #Tolstói escreveu essa Obra Monumental em 1869, cujo pano de fundo é a invasão napoleônica à Rússia, no princípio do século XIX, período que compreende de 1803 à 1815.

Ao terminar a leitura, me questionei sobre tantos detalhes, mas nem em três páginas eu seria capaz de resumí-la e dar um sentido amplo para que servisse como base e não deturpasse a vontade do Leitor que deseja conhece-la que só com uma leitura acolhida, relida, refletida pudesse ter a visão clara da filosofia contida que a faz grandiosa e complexa, sobre esse período histórico.

Vou tentar fazer um breve resumo sobre os personagens que foram mais marcantes:
Andrei que é um dos Personagens mais admirados pela maioria dos leitores não me cativou tanto, achava Ele muito frio com os seus, e não condiz muito com a grandeza e a integridade que se mostra ao longo da história mas sim, alguns trechos e sua remissão com Ele são muito....... comoventes.

Pierre me encantava e me fazia brigar por e com Ele desde o início da história por ser tão sem atitudes mas me cativou, mas logo após o incêndio de Moscou Ele é preso eo seu encontro com Karátiev o Platon o Mujique que não era dono nem de sua própria vida, mas sua grandeza de alma contagiou Pierre e foi sem dúvida o ponto alto da história, todo aquele despojamento de seu próprio Eu, levou Pierre a ficar muito melhor, antes não era mau, mas não tinha objetivos, até seu casamento com Helene era uma tortura e quando Ele percebe que a grande amizade e amor de que nutre por Natasha está fora do seu alcance Ele perde a vontade de viver e se lança desordenadamente fazendo e cometendo cada furo que te faz rir muito embora esteja entre as trincheiras.

A maior decepção a minha Natasha que era forte, que tinha suas ideias tão a frente do seu tempo! O que foi aquele casamento? (Tristeza me define)

Mária por tanto sofrer com a Tirania do Pai, e a muito custo consegue realizar o sonho do casamento, mas a que custo? Ter na mesma casa o grande amor do marido? Sonia! Toltói acabou com essas Mulheres, Mária ainda já tinha desenvolvido uma capacidade de lidar com o descaso e por isso suportava um Rostov mau humorado e machista, mas Sônia? Ignorou-a a seu próprio abandono.

Fico me perguntando se Tolstoi sentia prazer em nos apresentar e constituir Personagens tão fantásticos tão crus e humanos, que nos apegamos, para depois esmagá-los, como em Anna Karenina, mas aqui foi sinistro com Eles e a nós na mesma proporção.

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#Bagagemliteraria
#GuerraePaz
#LievTolstoi
#clássico
#Bookstagram
#Instalivros
#Literatura
#ler #Emcasa
#Fiqueemcasa
#Leiaumlivro
#todoscontraocoronavirus
Juliano 05/05/2020minha estante
Achei que o fato de ele constituir personagens fantásticos, principalmente a Natasha, e depois esmaga-los foi mais uma forma de demonstrar o funcionamento daquele binômio necessidade/liberdade. Natasha era excepcional, tinha uma energia incrível e talvez a possibilidade de mudar tudo e todos a sua volta. Mas nasceu naquele tempo, foi criada daquela forma, por aquela família e casou com aquela pessoa, que de certo modo restou a ela depois de tudo que aconteceu, sem que ela pudesse ter ingerência (noivado adiado em razão da vaidade do pai do noivo, rompimento ocorrido pela insistência e aproveitamento do Anatole - com participação da Helene...). Para ela tudo pareceu ocorrer de forma natural, necessária. Uma impressão que ela fala algumas vezes: "era assim que tinha que ser". Não se foi isso mesmo, mas senti que nada poderia ocorrer de modo diferente do que foi. A liberdade limitada pela necessidade.
Gostei da tua resenha. Meu encanto também foi mais com Pierre que com Andrei (embora com os dois dava uma pequena raiva - "mas porque fazer issoo, nãoo!").




