Germinal

Germinal Émile Zola




Resenhas - Germinal


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Ich heiÃe Valéria 12/08/2010

História fascinante. Zola perfeito. [y]
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rosangela 07/07/2010

GERMINAL - ZOLA, ÉMILE - tradução de Francisco Bitttencourt – São Paulo: abril cultural, 1981.


Germinal = mês de março. Tema: povo

Narrativa complexa e detalhista de toda uma família – Vicente Maheu, conhecido como boa morte, - trabalhou 45 anos no fundo da mina de Montsou e há 5 anos estava na Voreux e seu avô com 15 anos já trabalhava na primeira mina da Companhia – personaliza o povo na época da Revolução Francesa no apogeu da exploração de minas de carvão.

Detalhadamente vivenciamos a vida dos burgueses, dos chefes e empregados das minas de carvão. A riqueza dessa obra são as descrições minuciosas que nos transportam para dentro das minas, para dentro dos lares pobres dos mineiros e suas famílias raquíticas, grosseiramente transformados em animais de extração de minério, tais quais os cavalos levados para o interior das minas - esses nunca mais viam a luz do sol – a não ser para acabarem de morrer. Há passagens que marcam pela precisão dos detalhes.

O povo naquela província é descrito de forma perfeita. As pessoas, as moradias, os costumes, o lares, o alcoolismo, a fornicação, o desespero, as doenças e a greve que leva o povo ao pior patamar de sua existência. A exploração e a vida dos burgueses em segundo plano enfatizam mais ao povo das minas transformando a narrativa num drama jamais visto por aqueles criados bem longe desse período e dessa atividade.

Realça também a vida do moço nômade que chega e quer ser um sindicalista intelectual – Etienne Lantier, 21 anos, mineiro da Voreux – Companhia mineradora – e que acaba por morrer soterrado após tanta luta inútil, tantos sonhos perdidos, tantas lutas sem sucessos. Um rapaz sensível e ao mesmo tempo preocupado com seus discursos e conhecimentos soltos, imprecisos, desconexos, autodidatas que se confundem com a realidade totalmente adversa da teoria. Um sonhador que se perde em meio ao caos criado por seu sonho de greve e conquista de melhores condições de vida para os mineiros. O que consegue são mortes, desatinos, agressões, desespero, atos animalescos e total descontrole da situação.

Alguns trechos da narrativa me lembraram O Cortiço de Aluísio de Azevedo, quando os personagens representativos do povo estão em seus barracos ou fornicando pelos arredores ou bebendo em tão escassos momentos em que não estão na mina.

O lugar, o tempo, a neve, a noite, os dias, a mina, a fome, a morte, as brigas, os esconderijos, o povoado, os personagens marcantes, as situações de cartase, a armadilha, a preparação para a destruição total da mina, o soterramento dos mineiros tudo descrito de uma forma inesquecível!
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Mar 27/03/2010

Livro comprido, cansativo e repetitivo. Mas nem um pouco óbvio, o que me entreteu bastante. Adorei o enredo, a forma em que Etienne tentava alcançar seus objetivos, como os mineiros se comportavam na greve, como todos eles eram sobretudo humanos e corajosos. Como para todas as coisas têm uma exceção, adorei que mostraram os traidores, a vida ridiculamente fácil dos burgueses, a greve que não dera certo. E a esperança? Esta sem dúvidas é o melhor do livro. Tudo foi narrado de forma objetiva mas sem esconder a parte sentimental. Foi comprido? Foi. Cansativo? Foi. Repetitivo? Foi. Mas valeu à pena.
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Teresa 30/01/2010

A história de Germinal é sobre a luta dos trabalhadores da região mineira da França, quando a indústria estava despontando. A vida estava mudando e a classe trabalhadora era a que mais sofria.
O núcleo principal da história é a família Maheus (representa a luta). É uma família pobre, e o pai e os filhos mais velhos são trabalhadores da mina de carvão.
Etienne Lantier é um jovem ferroviário desempregado, que chega em busca de trabalho e consegue um emprego na mina de carvão chamada "Le Voreux" (um nome que sugere um animal voraz que engole trabalhadores por atacado). Ele representa a liderança.
A dura vida dos mineiros contrasta dramaticamente com a da burguesia da vizinhança da mina e de seus proprietários.
Ocorre uma série de acontecimentos trágicos (desabamento, enchente), mas Zola não "doura a pílula", fazendo com que tudo soe muito verdadeiro. A sua técnica "naturalista" mostrava a vida de pessoas comuns e ele conseguia isto através de pesquisa profunda; tanto é que, para este romance, ele entrou numa mina bem parecida com Le Voreux, e anotou detalhadamente tudo sobre o trabalho na mina, a vida dos trabalhadores, a pobreza, o contraste com a burguesia, pois freqüentava os mesmos locais onde os mineiros iam para ter material verdadeiro para sua história.
Germinal foi um eloqüente protesto contra as condições de trabalho nas fábricas e minas na Europa, naquele final do século XIX.

Apenas para completar: Émile Zola nasceu e morreu em Paris, 1840 — 1902. Foi considerado o criador do Naturalismo. Apesar de ter uma obra literária fantástica, nunca conseguiu ser membro da Academia Francesa. Germinal é considerado sua obra prima.
Aparentemente, foi assassinado, quatro anos depois de ter publicado J'accuse (Eu acuso), dirigido ao presidente da república da França, sobre o rumoroso processo que condenou o oficial Dreyfus (judeu) por traição (houve revisão do processo, posteriormente e Dreyfus foi reabilitado); aliás, este artigo ajudou a cercear o antisemitismo que começava a surgir no país.
Gláucia 15/08/2010minha estante
Resenha instrutiva. Deixou-me interessada em saber mais sobre outros livros do autor e sobre o próprio.




