Germinal

Germinal Émile Zola




Resenhas - Germinal


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Tatiane495 28/09/2013

A esperança germina
Minas de carvão que se tornam personagens e ganham vida nessa história cheia de conflitos, sofrimento e desespero. Uma população inteira lutando por seus direitos de trabalho e remuneração digna: crianças, velhos e jovens, ninguém escapa. No inverno rigoroso na França do século XIX, a esperança tenta germinar diante de tanta dificuldade após a Revolução Francesa.
Por esta edição de Germinal da Companhia das Letras ser uma adaptação, ao longo do livro perde-se um pouco a essência da tragédia e dos acontecimentos importantes, por não conseguir capturar os sentimentos naturalistas em alguns personagens em certas situações. A sensação é que há uma certa "pressa" para contar a história e alguns elementos parecem "ficar para trás", dando uma impressão de que falta o drama, a felicidade, a tensão, etc. Há, porém, picos de alguns acontecimentos que se dão em passagens que beiram ao terror, porém não estão presentes na narrativa como um todo.
Em compensação, há um paradoxo em relação ao sentido de pobreza para alguns personagens: enquanto os jovens se fartam de amor na escuridão das ruas em meio à tanta escassez de outros recursos para a sobrevivência humana, o diretor da mina Voreux, o sr. Hennebeau, cuja vida é abastada em vários aspectos, vive estagnado na miséria de não possuir esse sentimento, seja este não recebido da própria esposa que o renega pelo tédio que é o seu casamento, seja este não advindo de nenhuma outra mulher que possa dar a ele o prazer e a satisfação de amar e ser amado.
Já a zoomorfização é bem visível na obra, uma vez que os personagens são comparados a animais quando agem por impulsos, motivados por sentimentos naturalistas: a raiva, o medo, a fome, o ódio, a revolta etc., são o impulso para dar corda em certos pontos dessa história.
Esta adaptação de Germinal deixa a desejar em vários aspectos, mas é um bom introdutório às ideias marxistas do final do século XIX, aos ideais revolucionários e à questão da luta de classes. Faz jus ao público infanto-juvenil, para que este se situe nesse contexto histórico tão importante que mudou o pensamento europeu.
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Bruno Matos 20/05/2013

Uma parte da epopeia realista francesa
Uma história magnifica, onde a ideologia de uma classe rege um povo para a luta, e os guia para lutar contra o novo inimigo, a burguesia. Diferentemente do que muitos pensam , a Revolução Francesa, não foi o inicio da igualdade de todos, mas sim apenas uma inversão da classe dominante, onde a nobreza cai e a burguesia ascendia.

Numa forma de mostrar o início da ideia comunista na França, Zola traz a greve de mineiros do norte francês, em que entram em greve e sobrevivem por dois meses em fome e miséria, mas permanecendo de pé sobre sua causa, condições melhores de trabalho.

O livro também, traz romance entre os personagem, onde diferentemente do romantismo, o romance é tratado de forma bem real, e o idealismo não aparece. Carrega também a importância do mártir e o quanto essa figura pode mudar e guiar um movimento de classes em busca de um objetivo, a igualdade.

Recomendo.
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Laissantos 18/04/2013

Clássico.
É um clássico muito bom, sofri muito com os personagens e com o final.
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Wilton 23/03/2013

Germinal passa-se no Século XIX. O título compara aqueles seres que viviam sob a terra a sementes que gerariam uma nova sociedade onde não haveria a exploração do homem pelo homem. Podemos dizer que a personagem principal do livro é a mina Voreux de Montsou: os seus "humores" comandam as reações de todos, tanto dos burgueses como dos operários, suas famílias e do comércio e indústria do entorno.
É um livro profundamente socialista e relata com dramacidade admirável a vida sacrificada dos mineiros franceses no século da Revolução Industrial.
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Felipe 22/01/2013

Apesar de já ter lido esse livro a muito tempo, tenho para mim que foi um dos melhores e mais mais marcantes que um dia poderei ler.

O li no auge dos meus 18 anos, e realmente me fez ter uma percepção critica e realista da sociedade, onde é valorizado o supérfluo, quando muitos tem muito pouco, vivem na miséria e simplesmente existem para cumprir etapa na cadeia de produção de lucros para o chefe, sendo facilmente descartado. Simplesmente um verdadeiro choque social exposto em páginas que voavam com impressionante rapidez.

Após ler esse livro, li O CORTIÇO, onde vi tentativas claras de referencias tanto espacias quanto pessoais, sem contudo atingir 10% do nível de intensidade e carisma dos personagens de Zola.

