O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


2667 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Alex Rodrigues 26/10/2024

O cortiço
No começo da obra senti uma certa estranheza devido ao estilo da escrita, mas logo fui me acostumando. O Aluísio conseguiu expressar muito bem a algazarra e bagunça do cortiço; fofocas, músicas, barulhos, movimentação... os personagens são bem construídos e é muito interessante a personalidade de cada um. Descritivo o suficiente, nem demais, nem de menos. Quanto mais eu lia, mais ficava curioso para saber o fim da história.

De forma alguma imaginei que o fim seria daquele modo, gostei da obra, cada detalhe dos personagens, cada história de vida. Ele conseguiu abordar vários temas sem forçar, realmente um livro que vale a pena ser lido sem pressa.
comentários(0)comente



mariezete 25/10/2024

Impactante.
Li esse livro para uma prova de português, demorei um pouco para terminá-lo justamente por ter sido pressionada.
Foi uma leitura longa, por mais que sejam poucas páginas, não sou tão acostumada a ler clássicos, porém achei a história bem trabalhada e trás consigo elementos importantes para atualidade! Os assuntos abordados são extremamente atuais e fiquei impactada em muitas partes do livro, é estranho e triste pensar como a humanidade está fadada a se corromper. A mensagem principal me trouxe muitas reflexões, e no geral, foi uma boa leitura.
comentários(0)comente



Adan Holiday 24/10/2024

Um livro muito avançado pro Século XIX
Esse livro do Aluísio de Azevedo me fez querer ficar preso sem parar na leitura pra saber sempre o que ia acontecer logo em seguida, de tão bom que é. E a forma como o livro encara os personagens e os acontecimentos de maneira crua e realística, como evidencia o egoísmo, o interesse, a lascívia e o mais corrupto do ser humano é de uma preciosidade ímpar. E sim, fiquei extremamente chocado com o final. Cinco estrelas.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



fani 21/10/2024

Leitura desconfortável
Todo clássico antigo costuma conter uma leitura maçante, isso é de se esperar, mas esse em específico senti muita dificuldade de engatar na leitura, achei que tem muita informação, muito personagem, o início é bem lento, o que fez eu sentir puro tédio, e achar muito cansativo. Mas na metade fica mais agitado, as narrativas tomam maiores rumos, e a história fica mais interessante. Além disso, é inegável que o autor trouxe diversos assuntos muito importantes da época, e retrata uma triste e desconfortável realidade que infelizmente é vivida até hoje de maneira velada.
comentários(0)comente



NerioRomenico 20/10/2024

Raiva
Até o sexto capitulo tava otimo, chegou no setimo ficou mediocre, chegou no oitavo eu fiquei com raiva, qual a razão do autor estragar personagens? sim, é algo que pode acontecer na vida real e é um aspecto do naturalismo, mas é improvavel na vida real e improdutivo para a obra
abandonei no meio do capitulo 8 com nojo da 🤬 #$%!& e do traira
comentários(0)comente



Manuh___oliveira7 20/10/2024

Um livro sobre uma sociedade que continua igual
A história começa contando sobre João Romão, um português, que pegou um pouco do dinheiro de sua amiga Bertoleza e começou a colocar seu plano de enriquecer em prática. Romão começou comprando vários terrenos e construiu um cortiço. E a história se passa neste cenário, cada capítulo contando uma história diferente, como a do casal Jerônimo e Piedade, que vieram de Portugal para o Brasil com sua filhinha , no começo Jerônimo se torna um exemplo para os outros trabalhadores, mas com o tempo começa a ficar relaxado e até a dar em cima da vizinha Rita( com que vai fugir mais tarde), também conta a história de outras famílias, como a de Pombinha, cuja mãe quer que case logo, entre muitas outras, que contam a marginalização e a pobreza do cenário. Mas o grande foco ainda é o desejo de João Romão de enriquecer e a disputa com seu vizinho Miranda, que já é muito rico. Aos poucos o homem vai enriquecendo, e esquece seus princípios, a ponto de querer se livrar da pessoa que o ajudou a enriquecer, da maneira mais brutal possível.
Opinião: Um livro pra quem tem estômago, pois não é uma leitura fácil tanto pelo tema tratado quanto pela forma de escrita, mas que vale a pensa ser lido com atenção e paciência.
comentários(0)comente



Guilherme2611 20/10/2024

Bom livro. O único percalço o qual impede a leitura fluida dessa obra é a sua linguagem complexa, diria até anacrônica.
Mas no geral é intrigante, inclusive seu roteiro lembra um pouco as novelas da Globo.
comentários(0)comente



