Lucíola

Lucíola José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Lucíola


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Harryandabook 10/07/2022

Um clássico intrigante
Eu li o livro para a escola e gostaria de ter tido mais tempo para apreciar tal escrita. Gostei muito do livro, apesar de ter esperado um plot twist maior, é uma ótima leitura quando procura-se apreciar um bom clássico.

Acredito que, dentro dos padrões da época, é um romance que, ao final, tem todas as suas perguntas respondidas, ou a grande maioria delas.

Com um final nem tão surpreendente assim para quem tem um conhecimento um pouquinho maior de literatura brasileira e o contexto da época, é um bom livro.

Acredito que esse seja um dos romances românticos mais intrigantes de interessantes, já que aborda o papel feminino de uma maneira única e um tanto quanto novo: uma mulher, prostituta, rica, empoderada etc.

Numa olhada geral possui poucos erros, nós fazendo ver um pouco da época em que foi escrito, mesmo que com um olhar um pouco mais crítico não concordemos com uma boa parte do que é dito.

Gostei muito e me fez querer ler mais clássicos da literatura brasileira.
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Br_biah 19/07/2022minha estante
Desculpa. Discordo totalmente!


Emanuel.Müller 23/08/2022minha estante
Assim como a leitora acima, eu também discordo plenamente de seu comentário sobre a obra.
Afirmaste que Lucíola é uma cópia descarada de "Dama das Camélias" de Alexandre Dumas Filho. Discordo no aspecto que a peça teatral do dramaturgo francês não nos traz de forma profunda o psicológico de Margarida, enquanto em Lucíola, percebemos que o desejo dela, para sair daquela vida miserável de prostituição, é perceptível quando ela vai uma vez por ano na festa de Maria da Glória, para pedir a Deus e a Virgem Santíssima a graça de abandonar os vícios da luxúria e da perdição que a prostituição causa.
A própria Lúcia fala para Paulo que ela, no mundo da prostituição, disfarçava ser uma pessoa que ela não era, uma prostituta pervertida, e que ela sofria muito por isso. Este sofrimento torna-se mais evidente, quando na festa de Sá, ela se desnuda na frente dos convidados e depois chorar a parte, porque quando ela via Paulo, lembrava-se de quem um dia ela era, uma mulher de bom coração e pura, e ao mesmo tempo disso, ela se via no espelho da alma como uma mulher que desprezava a si mesma, a ponto de se despir para ser cobiçada pelos homens como uma carne de açougue.
Lúcia não era uma meretriz como Margarida. Lúcia sofria muito mais que ela, ainda mais quando ela disfarçava este sentimento. Ela agia hipocritamente contra si mesma, porque ela não tinha esperança de mudança de vida.
Por esta razão, vemos ela se apaixonar por Paulo, pois seu olhar puro e amoroso a ela e seu um doce elogio a moça, fez com que ela tivesse esperança de que um dia, ela saisse daquela vida miserável. Por isso ela disse que quando Paulo a viu daquele jeito, diferente dos outros homens, era como se Deus olhasse para ela.
Margarida, diferente de Lúcia, gostava da vida de prostituta, por causa dos luxos, dos jogos e da felicidade. Mas ela sentia falta de alguém que realmente se importava com ela, pois uma prostituta adoentada ou velha, ninguém mais quer (se eu não me engano, foi dela que ouvi algo parecido). Por causa disso, Margarida se surpreende do fato de que um homem, que nunca foi a ver, quisesse saber de seu bem estar.
A conversão e mudança de Margarida é algo que levou tempo e grandes sacrifícios, enquanto em Lúcia, era algo que já estava operando em sua alma desde a primeira vez que ela viu Paulo em Pernambuco. O olhar a percrustrou de tal maneira, que ela lembrava precisamente o rosto de Paulo, sem ao menos o conhecer. Por esta razão, ela pergunta para Paulo, no início do livro, "que roupa eu estava na primeira que nos encontramos? Lembras do leque que pegaste para mim?". Ela guardou em seu coração, de tal forma que no fim do livro, em sua declaração de amor, ela fala que o amava desde o primeiro dia que o viu. Para um realista pode soar um pouco estranho, mas se levarmos em conta de que Paulo foi o único que a olhou com outros olhos, sem a olhar como uma carne de pernil a ser desgutada pelos sentidos, levou a ela a esperança oculta de que, sim, há esperança de uma vida nova.

