Admirável mundo novo

Admirável mundo novo Aldous Huxley




Resenhas - Admirável Mundo Novo


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Diego Lima 07/11/2021

que livro mais pneumático!
Admirável mundo novo é um distopia a qual nos leva a imergir em uma sociedade toda projetada, onde as pessoas nascem com os genes manipulados, divididas em castas hierárquicas por inteligência, aparência física e sua função (trabalho), não existem mais os conceitos do ocidente de família, a cultura foi apagada, a ideia de pai e mãe ridicularizada, não existe mais a gestação (todos são gerados por inseminação artificial), muito menos ciúmes, inveja, tristeza, solidão, caso os possa sentir, são ingeridas uma droga chamada soma diminuindo tais sentimentos para apenas sentirem "felicidade".

Algo muito focado pelo autor são as relações homem e mulher. É empregado a ideia, até muito usada nos dias de hoje, "ninguém é de ninguém". Isso mesmo, com o fim do matrimônio, as pessoas foram doutrinadas para não serem adeptas da monogamia. Tentam evitar o sentimento de amor não correspondido, você se relaciona sexualmente com a pessoa, sem muitos sentimentalismo. Existe até uma passagem de um dos personagens mais evidentes querendo ter conversas mais profundas, e a mulher acha muito estranho esse fato por não irem logo aos finalmentes.

Esse novo mundo teve origem quando descoberto o aprendizado através do sono, na época da sua descoberta não aprofundaram muito essa ciência, todavia, após aprimoramentos começaram os testes na modificação cerebral das pessoas, e chegamos no povo atual do enredo. Onde desde crianças são ensinadas como devem viver naquele meio e evitarem as infelicidades das relações humanas antigas (no caso como vivemos hoje em dia). Existem ilhas nesse mundo onde vivem pessoas não programadas por alguma razão, porém, o Estado atual não os considera ameaça e não querem gastar recursos à toa com essas populações, apenas os mantem em vigilância. Quando ...

A história não contém ação, O foco é nas reflexões trazidas pelo autor sobre Liberdade x Felicidade. É um livro bem denso nas passagens, requer uma leitura com mais calma e atenção para podermos entrar de cabeça em todas as viagens propostas.
Katia Rodrigues 07/11/2021minha estante
Ótima resenha!


Fabi 08/11/2021minha estante
Adoro o livro e o autor


Báu do Norte 09/11/2021minha estante
Adorei sua resenha! O livro parece muito interessante, já vai pra minha lista de desejos da Amazon! ?


Diego Lima 16/11/2021minha estante
Valeu xD




Rômullo 05/03/2010

Admirável ou Abominável Mundo Novo ?
Imagine uma sociedade treinada. Completamente organizada. Onde todas as instituições que conhecemos (Família, casamento, amor, fé, Deus) simplesmente não existissem. Não haveria vontade livre ou escolhas, abolidas pelo pré-condicionamento; a servidão seria algo aceitável devido a doses regulares de felicidade química (através de uma droga chamada "soma"); ortodoxias e ideologias seriam ministradas em cursos durante o sono. Desde pequeninos, talvez até como clones, seríamos condicionados a ter um estilo de vida funcional e que se adequasse ao meio. Seríamos dividos previamente em castas superiores ou inferiores, ou seja, classes sociais.

Esse é o retrato do "Mundo Novo", da obra de Huxley. Ou seria da sociedade atual?

Não é a nossa sociedade tão consumista e manipuladora quanto a de Huxley? Não são os nossos meios midiáticos que procuram destruir essas 'instituições'? As nossas escolhas e nosso raciocínio crítico não estão sendo tirados dia após dia? Muitos já tomam o "soma" (o que é 'soma' senão o ópio do povo, os shoppings, e por que não dizer o álcool, a maconha, LSD, o crack ? As semelhanças são muitas.

No entanto, o "Mundo Novo" se aproxima também da perfeição: o Estado tenta garantir o Bem-Estar da população, não há doenças, guerras, fome, não há disputas por amor (você teria a mulher/homem que quisesse), ninguém fica velho (tanto fisicamente quanto intelectualmente).

Se lhe fosse dada a escolha, o que você optaria: nossa sociedade, cheia de defeitos, injustiças, e tudo mais que há de ruim, ou uma sociedade planejada, voltada para o "bem estar social", onde o todo é o que importa, e as particularidade são suprimidas?

