Admirável mundo novo

Admirável mundo novo Aldous Huxley




Resenhas - Admirável Mundo Novo


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George 20/11/2021

Utopía clásica
Muito bom livro achei as vezes que enrola porém temos que entra no clima do livro para entende-lo mas quando você entende os personagens o livro fica bom
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Jamile.Almeida 17/09/2020

Felicidade em pílulas!
Um mundo em que você é obrigado a ser feliz... afinal, o inconformismo, a incerteza, a insegurança leva ao questionamento, nos faz repensar... então se a angústia bateu, nada como uma boa dose de SOMA! O remédio anti-sofrimento.

Uma sociedade dividida em castas, onde as pessoas foram pré condicionadas e produzidas em laboratório, numa escala Fordiana (?oh, Ford?- ?oh, Lord? - as referências e analogias a esse nome no livro são de rodopiar cabeças), para aceitar seu local de pertencimento e iguais em seus grupos. Onde os valores de família e relações humanas por carinho, amor ou qualquer sentimento não fazem parte de um bom comportamento.
Esses elementos - felicidade que entorpece, cega e mata, condicionamento, igualdade absoluta dentro das castas, ausência de possibilidades de mudanças de status social, governo controlador, destruição de laços familiares - que medo desse enredo!

O livro ainda traz o personagem mais apaixonante e verdadeiro de todas as distopias que li: John, que não poderia ter melhor apelido - O SELVAGEM.
Sua estranheza diante desse admirável mundo, sua inocência perante as incertezas e suas menções a Shakespeare ganharam meu coração... que grande livro, meus amigos!
Aryana 17/09/2020minha estante
Tá na lista!


Jamile.Almeida 17/09/2020minha estante
Ele é mais gostoso de ler do que 1984. E olha que amei os dois.


almeidalewis 18/09/2020minha estante
Como sempre uma boa análise para aqueles que tinham alguma dúvida !
? esse é um daqueles da sua coleção que eu ainda não li ?.


Jamile.Almeida 18/09/2020minha estante
Super vale, Almeida!


almeidalewis 19/09/2020minha estante
Não tenho dúvidas ?.esse ano minha programação já tá no limite ( meu ritmo é mais lento que os demais ? ).vou tentar encaixar ele para 2021 ?.???


Jamile.Almeida 19/09/2020minha estante
Caminhando sempre! Nao é corrida, é prazer em ler! Isso ai!! ??????


almeidalewis 19/09/2020minha estante
Disse tudo Jamile ?????


Guilherme.Augusto 21/10/2020minha estante
Sabia que vce iria gostar! haha


Jamile.Almeida 22/10/2020minha estante
Ameeeeeiiii




Oliveira208 30/07/2022

Que tiro foi esse?
O livro te deixa tenso, você fica querendo ar, alívio, graça, qualquer coisa boa, mas não acha. Excelente reflexão sobre condicionamento.
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Jenickson 18/07/2020

Admirável Mundo Novo (Nota: 10/10)
Que livro, gente! Eu ainda estou tentando processar tudo na minha cabeça, enquanto escrevo este pequeno texto.
Admirável Mundo Novo é uma distopia clássica, que te faz perder o fôlego, ao fim. Fantástica!

Nesta obra de Aldous Huxley, nos deparamos com um governo totalitário que se posiciona contra qualquer vestígio de individualidade. Neste mundo, não existe mais o nascimento de pessoas, mas sim a fabricação delas, e são divididas em 5 castas: Alfa (a mais nobre), Beta, Gama, Delta e Ípsilon (a menos nobre). Cada casta tem suas responsabilidade para com a sociedade.

Contudo, todas elas tem algo em comum: todo e qualquer indivíduo precisa estar FELIZ! Sim, em Admirável Mundo Novo, você não tem o direito de ser infeliz, ou, de estar infeliz. Com nada. Quando isso acontece, o governo disponibiliza gratuitamente um "remédio" para a infelicidade: o soma!

Quando uma mulher chamada Linda, que pertence a esta sociedade, foge e dá a luz a um filho chamado John (mas que é conhecido como Selvagem, afinal, este é o nome dos que não foram produzidos da forma "normal" neste mundo) vira notícia em todos os lugares.

