A Rainha do Ignoto

A Rainha do Ignoto Emilia Freitas




Resenhas - A Rainha do Ignoto


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SocorroBaptista 27/10/2024

Fiquei fascinada com a escrita desta autora, que me era totalmente desconhecida até o início deste ano. Fantasia, sobrenatural, ciência, tudo se confunde nesta narrativa marcada por uma linguagem bem nordestina e por personagens marcantes. Daria extraordinárias discussões sobre questões de gênero, étnicas-raciais, sociais, políticas, etc. Uma leitura surpreendente.
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Valéria Ribeiro 15/10/2024

Mistério e mulheres independentes
"Rainha do Ignoto" (1899) é uma obra da escritora cearense Emília de Freitas, considerada um dos primeiros romances brasileiros a explorar temas do misticismo e do feminismo. Inserido no contexto literário do final do século XIX, o livro se destaca por ser pioneiro ao abordar a espiritualidade, as relações de gênero e a crítica social de forma inovadora, misturando realismo e fantasia. Embora tenha sido pouco difundido na época, a obra ganhou mais reconhecimento nas últimas décadas, especialmente com o interesse acadêmico por escritoras esquecidas da literatura brasileira.

O romance se passa em uma cidadezinha do interior do Ceará, onde circula a lenda de uma misteriosa figura feminina chamada Rainha do Ignoto, conhecida pelos locais como Funesta. Essa personagem enigmática lidera uma comunidade espiritual secreta, à qual estão associados rituais místicos e doutrinas filosóficas. A narrativa mescla as histórias do cotidiano dos personagens locais com a busca por esse espaço oculto, que simboliza tanto o desconhecido quanto a libertação.

A figura dessa mulher misteriosa ocupa totalmente o imaginário de Edmundo, um jovem advogado que se encontra na cidadezinha para descansar de suas viagens. Para conhecê-la e a seus mistérios, não mede esforços e auxiliado por Probo ele penetra em seu reino ignoto, secreto e totalmente feminino. É partir dessa invasão que a história se desenrola.

A "Rainha do Ignoto" representa não apenas uma figura mística, mas também uma alegoria para o desconhecido e para o poder oculto das mulheres em uma sociedade patriarcal. Ainda, a obra denuncia a opressão feminina e a hipocrisia da sociedade, propondo uma reflexão sobre o papel das mulheres, explorando a ambiguidade entre o racional e o místico.

Emília de Freitas adota uma linguagem simples e pouco elaborada, mas insere descrições minuciosas da paisagem e do ambiente local, cria um clima de mistério e de mística e isso torna a leitura bastante interessante.
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Amanda548 28/09/2024

A história em questão possui como plano de fundo a sociedade brasileira do final do século XIX permeada por pressões de ordem patriarcais e conservadoras, de forma que a autora "Emília Freitas" ousou construir uma narrativa na qual as mulheres dominariam as ciências, teriam habilidades sobrenaturais e combateriam o mal, sendo tudo isso ocorrido sem a intervenção masculina.
Esse romance conta com grandes descrições do nordeste brasileiro com destaque o estado do Ceará, onde uma comunidade denominada "Paladinas do Nevoeiro" formaram uma sociedade autônoma que por meio da hipnose e da capacidade de se comunicar com o além, elas ajudam mulheres doentes e oprimidas pelos homens.
Mais conhecida como "Funesta" a chamada "Rainha do Ignoto", líder da respectiva comunidade, é assunto das rodas de conversas da população de Passagem das Pedras, de forma que o doutor Edmundo foi capaz até de se caracterizar de mulher para desvendar os segredos da personagem que para muitos não existia tornando-se apenas uma crença popular.
Considerado o primeiro romance da literatura realista e fantástica brasileira, a Rainha do Ignoto possui um misto de ideais feministas, abolicionistas assim como também proporciona um resgate das tradições folclóricas brasileiras em específico da região do nordeste, sem deixar de lado a importância da ciência e do papel social da mulher para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
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Thais 28/09/2024

