Têco 15/12/2011minha estanteCara, resistir é persistir. Cada individuo é uno. E tem a verdade, sua verdade. Que a sociedade o quer oprimir sob certa situação, e o quer defender sobre outra. Na superficialidade "o homem é o lobo do homem" (interessante ver a letra da música Pitty que tem esse trecho, o próprio álbum é muito bom e a romântica, para quem continuou a acompanhar a obra dela, vê uma beleza, que, "putz", sem mensurar, dela), interessante ver a obra "O Idiota" de Dostoiévski no trecho onde se conta a historia da mulher que é apredejada, humilhada, perseguida, na sua vila, por circunstâncias sociais (as páginas são riquíssimas). Há um paradoxo grande, o homem pode ser guiado pelo seu comum, "conviver", "guerrear", pode ter algo distinto da sociedade e ser reprimido pela sociedade por medo dele próprio ser reprimido ou ser diferente, evoluir (evolui se fizer ao contrário, resistir, com luz e amor frente a escuridão; serenidade, consciência, ligado em tudo, ligado na verdade). A humanidade flutua e transborda entre um inconsciente mascarado coletivo e um estado de comunhão... Será isto? Isto é o exposto pra quem enxerga em um nível... Um outro, talvez o mais ocorrente e o entre os "estados de consciência" ("ser", liberdade)(que são os oscilantes e não muito ocorríveis entre o homem comum e hipócrita, que pode surgir em instantes de ser quem é e criatividade), do homem comum hipócrita e social, estado este onde aparecem as diferenças e sob a base de ódio, inveja, cobiça, poder... Um outro é o que vê sob a ótica da espiritualidade mais avançada, que é de não esperar nada do mundo, não agir pro ele, apenas estar, apenas ser... mas é pra quem atingiu este nível de evolução e assim o acaba comunicando isto... pra quem quer estar em torno dessa espiritualidade e busca, o vêem para si o mundo com destemor, entusiasmo, alegria, desprendimento compromissado, juventude, vitalidae, exuberânica, humildade, "admirando o admirável" e aqui vem a crítica do livro pela minha parte; ele fala em fundamentalismo, mas será que a dessas instituições, "sociedade", ou valores, ética, não tem um quê de fundamentalista? Um espiriualista como Krishnamurti não acredita na instituição família, no Estado, mas é uma espiritualidade realmente iluminada, para iluminados. Eu acredito em conhecer e ter consciência desta espiriualidade, mas agir em prol do coletivo, da ética, da razão, dos valores mais tocantes (que não vem do nada, vem de uma construção, de uma cultura, de uma evolução espiritual e evolucionista, de respeito ao mestre, ao ancestral, as constituições físicas, idade, repouso)... porém acredito mais no íntimo... no meu íntimo... no de qualquer pessoa... no indivíduo... na particularidade de cada um... lá o divino está mais a frente e desenvolvido... e o oposto disto é o medo social coletivo, comum a "escuridão" (qualquer não luz, falta de parcela dela), falta de consciência, presença, em que fracóides humanóides simulam, disfarçam, "tiram o time", mostram até algo seu, mas com um medo da opressão social a evolução do amor, do agora, mostrando um insconsciente coletivo de milhares de anos de guerras, de condicionamentos, de pressões, de sociedades, até do mau e muito dele, se agarrando numa ética que se alguns casos assim feita, o agarrar a ética é ao medo, por não terem a vista ao evoluído individual, ou pelo menos o seu íntimo negar por máscaras suas e pressões de fora. E em muitos casos, o de pessoas não envolvidas e bem distantes do caso fica muito fácil pra elas não pensarem, se levarem pela onda, leva, maioria, não terem consciência, percepção e por muito atingido por um coletivo e até estar nele agirem em função dele, mas também claramente revelando um medo inconsciente coletivo e fuga, "sou diferente", "não sou amigo dele, só até tal ponto", "sou frouxo". Amanhece um carnaval com algumas pessoas na rua, todo mundo comprimentanto veementemente todo mundo que vai saber um pouco da liberdade. Se joga (literalmente) pra entrar num ônibus com umas duzentas pessoas querendo entrar pra um bairro violento, vai sentado na cabeçeira da cadeira fazendo samba. "Eu queria ver a verdadeira liberdade, sem medos, paranóias ou cabreragens". Escuta Sabotage cantar e falar em humildade e revolucionar a humildade como cultivável. Vê ele cantando "viver livre no extremo, ir de encontro ao vento". Você for levado aonde quiser estar, "certeza que a sede, adrena na veia, me levam aonde eu quiser estar". Vê quem produz mais e sobe e desce qualquer ladeira sem medo. Concluo este comentário assim. Cada um é cada. O mais fácil é se esconder. O livro trás conhecimento, forte, direcionado, algo que ele concentrou... mas de forma ainda paradoxal, nada pode ser generalista completamente ou se pode não é o fundamentalismo que ele fala, mas algo bem diferente. Lendo entendo este bem diferente, mas é o maior dom comum de cada. Não dá pra levar pra politíca, pra sociedade e nem até pra ética, o que se tira é uma conclusão espiritual, e claro que pode aprender (e aprende) de sociedade, política, mídia, pressão, medos, interesses, medo de poder, de dominância, medo de sua máscara e hipocrisia, ao mundinho junto reunido ou uma agência jornalística. Pessoas podem te manipular e de uma forma muito assustadora e degradante.