John, o Selvagem, cresceu como nós, num mundo bem parecido. Lendo a Bíblia, e sendo um grande fã de Shakespeare. Ao ser inserido no 'Admirável Mundo Novo', o Selvagem se depara com pessoas totalmente diferentes dele e com hábitos que ele jamais o vira. A partir daí, ele reagirá a isso tudo, causando bastante notoriedade na imprensa local e em todas as pessoas que o passam a conhecer.

É um livro daqueles que fica marcado. Uma história muito bem produzida. Um livro que precisa ser lido.
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MMo 17/07/2022

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Uma sociedade fundada num sistema de castas, que tem como marco temporal a.F e d.F (antes de Ford e depois de Ford) criada a partir de reprodução industrial, uma vez que não há de se falar em gestação ou partos, é condicionada desde a mais tenra idade a viver nos ditames predestinados do Estado Mundial que, em nome da estabilidade social, controla todos os âmbitos da vida dos indivíduos.
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No novo modo de vida científico e tecnológico, já não há espaço para o antigo conceito de infância, monogamia, doenças, romantismo, laços afetivos, relações humanas, dor ou sofrimento. Livrar-se de tudo que é desagradável e antigo, agora, é a forma mais sublime de se progredir, ser virtuoso e feliz.
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Precursora e aliada, a substância soma é apenas um dos muitos instrumentos de alienação social, que cumpre um papel fundamental para a adaptação cotidiana da civilização sintética, que guarda relação com os dias atuais tendente a não preservar valores humanitários e rumando, paulatinamente, para um Admirável Mundo Novo.
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Uma leitura indispensável sobre um futuro cujos efeitos já estão se consumando. Recomendo. ?
Danyelle52 26/07/2022minha estante
Excelente resenha! ?


MMo 26/07/2022minha estante
Obrigada, Dany. ? Gostei tanto desse livro. Boa leitura pra você. ?


Danyelle52 26/07/2022minha estante
De nada! ?
Ele é bom mesmo! Muito obrigada!




Fabi Copetti 14/02/2024

Reflexivo
Ainda tentando processar essa leitura. O início do livro foi complicado para mim, muito detalhista, muitas informações técnicas que não me deram muito prazer. Mas com o decorrer da leitura algumas foram muito necessárias. É um livro com questões bem atuais e preocupantes. Impossível não refletir sobre sobre controle externo, solidão, sentimentos reprimidos, falta de liberdade. O livro termina, mas a leitura não. Os temas ficam na sua cabeça.
JoAo366 14/02/2024minha estante
Eu desisti dele justamente por conta do começo. Não sei, não consegui seguir. Mas, tenho muita vontade de voltar. Principalmente pra completar a trindade ?1984? e ?Fahrenheit 451?. Este último que é meu livro preferido da vida!!


Vitoria 14/02/2024minha estante
Esse é o livro que o filme foi baseado ?


Nathane6 14/02/2024minha estante
Tem várias adaptações, Victoria


Fabi Copetti 14/02/2024minha estante
João, esse começo é arrastado mesmo. Por isso eu tenho o hábito de ler vários livros ao mesmo tempo. Quando pego um assim muito descritivo, vou lendo aos poucos, intercalando com outro mais interessante.


Lendo_letras 14/02/2024minha estante
Em breve estarei iniciando a leitura do livro, espero ser constante na leitura, gosto de livros que me desafiam a pensar


JoAo366 15/02/2024minha estante
Ahh, eu vou tentar intercalando com algum outro. Gostei da ideia. Eu geralmente leio um por vez.




Jeferson.Maia 08/06/2021

Ótimo livro, não é apenas uma literatura de um universo distópico, mas uma literatura que nos faz pensar até onde iriamos em busca de um mundo supostamente feliz, sem guerras e sem sofrimento, em alguns momentos chegando inclusive a lembrar muito mais um livro de filosofia do que apenas uma narrativa literária, uma sociedade alternativa que nos faz pensar se estaríamos dispostos a abrir mão de tanta coisa por um futuro pensado socialmente como feliz.
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@apilhadathay 30/07/2021

Distopia clássica
"E esse... é o segredo da felicidade e da virtude: amarmos o que somos obrigados a fazer" (p. 36)

Neste universo distópico, o tempo é contado pela vida do Henry Ford - sua nova divindade.
O livro se inicia com um professor possivelmente universitário levando seu alunos ao laboratório pra mostrar como são geradas as crianças: todas de proveta, não há mais o conceito de família, pai e mãe são palavras consideradas obscenas! As pessoas nascem e morrem sozinhas. Existe uma ligação forte feita pela sexualidade entre as pessoas. Não existe mais a ideia de monogamia, então você é tão normal quanto mais promíscuo você for.