Cadê essas autoras na grade curricular?
Emilia Freitas escreveu na época do romantismo, apesar de ser uma obra fantasiosa, vemos as características no enredo. Por que então não a estudamos na escola? Confesso que só ouvi falar da autora qdo encontrei o livro no desafio de leitura anual, como perdemos a oportunidade de ler grandes autoras!
O livro conta a história de uma comunidade de mulheres lideradas pela Rainha do Ignoto, que fazem o bem pra quem precisa, em especial outras mulheres. Indico para quem gosta dos clássicos, pq ele é um deles, e pra quem gosta de protagonismo feminino forte
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Carla.Cerqueira 08/07/2024

Obra fantástica
Uma verdadeira obra prima que merece todo reconhecimento. Emília Freitas é pioneira no gênero, invisibilizada pelo machismo da sociedade. Obra cheia de críticas sociais e com elementos do realismo fantástico, deve ser lida por todos, tamanha importância histórica.
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#Anafox 12/05/2024

Parte acompanhando o curioso Edmundo, em parte acompanhando a rainha do Ignoto, a história traz um mulher que aparentemente criou toda.uma sociedade centrada e desenvolvida a partir de mulheres, porém, uma sociedade devotada a auxiliar pessoas de maneiras que só a intervenção não convencional/ não governamental seria efetiva.

Temos aqui uma personagem anti escravagista, solidária, mãe de pets não convencionais, anti monárquica , espírita, amante das artes e das ciências, e emocionalmente em conflito com seus sentimentos de tristeza / solidão.

Tudo isso numa história brasileira, com toques de realismo fantástico, escrita por uma mulher e há décadas atrás.
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Brina 22/04/2024

Um livro de extremamente importante para o Brasil, onde uma mulher escreve no século XIX assuntos importantes como feminismo, abolição da escravidão, críticas as igreja e todo posicionamento de homens e mulheres na sociedade. O livro também aborda habilidades sobrenaturais o que faz desse livro ser o primeiro Realismo Fantástico brasileiro. Ainda há resquícios de uma cultura influenciada pela época nos diálogos, mas nada que não possa ser compreendido por ser escrito em tal época.
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Catarina 14/04/2024

A Rainha do Ignoto - Emília Freitas ?
Ambientado no Nordeste brasileiro, esse é considerado o primeiro livro de fantasia nacional. Escrito por Emilia Freitas no século 19, um livro feminista e controverso para a época.

Juntamente com o poder da hipnose e do oculto, uma sociedade secreta foi criada por mulheres para ajudar outras mulheres. A sociedade se fortaleceu e se desenvolveu de uma forma que atrai muita curiosidade.

Apesar de ser um livro interessante e revolucionário, eu achei a leitura muito complicada. Por ser escrito no século 19, a linguagem é mais complexa, o que deixa a leitura mais cansativa.Em muitos momentos me senti perdida e confusa em relação à história.

Nota: ??????

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Liz 03/03/2024

Uma leitura muito boa
Faz algum tempo que li, mas só agora me dei conta de que havia esquecido de comentar a leitura.

Fantasia não é meu gênero literário favorito, mas devo dizer que gostei bastante da leitura dessa obra. Considerando a época em que foi escrita e a história desenvolvida, achei muito original. A obra perpassa temas como abolicionismo e o feminismo e o faz de uma maneira que achei surpreendente para a época em que foi escrita.

A autora mescla termos eruditos com algumas gírias regionais e, no geral, achei a escrita ótima e de fácil entendimento. Não achei difícil acompanhar a história e também não achei chato o desenrolar das coisas. Há sempre algo acontecendo ou algo para se descobrir, o que faz com que sempre se queira saber onde aquilo vai dar.

A meu ver, a obra, no geral, é cercada de um ar muito poético e a forma como a autora narra os sentimentos das personagens também é bastante poética, o que particularmente me agradou.

Achei o final um pouco corrido, poderia ser melhor desenvolvido, mas isso não me parece suficiente para avaliar com menos que 5 estrelas.

