Marlo R. R. López 23/02/2011Depois de muito tempo que escrevi o meu primeiro comentário sobre esse livro aqui no Skoob, eu acho agora que ele merece um adendo.
Em primeiro lugar, peço desculpas ao ter dito antes que o texto de Clarice está cheio de "invencionismos que o público acha lindo porque não entende". Não sei onde eu estava com a cabeça para fazer uma generalização desse tipo. Mesmo que eu ache o estilo da autora afetado demais para o meu gosto, dizer que as outras pessoas não entendem o que Clarice Lispector escrevia (e julgá-las por isso) foi demais.
E em segundo lugar, gosto de Clarice Lispector como uma autora de frases interessantes. Ainda que eu tenha gostado de alguns contos desse livro (e aí o motivo de 2 estrelinhas), acho o texto dela aborrecido demais, enfadonho demais, o tipo do texto que me diz pouca coisa, que fala 1kg para se aproveitar 10g. Essa é uma opinião mais pessoal, e dessa vez posso dizê-la sem correr o risco de estar criticando as pessoas que gostam dos escritos da autora.
---------------------------------------
Primeiro comentário que fiz:
De um modo geral, não gostei do livro. Muitas partes são confusas, travadas, aborrecidas. Apóio Nick Horbny quando ele diz que um livro não pode ter invencionismos literários que abusem da paciência do leitor. E Clarice Lispector está repleta desses invencionismos que o público acha lindo porque não entende.
Uma coisa é um escritor que escreve de forma bela e transmite para o leitor toda uma gama de pensamentos e sentimentos. Clarice não faz isso de forma alguma... Não porque não consegue, mas porque não quer, mesmo.
Odiei especialmente o conto "O Ovo e a Galinha". Li-o até o final só para saber até onde ia aquilo. Certos autores escrevem para fazer o leitor pensar... Clarice escreveu este conto para abusar da paciência de quem a lê. Certa vez, ela mesma confessou que não entendeu o que escrevera lá!