La.izz 20/10/2024

Brasileiro
Livro barulhento, escandaloso, barraqueiro.
Na adolescência achei que esse livro era uma bagunça, um amontoado de informações desconexas.
Hoje acho que era a intenção do autor, fazer a gente se sentir sobrecarregado com o tanto de coisa que acontece num cortiço. Da pra ouvir o barões da pisadinha tocando no fundo das casas.
Eu só queria me deitar e ficar em silêncio, baixou minha bateria social.
comentários(0)comente



Lucas.Yoseph 19/10/2024

A cara do Brasil ?
Esse livro, se tivesse cheiro, seria de algo podre, tal qual um animal em estado de putrefação ao sol. Podemos dizer que o autor mostrou a cara do Brasil. Mas qual Brasil? Logicamente, há diversas faces. Há aquela que chamam de cidade maravilhosa, com belas paisagens, mulheres lindas em suas roupas elegantes ou sensuais, homens fortes e com carros caríssimos tentando preencher um vazio existencial. Porém, por trás da maquiagem, vê-se a hanseníase corroendo a carne dessas pessoas.
Aqui temos exatamente essa mesma premissa: uma linguagem divertida e bastante detalhada que, pouco a pouco, vai mostrando um pensamento que poderia ter sido de uma época passada, mas que ainda se encontra na sociedade moderna. É uma leitura que iniciamos confusos com a quantidade de personagens, passamos a sorrir com as desventuras ao longo da obra e finalizamos chocados, com uma sensação de ódio por entender que ainda hoje, algo que foi escrito há tanto tempo, continua ocorrendo de forma modernizada.
La.izz 20/10/2024minha estante
Pensei exatamente o mesmo




Maria 18/10/2024

Eu achei o começo bem lento, mas ao decorrer da história eu fiquei cada vez mais interessada no desinvestimento dos personagens
comentários(0)comente



Grazielle.Azzi 18/10/2024

A obra é desconfortável, o clima é pesado em quase todo o momento, exceto pelas leves descontrações que se davam aos domingos, em que o cortiço se preenche com música e descanso dos trabalhadores. Esse desconforto, nem sempre esperado pelos leitores, causado pela linguagem agressiva e pelo contexto de miséria em que se passa a obra levando quase todos os personagens a terem uma história trágica, apesar da influência determinista, levanta um questionamento interessante, "existem pessoas cuja vida é tão repleta de misérias e sofrimento que nada se sobra além do ódio por tantas injustiças? ódio esse que se manifesta em escolhas ao longo de suas vidas?". Sabemos que o meio não determina oque somos, mas até que ponto tantas privações de dignidade pode influenciar oque nos tornaremos?. Os personagens são animalizados, a intenção não é fazer uma análise da subjetividade do ser e sim visualizar a sua parte obscura, a parte humana que antes de ser polida pela moral era puramente instintiva, e nossa repugnância por tais atitudes só é instigada no livro e em partes, nos causa tanta indignação, porque observamos tais comportamentos atualmente, sabemos que eles existem e algumas pessoas os deixa manifestar. Esse livro precisa incomodar, porque se existem pessoas que por tamanha miséria são reduzidos a seu instinto de sobrevivência, oque são eles aos olhos dos que os exploram, senão animais?
comentários(0)comente



Mili_30/09 18/10/2024

O começo da história é bemm lenta e mostra diversos personagens, começando por João Romão e Bertoleza. O final é bem emocionante e triste, todos deveriam ler esse livro do Aluísio de Azevedo
comentários(0)comente



Eduarda2624 17/10/2024

Aquela exuberância brutal de vida
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas”

A primeira vez que eu li O Cortiço foi na escola. Naquela época eu estava começando a desenvolver meu gosto pela leitura e esse foi um dos primeiros clássicos brasileiros que li, o que me motivou imensamente a continuar lendo outros livros do nosso país.

Neste livro temos a apresentação do Brasil e seu povo de forma crua e brutal, onde os personagens constantemente são retratados de forma animalesca e o próprio cortiço ganha vida através do cotidiano de seus moradores.

Influenciado pelo determinismo, Aluísio Azevedo constrói um retrato de uma sociedade que é produto de seu ambiente. O personagem Jerônimo, que se rende aos “costumes brasileiros”, mostra que mesmo com hierarquização, onde o homem branco europeu é tido como superior à ralé, nenhum indivíduo está a salvo da influência do ambiente.

