"Elogio da Loucura é uma sátira da sociedade dos séculos XV e XVI. Erasmo de Rotterdam não tem a intenção e mudar a sociedade, de lançar um manifesto de revolta contra os potentados da época, de renovar a Igreja, como tenta Lutero, seu contemporâneo. Sua intenção era fazer uma brincadeira e oferecer à própria sociedade um espelho de si mesma, para que ela própria pudesse também achar graça, ou rir à toa, ao ver-se tão ridícula e tão mesquinha.
Elogio da Loucura, não é somente uma sátira que leva o leitor a divertir-se com a descrição de atitudes comportamentais dos dirigentes políticos e religiosos, mas é uma crítica mordaz e feroz, além de um grito de alerta sobre a hipocrisia da sociedade, sobre a insensibilidade dos detentores do poder, sobre a perda dos valores da vida, tudo isso para imenso regozijo da Loucura que toma conta do mundo, como rainha e imperatriz de tudo e de todos".
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