Realmente, é difícil de responder. Toda essa perfeição do Mundo Novo tem seu preço. Em troca da felicidade, a supressão da verdade, da ciência. As pessoas deixariam de ser seres humanos e passariam a ser máquinas superepecializadas. A vida individual, uma das coisas mais valiosas que o homem conquistou com o processo evolutivo, seria anulada pela vida coletiva (nada que lembre o socialismo...).

Mas onde está o problema? Talvez o preço da verdade não seria tão caro se a fome, a miséria, as guerras, injustiça fossem abolidas da face da Terra. Que importa sabermos que a Terra é redonda? Que importa conhecermos a complexidade da Filosofia? Que importa tudo isso, se a felicidade é algo distante para uma grande parcela da população? Valeria a pena trocar o conhecimento pela felicidade?

Um certo filósofo disse uma vez que "feliz é aquele que vive na ignorância"...

A escolha é nossa!

"O Homem ainda faz parte da Natureza. Ele não pode anulá-la, pois ela vive dentro dele próprio. Ele ainda pode voltar a ser o que era antes de se "destacar" de seus "irmãos", se é que chegou a ser alguma coisa."

"Quando as portas da percepção forem abertas, todas as coisas surgirão diante do homem como verdadeiramente são: infinitas."

Aldous Huxley
Talassa 05/03/2010minha estante
Texto muito bom.

Só tenho que discordar em duas coisas. rs



Primeira, acredito que as drogas atuais estão longe de ser aquelas quimicas que você citou (alcool, maconha e cia). A meu ver, as drogas muito mais incisivas na população são: o consumo, o poder, e porque não a ignorância?

Não digo a ignorância clássica, a de não saber do que se tem.



Mas digo da que se ignora o que se tem, ou seja, sabe que se tem mas finge não se ter.

Tanto quanto ao lado natural quanto ao lado humano também.



Segundo.



Claaaaaaaaaaaro..quem sou eu pra discordar, maaaas assim. Não faço muito parte dessa coisa toda de "feliz aquele que vive na ignorância"... Poorque pra mim, ignorancia não é só o ato de nao saber, é também ato de ignorar. de não QUERER saber. O que é pior.

Acho que devemos saber de tudo pra fazermos nossas escolhas.



Claro que tudo seria mais simples se a pestinha da Pandora não tivesse aberto aquela caixa, rs, mas já que foi aberta que saibamos escolher nossos caminhos.

E com a devida sabedoria.

Afinal, somos ou não somos "Homens que pensam que pensam" ?



Feliz é aquele que não ignora e que por isso soube e sabe escolher.





Beijos.


AStefan 06/03/2010minha estante
Bom, estou com a Talassa tb nesse aspecto das drogas.. Entorpecentes não são nada mais do q reflexos da sociedade atual. As verdadeiras dorgas, mano! da nossa sociedade é o consumismo, a mídia massiva e a passividade da população atual em aceitar tudo q é enlatado e enviado pra cá. Toda sociedade é condicionada. A nossa também, obviamente. Só não é um modelo tão desenvolvido quanto o descrito no livro. Não é a toa q desde crianças vemos televisão, temos q nos ajustar às normas sociais, queremos isso e aquilo, q muitas vezes não precisamos. Ele só mostra uma alternativa e metaforiza a revolução q estava vivendo.



Quanto à ignorância, discordo dela.. rsrs



Se eu pudesse escolher agora entre viver uma vida descontraída, sem pensar em política, religião, daonde viemos, para onde vamos, sem me importar com nenhuma questão importante, e ser feliz assim mesmo, eu aceitaria a ignorância numa boa, até pq não saberia q há uma outra possibilidade, assim como no livro. Seria a minha realidade, o meu mundo perfeito, e o considero melhor do q esse em q vivo hj.



Mas infelizmente ou felizmente, resolvi escolher a pílula vermelha e pensar e me importar com as mazelas deste mundo, e tentar fazer alguma coisa para mudar para melhhor, qualquer q seja a minha opinião.



Preciso confessar que quando comecei a ler esse livro, a idéia de condicionamento até q me pareceu razoável, só no desenrolar do livro q vi coisas q me desagradaram, principalmente a existência de povos primitivos. hsuahsuhasuhauhsa, deveriam estar todos destruídos!!! Muahahahahaha


Talassa 08/03/2010minha estante
rsrs.

Arthur, você é um chato! =P

rs



Não, de verdade.

Quando eu quis dizer a ignorancia, claaro que eu tambem preferia morar num mundo perfeito, com bosques e arvores com passaros etc e tal. O problema é que ele não existe.