No meio disso tudo, acho que a personagem que mais me chama atenção é Pombinha. Inicialmente sendo retratada como uma moça muito querida e prestativa que esperava sua menarca para finalmente se casar, Pombinha subitamente adquire uma autoconsciência de seu poder como mulher e decide viver de forma totalmente diferente do que lhe era esperado pela mãe e pela sociedade.

Enfim, O Cortiço, fruto do seu tempo, é, sem dúvidas, uma obra racista que permanece em evidência até os dias de hoje e que demanda uma leitura crítica que nos permita não somente analisar o contexto onde o livro nasceu, mas também refletir sobre o contexto no qual nos encontramos agora.
comentários(0)comente



Bookdreamer 17/10/2024

Naturalismo...?
Então, mais uma vez, venho dizer que meu objetivo na leitura dessa obra é entender a escola literária que ela se engloba. Gente, meu pensamento sobre esse livro é que ele era a versão dark romance de 1800 e bolinhas porque eu fico incrédula com o tanto de bomba que foi juntada nesse livro. E eu digo isso não pra falar, de fato, mal da obra, porque sei que seu objetivo era retratar as coisas mais feias vividas na sociedade, mas porque o objetivo FOI MUITO BEM alcançado. A cada página eu ficava mais chocada com tanta barbaridade retratada que, infelizmente, continuam sendo pano de fundo para a realidade brasileira contemporânea, visto que traz aspectos encontrados dos âmbitos mais comuns aos insalubres, como a condição de miséria, abuso, traição e vigarismo vivida por tantos.

Continuando, dá pra ver claramente as características do naturalismo nesse livro: é muito parecido com o Realismo, só que foca muito mais nas partes mais feias da população, animalizando as coisas e os atos e retratando os problemas do local, trazendo também o conceito do determinismo, - o qual afirma que o homem é moldado pelo meio, ambiente e momento -, muito notório, pois dá pra ver, por exemplo, a menina, que era inocente, sendo seduzida e abusada e, então, abandonando sua vida para a prostituição, o homem trabalhador e responsável se "abrasileirando" (termo estereotipado do livro) e ficando preguiçoso e incompetente, a condição de tantas mulheres, e a ação de tanto crimes.

É uma obra que me fez refletir MUITO, de pensar que o autor pegou muita coisa do que rolava na época, que o Cortiço é a representação das "vilas'' que estavam começando a surgir.

Muitas coisas na história me fizeram ficar indignada, mas o que mais me deixou triste, foi como se deu o fim da história de Bertoleza, de como João Romão simplesmente não se importou com toda sua devoção e trabalho, e foi responsável de um fim tão trágico e, no final, ELE não teve o que merecia, mas sim apenas melhorou de vida, não só ganhando outras oportunidades, mas como também ELITIZANDO o Cortiço (que acabou levando suas descrições para o "Cabeça-de-Gato") e deixando clara a gentrificação do local, O QUE É ALGO MUITO ATUAL.

Esse "romance" também me fez pensar muito em um livro lido por mim recentemente, Quarto de Despejo, um diário de uma mulher catadora de lixo que vivia na favela nos anos 1950, e tudo o que eu conseguia fazer era associar essa história com os acontecimentos reais do diário, ou seja, comuns em 1800, comuns em 1900 e comuns nos dias hodiernos!

Digno de muita reflexão.

Minha nota não é alta, mas não porque não cumpriu o que prometia, mas pelo que senti durante as histórias descritas: tristeza, choque, agonia, nojo, pesar.

E é com o trecho a seguir, relatando como o novo local acabou se tornando o que antes era o Cortiço, que deixo essa obra arrepiante e tão realista.

"[...] E a mísera, sem chorar, foi refugiar-se, junto com a filha, no ?Cabeça-de-Gato? que, à proporção que o São Romão se engrandecia, mais e mais ia-se rebaixando acanalhado, fazendo-se cada vez mais torpe, mais abjeto, mais cortiço, vivendo satisfeito do lixo e da salsugem que o outro rejeitava, como se todo o seu ideal fosse conservar inalterável, para sempre, o verdadeiro tipo da estalagem fluminense, a legítima, a legendária; aquela em que há um samba e um rolo por noite; aquela em que se matam homens sem a polícia descobrir os assassinos; viveiro de larvas sensuais em que irmãos dormem misturados com as irmãs na mesma lama; paraíso de vermes, brejo de lodo quente e fumegante, donde brota a vida brutalmente, como de uma podridão."
comentários(0)comente



2667 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR