Morte em Veneza  |  Tonio Kröger

Morte em Veneza | Tonio Kröger Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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Guy 28/05/2012

Lembra o título de uma música : The windmills of your mind
Novela autobiográfica Tonio Kröger é, segundo o autor uma mescla de melancolia e crítica, subjetividade e ceticismo. Em Morte em Veneza, a paixão platônica de um escritor de meia-idade por um jovem e belo rapaz é enredo da questão central da narrativa - a atração do escritor é, na verdade, pela beleza e pela perfeição do jovem, que representa o reflexo temporal da beleza eterna, seu ideal de beleza que tanto buscou na arte e acaba levando-o à ruína
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Durval 08/12/2011

A alma do artista
Este é um pequeno grande livro.

Aschenbach é um escritor de grande prestígio que construiu sua obra através do esforço constante mas com pouca inspiração. ele se sente bloqueado, falta algo em sua vida. A visão de um estranho misterioso na porta de um cemitério desperta nele o impulso de tirar uns dias de férias.

O livro encerra toda uma teoria da criação literária e artística em geral, bem como de sua recepção pelo público. Durante a viagem, Aschenbach vai despertando para sua verdadeira condição e acaba mudando seu destino para Veneza, onde encontra a imagem da beleza ideal em um jovem, pelo qual se apaixona. Ele passa então a observar o rapaz e a segui-lo, mas não tem coragem de se aproximar dele.

No final, aparece uma referência ao diálogo Fedro, de Platão, que trata do amor, da retórica e da poesia. Aschenbach descobre uma nova maneira de escrever, de expressar-se, mas o fim já está chegando. Veneza é tomada pelo cólera, os turistas partem mas Aschebach fica para encontrar seu destino.

Uma curiosidade a respeito desse romance é que o personagem Tadzio, o belo rapaz, foi inspirado numa pessoa real, um jovem nobre polonês que Thomas Mann encontrou numa viagem a Veneza, exatamente no Hotel des Bains, onde se passa a história.

O belíssimo filme "A morte em Veneza" é baseado no livro e apresenta, com grande fidelidade e detalhe, várias cenas do livro. Visconti faz de Aschenbach um músico e associa-o a Gustav Mahler, cuja música (Adagietto da 5ª sinfonia) complementa magicamente a extraordinária beleza plástica das cenas.

Recomendo sem restrições o livro e o filme.
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cid 05/07/2011

Cálida emoção
Primeiro livro de Thomas Mann que li, Morte em Veneza é muito inspirador.
A prosa é agradável e inteligente. Praticamente não há um enredo. Apenas emoções.
Embora a ação seja na bela Veneza, a atmosfera é da sagrada Atenas adornada de estatuas.
Assim viajamos pelos mitos gregos , ouvimos conselhos de Sócrates a Fedro.
“O amante é mais divino que o amado pois o deus habita o primeiro.”
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Gláucia 07/04/2011

Morte em Veneza - Thomas Mann
Famosa novela do autor por ser considerada autobiográfica, narra o amor platônico de um famoso escritor já idoso por um belíssimo garoto de 14 anos durante periodo de férias em Veneza. Um tanto aflitiva, tanto pela força do sentimento do escritor, que até então viveu apenas voltado ao trabalho, sem se deixar distrair pelos prazeres mundanos, quanto pelo ambiente, uma Veneza assustada pela epidemia da cólera.

"Chegar a Veneza de trem, vindo por terra, era o mesmo que entrar num palácio por uma porta dos fundos, e que jamais alguém deveria aproximar-se da mais incrível de todas as cidades a não ser de navio, atravessando o mar, como o fizera agora."
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Rodolfo 25/03/2011

Livro curto e muito interessante.
Logo de cara, o que chama a atenção desse livro é a ambientação, sombria e escura. As primeiras páginas são daquelas que te levam para um mundo que parece ser mais pesado. Poderia falar mais sobre o assunto, mas paro por aqui por ser um dos pontos chaves do livro.

Sobre o enredo em si, ele é bem simples, uma histórinha de amor, mas não falha em te deixar inquieto. A sensação de incômodo ao ler esse livro é constante, não apenas pelos desejos do personagem principal como também pelo que acontece a sua volta.