Me refiro ao mundo que temos hoje

E com ele a gente tem qe ter acesso a tudo o que pode se saber sobre o mundo ( nao me refiro a essa coisa toda de lixo tecnológico) pra gente poder escolher que mundo queremos.





"Queremos saber,

Queremos viver

Confiantes no futuro

Por isso se faz necessário prever

Qual o itinerário da ilusão

A ilusão do poder

Pois se foi permitido ao homem

Tantas coisas conhecer

É melhor que todos saibam

O que pode acontecer"



Gilberto Gil



Adriana F. 10/01/2011minha estante
Gostei da resenha. Só o fato de vc fazer o link com a sociedade atual já está de bom tamanho!!! Um dia farei a minha, mas como é um livro mto especial, tenho medo de não conseguir escrever à altura! hihihihi


Têco 15/12/2011minha estante
Cara, resistir é persistir. Cada individuo é uno. E tem a verdade, sua verdade. Que a sociedade o quer oprimir sob certa situação, e o quer defender sobre outra. Na superficialidade "o homem é o lobo do homem" (interessante ver a letra da música Pitty que tem esse trecho, o próprio álbum é muito bom e a romântica, para quem continuou a acompanhar a obra dela, vê uma beleza, que, "putz", sem mensurar, dela), interessante ver a obra "O Idiota" de Dostoiévski no trecho onde se conta a historia da mulher que é apredejada, humilhada, perseguida, na sua vila, por circunstâncias sociais (as páginas são riquíssimas). Há um paradoxo grande, o homem pode ser guiado pelo seu comum, "conviver", "guerrear", pode ter algo distinto da sociedade e ser reprimido pela sociedade por medo dele próprio ser reprimido ou ser diferente, evoluir (evolui se fizer ao contrário, resistir, com luz e amor frente a escuridão; serenidade, consciência, ligado em tudo, ligado na verdade). A humanidade flutua e transborda entre um inconsciente mascarado coletivo e um estado de comunhão... Será isto? Isto é o exposto pra quem enxerga em um nível... Um outro, talvez o mais ocorrente e o entre os "estados de consciência" ("ser", liberdade)(que são os oscilantes e não muito ocorríveis entre o homem comum e hipócrita, que pode surgir em instantes de ser quem é e criatividade), do homem comum hipócrita e social, estado este onde aparecem as diferenças e sob a base de ódio, inveja, cobiça, poder... Um outro é o que vê sob a ótica da espiritualidade mais avançada, que é de não esperar nada do mundo, não agir pro ele, apenas estar, apenas ser... mas é pra quem atingiu este nível de evolução e assim o acaba comunicando isto... pra quem quer estar em torno dessa espiritualidade e busca, o vêem para si o mundo com destemor, entusiasmo, alegria, desprendimento compromissado, juventude, vitalidae, exuberânica, humildade, "admirando o admirável" e aqui vem a crítica do livro pela minha parte; ele fala em fundamentalismo, mas será que a dessas instituições, "sociedade", ou valores, ética, não tem um quê de fundamentalista? Um espiriualista como Krishnamurti não acredita na instituição família, no Estado, mas é uma espiritualidade realmente iluminada, para iluminados. Eu acredito em conhecer e ter consciência desta espiriualidade, mas agir em prol do coletivo, da ética, da razão, dos valores mais tocantes (que não vem do nada, vem de uma construção, de uma cultura, de uma evolução espiritual e evolucionista, de respeito ao mestre, ao ancestral, as constituições físicas, idade, repouso)... porém acredito mais no íntimo... no meu íntimo... no de qualquer pessoa... no indivíduo... na particularidade de cada um... lá o divino está mais a frente e desenvolvido... e o oposto disto é o medo social coletivo, comum a "escuridão" (qualquer não luz, falta de parcela dela), falta de consciência, presença, em que fracóides humanóides simulam, disfarçam, "tiram o time", mostram até algo seu, mas com um medo da opressão social a evolução do amor, do agora, mostrando um insconsciente coletivo de milhares de anos de guerras, de condicionamentos, de pressões, de sociedades, até do mau e muito dele, se agarrando numa ética que se alguns casos assim feita, o agarrar a ética é ao medo, por não terem a vista ao evoluído individual, ou pelo menos o seu íntimo negar por máscaras suas e pressões de fora. E em muitos casos, o de pessoas não envolvidas e bem distantes do caso fica muito fácil pra elas não pensarem, se levarem pela onda, leva, maioria, não terem consciência, percepção e por muito atingido por um coletivo e até estar nele agirem em função dele, mas também claramente revelando um medo inconsciente coletivo e fuga, "sou diferente", "não sou amigo dele, só até tal ponto", "sou frouxo". Amanhece um carnaval com algumas pessoas na rua, todo mundo comprimentanto veementemente todo mundo que vai saber um pouco da liberdade. Se joga (literalmente) pra entrar num ônibus com umas duzentas pessoas querendo entrar pra um bairro violento, vai sentado na cabeçeira da cadeira fazendo samba. "Eu queria ver a verdadeira liberdade, sem medos, paranóias ou cabreragens". Escuta Sabotage cantar e falar em humildade e revolucionar a humildade como cultivável. Vê ele cantando "viver livre no extremo, ir de encontro ao vento". Você for levado aonde quiser estar, "certeza que a sede, adrena na veia, me levam aonde eu quiser estar". Vê quem produz mais e sobe e desce qualquer ladeira sem medo. Concluo este comentário assim. Cada um é cada. O mais fácil é se esconder. O livro trás conhecimento, forte, direcionado, algo que ele concentrou... mas de forma ainda paradoxal, nada pode ser generalista completamente ou se pode não é o fundamentalismo que ele fala, mas algo bem diferente. Lendo entendo este bem diferente, mas é o maior dom comum de cada. Não dá pra levar pra politíca, pra sociedade e nem até pra ética, o que se tira é uma conclusão espiritual, e claro que pode aprender (e aprende) de sociedade, política, mídia, pressão, medos, interesses, medo de poder, de dominância, medo de sua máscara e hipocrisia, ao mundinho junto reunido ou uma agência jornalística. Pessoas podem te manipular e de uma forma muito assustadora e degradante.