O resgate do nome Maria é o sinal da morte da antiga prostituta para tornar-se, não mais Lúcia, mas a nova mulher, o resgate da antiga e casta Maria que um dia foi, renasceu. Ela comprou uma nova casa, para viver de uma nova forma, e vivendo a nova vida, criou sua irmã que estava num internato, como se fosse sua filha, e Paulo também a cuidou, como se fosse seu pai.
Lamentamos o fato dos dois não terem ficado juntos no final, como na "Dama das camélias", mas nesta obra, o leitor sente mais, porque se comove junto com Paulo. Este foi o meu caso e de outros leitores.
Os artista românticos tinham em vista de que a melhor forma de contemplar uma obra de arte era de se deixar levar pelos sentimentos e afetos da obra, seja literária ou especialmente musical. Este é o caso da obra Lucíola, por isso muito choram em seu final, devido a sua profundidade de afetos e sentimentos trazidos por Paulo.

Lúcia não foi a única que mudou. Paulo foi um dia inocente e puro, mas ele tinha um problema em seu ser: ele desejava Lúcia carnalmente, porém, no íntimo do seu ser, desejava somente ela. Diferente dos outros homens que não ligavam para a história de fidelidade, ainda mais em relação a uma meretriz, Paulo não a via como uma mera meretriz, mas por uma mulher, que em seu íntimo, não era uma mulher qualquer, era a mulher que ele amava.
Creio que Paulo, sim, ajudou Lúcia nesta mudança, mas ela também ajudou Paulo a deixar de ser um homem extremamente luxiorioso e egoísta, para ser um homem de virtudes, que se preocupa com o próximo, especialmente com a amada.
Note que quando Paulo não tinha seus desejos correspondidos, ele ficava irado. No fim do livro, ele tem uma outra compreensão. Porque não era mais o mesmo Paulo, era um Paulo diferente, que aprendeu a abandonar o egoismo e a verdadeiramente amar.

Portanto, Lucíola está muito longe de ser uma cópia de Dama das Camélias, pois nesta obra de Alencar, o autor perscruta ainda mais o psicológico dos personagens e as questões sociológicas, do que na obra do escritor francês. Lucíola pode ter sido embasada em Dama das Camélias, mas nunca copiada, pois as intenções e pensamentos do autor e dos personagens são tão diferentes, que nota-se que Lúcia e Margarida não são a mesma pessoa, mas são mulheres de histórias de vida e pensamentos totalmente diferentes.




Darte 07/07/2022

Romantismo ao extremo
Sem dúvidas, esse foi o livro mais triste que li esse ano. Julguei mal a Lucia diversas vezes. Pedro era o tóxico da relação. Se ele tivesse atitude o final seria diferente, mas ele quis empurar com a barriga o relacionamento, no fim quebrou a cara. É um romance excelente, tentei abandonar a leitura algumas vezes, mas valeu a pena ter indo ao final. Queria o fim como um romance da Jane Austen, mas aqui é Brasil, por isso a emoção do fim é mais forte e verdadeira.
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deadpoetz 29/06/2022

achei o livro super monótono, só me prendeu de verdade durante o final. tem algumas questões bem atuais como a forma que a sociedade enxerga as mulheres que se prostituem e tbm os motivos que as levam a fazer isso.
o romance em si eu achei bem batido, só gostei dos dois no final, no resto do livro não tiveram um pingo de química.
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Tales 28/06/2022

Lucíola - uma representação clássica da mulher como objeto
Lúcia é representada como a figura clássica da mulher: um objeto para satisfazer ao homem. Não consegue alcançar a felicidade, pois acha não ser digna da mesma!

Quotes:

-Não é generoso ofender a quem não sabe e não pode repelir a ofensa.

