Álefe 25/02/2022
Meu Projeto Tolkien - parte 2
Dando continuidade ao “Projeto Tolkien”, foi a vez de ler pela primeira vez “As Duas Torres”, o segundo volume de “O Senhor dos Anéis”.
“As Duas Torres” engloba os livros 3 e 4, e mostra ainda mais o amadurecimento tanto de tom da narrativa quanto da escrita de Tolkien. A história toma um rumo ainda mais sombrio e fantástico.
É a partir daqui que a história se divide em dois núcleos: no livro 3 acompanhamos o que aconteceu com os membros restantes da Sociedade (Aragorn, Legolas, Gimli, Gandalf, Marry e Pippin), e no livro 4 acompanhamos Frodo e Sam.
Na parte 3, os membros se reencontram, Gandalf retorna como “o Branco”, e juntos aos Cavaleiros de Rohan veem a queda de Isengard e Saruman pelas mãos dos ents, as “árvores-criaturas”.
Na parte 4, Frodo e Sam “domam” Sméagol para os ajudar a se infiltrarem nas terras de Sauron. Encontram Faramir, o irmão do falecido Boromir, e no final acabam nas mãos de Laracna e dos orcs.
Esta quebra de narrativas em dois grandes blocos não se mostra uma boa ideia a princípio, mas com o desenvolver da história você se acostuma e tira proveito da leitura. A adaptação pro cinema conseguiu melhorar isto ao mesclar bem as duas histórias.
Em “As Duas Torres”, Tolkien expandiu ainda mais a mitologia da Terra-Média. Em muitos momentos captamos mais do passado desse mundo, da história dos povos e seus legados. Todos MUITO interessantes.
Tolkien, como é sabido, não gosta de usar alegorias em seus livros. Mas utiliza bastante de referências histórias e de sua experiência pessoal em vários momentos.
Como já disse antes, a escrita de Tolkien é apaixonante e muito gostosa de ler. Ele consegue trazer diálogos tão ricos e que trazem aquele calor no coração. Também sabe como criar um universo e te inserir nele como se aquilo tudo fosse próximo de você.