Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Márcia 27/06/2009

Bom
mas eu prefiro Abusado, li antes...

É realmente impressionante os casos de assassinatos envolvendo policiais militares, mesmo essa triste realidade não sendo novidade para mim, é impossível não se chocar com os fatos,...
Dou 4 estrelas apenas porque não gosto das partes em que ele informa números, prefiro quando ele conta as histórias das vítimas,...;
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vitor 02/10/2024

Um trabalho brilhante do Caco em dar voz aos que não tiveram sequer a chance de serem ouvidos pois estavam no lugar errado, ou na hora errada, ou com a classe social e cor da pele erradas, ou tudo de uma vez só; e acabaram apanhados pela escória da PM de São Paulo.

O livro é o mínimo de justiça que as vítimas e seus amigos e familiares puderam ter, já que, infelizmente, a maior parte não a encontrou nos tribunais, convenientes com os matadores. "Rota 66" é um grande exemplo do porquê eu escolhi ser jornalista.
flowersndreams 03/10/2024minha estante
É bom demais. Primeiro livro-reportagem que li


vitor 03/10/2024minha estante
Eu tava com a maior expectativa e ele cumpriu perfeitamente




ArthurBueno 01/07/2024

Puro jornalismo investigativo
Que trabalho primoroso do Caco Barcellos.
Já adianto que o livro não é de fácil leitura, tendo me causado muita angústia e principalmente revolta.
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Daianex 30/04/2024

A leitura é fácil se considerar a escrita mas é difícil de engolir a nojeira que é a polícia militar.
Fundamental pra entendermos o sistema da PM e como é uma instituição puramente assassina e que não deve existir
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Yara 07/05/2011

Um banho de sangue
Acho que nunca foi tão difícil resenhar um livro. E olha que para mim é difícil resenhar qualquer livro já que eu comecei a fazer isso apenas recentemente. Eu tentei começar a resenha de varias maneira, como por exemplo, falando o que eu senti durante a leitura, ou colocando um dado marcante logo de cara. Entretanto nada disso parecia ser real e bom o bastante.
Esse é o segundo livro reportagem que eu leio, então eu já estava um pouco familiarizada com o gênero, e assim o livro se tornou meio cansativo, afinal é um pouco enjoativo a cada página você se deparar com mais uma morte, mais um fuzilamento, mais um local lavado com sangue.
O livro foi muito bem escrito, e a denuncia é percebida logo nas primeiras páginas, se eu fosse falar no geral eu poderia falar que o livro não tem falhas. Talvez o único ponto que eu não gostei na apresentação do livro é que ele não segue uma ordem cronológica, e isso me deixou um pouco perdida, já que as vezes eu estava em um trecho que se passava em 92 e numa parte próxima voltava ao ano de 72.
Bem, é um ótimo livro, sem duvidas, eu apenas não recomendaria para quem nem consegue suportar a palavra e a descrição de uma “morte violenta”.
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Karol 27/09/2011

Tropa de Elite
Vou dedicar essa resenha à minha amiga Eliza Bachiega, a maior entusiasta de Direitos Humanos que tive a oportunidade de conhecer.

Poucos livros que li na vida me revoltaram tanto quanto Rota 66, do Caco Barcellos.

Esse foi o segundo livro que relacionei para o Desafio Literário esse mês e conseguir ler e resenhar esse livro foi uma bela evolução para mim: apenas em janeiro eu consegui postar mais de uma resenha para o DL e estava me sentindo meio falha nas minhas “obrigações”. Mas o tema desse mês me conquistou e eu escolhi livros muito bons (\o/) então, deu pra curtir e ler mais rápido os livros propostos.

Feita a introdução, vamos ao livro.

ROTA 66, A História da Polícia que Mata é o segundo livro do Caco Barcellos. Todo mundo aqui conhece o Caco Barcellos, né? Repórter da Rede Globo que, atualmente, treina os “estagiários” do Profissão Repórter. O livro retrata, de uma forma meio romanceada, uma série de assassinatos inexplicáveis cometidos pela ROTA – Rondas Ostensivas de Tobias Aguiar, o BOPE aqui de SP – em um período de mais ou menos 20 anos, com um destaque especial para o caso ROTA 66, em que três jovens inocentes de classe média foram assassinados por policiais da ROTA sem terem ao menos tempo para explicar o mal entendido.

O livro se estende contando vários casos semelhantes: jovem perigoso é perseguido pela ROTA e morto durante um tiroteio após atacar policiais e resistir à prisão. Esse é o texto base de 90% dos boletins de ocorrência analisados por Caco e sua equipe. O que ele nos conta é o que acontece por trás dessa versão simplória do relato oficial: que, na maioria das vezes, as pessoas mortas sequer são criminosos efetivamente perigosos, em muitas vezes são inocentes, raramente armados, alguns “ladrões de galinhas” e a minoria é peixe grande. Até porque, seria difícil um assassino perigoso ficar dando trela na rua quando a ROTA está passando, o cara teria que ser muito obtuso...