Ãtalo 20/04/2020

Um livro para a vida inteira.
Qual livro você levaria para uma ilha deserta? Eu não pensaria duas vezes antes de escolher Guerra e Paz. É uma obra prima da literatura. Ao passar pelas ultimas paginas e terminar o livro já não se é mais a mesma pessoa de quando começou a leitura.
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Leilinha @homeopatialiteraria 20/04/2020

Quem somos em tempos de guerra ou de paz?
“- Se todos fossem para a guerra só por causa de suas convicções, não haveria guerras (...) - E isso seria maravilhoso.”

Imagine um livro que te deixa ansioso para fazer resenha? Esse é o meu sentimento desde o término da leitura de Guerra e Paz. Esse livro, sem dúvidas, é desses que marcam a vida de um leitor, não apenas pelo desafio em relação a sua extensão (1544 páginas divididas em dois volumes nesta edição da Companhia das Letras ) e a quantidade de personagens que o compõe (mais de 500), mas pelo primor de sua narrativa: uma verdadeira obra prima.
É incrível imaginar que um livro desse tamanho possa nos prender do início ao fim, fazendo com que a gente se envolva emocionalmente com tantos personagens, especialmente com seu grupo de protagonistas.

Guerra e paz é um desses livros para se degustar, para se ler sem preocupação com metas temporais, sem a necessidade de chegar ao fim para contemplar o final de algum ciclo na vida de seus personagens: as histórias que se desenvolvem são como a vida real, cheia de ciclos que iniciam e terminam, reviravoltas, decepções, tomadas erradas de decisão...

O livro se passa entre os anos de 1805 e 1820, contemplando épocas de guerra e de paz na Rússia, estando focado, especialmente, no período entre 1805 e 1812, quando temos as guerras napoleônicas, a invasão das tropas francesas na Rússia e os desdobramentos políticos dentro do continente europeu.

O fato de Tolstoi trazer à vida tantos personagens proporciona a riqueza de inúmeros pontos de vista ao longo da narrativa. Homens e mulheres, de diferentes idades e classes sociais, vivenciam os mesmos eventos históricos, cada qual com sua visão de mundo.
O texto nos leva a inúmeros questionamentos e reflexões levantadas pelos personagens e pelo próprio narrador acerca da guerra, que é representada em suas as múltiplas facetas: o medo da morte, a adrenalina do início da batalha, o entusiasmo gerado pelo soberano, a camaradagem, o horror... Afinal, que forças impulsionam as massas para a guerra? O que leva um simples sapateiro ou um burguês sonhador a matar em campo de batalha?
Em meio a estes questionamentos, o autor traz críticas aos historiadores da época que, ao narrar tais eventos, atribuem estas forças aos heróis e líderes militares.
Para Tolstoi estes homens não seriam suficientemente fortes a ponto de mover tais massas humanas. Haveria forças maiores que levariam os homens a cometer tais atrocidades.
Ainda questiona-se o fato de que, embora os líderes militares sejam descritos em documentos oficiais como os responsáveis pelas ações estratégicas tomadas, como sendo deles a escolha total de como agir, em muitas situações, a lenta comunicação entre os oficiais - à época - tornaria impossível o total controle dos exércitos em campo de batalha ou em seu deslocamento pelo continente.

“Um comandante em chefe nunca se encontra no início de nenhum acontecimento, condição em que nós sempre encaramos um acontecimento. Um comandante em chefe sempre se encontra no meio de uma série de acontecimentos em movimento e assim nunca, em nenhum minuto, é capaz de refletir sobre todo o significado do acontecimento em curso. De modo imperceptível, minuto a minuto, o acontecimento toma a forma do seu significado, e a cada momento dessa coerente e ininterrupta transformação do acontecimento, o comandante em chefe está no centro de complicadas manobras, intrigas, preocupações, dependências, poderes, projetos, conselhos, ameaças, embustes, encontra-se o tempo todo na necessidade de responder a uma quantidade inumerável de perguntas que lhe são propostas, sempre contraditórias entre si.”

Sem dúvidas há muitos pontos a serem explorados e comentados sobre esse livro grandioso, mas, há algo central que une as muitas histórias: no cerne de tudo, há o humano. A inveja, o ciúme, o amor, a compaixão, a ganância... Quem somos nós em tempos de guerra ou em tempos de paz?

