Do livro, não me livro_tb 08/09/2021
O segredo da livraria de Paris
Durante a Segunda Guerra Mundial, Valerie com apenas 3 anos de idade é separada de sua família, e é levada de Paris para Londres. Lá ela passa a ser criada pela prima de sua mãe Mireille, mas é instruída desde aquela época, de chamá-la de "tia Amélie", esta casada com um inglês chamado John.
Quando Valerie completa 20 anos, sua "tia" decide que chegou a hora de lhe contar que havia mais um membro de sua família que estava vivo e ainda morava em Paris, e este parente era ninguém menos que seu avô materno Vicent Dupont.
Por ironia do destino, Valerie descobre através de seu "amigo" Freddy Lea-Sparrow, por quem ela era apaixonada desde sempre, que havia uma publicação num jornal sobre uma vaga de emprego de livreira na livraria Gribowiller (livraria pertencente ao seu avô Dupont).
Com o nome falso de Isabelle Henry, Valerie se candidata à vaga de livreira e consegue o emprego. Agarrando a chance de descobrir os segredos de sua família, ela pedi demissão na Biblioteca Britânica e se muda na semana seguinte para Paris.
Agora com uma identidade falsa, uma única fotografia de sua mãe e trabalhando para seu avô, Valerie vai aos poucos desenterrando os segredos que envolvem sua separação de sua família. Enfim, qual segredo Vincent Dupont guarda consigo desde os tempos da invasão da Alemanha nazista em Paris.
Nesse romance histórico, nós leitores viajamos no tempo entre as décadas de 1940 e 1960. A narrativa conta tanto sobre o período da guerra e avança até a chegada de Valerie já adulta em Paris para trabalhar com seu avô, mas esse detalhe não interfere em nada a compreensão da narrativa.
Logo abaixo deixo um trecho do diálogo entre Valerie (já idosa) e Annie, ambas viajando num trem rumo à cidade luz.
"Apenas mais uma vítima da guerra, imagino. O que muitos homens não perceberam depois de travar essas guerras é que, no fim, não existem vencedores de verdade, não mesmo: existem apenas vítimas, e elas continuam aparecendo muito tempo depois da guerra."