A quimera é uma criatura mítica: colapso alegórico de seres distintos que ao fundirem-se, forja-se uma hedionda mistura heterogênea. Tal qual a Quimera fantástica, o indivíduo é a coalizão de elementos que combatem entre si.
[A quimera] é a dicotomia que gera uma humanidade em busca de emancipação, negando valores, aspirando a transcendência através do sensível e encontrando-se, finalmente, abalada por uma existência que lhe é insuficiente.
Esta humanidade se encontra prisioneira de seus próprios conflitos, postada como um personagem incapaz de agir no teatro do mundo; percebendo-se como mítica e produto do sonho.
A Quimera é a pluralidade que nos consome.
Poemas, poesias