A Rainha do Ignoto

A Rainha do Ignoto Emilia Freitas




Resenhas - A Rainha do Ignoto


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Davenir - Diário de Anarres 07/06/2022

Uma pérola redescoberta do fantástico brasileiro
"A Rainha do Ignoto" de Emília Freitas é uma das primeiras obras de ficção fantástica no Brasil. Publicada pela primeira vez em 1899, porem caiu no ostracismo justamente pelo caráter fantástico e arrojado demais para o naturalismo dominante na literatura brasileira. Emília mistura os elementos fantásticos aos da cultura regional do norte e nordeste para falar sobre a situação das mulheres em uma sociedade que as coloca de lado, as inferioriza e subjuga.

A história começa pelo olhar do Dr. Edmundo, um bom vivant que veio assumir as posses dos pais ricos no Passo das Pedras, no Ceará, quando conhece Carlotinha, uma bela, recatada e do lar, que logo se apaixona por ele. Porém em uma andança pela noite, Edmundo se encanta pela misteriosa Funesta, também chamada de Fada do Areré. Obcecado pelo mistério, Edmundo consegue disfarçar-se até a Ilha do Nevoeiro, local escondido da sociedade onde a Rainha do Ignoto governa uma sociedade utópica de mulheres, que atuam pelo bem em missões disfarçadas na sociedade.

Dominado por uma curiosidade quase obsessiva, Edmundo consegue a ajuda de Probo, para entrar infiltrado na Ilha do Nevoeiro, de forma que pela sua visão acompanhamos primeiro como é a Ilha e como se organizam as Paladinas, e depois, episódios em que as Paladinas ajudam infiltradas na sociedade, mulheres que são maltratadas e enganadas por homens. A literatura que costuma dar o lugar de traiçoeiras e manipuladoras as mulheres, tem um tratamento diferente, as mostrando o lado leal e o lado manipulador de homens, que muitas vezes brincam com seus sentimentos.

O livro tem um final bastante melancólico, mas que faz um excelente contraponto entre a utopia com a realidade. Nos anos 1980 a obra ganhou uma segunda edição, que foi um verdadeiro resgate. Por financiamento coletivo, vieram mais duas edições relativamente recentes. Uma pela Editora Wish e outra pela Editora Fora do Ar, e amsi duas outras exclusivamente digitais. Além de uma antologia baseada na obra. As Artes Mágicas de Ignoto.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2022/05/resenha-236-rainha-do-ignoto-emilia.html
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Michele 22/05/2022

Desencantei
Ahhh uma delicia em forma de folhetins, cada capítulo é um pedacinho que tr deixa querendo mais.

Muito gostoso ??
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Vanwoods 10/05/2022

Fantasia Rara
O livro é interessante pela história e a mensagem contida na essência do livro de questionamentos e críticas à pressupostos como machismo, etc tão presentes na época em que foi escrito e que infelizmente até hoje presenciamos casos como os descritos neste livro de 1899.
Edição da Wish é maravilhosa!
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Maria14598 06/05/2022

A Rainha do Ignoto, publicado pela primeira vez em 1899, é um dos primeiros volumes de literatura fantástica brasileiro, e escrito pela cearense Emília Freitas (dalhe “Siará”... O Nordeste sustenta a literatura nacional toda nas costas), fala sobre uma misteriosa sociedade utópica, formada quase que inteiramente por mulheres. A história é narrada, em parte, por Edmundo, um jovem bacharel em direito que, depois de gastar sua herança curtindo e viajando pela Europa,volta para casa e decide se alojar na única propriedade que ele ainda possui, uma fazenda no interior do Ceará. Chamando muita atenção na pequena comunidade Passagem das Pedras, Edmundo é apresentado às intrigas e aos mitos da comunidade, entre eles, a da Fada do Areré, uma moça encantada, muitas vezes tachada de bruxa, que habita os arredores da cidade. Depois de vislumbrar essa tal moça em sua primeira noite, Edmundo fica fascinado, e decide descobrir mais sobre ela.
Entre salvar escravos e ajudar mulheres com o coração partido por todo o Brasil, a rainha do Ignoto crítica a intolerância religiosa, o governo e especialmente o papel que a mulher possui na sociedade patriarcal, revelando dores e sofrimentos femininos ao mesmo tempo que exalta a força, a determinação e principalmente o coração feminino.