“Bem, e então para que o senhor vai para a guerra? — perguntou Pierre. — Para quê? Não sei. Porque é preciso. Além disso eu vou… — Parou. — Vou porque esta vida que levo aqui, esta vida… não me serve!”

A extensão do tempo em que a história se passa e a descrição da guerra vai nos levando a refletir sobre como um evento de tal magnitude e tal brutalidade pode nos modificar. Como eram os personagens antes e depois da guerra? Vemos suas perdas (humanas e materiais), mas também suas experiências e a forma como estas vivências levam os personagens a diferentes situações, inclusive, a buscar sentido em suas vidas, a repensar seus conceitos de felicidade e liberdade, a conhecer a si mesmos.

“Em sua vida, Pierre procurara por muito tempo, em várias direções, aquela tranquilidade, aquela concordância consigo mesmo, aquilo que tanto o impressionara nos soldados na batalha de Borodinó — havia procurado aquilo na filantropia, na maçonaria, na dispersão da vida mundana, no vinho, nas proezas heroicas do autossacrifício, no amor romântico por Natacha; havia procurado aquilo por meio do pensamento, e todas as buscas e experiências o frustraram. E, sem sequer pensar nisso, acabou adquirindo aquela tranquilidade e aquela concordância consigo mesmo apenas por meio do horror da morte, por meio das privações e por meio do que havia compreendido em Karatáiev. Os minutos terríveis que padecera na hora da execução dos prisioneiros como que varreram para sempre de sua imaginação e de suas memórias os pensamentos e sentimentos aflitos que antes lhe pareciam tão importantes.”

Uma obra grandiosa, que indico a todos os amantes da literatura e, principalmente, àqueles que gostam de personagens complexos, compostos por diversas camadas, capaz de nos trazerem inúmeras percepções.
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Carlos Nunes 14/04/2020

Livro da vida
Apesar de amedrontador pelo volume, tema e número de páginas, a leitura dessa obra se revelou fácil e deliciosa! Tolstoi soube encaixar, de modo magistral, seus personagens fictícios no desenrolar das guerras napoleônicas na Rússia. Personagens muito bem construídos, com erros e acertos, numa trama cheia de romance, intrigas familiares, falências, busca por ascensão social, desilusões e perdas pessoais, tudo isso em um contexto de batalhas muito bem narradas, e digressões muito pertinentes e bem colocadas. Uma obra magnífica, que faz jus a toda a fama que tem. Um verdadeiro tesouro!

site: https://youtu.be/mVRdDxNCinE
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Clio0 02/04/2020

Se você é um leitor habitual, provavelmente já ouviu falar de Guerra e Paz - considerada por muitos o melhor romance já escrito, por outros também o mais tedioso de ler.

Fama injusta, mas explicável.

A obra de Tolstói é uma imensa crônica de costumes que se entrelaça com as Guerras Napoleônicas pelo ponto de vista de um certo número de oficiais pertencentes a pequena nobreza russa.

Isso por si só já não é a preferência da maioria dos leitores, quando se coloca então o fato de que o autor narra extensivamente e intensivamente as mudanças íntimas e sociais provocadas pelo período supracitado...

Enfim, esse clássico continuará a ser evitado por muitos e celebrado por outros tantos. Devido ao preço que um único exemplar custa, eu o recomendo apenas aos leitores que gostam do estilo.
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Clube Tripas 01/04/2020

[Resenha]
Conteúdo: Livre
Livro: Guerra e paz
Autor: adaptacão de Silvana Salerno da obra de Liev Tolstói
Editora: @companhiadasletras
Páginas: 279
Avaliação: Gostei muito (4/5)
Mês: Março/20
Bibliotecária: Cléia Lúcia / Valinhos/SP

Esta adaptação do clássico da literatura russa se passa durante a campanha de Napoleão na Áustria.

O autor narra as guerras entre França e e as principais monarquias da Europa. Um período que expõe-se tanto a brutalidade quanto as banalidades da guerra, uma aristocracia arruinada e as tramas da sociedade.

O romance prende a atenção com a forma de escrita, cheia de acontecimentos de perder o fôlego. Silvana Salerno adaptou muitas das obras clássicas da literatura mundial e faz muito sucesso nas Bibliotecas Escolares.
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