Essa história te envolve a tal ponto que ao final você vai ver que o autor conseguiu te levar pra onde quis e você vai se sentir até besta depois de tudo. Também é daquelas obras que te faz querer ler mais a respeito. Ao terminar de ler fiquei com uma cara de WTF? e fui procurar mais a respeito. Quando eu tiver tempo farei uma segunda leitura.
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Li 07/02/2011

O Belo
O poeta Paul Valery afirma que belo é tudo o que desespera. Teria isso acontecido com o nobre escritor Aschenbach que transformara o jovem Tadzio em obra-prima da natureza? Então, amigos, se a beleza não fosse uma questão subjetiva, não deveriam todos estar tão enlouquecidos quanto ele em torno do moço? Não sei de nada, mas há muito que reflito sobre a diferença entre amor, paixão e seus ditos sintomas, tais como fascinação e desespero. O que acometeu à Gustav Aschenbach é o que nos acomete, acometeu ou nos acometerá um dia.
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Felipe 24/01/2011

Um clássico, com uma história de amor particular
Thomas Mann é desconhecido para a maioria dos leitores brasileiros do século XXI, no entanto, ele é considerado por muitos um dos maiores escritores do século XX. Tanto que em 1921 recebeu o Nobel de Literatura. O que mais nos liga a ele é o fato de sua mãe ser brasileira, o que já justificaria para nós, brasileiros, a leitura de sua obra. Apesar de sua literatura ter muito de autobiografia, ele não cita suas raízes brasileira em nenhum momento.
Segundo alguns, Mann tinha orientação homossexual que era fortemente reprimida devido a época em que vivia, e tentava por meio de sua literatura lidar com isto. Não é diferente em “Morte em Veneza”. A trama é uma história de amor, platônico, mas amor em essência. O personagem principal é Gustav von Aschenbach um escritor alemão, como Mann, muito aclamado, como Mann, que decide passar as férias em Veneza. Lá ele se apaixona por um rapaz polonês mesmo sem nunca ter falado com ele, e decide escrever um livro neste tempo em que passa em Veneza e está apaixonado.
As coincidências com a vida real não podem ser ignoradas, Mann escreveu “Morte em Veneza” justamente em um período de férias na cidade italiana, no mesmo hotel em que o personagem de sua novela se hospeda. Mas a literatura supera a realidade, na novela de Mann Veneza passa por um surto de cólera, e Aschenbach sabe que o governo italiano tenta esconder os fatos dos turistas. Porém, ele decide ficar em Veneza, mesmo sabendo do risco que isto significava, apenas para ficar perto de seu amado com quem nunca trocou uma palavra.
Apesar do livro ser uma linda história de amor, em um dos melhores cenários possíveis para isto, ele parece datado da primeira metade do século XX em sua linguagem, ao contrário de outros clássicos que não tem este viés. É um pouco difícil e cansativo acompanhar a narrativa de Mann, e apesar de o livro ser curto, a sua leitura é num pouco demorada e árdua, mas vale a pena conhecer a literatura de Mann, apesar de tudo.
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Rosa Santana 17/12/2010

Morte Em Veneza, Thomas Mann, Biblioteca da Folha, 94 páginas

Não posso, a isso, chamar de resenha! Esse livro não me pede uma... Achei-o bastante cansativo no início e, apesar de ter "engatado", considerei-o um tanto quanto distanciado do que me interessa, literariamente falando!

Muito filosófico, conta a história de um escritor que, em Veneza, de férias, se apaixona por um belíssimo rapaz de quatorze anos. Daí ele faz interessantes divagações sobre o belo artístico e o belo natural. A velha história da idealização do ser amado. A história não flui, ele só fica platonicamente admirando o amado que, por sua vez, criança que é, se deixa gastar o tempo em jogos e brincadeiras infantis...

Achei interessante a artimanha preparada pelo autor, colocando o personagem principal a par da moléstia que ameaçava a cidade de veraneio, mas que não era revelada, para não "espantar" os turistas. Ocorre que o escritor-personagem (Gustav von Aschenbach) vai buscar a verdade e mesmo conhecendo-a e sabendo de toda a gravidade que o ameaçava, não se afasta do lugar, porque o motivo de sua paixão ali está. Corre o risco e, no final, acaba sucumbindo... Ou seja, ele morreu por falta de deliberação ou, ainda, em nome de um apaixonado amor. Ah, os românticos...