Um livro muito bom, que eu recomendo a todos.
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Marcos 28/04/2022

"Sou filha da natureza, noiva do infinito!"
A Rainha do Ignoto discorre fundamentalmente sobre a força feminina e a sua resistência na sociedade patriarcal.

A história retrata a trajetória de uma figura feminina forte, imponente e misteriosa, a Rainha do Ignoto. Uma mulher fantástica (nos dois sentidos da palavra) líder de uma sociedade secreta de mulheres, hierarquicamente organizada em uma ilha, a Ilha do Nevoeiro, que é protegida por uma força mágica contra os olhos atrevidos de invasores. A Rainha do Ignoto é uma mulher mística, uma camaleoa. Consegue ser diversas personalidades e assume vários nomes em prol do seu propósito maior: o recrutamento de mulheres que sofreram absurdos na vida, auxiliando-as a um recomeço e tornando-as fortes e confiantes para fazer o bem.

A Rainha do Ignoto causa essa sensação de estar lendo uma lenda, um mito com traços nordestinos e com a sutileza dos contos de fadas da Europa.
O romance pinta uma utopia, uma comunidade de mulheres empoderadas, chamadas de paladinas que buscam ajudar aos perseguidos pelo sistema opressor da época.
A parte inicial da história (que traz a Funesta) é muito envolvente. No entanto, ao decorrer da trama, o fantástico fica de lado, e o real pesa mais, deixando a narrativa mais lenta e arrastada (ruptura no equilíbrio do real com o mágico). A escrita da autora é agradável e ágil (lembrando que esse é meu primeiro contato com essa autora), porém, como dito anteriormente, o enredo se perde um pouco, podendo vir a decepcionar alguns leitores, que esperam por um realismo fantástico (pleno e único no conceito). A grande verdade é que o elemento que sustenta a aventura mágica é a própria Rainha, que na maior parte das vezes resolve suas adversidades com truques e atos envoltos por um poder místico. É contado sobre a origem da personagem, mas nada tão evidente a ponto de sair do campo do mistério.

Enfim, A Rainha do Ignoto foi uma aventura satisfatória, todavia, acompanhar a história em si não é tão incrível quanto saber mais sobre essa figura feminina de poder e de alma humana.
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Luciana 13/04/2022

Em alguns momentos fica cansativo, mas levando-se em conta todos os elementos usados, como fantasia, sobrenatural, hipnotismo e alguns assuntos abordados na história é um livro muito bom e à frente de sua época.
Inclusive preferia na época de estudante ter lido ele que muitos dos clássicos que fui obrigada a ler.
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Lusia.Nicolino 10/03/2022

Clássico brasileiro que quase ninguém conhece, uma pena
Temos algumas pérolas aqui no Brasil, esquecidas, ignoradas. Por que nunca li na escola, em nenhuma fase, esse livro de Emília? Publicado em 1899, um clássico da literatura feminina, de uma das primeiras autoras brasileiras de literatura fantástica. E não se engane, não é arrastado, não tem um vocabulário que se perdeu no tempo. A história é envolvente, você acompanha cada uma das personagens em seus segredos, desejos, seus começos e seus fins. Emília faz uma inversão, se voltarmos às personagens femininas do século XIX que são sempre bruxas, más, coadjuvantes. Ela inverte esse papel e dá protagonismo a mulheres fortes, com propósito, a voz de uma autora que tinha um olhar apurado para os problemas de submissão das mulheres. O místico, o fantástico, o reinado de Emília deveriam, sem dúvida, ser resgatados!

Quote: "...mas a fonte de meus olhos está estancada, seca como o leito de um ribeiro, cujo solo estala e fende-se aos raios ardentes do sol do verão. Veio-me o sono, o único abrigo de minha alma, o calmante que me alivia o peso da existência."