Li 03/06/2012minha estante
você chegou a ler alguma obra de shakespeare com que aldous husley se baseou para escrever o livro?


Rômullo 04/06/2012minha estante
Na verdade, não. rs


Cristiane 21/06/2012minha estante
Um mundo perfeito seria legal. Mas aí você pensa na liberdade, nas escolhas, nos erros. Sei lá, não teria graça ver todos perfeitos, magrinhos, jovens. A graça desse mundo está nas imperfeições.
Prefiro viver em um mundo com todas as inquietações existentes, mas um mundo que me possibilite questionar, pensar independentemente. Muito ruim viver nessa dependência do mundo perfeito que o livro mostra.




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Emerson Meira 03/08/2024minha estante
Por nada! Fico feliz que gostou! ??
Ótima resenha! ??????
Não passou nervoso com tanta gente superficial? ??


Jorlaíne 03/08/2024minha estante
Emerson, eu sou professora na era instagram ???


Emerson Meira 03/08/2024minha estante
É mesmo. Eu havia esquecido esse detalhe ??


Jorlaíne 03/08/2024minha estante
???


Jorlaíne 03/08/2024minha estante
A parte que mais me incomodou foi a liberação das atividades sexuais para as crianças. Eu não tô preparada para essa conversa.
O que mais te incomodou no livro, Emerson?


Emerson Meira 03/08/2024minha estante
É, isso é precipitado mesmo ?
Acho que o condicionamento a valores pré-determinados. Eu sempre odiei imposição seja no que for ?
Esse livro seria ótimo pra discutir tomando um cafézinho ?


Jorlaíne 03/08/2024minha estante
O tão sonhado cafezinho nosso. Um dia!


Emerson Meira 03/08/2024minha estante
Um dia! ?????


Max 03/08/2024minha estante
Livro realmente fora do comum!




Alessandra384 19/03/2022

Que livro é esse? Simplesmente fantástico. Deveria ser leitura obrigatória a todos.
Eu que cursei Serviço Social enxerguei tantas críticas sociais que a graduação me fez enxergar.
Mesmo não sendo de forma extrema como no livro, a gente percebe o quanto somos condicionados para aceitar determinados fatos da vida/sociedade.
Livia 19/03/2022minha estante
O melhor




Daud99 15/03/2022

Merece mais visibilidade
Que livro sensacional. No início tive dificuldades sim, e achei a história não tão incrível. Mas após o término da leitura, tudo que acontece no meu meio social eu imediatamente relaciono a tudo que vi no livro. Muito mais completo que 1984 sim!! Fico pensando em cada detalhe desse livro até hoje. Muito bom, queria que todos tivessem essa oportunidade de ler está obra.
Leandro.Conde 15/03/2022minha estante
?1984