Por fim, os capítulos são curtos, o que acho que pode facilitar a leitura para algumas pessoas.
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Filipe Tasbiat 28/01/2024

Nevoeiro fantástico
Embora a narrativa propenda mais ao realismo - e até mesmo ao naturalismo, em alguns capítulos -, são os elementos fantásticos que tornam a Rainha do Ignoto uma obra instigante e a frente de seu tempo. Como leitor e escritor de fantasia, este título estava na minha lista de leituras há alguns anos. Apesar de conter um excesso de personagens e subtamas, que em alguns pontos tornam a leitura confusa, a história se desenrola como uma interessante antologia, passeando pelos diversos casos da Funesta que, em sua nevoenta e mágica frota, perambula pelo norte do país levando seu ideal de justiça oitocentista através do hipnotismo, seja através da cura de doenças, de auxílio a esposas maltratadas por seus maridos e até mesmo liderando uma revolta de escravos contra uma família cruel e abusiva. A Rainha do Ignoto é uma personagem marcante e enigmática, cercada de outras personagens femininas fortes e de criaturas fantásticas, como o seu cão terra-nova e seu fiel escudeiro, o mono King. Um passeio pela mente criativa e fervilhante de Emília Freitas.
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Helen Ramos 09/01/2024

O coração vence a cabeça
Leitura fantástica em todos os sentidos possíveis. A Rainha do Ignoto me surpreendeu muito positivamente. É uma leitura que demora um pouco para engrenar, mas vale muito a pena e o tempo investido com ela. Estou apaixonada também pela autora, Emília Freitas, que já no século XIX demonstrava pensamentos progressistas e ideias à frente de seu tempo. Amei a leitura.
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Sabris 24/12/2023

Muito bom, mas...
Confesso que quando vi ele no site da Wish, não dava nada pra ele, mas o que me fisgou foi o fato de ser um romance de fantasia brasileiro e escrito por uma mulher lá pros anos 1880, então acabei dando uma chance. E ainda bem viu kkkkk
Foi um livro que eu terminei bem rápido, considerando a quantidade de páginas e meu ritmo bem lento de leitura, porque em todo final de capítulo eu sempre pensava "ah não, mais um porque eu quero ver o que aconteceu depois". E por falar em capítulo, eles são bem curtos, então isso ajudou bastante na fluidez da leitura
O mistério que gira em torno da figura da Rainha do Ignoto é muito bom, te faz você sempre sentir um gostinho de "quero mais" até o fim, e você sempre se pergunta sobre as habilidades dela que são mostradas ao longo de toda a história. A autora escreveu de uma forma que parece que tais eventos realmente aconteceram em algum ponto da história do Brasil, é uma mistura boa de realidade e ficção

Porém, eu senti que o final foi um pouco rushado e súbito, faltou um pouco mais de desenvolvimento nele, e ficou uma sensação estranha de que é um final fechado, mas vago ao mesmo tempo. Diria que foi agridoce, no geral
Enfim, uma boa surpresa desse ano, acho que deveriam colocar esse livro pra ser lido nas escolas kkkk
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lucianomdjr 29/11/2023

Que preciosidade!
Emília Freitas foi uma pioneira! Escreveu um romance de gênero fantástico em pleno século XIX, quando o que tava bombando por aqui era a dupla Realismo/Naturalismo.
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Bruno Oliveira 18/10/2023

UMA FANTASIA DO BEM
Inaugurando a literatura fantástica no Brasil (1899), este A rainha do ignoto, da cearense Emília Freitas é um romance aparentemente comum, com casos bem realistas da época (escravidão, patriarcado, poder moral da igreja católica) e causos fantásticos quase cientificamente comprovados (hipnotismo, espiritismo, sobrenaturalidades). Nele, acompanhamos Edmundo entrando e se encantando com esse mundo oculto, pouco visto, desconhecido onde a Rainha do Ignoto exerce sua influência benéfica, consoladora e acolhedora de uma forma praticamente onipotente e de onipresença — ela sente a desgraça alheia em todo o lugar que passa! A Rainha ajuda a todos os necessitados e, mesmo que a ajuda seja mais para os corações enamorados monogâmicos e cisgêneros, seu Amor se estende a toda Humanidade. Aliás, é o Amor e a sua dualidade que mais vemos no romance: os males do Homem e a sua salvação advêm desse sentimento tão forte. O romance tem boas imagens do norte e do nordeste brasileiro e nos surpreende em mostrar essa figura meio esfinge meio deusa da Rainha se transformando em uma grande mulher de carne e osso que ama a Vida por demais.
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