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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wild.ivy 09/03/2022

Fascinante e muito à frente do tempo
A Rainha do Ignoto é um verdadeiro marco na história da literatura feminina, especialmente por ser uma narrativa tão poderosa e ousada em tantos aspectos para a época em que foi publicada, em 1899.
A personagem é tão intensa, fascinante, encantadora. Ela tem a fama de encantar viajantes, mas é indiscutível a capacidade de encantar também o leitor. Ao longo de toda a leitura, eu me via ansiando mais e mais por um pedacinho da história dela, dessa mulher extraordinária nomeada de tantas formas, mas com o próprio nome protegido pelos muitos mistérios que a envolvem. Esses que permaneceram mesmo após o ponto final do livro, e que justamente por isso ele se tornou tão incrível e permanente no coração de quem se dispõe a ler.
Eu tô até sem palavras direito, porque é uma narrativa grandiosa demais para caber em meras frases, mas sem dúvida alguma vai para a minha lista de favoritos. Não apenas pelo peso que tem por ser tão à frente do tempo e possuir uma protagonista tão forte e ao mesmo tempo tão mulher, como também por ser tocante, sensível, e de uma intensidade arrebatadora.
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Cristina 11/02/2022

Uma viagem ao Brasil do Século XIX, além de uma crítica à sociedade patriarcal e escravocrata.

Um texto feminista, pois coloca a mulher centro de toda a história: A Rainha do Ignoto com suas paladinas, através de suas atividades secretas, em um universo paralelo.

História fantástica, um resgate da literatura brasileira.
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Leticia.Zimmer 05/02/2022

Rainha do ignoto
Um livro lindo que vale muito a pena ler. Me lembrou bastante Herland, q já era um dos meu favoritos. O livro eh bastante inovador tendo em vista a sociedade patriarcal da época.
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luanadurante 25/01/2022

Aventuras com as paladinas do nevoeiro
Eu jurava que eu não iria curtir a leitura e eu amei. Comecei a ler para uma curadoria de um projeto de mulheres na literatura brasileira que participo, m e o me chamou a atenção para a leitura foi o fato de ser uma literatura fantástica.

Gostei da escrita da autora e queria muito que o livro mostrasse mais de Funesta, no entanto, amei conhecer ela através das vivências do Dr. Edmundo. As paladinas do nevoeiro me encantaram, são poderosas e muito fortes, eu com certeza leria um livro que falasse mais sobre elas.
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thaisdandaro 20/01/2022

a nota é subjetiva
eu gosto muito de ter contato com livros que estrearam algo. sem sombra de dúvidas, Emília Freitas moveu um mundo ao escrever este aqui, no século 19, abrindo o caminho da literatura fantástica e com uma obra feminista e abolicionista.
eu gosto de fantasia, gosto de dramalhão, mas achei que o livro se perdeu do meio para o final. foi uma sequência arrastada e finalizações de assuntos um tanto feito às pressas.
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Carla.Ligia 13/01/2022

Leitura clássica necessária
Quando eu era adolescente e aprendia sobre as escolas de literatura brasileira, impressionava-me por não haver nenhuma escritora. Nenhuma mulher destacando-se como autora.
Hoje sei que se trata do apagamento sucessivo das mulheres na história.
Leiam este livro. A história é envolvente, o final é aberto e, mantendo o pensamento do período histórico ao qual se refere, é muito impactante.
Mereceu 5 estrelas?
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Loba Literária 04/01/2022

Leitura obrigatória para os amantes da literatura
Um livro muito legal, história muito interessante. Gostei da escrita da autora (não achei muito difícil. Adoro Machado, então uma linguagem mais antiga não me é estranha). Gostei dos personagens, mas teria gostado que algumas coisas fossem melhor trabalhadas, porque mais pro fim a narrativa não parece ter muita conexão, é mais várias situações que a Rainha do Ignoto e suas Paladinas resolvem, e o fim chega meio rápido.
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RaquelTerezani 23/12/2021

Bom
A história é bastante feminista, as mulheres são maravilhosas, socorrem diversos personagens em dificuldades, fazem e acontecem e ainda possuem algum tipo de magia (que não é muito bem descrita).

Por outro lado, o livro é repleto de "causos" pelos quais não me importei muito, parecia uma grande novela. Eu queria era saber da Funesta, o passado e o presente dela, mas infelizmente isso não é muito desenvolvido na história.

Eu adorei o primeiro capítulo, jurava que o livro se tornaria um dos meus preferidos, mas, a empolgação parou por aí.
Sim, entendo a importância deste livro para a época em que foi escrito (e neste caso entendi mais ainda o fato dele ter sido "apagado" da história), porém para o entretenimento da Raquel de 2021, não funcionou.

Recomendo como estudo para quem quiser conhecer o primeiro romance fantástico escrito por uma brasileira.
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