"Quanto maior é o talento de um homem, mais poder ele tem para desviar os outros. É preferível o sacrifício de um à corrupção de muitos" (p. 181)

Os moradores são divididos em Castas: Alfas até os Ípsilons, dos Administradores gerais à casta mais baixa. Essas condições são decididas na geração do feto, no laboratório e cada pessoa já cresce predisposta a aceitar a sua realidade sem questionamentos. Existe um panorama forte de condicionamento psicológico.

"Cada um pertence a todos" (p. 62)

Bernard Marx é um Alfa que decidiu não tomar mais o soma, a droga que mantém todos tranquilões e felizes o tempo todo - um medicamento entregue pelo governo e que deve ser tomado diariamente, em doses especiais que induzem a pessoa a seguir sem questionar a vida. Acabou sendo rechaçado, por destoar do grupo. Clássico herói banido.

Há uma cena icônica do "Selvagem" sendo acuado pela civilização; endeusamento do Ford, experimentos com crianças, uma normalização da felicidade artificial e uma proibição do direito de ser infeliz; a ideia da morte é suavizada e normalizada, com o condicionamento das pessoas para aceitarem-na sem questionar; o soma é comparado a um "Cristianismo sem lágrimas"; até mesmo um debate sobre deus se manifestar apenas na ausência. Muitas referências são feitas a obras de Shakespeare, sobretudo por parte do "Selvagem", o John, uma figura.

Há referência a Wells; encontramos elementos que nos ligam a NÓS, de Zamiátin, como a ideia da padronização humana, o fordismo como lei e até rito quase religioso, os milhares de relógios de Bloomsbury, a ideia de ser socialmente útil; a busca de uma perfeição social que só parece se concretizar quando se elimina a liberdade das pessoas em geral. QUE OBRA! S2
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Arthur 19/04/2021

Distopia ou realidade?
Tentarei ser bem sucinto nessa resenha. A que ponto a alienação pode chegar? Que ela funcione como forma de controle social, já sabemos. Mas romper a barreira da alienação deveria ser assim tão difícil?
Por vários momentos enquanto lia Admirável Mundo Novo eu lembrava de Theodor Adorno e de sua formulação sobre a "indústria cultural". Como educador sei bem de como um processo de alienação articulado por diversos sujeitos, sobretudo com uma fluidez tão grande de informações, causa impactos na formação, aliena e, de fato, promove controle. É notório também o espanto que causam aqueles que ousam contestar toda essa "indústria", em analogia clara ao mito da caverna de Platão. Que isso já transpôs o campo das distopias e assumiu um estado de realidade é um fato tão consolidado que já nem sei desde quando. Nessa representação o livro é muito fiel (ou seria premonitório? Nem sei...)
O que me causou muito incômodo, sobretudo até metade do livro mais ou menos, foi o sexismo e o racismo. Fiquei intrigado sem discernir se aquelas descrições entravam no campo das tantas críticas presentes no livro, ou se podiam ser posições do autor. Por isso, durante a leitura, fiz uma rápida pesquisa sobre Huxley e, como não encontrei nenhuma relação controversa do autor com essas categorias, conclui que se tratavam de mais elementos da sociedade sendo criticados.
Um destaque a parte para o prefácio dessa edição.
Kamyla.Maciel 19/04/2021minha estante
Concordo com tudo. O que me deixou mais perplexa foi pensar em como Huxley descrevia muitos aspectos da nossa sociedade hoje num livro escrito na década de 30. E não só em relação a alienação, mas na crítica a uma sociedade que necessita ser produtiva sabe, na superficialidade das relações... sei la, sinto que esse livro é daqueles que alguém sempre terá uma visão nova, uma crítica que não havíamos pensado...




