Patty Ferreira 07/01/2024Leitura Obrigatória“As contradições desse lugar me irritam. O assassinato, acabamos de aprender, é eficiente aqui. Sistemático. Mas parece não existir uma organização para a distribuição dos uniformes, pelos quais esperamos quase o dia todo. Os guardas são cruéis e rígidos, ainda que pareça não haver ninguém responsável. O exame minucioso que eles fazem de nossos corpos não sinaliza nosso valor, significa apenas o quanto fomos esquecidas pelo mundo. Nada faz sentido.”
Quando me deparei com a capa, achei que seria um livro de ficção, usando como plano de fundo a 2ª Guerra Mundial, porém, trata-se de um livro de não-ficção.
A autora do livro é uma sobrevivente do Holocausto e narra suas percepções sobre a vida a partir desse momento sombrio e devastador da humanidade, a qual ela foi vítima.
É um livro muito pesado, gráfico sobre o sofrimento e como o ser humano pode ser cruel com o seu igual. Na biografia de Anne Frank nos deparamos com o desespero de ser descoberto e capturado, em “A Bailarina de Auschwitz” presenciamos os campos de concentração através dos relatos da senhora Edith.
Todos temos uma noção de quão cruel foi a supremacia racial imposta pelo governo do Hitler, mas quando a gente se depara com o tipo de violência imposta, descrita por um sobrevivente é um sentimento novo, de vergonha, dor, sofrimento, injustiça. Tudo ao mesmo tempo. Nojo de fazer parte da raça humana.
"Será que minha geração ensinou bem aos jovens como evitar outro holocausto? Ou nossa liberdade arduamente conquistada sucumbirá a uma nova onda de ódio?”