Rafa 12/12/2021

O reino de Pavlov
Os temas abordados na distopia de Huxley inevitavelmente nos remetem aos dias de hoje. Haja vista, o condicionamento amplamente conduzido pelas redes sociais, capaz de fabricar indivíduos totalmente autômatos. Até onde vale a pena aplicar tal condicionamento? Até que ponto a estabilidade deve prevalecer? Afinal, existe liberdade individual sem organização?
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Wagner47 24/05/2023

Os detalhes conduzem à virtude e à felicidade
Em uma sociedade onde os seres humanos são "produzidos" em larga escala, o foco é a estabilidade. Tendo Ford como imagem máxima (inclusive os anos sendo contados em Depois de Ford), o livro se passa em uma Londres futurista que, assim como no mundo, divide a sociedade em castas (Alfa, Beta, Gama, Delta e Ípsilon em diferentes níveis), diferenciando-os pelas suas funções e pela cor de suas vestes. A partir da engenharia genética, tais indivíduos já são definidos durante sua concepção em laboratório, utilizando-se de clonagem e condicionados a serem o que são. Pai e mãe são termos proibidos (assim como o amor) e o sexo é estimulado desde a infância.

Aldous constrói e nos apresenta uma sociedade muito equilibrada e muito bem dividida, onde todo mundo é de todo mundo e a harmonia reina. Apesar de produzidos, continuam sendo seres humanos com seus sentimentos, por mais que tenham sido condicionados a alguns desde o seu nascimento. Entretanto, durante esse processo, alguns saem um tanto quanto falhos e a partir daí acompanhamos Bernard Marx, um alfa-mais (uma das mais altas castas) com aparência de gama e oferece certa resistência quanto aos meios impostos desse mundo.

Em determinada região chamada Malpaís, há os Selvagens. É um grupo de pessoas isoladas que vivem conforme querem viver, onde a natalidade não é controlada e feita de forma natural, cada um seguindo suas tradições, cultos e culturas. A partir de uma descoberta feita nessa terra e com as autorizações certas, Bernard leva os Selvagens John e sua mãe Linda para a cidade.
John é diferente dos demais Selvagens. Sendo muito bem instruído e viciado em Shakespeare, não possui tanto acolhimento em sua própria terra, portanto partir para um outro lugar poderia ser algo positivo.
Oh, admirável mundo novo!
Mas seria esse choque de culturas tão benéfico assim?

Uma coisa que sempre ouvi falar desse livro é como o início é mais difícil. Acredito que o termo que melhor se encaixa aqui é "confuso", uma vez que recorre à tecnicidade dos termos para apresentar ao leitor seu funcionamento. Apesar de muitas explicações, o autor sabe muito bem manter a fluidez, mudando cenários na velocidade da luz e conseguindo deixar o leitor a par de tudo mesmo assim.

Acredito que o autor poderia dar mais ênfase à rivalidade de Bernard e o Diretor de Incubação e Condicionamento (D.I.C.). A informação recebida e que viria ocasionar diversos desdobramentos foi feita de uma forma jogada. Há momentos também que surgem novas explicações de funcionamento, sendo que poderiam ter sido feitas lá no início e focar mais no Selvagem John conhecendo e se inteirando do novo ambiente.

O clímax e o final são maravilhosos. Há um diálogo sobre a felicidade, Deus e próprias escolhas tornando tudo o que veio antes ainda mais grandioso. Ok que uma situação ou outra é um tanto quanto exagerada (como o fato de experimentarem algo e descartarem só porque não deu certo com seres condicionados a outras coisas), mas de forma geral chega ao ponto de ser contemplativo.
O encerramento é bem corajoso também.

Foi uma leitura bem proveitosa e até que fácil para o gênero, mostrando uma sociedade estável e em que seus indivíduos nem percebem que estão infelizes, apenas que estão confortáveis. Indivíduos que nunca optaram por Deus, pela poesia, pelo perigo autêntico, pela liberdade, pela bondade.
Pelo pecado.
Pelo direito de ser infeliz.
Carolina.Gomes 24/05/2023minha estante
Gosto muito dessa distopia.




Luiz Souza 07/10/2023

Distopia
O livro aborda sobre vários temas uns deles é tecnologia reprodutiva.
Ele se passa no ano 2540.

