Marlonbsan 06/07/2021
Quincas Borba
Quando Rubião herda uma herança, logo parte para o Rio de Janeiro. Durante a viagem de trem, conhece o casal Sofia e Cristiano Palha, que percebem que o companheiro se trata de um novo-rico. Mantendo a amizade, já no Rio de Janeiro, Rubião passa a frequentar a casa do casal.
O livro é narrado em terceira pessoa, tem capítulos bem curtos e uma linguagem mais complexa por conta dos floreios e características narrativas da época em que foi escrito.
O início do livro foi bem interessante e estava fluindo muito bem, existe uma certa peculiaridade dos personagens e com um toque de ironia. Machado conversa com o leitor, falando sobre os capítulos do livro e suas características, isso tenta aproximar, mas ao mesmo tempo quebra a progressão narrativa.
Depois de um determinado momento, a leitura não conseguiu me prender, questões mais mundanas da sociedade, questionamento sobre casamento, introdução de personagens que não cativaram a leitura. Falar sobre o período e características sociais da época é interessante pelas informações, mas é algo que não me aproxima muito da história, já que trata de um contexto distante.
Outra característica que aparece bastante é agir por impulso e achismo, já que Rubião tem uma tendência por interpretar sinais e tirar suas próprias conclusão, certo que existem algumas explicações, mas que remete bastante ao período literário em que se está contido, mas que chegou a me incomodar.
Existe bastante ironia nos fatos narrados e é algo que gostei da narrativa, mas os questionamentos e o que acontece em si, não foi tão cativante.
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