Dobby0 29/08/2024
"A Luneta Âmbar", o terceiro livro da trilogia "Fronteiras do Universo", de Philip Pullman, encerra a saga de maneira grandiosa, mas não sem apresentar seus desafios ao leitor. Diferente dos dois volumes anteriores, que rapidamente me cativaram, este último volume se mostrou mais complexo e, em certos momentos, até confuso.
Pullman continua a explorar temas filosóficos profundos, como a natureza da alma, o livre-arbítrio e o destino, mas a maneira como ele entrelaça múltiplas linhas narrativas pode ser difícil de acompanhar. Por várias vezes, me vi lendo capítulos que não consegui absorver completamente, o que acabou afetando meu ritmo de leitura e me levou a pausas frequentes para retomar o fôlego com outros livros.
No entanto, a narrativa ganha fôlego e intensidade nos capítulos finais, onde Pullman magistralmente entrelaça as tramas e proporciona um desfecho que, embora exigente, é recompensador. Esses últimos capítulos finalmente me prenderam de verdade, trazendo à tona o brilhantismo pelo qual a série é conhecida.
Apesar das dificuldades, "A Luneta Âmbar" fecha a trilogia com um impacto que ressoa, desafiando o leitor a refletir sobre o caminho percorrido ao longo dos três volumes. Para quem já é fã da série, vale a pena persistir até o final, pois Pullman entrega uma conclusão à altura das expectativas, ainda que o caminho até lá seja, por vezes, árduo.
Dada a experiência mista de leitura, minha nota para "A Luneta Âmbar" é 3,5. Embora não tenha sido tão cativante quanto os volumes anteriores, ainda é uma obra importante dentro da trilogia, com momentos de brilho que compensam as dificuldades encontradas.