Não releria...

Trechos

"Tudo o que existe de grandioso existe com um "apesar de", ou seja, algo que se realizou apesar de preocupações e tormentos, apesar da pobreza, do abandono, da fragilidade física, do vício, da paixão e de mil outros obstáculos." página 14

"(...)para quem está fora de si nada parece mais detestável do que retornar a si mesmo." página 83

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M. Scheibler 04/11/2010

Com um certo ar de pedofilia e homossexualismo, MORTE EM VENEZA é uma obra que exige um pouco do nosso casto vocabulário.

A trama não me envolveu, pois não apresentou uma sequência de ações que me prendessem na leitura.
Cristina.Pereira 13/03/2017minha estante
Engraçado, não enxerguei esse tom de pedofilia que você citou. Pra mim é mais um fascínio pela beleza e juventude em seu sentido puro, representada pelo menino, já que o personagem principal é um escritor, e como tal, tem uma relação muito específica com a beleza. Livros como esse não serão apreciados por todos, pois o foco está mais nas reflexões do personagem e não em enredo cheio de lances inesperados.




Renato Medeiros 25/09/2010

O preço do deslumbramento

Publicado em meados do século XX, A Morte em Veneza, um dos mais conhecidos livros do alemão Thomas Mann, traz a trajetória de declínio de um aclamado escritor de Munique atormentado por amar um jovem que, para ele, era a personificação da beleza ideal.

Gustav von Aschenbach viveu toda a sua vida em função da construção de sua extensa obra literária. Desde muito cedo se dedicou inteiramente a esse propósito e privou-se dos mais comuns prazeres da juventude. Porém, na maturidade, tomado por um impulso desafiador, interrompeu o seu exaustivo trabalho e partiu em viagem pela Europa. Ele só não esperava encontrar em Veneza tudo aquilo que sempre procurou e sempre tentou expressar em sua arte: a forma perfeita e as proporções harmônicas do belo. Foi na figura de Tadzio, garoto polonês de apenas 14 anos, que Aschenbach, rendido à beleza do jovem, inicia um processo gradativo de decadência moral, levando-o a total anulação de alguns de seus mais preservados princípios.

Tadzio se encontrava de férias com a sua família em Veneza e estava hospedado no mesmo hotel que Aschenbach. A comunicação entre os dois é frágil ou praticamente inexistente, exceto por alguns olhares trocados. Porém, eles jamais chegam a se falar. Pouco a pouco, Tadzio vai, indiretamente, seduzindo o escritor que, perturbado, se sujeita às mais ridículas cenas.

A fixação de Aschenbach é o principal ponto de articulação da história, narrada apenas do ponto de vista do protagonista. Entretanto, embora se tenha indícios de que Tadzio também se sente atraído pelo escritor, o leitor não sabe o que se passa na mente do garoto, pois toda a agonia e todas as sensações apresentadas na novela são frutos apenas das observações de Aschenbach. Nada se sabe da natureza de Tadzio, a não ser aquilo que é apresentado pelo seu admirador. Por isso, o leitor pode se perguntar se não houve exagero em certas situações vividas no livro, se não há imaginações exacerbadas de um homem apaixonado.

Muito se fala sobre o caráter autobiográfico de A Morte em Veneza, já que aspectos da vida da personagem principal coincidem com os do autor, como o fato de ele também ter sido um escritor famoso, maduro e bem sucedido. Além disso, há boatos de que Tadzio - certamente um rapaz com outro nome, porém também polonês - teria realmente existido e que Thomas Mann o conhecera durante uma viagem feita à Veneza, em 1911, mais ou menos na mesma época em que se passa a história.

A linguagem de Thomas Mann é tradicional e aparentemente não traz grandes influências das correntes modernistas da época. O texto é cheio de pequenas cenas que, de princípio, parecem estar desvinculadas da história principal e apresentam certo ar profético, mas que no fim ganham sentido para o bom observador. Exemplo disso pode ser percebido quando o gondoleiro clandestino some sem receber o seu dinheiro e sustenta a expressão: "você pagará", porém sem mencionar em qual moeda se fará esse pagamento; ou quando o velho rejuvenescido sofre críticas de Aschenbach durante a viagem à Veneza.