Hoje me privo inclusive de assistir ao filme baseado no livro, com medo de que seja mais uma de tantas adaptações péssimas, que nem de longe conseguem extrair a essência primordial passada pelo livro.

Forte abraço.
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Marina Hion 14/01/2013

Germinal é um verdadeiro livro do naturalismo, a maneira incrível como Zola atribui a animais sentimentos humanos, a coisas [como a Voraz] ações típicas de seres vivos e, porém, aos homens características animais, faz com que sua história fique ainda mais marcante.
Vale a pena.
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Raquel Lima 03/08/2012

Impotência...
Ao encerrar a leitura, seguindo o caminho como Estevão, a dor que sinto é a da mulher do Mahuer: Não há remédio, não há mudança... Partindo da leitura política da obra, e analisando para nossa época vemos a mesma falsa impressão de que temos o poder do grupo, a força do coletividade, mas no fundo somos manipulados, subjugados a uma rede que nos controla, marionetes do jogo ( Cachoeira, Valerioduto, José Dirceu, PC Farias, etc). A mina é a representação de nosso fundo do poço, e quantas vezes não nos sentimos nele ?
Porém, uma das coisas que mais me agrada nestas obras naturalistas é a recriaçaõ nua e crua da tragédia, mas há, apesar de toda a angustia da tragedia, o momento da esperança, do refresco na dor, da paz que o amor, o carinho nos traz... Porque no fundo, apesar de amargurados pela certeza que a realidade é intransponível, acreditamos, irracionalmente, em um contrassenso, que É POSSÍVEL !!!...
Bela obra, linda em detalhes, grandes personagens, verdadeiras almas criadas. Impossível não acreditar que Chaval, Jeanlin, Maheu, Catarina, Filomena, Lidia, Batalha, Trombeta, Boa-Morte. e tantos outros nunca existiram... Maravilha!!! Não tenho como terminar, sem a forma mais clichê: Clássico é clássico: Eterno e atemporal.
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Hilton Neves 20/02/2012

Atônito
A precisão com que o Zola descreve a mineração de carvão naquela França quase na fronteira belga do fim do século XIX e tudo concernente a ela; é sobrepujante! Sem cair o pique, relata cada mudança de estação num romance honesto e encantador.
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San... 11/06/2011

Decidi resenhar os livros que abandonei, como forma de ser justa com as obras e seus autores. O fato de abandonar uma leitura nem sempre se deve ao que consideramos baixa qualidade da obra. Neste caso especifico, o de um clássico aclamado por seu grande valor social, seria uma infâmia dizer que o livro é ruim. Não creio que seja. Entretanto, por três vezes, em periodos distintos, tentei com afinco e não consegui avançar na leitura. Talvez minha mente não estivesse preparada para uma narrativa tão crua, tão destituida de equilibrio social. O fato é que não pude chegar sequer a 30 páginas lidas. Assim, embora fosse uma edição de luxo, com capa dura e lombada dourada, presenteei a biblicoteca de minha cidade com a obra, possibilitando o acesso a leitores que fariam melhor uso deste livro do que eu consegui fazer. Não vou tentar novamente essa leitura e não acredito que devesse utilizá-lo apenas para decorar a estante (acho isso de uma pobreza imensa). Também acho justo frisar que meu desinteresse pela obra não me transforma em uma pessoa menos inteligente. Foi mais uma questão de inclinação pessoal.
Pandora 25/06/2012minha estante
Gostei de sua honestidade. "Germinal" é um de meus livros favoritos, mas concordo com o que você disse: "abandonar uma leitura nem sempre se deve ao que consideramos de baixa qualidade da obra". Abandonei "As ilhas da corrente", de Hemingway, porque também tentei, como você, ler o livro por diversas vezes, em momentos diferentes, e não consegui passar de determinada página.


sonia 25/04/2013minha estante
Um livro árduo de ler, como o nosso Sertões. Gostei de ler, ele relata a vida dura dos mineiros no seculo dezenove, e as consequencias de uma greve pelo embate desigual entre as classes sociais de operários e patrões. tem uma história de amor forte, de pano de fundo. Na época em que o li, eu vinha dos Miseráveis, do victo hugo, então, estava no clima...O estilo do autor é magistral.


Julio 11/08/2013minha estante
San...certamente o que lhe acontecera fora o fato de que, à época (aliás às épocas) da (s) leitura (s), você não estava apto a absorver toda a carga de revolta e "verdades" que o livro inspira/instiga. Tenho comigo que, para lermos determinados livros, é preciso estarmos "dados àquela leitura naquele momento", ou seja, todo o nosso espírito precisa estar preparado para assimilar tudo o que ele nos oferece (por se tratar de livros tão específicos, tão especiais e com tantas peculiaridades que os distinguem de tantos outros)......


