Fantasmas, cemitérios, possessão demoníaca, templos pagãos, padres escravocratas, múmia e até o próprio Satã.
João da Cruz e Sousa, também conhecido como o Dante Negro ou Cisne Negro, desbravou o inferno em sua obra.
Filho de escravizados, encarou de perto os horrores do racismo e a própria Morte, personagem constante em sua obra, que destinou a ele, sua esposa e aos quatro filhos o mesmo fim trágico. Fundador do Simbolismo no Brasil e influenciado pela poesia herética e satânica de Charles Baudelaire, Cruz e Sousa impactou fortemente a Literatura Brasileira ao abordar o macabro e o insólito em muitos de seus contos e poemas, através de seres fantasmagóricos e preces sinistras.
Admirado por escritores e críticos de todos os tempos, Cruz e Sousa foi durante muito tempo ignorado, com pouquíssimas reedições de suas obras.
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