-Devia resgatar pela dor a felicidade que pela dor havia perdido!
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Laah 21/06/2022

Luciola
Conta a história de Luci uma mulher que vende seu corpo por dinheiro, e Paulo um homem apaixonado por Luci.
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Quezia Keren 19/06/2022

Não gostei...
Com certeza, não faz o meu estilo de leitura. Eu tive que me forçar a acabar esse livro e além disso achei o final bem sem graça e idiota.
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Lalu 19/06/2022

Lucíola
É um bom livro de acordo com sua época, mas esperava mais. Me decepcionei muito com alguns aspectos, e com o tom autodepreciativo das personagens, principalmente da própria Lúcia. O final foi surpreendente e inesperado, e num geral, vale a pena ler tudo. O problema é q ao longo do livro, acaba sendo muito monótono, e as coisas só se apimentam mais no final. Li o livro por obrigação, para um trabalho da escola, mas é uma leitura que não me arrependo. Há muitas críticas sociais, inclusive q condizem com os dias atuais. Mesmo com os prós e contras, é um livro legal para quem está disposto a ler algo mais romântico, doloroso, e com a linguagem rebuscada.
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Você 18/06/2022

Lucíola
"Eu... Iria viver; e o resto seria pasto dos vermes, como foi pasto dos homens."

Lucíola é um romance do final do século XIX que apesar de ser interessante em algumas partes, realmente mostra a época em que foi escrito.
Gostei bastante da forma como a personagem de Lucia foi escrita e como é mostrado a liberdade que ela tinha e seu custo.
Infelizmente o modo em que o livro é escrito, com o português daquela época, transforma a leitura em algo parado e entendiante e muitas vezes até difícil de entender.
Por último, até agora não entendi direito porque o título do livro é Lucíola se em nenhum momento do livro a chamam assim (e olha que a chamam de diversos nomes diferentes).
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luaskoob 14/06/2022

???
me deu um pouco de dor de cabeça e não consegui me prender completamente na história kkkk tinha criado um pouco de expectativa nele mas não foi muito o que eu esperava sei lá
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Miriam172 05/06/2022

Acho que dos livros que eu li do José de Alencar até agora, esse foi meu preferido. Um pouco clichê e muita idealização feminina, mesmo Lúcia sendo uma cortesã, mas mesmo assim eu gostei.
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sarahddantas 01/06/2022

Era pra ser uma leitura inocente e acabei chorando
Numa leitura para a avaliação da pós graduação a última coisa que esperava era favoritar o livro. Como bem pedido por meu professor é um romance no qual a moda de um tempo se faz presente, José de Alencar foi muito descritivo ao escrever Lúcia, suas vestes que comunicavam seu humor. Mas a história em si, mesmo eu já tendo em vista o plot, me fez chorar.
Amei esse livro que é um clássico de 1800 e ainda hoje exprime emoção nos leitores.
Emanuel.Müller 23/08/2022minha estante
Também fiquei emocionado e comovido. Tornamo-nos tão próximos de Paulo, com a sua história e desabafo, que dá vontade de chorar com ele e soluçar colocando-nos no lugar dele. É um obra deveras comovente!




jenni 01/06/2022

"No livro da vida não se volta"
Nesse romance de José de Alencar nós temos Paulo e Lúcia como o casal principal. Os dois personagens são cativantes e você fica ansioso para saber o que vai acontecer, fica ansioso para o próximo encontro deles.

É uma estória que com certeza foi usada para criticar a sociedade da época e é uma crítica que também serve para os dias atuais.

A grande sacada é: se as cortesãs/prostitutas servem para a noite então por que não servem para o dia? Por que as pessoas se desfazem delas? Por que supostamente elas não merecem ser amadas?

Não sabemos o motivo delas estarem nesse ramo, coisa que a nossa protagonista tem. Não sabemos o que ela acha sobre estar nesse ramo e sequer como foi que começou ou se quer se libertar.

Lealdade, liberdade, hipocrisia, sacrificios, e principalmente amor. Nesse livro vemos até onde o amor do nosso protagonista pode ir, será que Paulo é capaz de sobreviver aos preconceitos da sociedade?
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