Bart 24/04/2021

Admirável Mundo Novo
*Aldous Huxley*
Editora Biblioteca Azul, 2014, 306 pág.
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Já digo que esse livro vai fazer você refletir, é uma leitura que em muitos trechos vão incomodar. ?
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A trama é uma distopia, que fala sobre um mundo utópico, através de um estado-governo ideal, logo é um romance que através das ideias do escritor (ele publicou o livro, pasmem em ??1932??), mesmo assim é impossível você não se questionar sobre como estamos HOJE em dia.
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Não existe o indivíduo, existe a comunidade, a história se passa em Londres de 2540, e para o estado ser perfeito as pessoas precisam ser condicionadas à isso!! Elas são geradas e já separadas em estágios embrionários, as emoções são desestimuladas ao máximo,  porque elas são o que levaram às guerras do passado (logo no começo existe uma forma de "estímulo" com bebês que já choca o leitor, e mostra isso perfeitamente). Condicionamento é a salvação desse mundo utópico, Pavlov seria um deus nesse futuro.
Existe uma religião totalitária que incentiva a solidariedade através de orgias sexuais, e mulheres não tem vez nessa ordem mundial.
Mas tem um momento que o escritor faz um contraponto, quando ele mostra a figura do Selvagem, como o ser humano ligado às suas emoções... daí você vai ter que ler "p/saber onde vai dar a toca do coelho! " ?
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É um livro muito interessante, e se você reconhecer, vai questionar elementos do nosso presente... ele cumpre seu objetivo, mas, é um livro muito incômodo até porque ele não se preocupa com o que você acha, o escritor passa por cima mesmo do que você espera... se vire.
????????
Particularmente, preferi 1984 de George Orwell (esse livro é de cair o queixo).
Admirável Mundo Novo é muito bom, ele cria um mal estar p/fazer o leitor refletir sobre!!
?
CONTINUEM LAVANDO AS MÃOS!
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Samuca Silva 15/01/2022

Escrito em língua inglesa, o livro Admirável Mundo Novo (1932) de Aldous Huxley (1894-1963) é um dos romances distópicos mais influentes do século XX. A trama se passa em futuro longínquo, século XXVI, no qual a Terra está dividida em 10 regiões administrativas e possui 2 bilhões de habitantes os quais são manipulados geneticamente e estão divididos em 5 castas, e suas subdivisões, são elas: alfas, betas, gamas, deltas e ipsílons. Não existe mais famílias, o “nascimento” ocorre em laboratórios através de incubações, não há espaço para religiões nem para o avanço científico e as relações monogâmicas são proibidas.
O romance centra-se em Londres e dentre as inúmeras personagens da obra destaca-se Bernand Marx e John, O selvagem. A versão, em português, aqui resenhada é a 22° edição de 2014. O romance se dividi em dezoito partes.
Apesar de seus quase 90 anos da publicação, Admirável Mundo Novo continua a suscitar inúmeras reflexões e problemáticas relacionadas a diversas temáticas desde o totalitarismo e suas implicações a questões de identidade, governo mundial, clonagem, condicionamento social bem como questionamentos filosóficos ligados a felicidade, amor, ciência e religião, por exemplo.
Em meio a esse leque de discussões levantadas pela obra de Huxley, uma que talvez seja central é a felicidade que na sociedade futurística do livro é algo permanente conquistado à custa da liberdade individual e da paralisação cientifica a partir do uso da droga soma, estratificação social geneticamente pré-definida e o não envelhecimento. É esse entorpecimento social que mantém as coisas em seus devidos lugares.
Assim como no livro atualmente há uma homogeneização dos indivíduos, principalmente, no sentido cultural que já era algo perceptível nos dias de Huxley e elevou-se ao ponto de nos dias atuais a cultura pop calcada na indústria cultural, conceito desenvolvido por Adorno (1903-1969) e Horkheimer (1895-1973), ter o controle sobre a vida das pessoas ditando o que devem ouvir, falar, vestir e ver tudo isso sem a necessidade de condicionamentos biológicos e químicos do Admirável Mundo Novo, o que torna o presente ainda mais assustador.
O romance de Aldous Huxley é uma obra essencial para os que querem ser apresentados a um pouco provável, mas possível e terrível futuro que aguarda a humanidade. Pode ser visto também como um exemplo de como a inadequação à sociedade das massas é algo perigoso.

