Tender Branson sequestra um avião e decide se matar. Mas, enquanto o avião possuir combustível, ele resolve contar a história de sua vida para a caixa-preta, numa tentativa de explicar como diabos um sujeito decadente como ele quase se transformou em uma celebridade religiosa. Mas antes de tudo, que fique bem claro, Tender não é um assassino. Ele sequestrou sim o voo 2039 com destino a Sidney, mas desembarcou todos os passageiros no caminho em troca de alguns paraquedas e garrafas de gim-tônica e deixou o piloto saltar de paraquedas depois de decolar. Ele queria apenas morrer sozinho, mas antes, precisava contar a sua história.
Segundo livro de Chuck Palahniuk, autor de Clube da Luta, Sobrevivente é uma história cheia de ironia e sarcasmo, que usa como cenário um país que tropeça em seus próprios valores, e onde qualquer um pode virar modelo de qualquer coisa. Tender, nosso anti-herói americano, é um homem solitário, que alimenta seu peixinho com Valium e presta serviço à possíveis suicidas incentivando suas mortes, mas que viveu toda a infância e adolescência junto à sua família de treze irmãos em uma comunidade de fanáticos religiosos. Por que um cara como ele seria eleito um novo messias? E seria Tender Branson uma contradição ou uma extensão da loucura familiar?
Literatura Estrangeira