Lucas Rocha 12/12/2009

Impactante
O retrato social e natural dos mineiros franceses em um marco na literatura naturalista. É assim que posso começar a definir o genial "Germinal", de Émile Zola. O livro, lançado em 1885, mostra a vida e a miséria em meio a uma mina de extração de carvão. Lá, Etienne, recém-chegado, busca abrigo e emprego, e, com suas ideias revolucionárias e socialistas, tenta mobilizar os mineiros em busca de maior igualdade.

Mas Etienne não é o personagem principal do livro. Nem Chaval, Catherine ou Maheu. O personagem principal é a própria mina e as situações que a permeiam.

O livro é naturalista em sua essência. Conseguimos perceber, através da leitura, todos os pontos principais do movimento. A situação de pobreza e miséria parece não ter início e nem um fim: é uma situação constante e atemporal. No mesmo sentido, os personagens parecem conformados com sua situação de trabalho excessivo, fome e falta de espaço, como se isso fosse inevitável e inerente à sua natureza. Ali ninguém pensa em enriquecer ou em tentar um emprego melhor. Até porque a fome urgente e as obrigações no trabalho conseguem interromper qualquer linha de pensamento.

Mas deixarei de lado as definições naturalistas presentes no livro e passarei a narrativa propriamente dita. A escrita de Émile Zola é envolvente, e, mesmo que algumas vezes possa se tornar excessivamente descritiva, consegue transmitir com clareza suas propostas. Com as palavras, conseguimos sentir o sufoco das minas e das casas de um cômodo com catorze moradores; sentimos arrepio ao ver que eles não terão o que comer no dia seguinte, ou quando vemos que a mesma borra de café está sendo usada durante toda uma semana. Vemos, a todo momento, os traços de selvageria presentes na narrativa. Ali, o homem é como um animal (teoria Darwinista) e, como tal, suas ações eram produto de seus instintos.

Outra coisa que incomoda - no bom sentido da palavra - é o contraste social. Enquanto nas minas (onde a maioria do livro é ambientado) a situação é precária e urgente, na casa dos burgueses tudo anda as mil maravilhas. As mulheres usam vestes trabalhadas e caras, comem e desperdiçam, parecem bonecas de porcelana. As filhas do dono da mina, com 19 e 21 anos, parecem crianças na forma de falar e se comportar, enquanto que nas minas, as meninas, com 13 e 14 anos, já se submetem a trabalhos pesados e ao sexo desenfreado nas festas dos mineiros.

Germinal é um marco não só na literatura naturalista, mas sim na literatura mundial de um modo geral. Um genial retrato de um mundo permeado pelas desigualdades sociais e pelo conformismo.
Jumpin J. Flash 12/01/2010minha estante
Boa resenha, mas você poderia ter dado nota 5 ao livro, hein?


Julio 11/08/2013minha estante
Excelente a sua visão do livro, Lucas!!!




rivolta 05/12/2009

Sensacional o livro.
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fsamanta (@sam_leitora) 10/04/2009

Já faz alguns ano que li este livro, mas a memória do que ele me provocou ainda é muito vívida. É um retrato dos seres humanos sem embelezamentos, sem facilitações; ele joga luz sobre as sombras que gostaríamos de esconder.
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Lenita 19/03/2009

Ótima leitura
....Luta de trabalhadores de minas de carvão. Desperta sentimentos tristes, pois nos mostra a vida de "escuridão", de miséria, sonhos, de pessoas que nunca vão experimentar nada melhor. Idealismo, marxicismo.
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Lucy 04/02/2009

Simplesmente adorei essa visão de Émile Zola da sociedade! Em uma palavra: Sensacional! Ótimo livro!
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Dos Anjos 18/01/2009

Um livro realmente muito bom, pois trata, além de questões socias, da zoomorfização, que viria influenciar diretamente Aluísio de Azevedo em O Cortço.Eu recomendo, também, Tereza Raquin e Do Romance.Neste, o autor faz uma critica a alguns romances escritos em sua época e mostra alguns dados importantes sobre o processo de criação de Gustave Flaubert. Naquele, trabalha o romance de tese e o terrorismo psicológico.
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Rafa.! 14/01/2009

Um livro sensacional, utilizando o naturalismo da epoca, Zola descreve friamente a pessima condicao de vida de mineiros na frança, seu desejo por uma vida melhor e o espirito de uma revolucao marxista. Realmente genial, vale muito a pena ler, principalmente para aqueles que consideranse de esquerda.
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Tati 08/01/2009

A série completa é muito boa. Zola é perfeito. Consegui ler alguns, mas são difíceis de obter. Fora Germinal, recomendo Naná, O Doutor Pascal e La Faute de l'Abbé Mouret.
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André 25/09/2009minha estante
essa obra é clássica, pois faz referência a uma realidade vivida pelo próprio zola, que trabalhou nas minas em um período de sua vida, e devido e este fato o livro passa uma realidade cruel de uma França que mesmo depois da sua grande revolução não apresentava a igualdade, fraternidade e liberdade antes proposta, onde, muito pelo contrário, os burgueses é que comandavam e os trabalhadores se viam obrigados entrar em greve, e esta que daria certo graças a ajuda da então internacional comunista, liderada nada mais,nada menos por Marx. Vale a pena, com certeza uma das melhores obras que já li.




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