A Morte em Veneza é uma obra curta, completa e fascinante. E mesmo que seu desfecho deixe a desejar, talvez por ter se tornado um pouco óbvio, é capaz de causar sensações, no mínimo, interessantes e curiosas no leitor, o que faz a sua leitura valer a pena.
Eduardo 23/11/2010minha estante
excelente resenha. essa sacada do velho rejuvenescido se choca com a cena de Aschenbach, feliz, sendo maquiado pelo barbeiro do hotel.
E essa do "você pagará", bem observado. terminei de ler hoje, e voltei a esta parte. ambíguo... de um lado é banal, de outro, profética. boa observação.




ReiFi 13/08/2010

Morte em Veneza - Thomas Mann
Morte em Veneza é uma novela escrita por Thomas Mann, publicada pela primeira vez em 1912.

Em aproximadamente cem páginas, Thomas Mann apresenta a estória de um escritor de meia-idade, Gustav Aschenbach, que viaja até Veneza, onde apaixona-se platonicamente por um jovem rapaz, extremamente atraente e intrigante, de nome Tadzio.

Para aqueles que leram o resumo acima, o “caso” entre os dois personagens pode, à primeira vista, apresentar-se como um romance homossexual (romance homossexual? Existe isso?); contudo, conforme a narrativa ganha maturidade, Mann constrói, entre os dois, um “amor ideal”, não, uma “inveja ideal” (Essa eu apelei). A verdadeira atração de Gustav se mostra pela beleza e perfeição do jovem, ele quer ser “o menino”, ser gracioso e vivo como fora em algum momento da vida.

Penso o protagonista, Gustav, da mesma maneira que o pintor do retrato de Dorian Gray. A atração não está na carne mas nas forma idealizada de beleza. Gustav apaixona-se pelo jovem e toda sua graça angelical, quase andrógina, situação que ganha evidência nesse trecho:

“Em face da doce juventude que o cativara sentia nojo de seu corpo envelhecido.

...

Para saber mais acesse:
http://catalisecritica.wordpress.com/2010/03/14/a-morte-em-veneza-thomas-mann-2/
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Andre.Crespo 16/09/2009

As mazelas e tristezas de uma paixão
Li este livro por um conselho de um amigo meu que falou muito bem dele. Como não custava nada pegá-lo para ler, acabei lendo-o.

O livro conta a história de um escritor, que está passeando por Veneza. Lá, entre tantas pessoas, encontra um menino que lhe parece muito belo e que ele adora desde a primeira vez que o vê. Com o passar do tempo, percebe que ama este menino e que não pode deixar de ficar perto dele. Nada, nem mesmo a peste, que estavam tentando esconder e que ele soube por intermédio de um funcionário, poderiam separá-lo dele.

O final, abrupto demais, foi algo duro e ao mesmo tempo inesperado. Não vou contar, pois assim tira-se a graça do livro. Quem quiser saber, que leia! Mas que é um final forte, isso o é com certeza!

Indo agora mais para um lado pessoal, gostei muito da linguagem do autor, algo sofisticado. Mesmo assim, consegui entender tudo o que o autor queria passar.

Este é um livro onde os diálogos são raros. Tenho medo de livros assim, mas este me surpreendeu. Em algumas partes, os pensamentos do personagem deixaram-me um pouco sonolento, mas, com o passar do tempo, o livro foi ficando muito interessante e eu comecei de verdade a gostar da história. Acabei gostando do livro, mesmo com poucos diálogos.

O único ponto negativo fica pelo fato das partes em que achei um pouco cansativas. Demorou um pouco para que eu me interessasse pelo livro. Todavia, quando comecei a me interessar, não quis mais parar de ler.
Danielle 13/07/2010minha estante
hahahaha....gostei do desprezo...hahahaha!!!


Fabianne 14/10/2024minha estante
Que pena que parou de escrever suas opiniões sobre os livros.... suas resenhas são maravilhosas.




Jeffer 17/05/2009

http://www.jefferson.blog.br/2008/02/morte-em-veneza-de-thomas-mann.html
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