Lá em cima, no início da resenha, eu disse que o livro me revoltou e revoltou muito. Não por ser ruim ou mal escrito, pelo contrário, o livro é fácil de ser lido e muito interessante, mas a raiva que eu senti ao prosseguir com a leitura era daquelas de ter que fechar o livro e respirar fundo antes de continuar a leitura. ROTA 66 narra uma verdadeira carnificina, assassinatos incontáveis, responsáveis impunes, pessoas inocentes mortas sem explicação, corpos desaparecidos, famílias despedaçadas e uma enorme negligência do poder público para com essa situação.

A maioria das vítimas dos policias citados nos livros segue um padrão: negro ou pardo, entre 18 e 25 anos, pobre. Pessoas que a justiça não se apressa em defender, casos que ficam sem investigação por anos a fio e muitas vezes os assassinos não recebem nenhuma sanção. É simplesmente revoltante, a desvalorização total da vida, a negligência em relação à lei e aos deveres do estado e um abuso de poder sem limites. Os policiais citados no livro – sim, Caco Barcellos dá nome aos bois – são tratados pela corporação como heróis sem haver sequer uma investigação para apurar quais as circunstâncias da maioria das mortes ocorridas. Matar o indivíduo deve ser sempre a última opção, mas nos casos descritos no livro, o assassinato foi a mais fácil e, por isso, a mais usada.

Não quero entrar na velha discussão da pena de morte, muita gente é a favor e muita gente contra. Mas, ao ler ROTA 66, comecei a refletir sobre as conseqüências desse tipo de pena em um país como o nosso, onde a segurança pública é ineficiente, a justiça e a polícia corruptas e incapazes. Claro, podemos falar que os corruptos e assassinos são a minoria mas, convenhamos, eles não deveriam nem existir. Como você confia que a polícia vai te proteger se eles atiram antes e perguntam depois? A Lei serve pra que mesmo? Para proteger o errado? Para encobrir os erros de um trabalho mal-feito?

Enfim, recomendo a leitura de ROTA 66 para todos que tiverem estômago e curiosidade para saber o que realmente se passa na polícia de São Paulo – a do resto do país não deve ser muito diferente. Algumas pessoas vieram me falar que não dá pra levar tudo o que o Caco Barcellos escreveu naquele livro à sério, pois eu rebato da seguinte forma: se 10% do que ele denuncia for verdade, já temos motivos suficientes para passarmos uma vida toda preocupados.
dissonantbr 21/06/2012minha estante
Fica a dica do Abusado, livro simplesmente muito esclarecedor de um "Gap" entre Cidade de Deus e Tropa de Elite. E a assustadora condição de torcer ou não para o protagonista... Interessantíssimo.




Arsenio Meira 27/08/2012

Caco Barcellos, além de ter uma baita coragem, é um dos maiores jornalistas da sua geração.
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Vi 02/02/2013

Rota 66 - Caco Barcellos
O melhor livro de jornalismo investigativo que já li.
Obra que faz denúncia social, escancara a atuação irregular da Rota de São Paulo.
O autor, prestigiado jornalista brasileiro, desvenda as motivações, os métodos e os propósitos da polícia militar, bem como a postura incentivadora do próprio Estado e o perfil dos assassinos e vítimas.
Foram cinco anos de pesquisa, inclusive nos arquivos do IML.
Com o lançamento, Caco Barcellos fora ameaçado de morte, mas conquistou o prêmio Jabuti de 1993.
Recomendo a todos!
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PatrAcia146 20/01/2024

Atual
Apesar de ser já livro de 2006, analisando dados dos períodos de 76 a 92, parece um livro escrito em 2024. O livro é sobre a Rota, mas poderia ser sobre o BOPE e a PM, sobretudo do Rio de Janeiro. A personificação MÁXIMA da banalidade do mal. MUITO atual, infelizmente..
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Camila Alexandrino 16/11/2023

Foda!
Li esse livro por recomendação do meu professor na aula de jornalismo literário e, caramba, que livro foda! A forma como Caco descreve tudo o que conseguiu investigar por anos sobre a polícia de São Paulo é extremamente aterrorizante e causa muita raiva e revolta.
Caco te faz mergulhar nos bastidores de vários casos onde a polícia usou violência para combater um inimigo que não existia e deixa muito claro quem eram os alvos preferidos: pessoas negras periféricas. O primeiro caso e que dá o tom da linha narrativa, por incrível que pareça, não possui essas características. São jovens brancos de classe média que, ao serem confundidos com "bandidos", acabam perseguidos e mortos nas ruas de São Paulo. Livro forte, com denúncias pesadas, mas que vale muito a pena a leitura.
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Jane Ávila 27/06/2014

Como falar desse livro se rasgar uma seda?
Adoreiiiiiiiiii...
O meu estilo preferido,ação,fatos reais e com uma leitura que lhe joga dentro da trama.
Uma leitura dinámica,vc começa e sem perceber já chegou ao final.
Adoro os livro de Caco Barcellos
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guibre 31/07/2014