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Rafael2157 26/04/2021

"A felicidade real sempre parece bastante sórdida em comparação com as supercompensações do sofrimento. E, por certo a estabilidade não é, nem de longe, tão espetacular como a instabilidade. [...] A felicidade nunca é grandiosa."

Me surpreendi bastante com o ato final, as coisas partiram pra um campo mais filosófico do que me deixava a impressão que não ia parecer seguir.
É um excelente livro, embora o ritmo comprometa um pouco em alguns momentos, as noções que talvez pareçam absurdas em 1932, assustadoramente se confirmam, em parte, em 2021. O principal aspecto que me cativou foi a dinâmica de comparação entre uma sociedade primitiva e outra dominada pela revolução tecnocientifíca.
Assustador e necessário, Admirável Mundo Novo se põe, junto com Fim da Eternidade, na prateleira das minhas utopias tecnológicas favoritas.
Mariana 26/04/2021minha estante
Nossa, agora me deu mais vontade ainda de ler


Rafael2157 26/04/2021minha estante
Putz, lê sim... E me diz o que achou quando terminar :)




Daniel Pedrosa 02/01/2015

Admirável
Um livro muito bom, apesar de ter pouca ação.
Um Selvagem é trazido a um mundo de pessoas condicionadas a seguir padrões pré-determinados onde cada detalhe é planejado para a criação de uma sociedade perfeita.
Ele tenta ser diferente, mas o mundo repleto de uma felicidade enganosa na qual todos estão incluidos é muito mais forte e acaba por expurgá-lo.
Muito boa a discussão final entre o Selvagem e o diretor, um texto para ser absorvido e sobre o qual vale a pena refletir.
Recomendada a leitura para quem gosta de ficção com criticas sociais.
Resenha completa em vídeo no link: https://youtu.be/4ViAHZiJz1A
Luci Eclipsada 11/04/2022minha estante
Li o livro anos atrás e gostei bastante.




harison 30/09/2020

Quanto vale um mundo perfeito?
Fico me perguntando o que Schopenhauer faria se existisse em "(...) Um mundo estável. As pessoas são felizes, têm o que desejam e nunca desejam o que não pode ter."

Superado o entrave que tive para adentrar ao universo distópico incrivelmente criado por Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo, passei a existir em uma realidade que forçosamente tornou minha mente úbere. É como se, repentinamente, todos os nossos valores e nossa cultura tornassem-se ortodoxos e práticas imateriais se tornassem nossas vicissitudes diárias. O mais sintomático nesse intercâmbio cultura é o fato de alguns, dentre esses valores citados, já serem tangíveis para nós, fato que torna o romance dicotômico de forma brilhante. Agora não é mais seu sobrenome ou a família na qual você nasce que dita sua classe social, mas sim a engenharia genética (ciência sendo usado para interesses políticos, quem diria, ein?). Quem nunca leu uma distopia e se perguntou "estou realmente lendo uma distopia?". É o que essa obra lhe proporciona.

Sinto que li uma metáfora simbólica atenuada, rotulada como uma distopia. Leiam enquanto ainda podem, pois para viver no Admirável Mudo Novo, onde ninguém é triste, precisamos abrir mão de algumas coisas, uma delas é a nossa liberdade.
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mbragajr 20/02/2023

A ficção virou realidade
É a minha distopia predileta.

Muito se discute, nas rodas de boa conversa apocalíptica, e há décadas, se o futuro próximo será orwelliano ou huxleyano. E cada evento de impacto global parece tracionar as correntes do destino numa inclinação ou noutra.

Estava, até a década passada, ingenuamente convencido de que já vivíamos o cenário "comfortly numb" de alienações hedonicas e vazias, num mundo em que somos todos governados pelo desejo de sê-lo.

Não obstante, subitamente a bota da opressão nos tira do transe, aos chutes, traduzidos em cataclismos sociais, morais e ambientais - com nossa natureza suína sobressaindo a qualquer melhoria genética ou farmacológica.

Talvez, afinal, Skynet surja e sintetize ambos os horrores, numa matriz de sonhos inquietos, porém menos arrasadores do que o despertar no pesadelo real de numa monocultura humana.
Katia Rodrigues 20/02/2023minha estante
Excelente resenha!




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