San... 11/08/2013minha estante
Julio, na verdade eu não saberia dizer se algum dia estaria inclinada a essa leitura especifica. Talvez, numa idade mais avançada ou num momento mais reflexivo minha mente possa estar mais receptiva. Sou bastante eclética com minhas leituras, bastante sem preconceito também. Em outras fases de minha vida li alguns livros por pura teimosia. Hoje já não o faço, pois aprendi que a teimosia impede absorver os ensinamentos que um livro encerra... Enfim, esperemos e quem sabe um dia "voilá!!!" eu venha e modifique essa minha "resenha"...


Luck2871 08/09/2015minha estante
''Germinal'' é um uma obra-prima que nem todos estão preparados para ler, ela é a dura realidade dos trabalhadores explorados pelos seus patrões nas minas de carvão.
O leitor chora, geme e sofre enquanto avança a leitura. Leitores sensíveis ficam chocados com a realidade dura e crua. O episódio que não sai da minha mente é quando o Boa Morte, um homem que passou a vida toda trabalhando nas minas, tomado de ódio, mata uma menina, apertando-lhe o pescoço. O ódio de Boa Morte pelos seus opressores era tão grande,e ele se vinga matando uma criança inocente.


Eli 07/01/2016minha estante
Como você tentei lê-lo três vezes, na primeira era muito jovem e abandonei, na segunda já estava mais madura mas não consegui avançar na leitura, parei na página 50 mais ou menos e abandonei. Na terceira que realmente consegui entrar de cabeça no enredo da história, tamanha teimosia se transformou na melhor leitura da minha vida. A escrita de Zola é magistral, viva, cortante, envolve de tal forma que é como se estivéssemos realmente vivendo a história .




Jumpin J. Flash 12/05/2011

Favoritaço!
Na minha opinião, este é o terceiro melhor livro já escrito. Nota 98 em 100! A história, cujo fio condutor é o trabalho numa mina de carvão da França, serve para mostrar todas as misérias humanas, como o ciúme, a ira, a soberba e a dominação. O livro é recheado de personagens memoráveis, como Etienne, Maheu, Catherine, Chaval, Levaque, Mouque, Boa Morte, Maigrat, Cecile, Negrel e o misterioso Suvarin. Um obra excepcional do começo instigante ao fim espetacular (que explica o título seu título).
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Bit 28/02/2011

Germinal
'Germinal' é o nome do primeiro mês da primavera no calendário da Revolução Francesa. Ao usar essa palavra como título de seu livro, Zola associa as sementes das novas plantas à possibilidade de transformação social- por mais que se arranquem os brotos das mudanças, eles sempre voltarão a germinar. Um dos grandes romances do século XIX, expressão máxima do naturalismo literário, Germinal baseia-se em acontecimentos verídicos. É um espelho da realidade. Para escrevê-lo, Émile Zola trabalhou como mineiro numa mina de carvão, onde ocorreu uma greve sangrenta que durou dois meses. Atuando como repórter, adotando uma linguagem rápida e crua, Zola pintou a vida política e social da época como nenhum outro escritor. Denunciou as péssimas condições de trabalho dos operários, a fome, a miséria, a promiscuidade, a falta de higiene. Mostrou, como jamais havia sido feito, que o ambiente social exerce efeitos sobre os laços de família, sobre os vínculos de amizade, sobre as relações entre os apaixonados. 'Germinal' é o primeiro romance a enfocar a luta de classes no momento de sua eclosão. A história se passa na segunda metade do século XIX, mas os sofrimentos que Zola descreve continuam presentes em nosso tempo. É uma obra em tons escuros. Termina ensolarada, com a esperança de uma nova ordem social para o mundo.



Jessica 12/11/2011minha estante
copiar a resenha do site da livraria cultura não vale

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=392771




Junior 28/08/2010

Tenso!
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Gláucia 15/08/2010

Um livro que não vai te deixar dormir em paz
Pela crueza da miserável vida de mineradores de carvão na França do século XIX, convivendo com a opulência de seus exploradores. Você vai sentir fome, calor, sede, sensação de sufocamento, opressão, revolta...E talvez, esperança. Livro obrigatório, inesquecível, magistral.

"Surgiam homens; um exército negro, vingador, que germinava lentamente nos sulcos da terra, nascendo para as colheitas do século, e cuja germinação não tardaria a fazer rebentar a terra."
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