Precioso trabalho de investigação, Rota 66 é um livro cujo conteúdo fica impregnado na memória. Composto basicamente por relatos de assassinatos praticados pela Polícia Militar paulista e por análises dessas condutas criminosas, demonstra a existência de um sistema talhado para perpetuar a violência de policiais e garantir-lhes a impunidade. O simulacro de apuração através de Inquéritos Policiais Militares e o processo nas Auditorias Militares são exemplos dos mecanismos que mantiveram muitos assassinos fardados no exercício da profissão e isentos de qualquer responsabilidade.
O livro induz reflexões sobre o modelo de segurança pública a ser adotado pelo Estado, inclusive no que se refere ao esbanjamento de recursos públicos em operações policiais cinematográficas. Por outro lado, explica a influência nefasta exercida pelos agentes da repressão política na formação dos policiais militares.
Para além da coragem de tentar esclarecer a violência de policiais, em mais de um ponto de texto há críticas sobre a conduta da imprensa, especialmente aquela que se mostra cúmplice do banho de sangue produzido por aqueles que em tese deveriam proteger a sociedade.
Apesar de algumas imprecisões, trata-se de uma denúncia muito bem fundamentada sobre os abusos perpetrados por alguns policiais. Por outro lado, fornece evidências da existência de uma política de extermínio, aparentemente sancionada ou simplesmente ordenada pelos superiores hierárquicos dos policiais, que produz tragédias que atingem, na absoluta maioria dos casos, pessoas pobres e suas famílias.
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JhennyffeMoreira 26/02/2016

Demorei pra terminar esse livro por conta do quão difícil é digerí-lo. A cada página lida é um embrulho no estômago ao ver a violência por parte da polícia, de forma tão cruel e explícita; cheia de cenas de injustiças, abuso de poder e covardia.

São várias reflexões que se pode ter a partir desta leitura. Uma delas é a sequência de casos desencadeados após o episódio dos três jovens do fusca azul, metralhados pela Rota 66. Com exceção deste, as demais perseguições, em sua grande maioria, eram direcionadas a quem era mais pobre, a quem tinha a cor da pele mais escura. Ou seja, a quem possuía todas características para serem considerados "suspeitos" pela polícia.

Curiosamente, a partir dos dados apresentados pelo autor, uma parcela mínima dos mortos identificados pela pesquisa tinham cometido algum crime na vida. Quase sempre eram jovens inocentes, moradores da periferia, pais de família que retornavam de uma jornada exaustiva de trabalho, que antes mesmo de chegarem em casa tiveram a infelicidade de entrarem pra estatística dos assassinados pela ROTA.

Não havia critério algum para justificar as mortes, eram apenas suspeitos que tiveram "o azar". Não haviam tiroteios como era relatado nos inquéritos e sim tentativas de torná-los reais ao encenar que estavam prestando socorro, quando levavam os feridos (na realidade já mortos) ao hospital, assim colocando figura do policial militar como um heroi, que demonstrava bravura e coragem, e não um assassino.

Com isso, não proponho aqui demonizar a polícia como um todo, mas de ressaltar que há sim dentro da corporação uma minoria covarde, assassina de inocentes, que acaba por ser aplaudida pela nossa sociedade. Quando não era pra ser assim...

Não é questão de pensar: "Fala isso porque nunca teve um familiar seu morto por um bandido. Deixa ser com você". Não, ninguém deve se limitar a este pensamento, pois senão seria o caso de também falar: " E se um familiar seu, inocente, fosse visto como um suspeito pelos policiais e acabasse MORTO naquele momento"?

Os tempos são outros, mas hoje ainda ocorrem situações como as relatadas no livro.

Polícia é pra trazer segurança, pra proteger... mas toda moeda tem seus dois lados, não é mesmo?
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Vinicius Nascimento 02/09/2016

Rota 66
Trata-se de um livro do jornalista Caco Barcelos, é um livro muito interessante pois trata de um assunto muito sensível em nossa sociedade, as minorias. Aborda o assunto da criminalidade dentro de uma das mais prestigiadas instituições da Polícia Militar de São Paulo, a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
O início da obra trata do momento história em que foi criada a Polícia Militar brasileira, qual seja, a ditadura militar. Portanto, apesar de a ditadura ter chego ao fim, a polícia manteve algumas características desse período.
No decorrer da obra o autor discorre sobre o perfil das pessoas que foram mortas pela polícia, e o que há de comum entre todas elas é que são jovens, negros, de famílias pobres e com idades entre 18 a 30 anos. O estopim para que a ROTA começasse a ser investigada aconteceu quando por engano alvejaram um carro com 4 jovens, onde forjaram um confronto e relataram que os jovens haviam reagido, porém uma testemunha ocular que presenciou tudo de seu prédio deu depoimento controverso e logo após se mudou com medo de retaliações, no entanto, o mais interessante é que o caso somente foi a mídia por se tratar de jovens de família de classe média alta.
A partir desse contexto, o autor que fugiu do país logo após a publicação desta obra, discorre de forma detalhada e com uma vasta pesquisa documentada sobre as mortes que ocorrem por parte da polícia.
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