Gostei bastante muito do livro mas achei um pouco arrastado mas vale a pena a leitura.

Ótima leitura.
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Sahmira 06/02/2022

Surpreendente
Nunca havia lido nada parecido. Foi uma leitura que me fez pensar sobre muitos aspectos da vida social. Um pouco difícil em algumas partes, não sei dizer com certeza se entendi tudo o que deveria ter entendido.
É um ótimo livro, recomendo para quem gosta das obras do George Orwell.
Lari 06/02/2022minha estante
Esse livro é perfeito ?




Raiane.Priscila 23/01/2024

Não funcionou
Não vou detonar esse livro. Ele está entre os maiores clássicos da distopia por algum motivo. Apenas não funcionou para mim.
Helô Kleine 23/01/2024minha estante
Eu gosto muito da primeira metade do livro.


Raiane.Priscila 23/01/2024minha estante
Eu já gostei só do final. Foi onde as coisas pararam de serem completos absurdos e se tornaram mais plausíveis, por conta da conversa entre o Selvagens e um dos chefes de governo.


Duchesse 25/01/2024minha estante
Já eu, adoro o livro inteiro! Li a primeira vez quando era adolescente e me marcou profundamente. É um dos meus livros favoritos.




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Ramon F. 15/04/2021

...
"Lugares mudos, ora desertos
Que não faz muito o povo habitava...
Esses silêncios, ao mesmo tempo
[...]
Todos falando - mas com que voz?
Sim, com que voz?
Ah! isso ignoro
[...]
Por absurda que seja a origem,
Esta sombra em que só o nada
Povoa melhor - miragem, bolha -
O grande vácuo sutil da noite
Do que o objeto com que se copula
Tão tristemente - assim me parece!"
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Roberto 23/06/2021

O ponto nuclear desta obra, sua razão como visionária, é o controle social pelo prazer. Esqueçam o futuro ou o deslumbramento pela genética na primeira metade do séc. XX, nada é mais atual do que a engenharia social pela redução do "intervalo de tempo entre o desejo e sua satisfação". É um horror imaginar que as novas gerações estejam condenadas a abdicar de sua herança.
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flouaris 24/05/2020

muito bom.
no final do livro até coloquei a música "admirável chip novo" pra tocar
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Reccanello 31/01/2021

Pelo direito de ser infeliz!
Mais que o franco, óbvio e impenitente totalitarismo do governo, e para além da apatia geral da população, o livro destaca dois pontos que, conquanto despercebidos para muitos, são comuns a todas as distopias mais conhecidas ("1984", "Fahrenheit 451" e "Laranja Mecânica"): 1) a supremacia da sociedade frente ao indivíduo; e 2) a voluntária aniquilação de toda e qualquer individualidade. Em "Admirável Mundo Novo" esses aspectos aparecem desde o primeiro capítulo - com a demonstração de como se aplica a biologia em favor da estabilidade social e com a felicidade sendo definida como "amar o que se é obrigado a fazer" -, encerrando no discurso final do Grande Administrador - quando, categoricamente, afirma que "toda a ordem social ficaria desorganizada se os homens se pusessem a fazer as coisas por iniciativa própria" (não foi à toa que, no prefácio de 1946, Aldous Huxley afirmou que num estado eficientemente totalitário bastaria ao Poder Executivo criar uma massa de escravos que amassem sua própria servidão). E como criar tal massa voluntariamente subserviente? Primeiro - e isso não te recorda o estado assistencialista das Sociais-Democracias? - proporcionando à choldra uma completa segurança econômica. Isso feito, o amor à servidão seria aprofundado pela sugestão propagandística e educacional, pela permanência e exacerbação das diferenças humanas (não te recordas da obrigatoriedade de as pessoas se definirem como sendo desta ou daquela "raça"?), pela massificação das drogas (não que eu seja contra seu uso, desde que não estimulado pelo estado) e pela implantação de um sistema eficiente (e muitas vezes oculto) de eugenia.
Enfim, se comparadas ao futuro de "1984", as previsões de Huxley parecem muito mais terríveis, porquanto possíveis de se concretizarem (como nos advertiu o autor, "hoje parece perfeitamente possível que o horror esteja entre nós dentro de um único século") e, a não ser que um movimento popular em grande escala pela descentralização e iniciativa local apareça e se fortaleça, infelizmente é pouco provável que consigamos deter a atual tendência ao estatismo!

site: https://www.instagram.com/p/CUKy8JWLnmL/
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